Direto do
Kino:
Não posso negar que depois do terceiro capítulo da franquia de O Exterminador do Futuro, eu ficaria com o pé atrás para qualquer outro derivado. Primeiro com o sofrível The Sarah Connor Cronicles que, me perdoem os fãs da série, era (pois foi cancelada) dispensável e literalmente chata (para não usar termos clichês como arrastada).
O que acontece nesse novo capítulo é tentar usar tudo o que os outros longas tiveram de bom: história com intrigas (que podem ou não decidir o futuro da humanidade) e cenas de perseguições competentes. Pois bem, um longo falatório introduz Marcus Wright, um condenado ao corredor da morte, todavia, conhece a Dra. Kogan e resolve doar seu corpo para experimentos.
Wright acorda no ano de 2018, desorientado, num futuro apocalíptico, e sem memória do que tenha acontecido. É a partir daí que a ação toma conta da tela, enquanto por um lado vemos John Connor, e seu grupo da resistência, prontos para um ataque iminente a Skynet, do outro vemos Wright fazer amizade com Kyle Reese, pai de Connor (aquele que volta ao passado peladão no primeiro filme), e a pequena Star, os três fugindo de exterminadores novos (motoexterminadores, por exemplo).
Como o filme fica dividido entre essas duas partes, parece que John Connor não tem tanta importância como nos filmes anterior, aliás, podemos até dizer que ele é mero coadjuvante dessa história toda (e coitado do Cristian Bale que pela segunda vez perde o posto principal para os outros personagens). E por pior que pareça o roteiro não colabora para acreditarmos em tudo que fora profetizado, Connor “o líder da resistência”, nos filmes anterior. O personagem não tem carisma e quais são as tais conquistas que ele conseguiu (nunca mencionadas na película inteira)? E o papel de Kate Connor é apenas para carregar o filho dele no ventre? Culpa também do roteiro por deixar passar pequenos detalhes; o envolvimento entre Marcus e Blair ser tão rápido (amor à primeira vista? Achei que era um filme de ação e não uma comédia romântica) para justificar cumplicidade ou talvez a aparição da Dra. Kogan no terceiro ato contando todos os planos da Skynet, igual a um supervilão.
Decerto esses pontos são bem relevantes, mas as cenas de ação são bem executadas e as referencias aos capítulos anteriores, como “I’ll be back”ou a música tema do segundo filme (“You Could be Mine” do Guns ‘n’ Roses). Um blockbuster que assume o que foi deixado pelos capítulos anteriores, fazem com que este novo filme da franquia seja uma surpresa agradável para quem não esperava muito, como eu.