Clara
Perplecta
Na temporada de assistir ou rever filmes natalinos a maioria das listas sempre tem esse clássico.
Assiti ontem e depois da diversão fiquei pensando nas estratégias do roteirista pra tornar a trama mais crível.
Consta no IMDb que o John Hughes estava preocupado de as pessoas, principalmente as mães, não acreditarem na possibilidade de uma mãe esquecer o filho em casa ao fazer uma viagem, então tudo foi planejado pelo roteirista de maneira a não ter nenhum furo nesse aspecto da história.
Começa pela briga do Kevin com o irmão na noite anterior a da viagem, que resulta em ele ficar de castigo, indo dormir sozinho no sótão.
Na manhã seguinte todos acordam atrasados por causa da energia que caiu durante a madrugada e no tumulto que se segue, na casa repleta de crianças e adolescentes, a filha mais velha faz a contagem de crianças e acaba confundindo o Kevin com o garoto vizinho xereta que fica no meio da família nesse momento.
As 17 pessoas vão pro aeroporto divididos em duas vans, uma com 9 e a outra com 8 passageiros (sem o Kevin, as duas estão com 8 cada, mas todos concluem que a outra van tem 9 passageiros) .
No aeroporto, os pais das duas famílias vão de primeira classe, filhos e sobrinhos vão de segunda. O pai entrega as passagens pra comissária sem perceber que a do Kevin não está lá, porque na noite anterior, durante a briga, ao limpar o balcão da sujeira feita, ele joga no lixo a passagem com o nome do Kevin.
Acho que essa parte é bem resolvida o que não acontece com outras, tipo, por que o Kevin não ligou pra polícia ao perceber que ladrões planejavam invadir a casa?
É certo que o telefone não funcionava, mas ele só veio a ter certeza disso horas antes da invasão, então poderia ter usado um telefone público.
Mas o que estraga um pouco mesmo é o fato de, depois de toda correria e desespero da mãe, implorando por passagens e pegando carona com o grupo de polca (John Candy ) ela chega em casa menos de dois minutos antes do resto da família, que veio tranquilamente no voo regular com as passagens compradas no dia em que deram pela falta do Kevin.
Acho que poderiam ter feito mãe e filho passarem o dia de Natal juntos e o resto da família chegar de noite ou na manhã seguinte, sei lá, o fato é que ficou meio mé, essa parte.
Li em algum lugar que estão planejando um remake do filme.
Curiosa pra saber como o garoto ficará isolado com a tecnologia atual, de celulares e internet, e com as piadas dos ladrões e a violência gráfica da maioria delas e que não são muito utilizadas hoje em dia.
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