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Estrambote Passageiro.

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Há versos em que é preciso quase que forçar a pronúncia dos hiatos, enquanto noutros é preciso pronunciar o hiato como ditongo, para manter todos eles com dez sílabas poéticas. E isso quebra um tanto a fluidez do poema porque não se percebe um padrão, e uma primeira leitura será, invariavelmente, fora do ritmo imaginado pelo poeta. Penso que seja razoavelmente fácil reescrever alguns trechos, já que pelo menos a preocupação da rima fica de fora. Mas daí sou eu metendo o bedelho nos versos dos outros.


Claro que também se pode declamá-los como versos livres, mas daí você vai achar que é sacrilégio. :D


(Não lembrava o que era estrambote fui consultar o oráculo de Google... Achei o "Estrambote melancólico" do Drummond, e achei-o tri bom.)
 
De fato, existe uma quebra no ritmo... Mas no fundo eu já calculava isso, pois as falhas na escansão estão previstas para a comunicação do sentido interno do poema (e, de modo geral, da forma que eu contei, o "sua" deve ter apenas uma sílaba, e, no 12º verso, o "voou" também [mas nesse caso é pra dar uma agilidade e uma ruptura na mensagem do verso, além de fazer com que o "voou" caia na 5ª sílaba... Aliás, na contagem geral, apenas na abertura dos "tercetos" é que você percebe a existência da cesura na 5, o que eu não tinha percebido :think: ]).

E quanto ao estrambote, pensei em Drummond ao escrever o poema, principalmente na forma como ele desenvolve a posição de um estrambote como forma de negação e como uma espécie de apêndice indesejável ao poema (a disposição gráfica é importante também). Mais rigidamente, o estrambote deveria ter três versos e seguir um esquema de rimas fixo; mas existem bons estrambotes de somente um verso, como o do Shelley no "Ozymandias". Gosto de pensar no estrambote como a raíz do soneto (alguns dizem que a gênese do soneto está na adição de dois estrambotes) e como aquilo que o faz transcender sua essência, como quando o soneto olha o que está além de sua estrutura.
 

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