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Evento Flip 2013.

Enquanto isso, na poesia....

Mesa com o Behr e o Sardan. Acho tanto um como outro muito sem noção. E achei lindo o coice do Drummond :hihihi:

Agora, passando pruma mesa um pouquinho mais séria...

Alice Sant'Anna, Bruna Beber e Ana Martins Marques. (Eita, a Bruna Beber tá diferente o_O)

Mais uma vez eu gosto de bater nessa tecla: quem diz que falta lirismo na poesia contemporânea não tá sabendo direito nem como a poesia contemporânea tá indo nem direito o que é lirismo. O que as poetisas falaram aí é uma coisa que deixaria muitos críticos em parafuso: elas negam o lirismo e aceitam o lirismo? Como assim? Como dito numa passagem:

Naquele momento, Noemi Jaffe falava que as três poetas fogem da “clássica ideia de lirismo, muito ligada à ideia de sentimento”.

A poesia dessas três poetisas constrói uma base lírica muito mais efetiva que a doutros poetas por aí que, na ânsia de injetar lirismo na poesia contemporânea, acabam ressuscitando, de forma cafona, tropos e lugares-comuns do século XIX ou de uma "poesia lírica fácil", como se isso fosse resultar em algo... Como se a poesia, que possui seus problemas pois o tempo possui seus problemas, pudesse ser consertada adicionando as peças que faltassem. Quando, na verdade, uma poesia é o que é, é aquele emaranhado de problemas, e qualquer tentativa de torná-la perfeita adicionando o que lhe falta é inútil.

Anyway, mais uma vez eu digo: Mavericco, você é burro? Porque você lê os comentários, seu animal?

O feminismo teria umas palavrinhas a dizer sobre o que foi dito nos comentários... Essa coisa de que mulher deveria estar lavando prato, de que hoje em dia existe uma "pornografização" da poesia e que essas daí, ao falarem que poesia amorosa é cafona, são todas umas... (Como se Romantismo fosse sinônimo de decência =p)

Enfim. Essa coisa de coração que a Beber falou me lembrou um poeminha do Eucanaã Ferraz, Coração: "Quase só músculo a carne dura./ É preciso morder com força." Ele é bem tosco (o Ferraz tem coisa bem melhor que isso, fique dito), mas veio bem a calhar :dente:



Pulando um pouco, outra mesa que foi bem legal, como já imaginava:

http://www.posfacio.com.br/2013/07/...o-pe-da-letra-afirma-roberto-calasso-na-flip/
(a do Roberto Calasso)

Continuando no Posfácio, a entrevista com a Lydia Davis ficou bem legal:
http://www.posfacio.com.br/2013/07/...odo-tipo-de-coisa-entrevista-com-lydia-davis/
 
Última edição:
Enquanto isso, na poesia....

Mesa com o Behr e o Sardan. Acho tanto um como outro muito sem noção. E achei lindo o coice do Drummond :hihihi:
Ixi, se não me engano eles vão repetir essa mesma mesa lá(aqui) na UnB nessa terça e eu tava até pensando em ir. É pelo lançamento do novo livro dele, né? Do que eu li do Behr não achei tão ruim, agora a do Sardan é tão... chocha... Li alguns dele na coletânea Boa Companhia: Poesia. Tinha até um poema dele no cartaz que vi do debate na terça... e era tão ruinzinho... nem sei se dava para chamar muito de poema também. Parecia mais prosa escrita como poema como o Paulo Franchetti diz naqueles textos que você citou no outro tópico. E tentava ser engraçado, mas não conseguia... =|
 
Última edição:
Olha, acho que compensa ir sim. Apesar de eu, como leitor, não gostar da poesia nem dum nem doutro, lendo o texto lá no Posfácio, acho que vai ser bem divertido. Mesmo porque, pondo de lado a qualidade literária do que eles escrevem, dá pra ir prestigiar pelo simples fato de serem autores que possuem uma importância na nossa evolução literária... Pequena, é fato, mas é uma importância.

E essa coisa do verso e do ensaio do Franchetti, acho melhor discutirmos no tópico do Poesia Contemporânea mesmo :dente:
 
essa bola eu já tinha cantado logo que saiu a programação, mãããs: Marcada por improvisos, Flip 2013 é uma das menos literárias de todas

E a Veja com inveja da cobertura Contigo do G1, mandou lá num último parágrafo do texto resumex da edição deste ano (que também indicou a falta de Literatura da festa.. ahhmmmmmmm... literária...):

Musos – A Flip 2013 também teve suas figurinhas populares, com destaque para a franco-iraniana Lila Azam Zanganeh, que, além de bonita, ganhou o público com um português cheio de sotaque aprendido via Skype e declarações apaixonadas sobre o país.

Entre os homens, fizeram suspirar as filipetas o antropólogo carioca Francisco Boco, interlocutor da mesa de Lila, o baby-face Laurent Binet, documento de 41 mas rostinho de 25, e o gaúcho nascido em São Paulo Daniel Galera, que estava acompanhado, mas que, para felicidade de quem foi à festa da Companhia das Letras, deu razões para se desapaixonar. Como dançarino, Galera é um ótimo escritor.

gente, wtf. só faltou fazer um "quem pegou quem".

enfim. do que eu vi de bom da cobertura da flip, eu não dei conta de ler tudo que saiu no posfácio ainda, mas gostei do que li, em especial desse aqui >> http://www.posfacio.com.br/2013/07/07/entrevista-com-john-jeremiah-sullivan-flip-2013/
 
Nesse link da Folha:

O que vingou:
-- Destaque de outras artes (arquitetura, cinema, música);

O que gorou:
-- Debates literários escassos e chochos;

Credo Anica, azedou mesmo o caldo =(

Tudo bem que, como disseram lá na Folha, que, "Como arte, afinal, a literatura dialoga com outras", mas... Tá. Não fui então não tenho como dizer. Se bem que, do jeito que sou empolgado com essas coisas, podiam colocar Martha Medeiros e Ferreira Gullar discutindo Jorge de Lima que eu ia estar :uhu:

E affe, queria ter visto o Galera no Quadradinho de Oito...

Fiquei curioso com esse Tamim Al-Barghouti, "poeta da revolução árabe"... Li não lembro onde que na Palestina eles curtem esse tipo de eleição.
 
Credo Anica, azedou mesmo o caldo =(

Tudo bem que, como disseram lá na Folha, que, "Como arte, afinal, a literatura dialoga com outras", mas... Tá. Não fui então não tenho como dizer. Se bem que, do jeito que sou empolgado com essas coisas, podiam colocar Martha Medeiros e Ferreira Gullar discutindo Jorge de Lima que eu ia estar :uhu:

eu não acho ruim explorar a relação da literatura com outras formas de arte (cheguei a apresentar painel num evento interartes da ufpr relacionando um conto de poe com música, cinema, tv e quadrinhos), mas pelo menos do meu ponto de vista, política não é arte, e essa flip foi política, acima de tudo. não é o primeiro ano que rola isso, mas parece que foi o que mais errou a mão no equilíbrio entre literatura e outros temas (temas, e não artes, porque, como disse, não acho que política seja uma arte).

isso quer dizer que flopou? não, não acho. só de ver um monte de gente apaixonada pela lila azam zanganeh (de quem ninguém falava até semana passada), já acho que já vale a pena um evento assim. é a divulgação da literatura, como comentei ali no post em que dizia que discordava da opinião do allan sieber sobre a flip. mas de alguém que acompanha flip há anos, mesmo que de casa e não tropeçando nos paralelepípedos de paraty (insira aqui qualquer outro clichê que sempre brota em textos sobre a flip), achei que foi uma das edições mais fraquinhas. com o azar de ser colada com a do ano passado, que foi fodástica (10 anos, yadda yadda yadda).
 
Vocês comentaram tanta coisa que vou tentar ir por tópicos, mas a mais importante é TAUIL mesmo.

A flip foi a menos literária, com certeza, e também uma das com os mediadores mais fracos. Não digo fracos, mas vítimas do lugar-comum, no lugar de gerar uma discussão bacana entre as duas figuras, pareciam preocupados em entrevistar e não ultrapassar limites.

Sobre o G1: o Daniel Galera tinha acabado de sair da mesa que participou, no ar-condicionado fodido da tenda, e o colocou num sol das 14:00 vestindo blaser e roupa preta - e deixou uma penca de pessoas esperando o cara para autografar. Sendo que, no dia anterior, ele esteve livre o dia inteiro.

Highlights: Banville é um comediante de marca maior, Lydia Davis é a persona que todos queriam tocar, Daniel Galera foi trending topics nas ruas a) pela barba b) pela barba do livro c) por estar com a namorada d) pelos eventos que participou; Paulo Scott é um dos autores mais simpáticos do universo junto com Daniel Pellizzari, Zuca Sardan, Laurent Binet e John Jeremiah Sullivan (os dois, aqui, disputando posições) - aliás, o JJ Sullivan (personagem de quadrinhos :lol: ) tem a voz de um narrador perfeito para os livros de Cormac McCarthy e quando leu um trecho de seu ensaio, ele imitou direitinho a voz do Michael Jackson. :lol:

O Dyer, por outro lado, tem voz de narrador de livros como O Apanhador no Campo de Centeio.

PS (EGO): aparecer na folha e numa coluna mais pessoal, a piada do título, Tô Rocco, foi num momento de trocadilhos absurdos entre o Tuca ("meu deus, como tô rouco") e eu (Tô mais companhia): http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vanessabarbara/2013/07/1307807-to-rocco.shtml
 

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