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Crônicas de um artista Tolkieniano

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Foi durante o período de transição da Valinor que recebemos um e-mail de um jovem artista plástico chamado Douglas, que também atende pelo nick Imladris, nos enviou imagens de seus trabalhos inspirados em cenas dos filmes da trilogia.
Todos que tiveram a oportunidade de ver as obras ficaram maravilhados com a beleza e perfeição das cenas retratadas, o que nos levou não só a incluí-las em nossa seção Arte dos Fãs, como também a fazer uma entrevista especial com ele:

Lothlórien: Testando, 1, 2, 3... Parece que está funcionando. Olá Douglas! Para começar, poderia nos dizer seu nome completo, idade, cidade, essas coisas?
Douglas: Claro! Meu nome completo é Douglas de Campos Costa, tenho 26 anos, moro em Taubaté/SP (cidade onde nasci, situada no eixo Rio-São Paulo, Ubatuba e Campos do Jordão). Sou formado em computação científica pela Universidade de Taubaté e também em artes plásticas pela EMMAPC "Maestro Fego Camargo", de Taubaté.
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Desde muito jovem apreciava desenhar e pintar. Aos 13 anos entrei para a escola de artes e durante cinco anos pude estudar os princípios e conceitos que mais tarde me levariam a pesquisar entre os grandes nomes do passado (Rembrandt, Caravaggio, Vermer entre muitos outros) influenciando assim o desenvolvimento da arte e do estilo que hoje realizo.



L: Sua inspiração em Tolkien surgiu a partir dos filmes ou você já conhecia os livros?
D: Sempre busquei para meus estudos dentro da arte temas que não fossem convencionais ou de praxe (casinhas no campo, vasinhos com flores, barquinhos essas coisas que todo mundo que pinta teima em fazer...). Eu queria pintar coisas que fossem originais, com um significado mais profundo e não somente uma mera reprodução vazia de interpretação. Deveriam ser diferentes e ao mesmo tempo um desafio às técnicas que tencionava dominar (e que ainda continuo estudando por conta própria). Desse modo criei as bases dos temas que despertariam em mim um sentimento especial e pelos quais eu estaria disposto a pintar e desenhar. Antigo Egito, Grécia, temas medievais e minha musa Madonna (a cantora mesmo...) foram os primeiros temas a serem abordados, mas entre um e outro eu pintava lugares que não eram "reais". Um dia um amigo meu viu esses "lugares irreais" e ficou parado feito estátua na frente do quadro. Depois que ele saiu do "transe" me perguntou se conhecia J.R.R.Tolkien, pois minha pintura lembrava muito certos lugares de uma historia que ele conhecia bem (O Senhor dos Anéis). Como minha resposta foi negativa, imediatamente ele me emprestou os três volumes do SdA (uma das primeiras edições), O Hobbit e O Silmarillion. Isso já faz muitos anos e naquele momento em que terminei de ler os livros tive a certeza de que faria de tudo para poder ter em minha frente aqueles lugares e personagens que tanto passei a amar. Ainda me lembro que na época eu e o Herman (o amigo que me apresentou a Tolkien...) conjeturávamos sobre um dia alguém adaptar a história para o cinema. Eis que isso aconteceu e minha primeira preocupação foi saber se o filme refletiria realmente a magnitude do livro. Confesso que fiquei tremendo quando assisti o lançamento do primeiro filme e quase tive um treco dentro do cinema quando a cena de Rivendell se revelou frente aos meus olhos!!! Era daquele jeito que eu imaginava e aquele seria o primeiro quadro que faria para mim. Como não havia material publicitário daquela cena disponível na mídia, eu tive que assistir várias vezes ao filme para poder captar as nuances e o desenho. Por muito tempo eu desenvolvi estudos em desenho e pintura baseado tão somente nos livros, mas foi depois que assisti ao filme que me senti seguro e impulsionado a criar telas de tamanhos generosos. Assim nasceu meu mais querido quadro: Rivendell!!!
A partir disso tudo resolvi que usaria o filme como uma referência visual para meus trabalhos, com o cuidado de sempre escolher um ângulo diferente para tudo que eu fosse pintar. Assim não correria o risco de simplesmente copiar imagens públicas, pois não vejo graça de pegar um pôster do filme e tão somente pintá-lo. É preciso escolher um momento inusitado da narrativa para interpretar e com isso instigar nas pessoas que conhecem a história o reconhecimento da cena que lhes é oferecida através da pintura.


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L: Vc já fez outros trabalhos baseados em filmes ou obras?
D: Certamente. As Brumas de Avalon, de Marion Z. Bradley ; Contos Vampirescos de Anne Rice; Harry Potter ; Cleópatra ; O Príncipe do Egito, Spiderman, Batman, entre outros...



L: Quais as técnicas que você usa e qual a sua preferida?
D: Trabalho com várias técnicas de desenho: grafite (que é a minha especialidade), lápis de cor, aquarela, nankin, giz pastel, inclusive técnica mista (que é a mistura de mais de uma técnica e minha preferida para retratar pessoas). De pintura eu trabalho com óleo sobre tela que, de longe, é minha preferida para retratar os lugares que muito gostaria de estar!!!
Difícil me é escolher uma só, pois, os resultados são muito diferentes dependendo do que se tenciona criar. Hoje tenho trabalhado muito mais em óleo do que desenho pois a necessidade me conduziu por este caminho. Tenho um studio de arte onde ensino desenho e pintura para adultos e adolescentes e as pessoas sempre procuram a pintura em primeiro lugar, e somente mais tarde descobrem o universo maravilhoso do desenho. Por isso tento dar o melhor de mim pesquisando técnicas e estilos para poder ensinar aos meus alunos tudo o que eles quiserem aprender. (inclusive os vasinhos de flores...).


L: Você nos enviou alguns trabalhos com amigos seus caracterizados como personagens medievais. Isso leva a crer que se alguém pedisse uma tela caracterizado como um personagem de Tolkien você também poderia fazer, certo?
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D: Certo. O legal de você poder desenhar e pintar é que se pode criar coisas que na vida real seria um tanto difícil. Às vezes olho para as pessoas e elas me inspiram personagens de outros tempos em lugares que muitas vezes não existem mais. Através de meu trabalho posso mostrar as pessoas a forma como as vejo ou ainda representar a forma como elas gostariam de ser vistas ou lembradas...

L: Agora algumas perguntinhas de ordem técnica...
D: À vontade...

L: Você poderia fazer uma estimativa dos preços dos seus trabalhos, levando em consideração a técnica utilizada e o tamanho?
D: Irei me basear nas imagens que lhe enviei, embora nas fotos não possamos avaliar o verdadeiro tamanho da pintura ou desenho...
Rivendell (1,40 x 1,80m), óleo sobre tela - R$ 5.000,00 (na realidade não tenho vontade de vendê-la por isso o preço é alto, embora o trabalho técnico dela esteja avaliado em torno disso mesmo)
Legolas (0,90 x 0,90m) óleo sobre tela - R$400,00
Isengard e A Fuga de Gandalf (0,70 x 1,60m) óleo sobre tela - R$1.200,00
Isengard e Os Magos ( 1,10 x 1,60m) óleo sobre tela - R$1.500,00
Reis do Passado (0,70 x 2,60m ) óleo sobre tela - R$1.500,00
Segredos de Rivendell (1,20 x 1,60m) óleo sobre tela - R$ 1.500,00
A Invocação do Cavaleiro (0,80 x 1,00m) óleo sobre tela - R$1.500,00
A Índia Peregrina ( 0,70 x 1,20 m) técnica mista: grafite/pastel - R$1.200,00
Batman e Homem-Aranha (1,20 x 1,60m) óleo sobre tela - R$1.000,00

O valor de uma obra depende muito do tamanho e da complexidade daquilo que se deseja fazer. Um retrato em grafite, por exemplo, de aproximadamente 40 x 50 cm, vale em torno de R$ 300,00. Acredito eu que a maneira mais eficiente de se fazer uma estimativa é analisar cada trabalho separadamente, assim a pessoa terá a certeza de que está pagando um preço justo pela arte que lhe interessa adquirir.


L: Quanto tempo você leva para executar um trabalho?
D: Depende muito do tamanho, complexidade e tema a ser abordado. As estátuas, por exemplo, eu levei duas semanas para fazer cada tela, pois não dá tempo de ficar o dia inteiro pintando, e também porque é preciso esperar secar a tinta para criar os efeitos e acabamentos... Mas dependendo da urgência a gente sempre dá um jeitinho de terminar mais cedo!

L: Como as pessoas interessadas em seus trabalhos podem entrar em contato com você?
D: Através de meu e-mail, domna@uol.com.br, e quem tiver a oportunidade de acessar o site de meu Ateliê, poderá ver outros trabalhos meus aqui e aqui. Em breve estarei montando uma página na internet só para mim.

L: Douglas, muito obrigada por esta entrevista e por compartilhar conosco o seu maravilhoso trabalho!
D: Foi um prazer relembrar todas essas coisas para você Mystique. Espero ter conseguido lhe transmitir um pouquinho do meu mundo e sanar as questões solicitadas. Fico muito lisonjeado pelo interesse e reconhecimento de minha arte. Com isso sinto que consegui atingir meu objetivo ao mostrar aquilo que artisticamente sei fazer para as pessoas que realmente saberão reconhecer e apreciar .
Espero um dia poder conhecer pessoalmente você e todas as pessoas responsáveis por este site maravilhoso que é o Valinor!
 

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