Caio, certo, isso é, filosoficamente falando, questão de cultura.E todos os meios são explicados por essa visão como "cultura" ou "questão de ideias".Pois bem se eu criar uma sociedade então, onde nada seja errado, o estupro, o assassinato, o roubo, o furto, o latrocínio, a corrupção, a morte, a violação de túmulos, o aborto, o homicídio, enfim, nada do que temos a visão de errado hoje em dia em nossa cultura ocidental, essa sociedade seria respeitável e inculpável simplesmente por que isso tudo não se baseia em erro?
Há certo e há errado sim.Se qualquer uma dessas coisas acontecesse a você ou a um familiar ou alguém importante para você, você veria desse ângulo.Se acontecesse comigo, também.Quando acontece com os outros, é fácil dizer que é questão de ideais e justificar os erros.É muito fácil falar que um marginal que tirou a vida de um filho querido para sua mãe sofreu pela exclusão social e não teve oportunidades, e que a culpa é de fulano ou ciclano, mas passar pela dor da mãe seria muito difícil ou insuportável.
É facil falar dessas mulheres que isso é questão de cultura.Mas será que se fosse questão de cultura aqui, na nossa sociedade, gostaríamos de ver nossas mães, irmãs, tias, amigas, enfim, sofrerem essa "normalidade"?Acho que não.Eu pelo menos não gostaria.Me desculpe mas não concordo com você.É seu ponto de vista, é sua opinião pessoal mas eu não concordo, mas não me dou ao direito de te desrespeitar por isso.
Outra coisa que me surpreendi:se os nazis tivessem empreendido uma campanha contra certos outros grupos, estariam justificados?Se tivessem dirigido seus massacres a outros alvos estariam corretos?Me desculpe mas massacre nenhum, é justificavel, e não existe, no nosso mundo, guerra certa por algo certo.Toda guerra é errada e para um motivo errado nesse mundo.
Como justificar MINHA guerra, MEUS assassinatos, MINHAS lutas, rixas, ódios e batalhas? Porque Eu posso, Eu vivo e tenho o direito de lutar, de me manter vivendo e vencendo, derrubando os obstáculos, me vingando de quem me prejudica. Os nazistas ou qualquer outro povo ou país seriam justificados como mantenedores de sua força, extirpadores do que é fraco, ignóbil e inútil. Eu justifico a eliminação dos fracos como forma de se preservar os fortes de sua sujeira e a batalha contra os fortes inimigos meus como forma de fortalecer meu povo, minha raça, meus irmãos e amigos.
Mas vocês falam claramente que devemos objetivar o certo e o errado, o bem e o mal! Eu me reservo no direito de ignorar essas divisões, essa prepotência, essa presunção de legitimar um código de ética universal.
E guerra é errada? Vingança é errada? Essa lei e essa cultura são erradas?
Mas que maravilhosa certeza absoluta vocês tem do Bem e do Mal, essa vontade forte de torná-los tão objetivos, imutáveis! A filosofia é relativista? A verdadeira filosofia, sim, não o dogmatismo barato, falso e antinatural de Platão e companhia. Graças aos deuses e aos homens fortes e inteligentes que tudo relativizamos!
Porque não há provas de objetividade alguma em lei alguma, em código nenhum, em nenhuma ética, em cultura alguma! Se a cultura afegã não se justifica, nem a nossa em condená-los! Porque essa 'justiça' é uma convenção!!! É essa convenção, esse acordo tácito e/ou expresso que devemos obedecer pelo bem da sociedade mas não podemos impô-lo a quem não o aceita, a quem não concorda com a convenção! É esse acordo jurídico, convencional, entre as partes que me impede de fazer justiça com minhas próprias mãos, Thorin.
Você pergunta sobre nossos escrúpulos com relação a esse acontecimento em nossa família e círculo de amigos, certo? Mas nossa lei é outra, temos nossa justiça, nossa cultura onde isso é anormal, feio, errado! Eu, se me sentisse ofendido, me vingaria no nome delas, mas a justiça faz isso pra mim...
Agora usar esses argumentos PASSIONAIS, puramente PASSIONAIS, para justificar uma intervenção cultural é o cúmulo dos absurdos. Essa é minha opinião, e não desrespeitei ninguém aqui.
Só vou lembrá-los de uma coisa:
Primeiro: Um tópico de assunto interessante já foi trancado em função do diálogo travado como uma batalha (e o mais engraçado é que os atores são os mesmos...)
Segundo: Respondendo a mensagem final do Caio: Não. Nós não temos paciência com briguinhas porque aqui não é lugar disso. Nosso propósito é manter as coisas legais para todos, não para poucos.
Terceiro: Não se equivoquem: nada passa pela nossa peneira. Já sabem: discussões são legais e devem ser produtivas, e cada um deve expôr sua idéia, mas saibam ser maleáveis com a opinião dos outros, mesmo que vá de encontro ao que achamos certo ou não. Mantenham o bom senso ou senão... enfim... pra bom entendedor, meia palavra basta.
Bem dito, sinal de que julguei certo. Para o mau entendedor, meia palavra é bosta.
Zoar os emos é algo natural na sociedade de hoje, mas na emolândia é desumano e cruel.
Reflitam
By Raphael S
The Philosopher
Isso foi bem interessante, e tem tudo a ver com o tópico. Quem ousaria chamá-lo de flooder? Eu não!
PS: A minha tese inicial foi um exemplo, essa história de eliminar os fracos e preservar os fortes é algo pessoal, algo muito meu, algo que não tem a ver com o mundo, mas algo que tem a ver com o meu interior.