Fúria da cidade
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Byron Castillo, durante jogo da seleção equatorianaImagem: Reprodução/Instagram
A Fifa informou que seu Comitê Disciplinar abriu procedimentos para averiguar denúncia da Federação Chilena de Futebol de que o equatoriano Byron Castillo na verdade é colombiano e não podia ter defendido o Equador nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. O Chile pede que os equatorianos percam pontos nos oito confrontos em que Castillo esteve presente, o que tiraria o país do Qatar dando a vaga aos chilenos.
A Fifa incluiu a Federação Peruana no processo porque o Peru terminou em quinto nas Eliminatórias sul-americanas e jogará a repescagem mundial contra o vencedor de Austrália e Emirados Árabes — o jogo será único no dia 13 de junho, no Qatar. Inicialmente a colocação peruana não seria modificada. Se classificaram direto ao Mundial Brasil, Argentina, Uruguai e Equador.
A federação chilena enviou no dia 4 de maio a denúncia alegando que "existem inúmeras provas de que Castillo nasceu na Colômbia, na cidade de Tumaco, no dia 25 de julho de 1995, e não em 10 de novembro de 1998, na cidade equatoriana de General Villamil Playas".
O Chile contratou o advogado brasileiro Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo e que nas Eliminatórias para a Copa da Rússia representou o país em caso parecido, ganhando pontos em partida contra a Bolívia. Os problemas, segundo ele, ocorreram quando ele foi registrado pela primeira vez no clube Norte América, em 2012.
"Mostramos à Fifa que este clube foi identificado pela própria FEF (federação equatoriana) como o epicentro das falsificações de documentos de jogadores. Foi suspenso pela quantidade de certidões adulteradas. Além disso, este registro civil da província de Guayas também esteve envolvido em procedimentos criminosos por adulteração de documentos", disse Carlezzo.
Em nota, a Federação Equatoriana de Futebol disse que Castillo é equatoriano para efeitos legais e que está "devidamente inscrito na autoridade legal competente" e conta com "toda a documentação nacional em ordem".
"Anunciamos que a FEF está à disposição para provar na Fifa e no órgão que for necessário que sempre agiu legalmente e que nossa merecida classificação para o Mundial do Catar é fruto disso", finalizou a federação no comunicado.
Não há prazo para que o Comitê Disciplinar da Fifa decida e quem perder ainda poderá recorrer ao Comitê de Apelação da federação internacional e depois, caso queira, ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). A Copa do Mundo do Qatar será realizada entre 21 de novembro e 18 de dezembro de 2022.
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A Fifa informou que seu Comitê Disciplinar abriu procedimentos para averiguar
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