O que, obviamente, é tão tosco quando falar que não vai votar na Marina pq ela é evangélica.
maizomeno. primeiro: a questão da orientação sexual da dilma é mera especulação, sendo que os panfletos visam justamente queimá-la com um grupo de eleitores baseando-se em uma provável mentira. sobre a marina, todos sabem que é evangélica mesmo até porque ela faz questão de deixar isso evidente. então mesmo que a vida pessoal das candidatas não seja relevante, já temos a primeira diferença entre os dois casos: um pode ser mentira, outro é verdade.
aí vem para a parte da política: a justificativa do evangélico de não votar em uma lésbica é medo que ela conduza suas decisões/ações tendo como foco sua orientação sexual e aí "destrua a família brasileira" ou sei lá o que. ok, cada um escolhe aquilo que o representa, etc. - o negócio é que a dilma tem já o histórico de quatro anos de um governo onde quase nada mudou para o grupo LGBT. ou seja: tanto pode não proceder a "acusação" de que ela é lésbica como também não procede o fato de que ela estaria "destruindo a família brasileira" (hehe), tomando decisões que tenham alguma relação com sua orientação sexual. lembrando que ela caradepaumente resolveu adotar agora a causa porque ficou feio pra marina a mudança no plano de governo e está só tentando faturar uns votos com isso.
já a justificativa do ateu para não votar em marina é que, por conta da religião, ela daria ainda mais força para a bancada evangélica que já enche o saco
sem um presidente evangélico que os apoie. então desculpa, até entendo onde você quer chegar (vida pessoal diferente de ações do gestor), mas o caso é que com a arregada para o malafaia a marina mostrou que o fato de ela ser evangélica é relevante sim. antes dessa arregada eu veria como você está vendo, uma tentativa de queimar a marina para um grupo em específico (e aí a semelhança dos que não votam na dilma porque ela é lésbica e quem não vota na marina porque ela é evangélica). mas depois dessa mudança no plano de governo, eu não boto mais minha mão no fogo por ela em termos de saber separar a religião da política, não.
não sei se fui clara, mas assim, só para resumir: depois do caso malafaia, o medo de que a religião influencie o governo de marina é muito mais justificado do que o medo de que a orientação sexual de dilma influencie um segundo governo dela.