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Criadores de monstros

Em meio a toda essa campanha de beatificação do astro Michael Jackson, ficamos nos perguntando do que realmente se tratou essa criatura tão mal-tratada.

Homem? Monstro? Síndrome de Peter Pan? Pedofilia? Vitiligo? Racismo? São muitas as perguntas sobre essa personalidade perturbada, confusa e fascinante por qualquer prisma que se olhe. Prefiro então analisar como se criou esse monstro, não monstro tido como vilão mas um monstro de complexidades, dificuldades, um labirinto humano.

1- Joe Jackson: criatura doentia de caráter falso, hipócrita e doente. Esse senhor, pai da família Jackson, foi o responsável pelo fenômeno Jackson Five e, por que não dizê-lo?, muito responsável pelo sucesso do jovem Michael. E pelas suas desgraças também.
Esse homem seria um disciplinador rígido, espancando seguidas vezes seus filhos nos ensaios. De fato segundo Michael, o cinto era o 'standard', não o impedindo de realizar surras com outros objetos como fios de ferro e outras coisas que estivessem à mão. A presença do cinto em suas mãos era o elemento essencial em qualquer ensaio.
Joe também costumava instigar a competição entre os irmãos em busca de melhores resultados. O Jackson que mais apanhava era Marlon, e mesmo entre os mais velhos, o ódio crescia graças a frases célebres do maníaco pai: "Vamos, façam direito, FAÇAM COMO O MICHAEL". Assim, inveja contra o pequeno Michael? Provável.
Além das violências físicas, o infeliz parecia curtir em tirar sarro dos seus filhos, especialmente de MJ. Se nos outros irmãos, ele ridicularizava habilidades artísticas comparando-os a Michael e mesmo tomando-o como modelo, em Michael, seu alvo preferido era humilhá-lo por causa do rosto que achava feio e zoava com seu nariz. Já naquela época!!!
É difícil dizer como as ofensas afetaram Michael e de que forma. As tais cirurgias obssessivas, principalmente no nariz, a tal 'máscara' de que tanto falam, não seriam um reflexo dessas ofensas? E as violências físicas? Poderiam ter sido sexuais? Se MJ fosse pedófilo, algo que duvido, desconsideraríamos um possível trauma de infância?
No caso dele, falemos de inúmeros traumas. A infância destroçada pelo sucesso absoluto, ensiaos incessantes, rotina louca, e permeando tudo um clima de violência física, psicológica e talvez até sexual? Seria certo condenar MJ por sua infantilidade? Na infância, ele sabia o que era ser criança?

2-Jackson Five: e o sucesso? Como ele se configura na mente de uma criança dominada por esses traumas? Não falo somente de seu pai agora, nem do sucesso, mas das pessoas do Jackson Five, seus irmãos.
Não sabemos até que ponto o clima opressivo de competição, até inveja instaurado por Josef afetou os outros irmãos. Com certeza, eles apanhavam mais, não podiam se safar tanto no caso dos mais velhos (seria o contrário, hoje, não?), viviam à sombra de MJ.
Eu pego aqui um exemplo nojento de violência psicológica, ou talvez uma omissão triste; MJ fala de noites em que seus irmãos levavam suas namoradas para os quartos de hotel e transavam com elas, no mesmo quarto. Como analisar um caso desse em que uma criança é exposta de forma forçada e cruel a uma situação sexual, que ela acabaria achando nojenta, doentia? E mais: aqui vejo um dos motivos para as excentricidades adultas do astro, talvez um nojo da relação sexual? Trauma?

3-Mídia: não há muito o que dizer aqui. Pelo menos, muito do que não já saibamos, já sentimos no nosso cotidiano. A pressão dos fãs, a perseguição da imprensa, as armadilhas sensacionalistas (incluindo chantagens de pessoas querendo se aproveitar de sua infantilidade bem característica, quase emblemática), a vigília constante, o personagem MJ moldado pelo pai, maquinador antigo, evoluindo por trabalho do próprio Michael (provavelmente ele nem sabia desse perigo) em uma personalidade cada vez mais problemática, mais infantil, mais reclusa, mais medrosa, mais fechada em si mesmo.

Termino aqui para vocês, amigos valinoreanos, tirarem suas próprias conclusões. Não sou psicólogo, no máximo um filósofo amador, nem memso um grande fã de Michael Jackson, só um admirador de sua vida, obra e pessoa. Nem quero santificar ninguém, só mostrar o que acho que foi 'influência da sociedade' ou algo pior na vida do cantor.

Santificar todo mundo santifica, antes era a Igreja, hoje é a mídia. Porque eu consideraria MJ santo? De forma hipócrita, eu diria que ele é tão santo quanto São Luís, São Pedro ou São Paulo. O que eles fizeram para merecer uma auréola?

Luís: liderou uma cruzada para fatiar muçulmanos

Pedro: babou o ovo de Jesus e fundou sua igreja, mas era um ignorante hipócrita e bajulador

Paulo: fez um tour pela Grécia. Para acabar com a fome e a miséria dos explorados pelos romanos? Não, para fundar igrejas de pedra, rezar missas e cuspir em pagãos livres de um ressentimento e ódio profundos como o dele

MJ: eu poderia citar só um exemplo, o do U.S.A. for Africa, que ajudou tantos miseráveis no continente africano. Porque não canonizar MJ, e tantos outros que cantaram ali?

É por essas e outras, meus caros, que não tenho medo de dizer que considero Mj sim santo, ele e tantos outros. Ele, vocês, todos nós, um pouco a cada dia, somos santos. Santo de verdade, não como a doença cristã sempre pregou...
 
Última edição:
Com certeza você sentiu brutalmente a morte do Michael.
Esfria a cabeça. A mídia é podre mesmo, e não vai mudar.
Quanto ao que o Micheal passou, tudo o que passou, apenas ele poderia responder.
Não foi pouco, com certeza.
 
Eu não diria brutalmente, mas aumentei muito meu ódio da mídia e ampliei meus horizontes quanto à reflexão sobre a existência humana.
 

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