Gandalf - the white
Usuário
eu tva pensando, e se Aragorn Gimli e Legolas, ao invés de ir atrás do pip e do merry, fosse atrás do frodo e do sam....o q teria acontecido?
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The Man disse:Esse é o manero da história!
Mas o Aragorn tomar uma decisao dessas seria completamente incoerente com ele. Eles dificilmente alcaçariam Frodo e Sam, e deixariam de ajudar Gondor.
Resumindo: Derrota na certa.
Seria mais ao estilo Beren se um humano entrasse furtivamente em Mordor para destruir o Anel. Uma coisa bem tolkieniana: um homem, sozinho.
Um homem já tinha portado o anele deu no q deu. Que clichezão seria se um homem portasse o anel,o grande herói salvando tudo.
Aragorn não ficou diminuído na história por não portar o anel. Ele seguiu seu rumo e se mostrou o grande homem q era.
Swanhild disse:E Olwë, se o Aragorn tivesse sido o Portador do Anel, teríamos juntos num personagem só dois papéis que estão separados no SdA: o do Portador e o do cara que atrai a atenção do Sauron para que o Portador possa cumprir a sua missão. É superimportante para o espírito do livro que essa separação sempre perdure, já que a única chance do Portador, fosse ele quem fosse, era entrar em Mordor sem chamar a atenção. E o Aragorn era talhado para chamar a atenção do Sauron porque ele era o herdeiro de Isildur e porque ele portava a espada com que o Isildur tinha tirado o Anel dele. Ele não poderia ser o Portador de jeito nenhum.
Pois bem...Aquela pressão popular por mais hitórias de hobbits explica porque o herói da aventura não é um homem, como os desígnios do final da terceira era parecem apontar. Podemos pensar que, do ponto de vista humano a história poderia ser mais natural se Aragorn fosse o herói a destronar Sauron (Elendil e os seus haviam enfrentado Sauron até em combate corpo a corpo, porque não um herdeiro à altura desse mesmo feito?). A importância de Aragorn será ainda discutida mais adiante e dá subsídio adicional à pergunta acima.
(...)
Ainda mais interessante é observar em Aragorn o redimir dos personagens épicos anglo saxônicos. Ele é o rei que retorna após milênios, trazendo a glória a seu povo. Nesse processo ele surge como o restaurador do caráter dos reis de outrora (os senhores de Númenor até Elendil), sem cometer o erro de mostrar orgulho exagerado, como no Beowulf ou de Beorthnoth no Battle of Maldon (esses poemas do inglês antigo foram bastante estudados por Tolkien e tiveram influência sobre suas obras). Ao contrário desses dois exemplos da antiga literatura anglo-saxônica, Aragorn não subestima o inimigo em nome de seu próprio orgulho passado ou de um espírito de cavalheirismo. Esse conceito, que Tolkien analisou em seu ensaio Ofermod causou a morte daqueles heróis e, mais importante ainda, provocou danos a seus povos e reinos.
No Beowulf o herói parte para combater o dragão sem o apoio de seus cavaleiros e levemente armado, em nome de seu orgulho e feitos passados, buscando talvez uma morte gloriosa. O objetivo só é alcançado por que um dos cavaleiros vem ajudá-lo e conseguem destruir o dragão, embora o herói esteja mortalmente ferido. No lamento por sua morte surge a crítica pelo comportamento, pois ela trará os inimigos do reino a afligir seu povo.
Um comportamento semelhante foi descrito no Battle of Maldon. Nesse caso os invasores viking estão contidos pelas forças de duque Beorthnoth em uma passagem de vau que pode ser defendida com facilidade. O invasor, argutamente conhecendo seu inimigo, solicita ao duque permissão para que suas tropas cruzem o vau, de forma que um combate limpo possa ser realizado. Com isso os ingleses são derrotados e o duque é morto juntamente com todos os integrantes de sua heoröwerod, cavaleiros de sua família ou próximos a ela..
No estudo acima mencionado, Tolkien analisa as duas obras e mostra que em ambas o respectivo compositor critica duramente aquele comportamento senhoril, que traz desgraça a seus povos em nome de um orgulho próprio. A análise do inglês antigo mostra esse descontentamento em grau elevado (o adjetivo em inglês antigo, que deu título ao ensaio, aparece apenas duas vezes em verso, uma delas atribuído a Beorthnoth, a outra a Lúcifer!).
As influências dos estudos de Tolkien nessas obras antigas são evidentes no Hobbit/SdA. Por exemplo, o canto final na Batalha dos Campos do Pellenor trás forte inspiração do Battle of Maldon, onde o nome dos membros da heoröwerod de Beorthnoth, caídos junto a ele na batalha, são mencionados com a dor de não vê-los mais com suas características de vida; o poema no SdA também faz o mesmo tipo de elegia aos heróis das várias raças que ali pereceram.
Nesse contexto assim discutido, Aragorn não desdenha o uso das armas do inimigo em nome de um combate limpo. Ao levar seus seguidores pelas Sendas da Morte e atrair para seu auxílio o exército dos mortos, ele está abdicando da pureza dos cavaleiros medievais, que apenas usavam armas leais. Aragorn usa contra seu inimigo (Sauron, de fato) as próprias armas deste, a sombra dos que já estão mortos e o pavor que eles causam (comparem com aqueles dos espectros do anel) para combater meros inimigos vivos, homens como ele. Nessa hora ele surge como o oposto de Beowulf ou Beorthnoth, preocupando-se em garantir seu (futuro) reino e povo, mesmo pelo uso de armas reprováveis (no contexto de outras histórias). Aragorn redime esses heróis anglo-saxônicos ao não apresentar o ofermod.
Olwë disse:Se Aragorn, Legolas e Gimli não tivessem seguido os orcs eles não teriam entrado tão afoitamente em Rohan, e Merry e Pippin dificilmente conseguiriam escapar da Mão Branca.
Por outro lado, se Aragorn entrasse em Mordor junto com Frodo e Sam, não vejo porque não pudesse se mostrar competente e útil. Afinal, ele já havia perambulado por lá antes.
Se não me engano, aliás, o Portador do Anel só foi Frodo por causa de uma questão editorial: o Hobbit.
Seria mais ao estilo Beren se um humano entrasse furtivamente em Mordor para destruir o Anel. Uma coisa bem tolkieniana: um homem, sozinho.
Toda a terceira era perdeu um pouco do tom, na minha opinião, por ser um hobbit o portador do Anel. Era para ser um edain, um humano (apesar de que os hobbits são, a rigor, humanos...). Mas desse jeito que ficou parece que os humanos não seriam capazes de dominar o Mundo e só seriam os herdeiros por uma espécie de abdicação dos elfos.
Resumindo: pessoalmente, eu preferiria que Aragorn tivesse sido Frodo.
Mas o risco, é que sem a humildade de um hobbit, provavelmente ao tentar fazer isso acabasse virando um Ar-Pharazôn...
P.S.: Ar-Pharazôn era "O CARA". (Ok... isso foi off-topic )
Pelo que vejo vc não gosta apenas de algumas coisas em Senhor dos anéis, na verdade vc não gosta da obra.Olwë disse:Uma Introdução à Obra Maior de Tolkien
por Enerdhil (Hypolito José Kalinowski):
Não culpo ninguém por discordar do meu gosto particular. Mas eu preferia que o Portador do Anel fosse Aragorn. Provavelmente ele seria apanhado? Sim. Provavelmente teria sido um erro de Aragorn? Sim. Provavelmente daria tudo errado e Sauron não seria derrotado? Sim! É isso mesmo! Quem disse que eu gosto do jeito como a história acaba em O Senhor dos Anéis?
Olwë disse:Frodo conseguir é tão absurdo quanto seria Aragorn conseguir
Era uma missão suicida. Aí é que está o clichê: alguém conseguir fazer algo virtualmente impossível só porque tem o coração puro. O fato de não ser Aragorn, mas sim um hobbit não muda nada.
Realmente não dá pra te entender, existe um mocinho mais mocinho q Aragorn, até sua mocinha ele tem.Olwë disse:Quando eu disse que preferia que Aragorn fosse Frodo ressaltei imediatamente que sabia que isso provavelmente faria dele um Ar-Pharazon. Mas por que eu preferiria que tudo desse errado? Justamente porque não gosto do clichê *vai dar certo porque eu sou o mocinho*.
Olwë disse:Esse clichê tem em mais lugares do que a gente normalmente se dá conta. Querem mais um exemplo? Neo e Trinity fazem isso o tempo todo em Matrix e Matrix Reloaded.
Até que às vezes é legal, mas não é sempre que dá para resolver qualquer trama de aventura por meio desse truque fácil.
Eu acho meio infantil. Não gosto. Se numa história algo tem todas as chances de dar errado, eu prefiro que dê.
Olwë disse:Nem se alegue que se não gosto de algumas coisas em Tolkien não tenho porque participar desta discussão. Gostar de tudo seria fanatismo. Não acredito que esse tipo de coisa seja saudável...