• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Crash - No Limite (Crash, 2004)

pkerbel

B-A-N-A-N-A-S
Pronto. Os fãs do lixo podem defendê-lo aqui. :lol:

Estou muito curioso de saber pq gostaram desse filme.:think:

Para começar digo que a pior coisa de Menina de Ouro é seu roteiro, na minha opinião. De longe.

BOm, alguns diálogos me parecem bons e algumas cenas são bem conseguidas, em geral não me pareceram nada extraordinário e algumas me pareceram bastante ruins. Como exemplo, cada palavra que sai da boca de Ludacris. As pessoas brancas por aqui, as pessoas brancas por lá, é um insulto chamar-mos nos mesmos de niggas, os brancos têm medo da gente., etc. Se tivesse sido uma menção ou outra não teria me incomodado tanto. Mas o cara vomita monologos inteiros cheios, só disso.

TODOS estereótipos. Agora, Haggis usa estes estereótipos deliberadamente. Mas com que fim? Para nos mostrar a mudança dos personagens. Para nos mostrar a mudança de como vêem os demais. Mas não há complexidade nessa mudança. A excessão de Matt Dillon, todos os personagens mudam em questão de segundos. É como se Haggis, na hora de escrever o roteiro, ao mesmo tempo que pensava nos personagens, pensava também em como os podia manipular para dar sua grande mensagem. Desde a concepção, estes personagens não têm ar. Estão sufocados num esquema do racismo que não os deixa explorar outros assuntos. Todos os personagens se movem de um ponto A um ponto B.

Dillon acossa os negros (A) e depois se vê obrigado a salvar uma negra pela qual seus pensamentos se voltam conflitivos (B, e de fato o subplot de Dillon me agradou).

Ludacris é um bandido (A) mas depois demonstra seu desejo em fazer bem ao libertar os chineses (B).

Terrence Howard crê que é um diretor bem-sucedido (A) mas depois se dá conta que nada mais é do que outro negro no jogo dos brancos (B).

Sandra Bullock não confia em sua empregada (A) mas quando cai da escada e esta é a única que lhe ajuda então lhe abraça (B)

Não há complexidade. O filme é uma série de drafts de roteiros potenciais unidos sob um só tema: o racismo esta presente em nossas vidas mas nem todos os negros são maus. E insiste nesse tema durante todo o curso da filme. Haggis, em vez de utilizar algumas das histórias para explorar outros temas, decide reiterar seu tema principal em todos os cenários possíveis.

As metáforas das colisões, que todos nos batemos para sentir algo. Honestamente isso me parece um pouco a estudante de filosofia de universidade, mas em todo caso, a metáfora é usada tantas vezes que já ao final perde relevância. O filme começa com um batida, imediatamente Don Cheadle nos explica a metáfora do choque. Haggis não nos dá nem um momento para que nossas mentes possam tratar de analisar o assunto, senão que de uma vez só nos diz o significado. Dillon salva a Newton depois que ela teve um acidente (estão sentindo algo!). E no final, só para confirmar, há outra colisão. E quem sai? SHANIQUA.

Também está o assunto dos parentescos coincidentes que este filme tem com Magnolia. Em Crash, quase ao final, já quando os personagens começam a entender a situação e quando os assuntos mas importantes de cada trama começam a suceder, começa a cair neve (em California!). Que sucede em Magnolia num momento parecido? Caem rãs do céu! Agora, o que usa Crash como método para unir as histórias? Uma canção calma cantada por uma mulher. Alguém se recorda que método usado em Magnolia (que provavelmente o tomou de outro filme) para unir as histórias? Uma canção suave cantada por uma mulher (e a uso de uma maneira mas original em minha opinião).

Falava com um amigo meu faz uns meses que me disse que Wes Anderson como diretor era deficiente porque lhe roubava a maneira de fazer várias tomadas a Stanley Kubrick (com o da simetria). Haggis não "toma emprestado" de Magnolia simples tomadas, senão que formas completas de como estruturar uma história.

Ah, se ele for fazer um CRASH 2 ele precisa urgentemente de umas aulas com o Michael Mann se quer retratar Los Angeles decentemente.
 
Re: Crash - No Limite (Crash, 2005)

Tenho quase certeza que já existe um tópico pra Crash. Pelo menos eu me lembro de vários e vários posts sobre o filme.
 
Re: Crash - No Limite (Crash, 2005)

Pois eu não achei.

Mas então, vai defender o filme ou o que?
 
Re: Crash - No Limite (Crash, 2005)

E vc, pode falar direito com as pessoas ou o que?


Enfim, o roteiro que vc chama de cliche, eu gostei. É bem amarrado e tal. Discordo que as pessoas mudem abruptamente. A grande questão é que elas são ambiguas mesmo. A Sandra Bullock não fica boazinha do dia pra noite. ela não é uma pessoa ruim, mas estressada e traumatizada, o que enfatiza o preconceito dela. Ter recaídas é normal, todo mundo tem. O filme levanta exatamente isso, essa ambiguidade das pessoas. Os preconceitos que o filme mostra são bem reconheciveis. Quase todo mundo já cometeu ou sofreu algum. E por isso que gosto do filme, por nos fazer a encarar esse lado nosso de forma tão conexa. O fato das histórias se interligarem constantemente é apenas para mostrar mais facilmente isso, fechar o ciclo num grupo pequeno. Senão seriam apenas várias histórias usando o preconceito e em alguns casos com personagens das histórias sendo redundantes em relação a alguma outra história. Essa última frase saiu bem estranha, mas acho que deu pra entender. Eu também gostei bastante das atuações e tal. É o melhor do ano? Pra mim não, preferia Boa Noite e Boa Sorte. Munique também é ótimo. mas a familiariadade eficiente que esse filme me passou foi suficiente para que eu achasse justa sua indicação e, comparada com Cauboiolas, justa a sua vitória.
 
Re: Crash - No Limite (Crash, 2005)

Momentos constragedores (hilários, dependendo do humor de quem vê): A capa invisível em ação (close-up mais patético em muitos anos), sandra bullock despencando na escada, "hey, deixe-me pegar meu santinho aqui... POW", imigrantes asiáticos sendo liberados da van, etc, etc.
 
Re: Crash - No Limite (Crash, 2005)

Knolex disse:
E vc, pode falar direito com as pessoas ou o que?

:disgusti: :roll:

Desculpe então. Vou tentar de novo: O senhor, vulgarmente chamado de Knolex, poderia, por obséquio, contriubuir ao tópico com um post construtivo, em defesa (ou não) ao filme, ou ficará só nesse "Tenho quase certeza que já existe um tópico pra Crash. Pelo menos eu me lembro de vários e vários posts sobre o filme."? De qualquer maneira, grato.

Enfim, o roteiro que vc chama de cliche, eu gostei. É bem amarrado e tal. Discordo que as pessoas mudem abruptamente. A grande questão é que elas são ambiguas mesmo. A Sandra Bullock não fica boazinha do dia pra noite. ela não é uma pessoa ruim, mas estressada e traumatizada, o que enfatiza o preconceito dela. Ter recaídas é normal, todo mundo tem. O filme levanta exatamente isso, essa ambiguidade das pessoas.

O problema é que as pessoas de Crash, não são pessoas normais. São seres bidimensionais. São pessoas de cartoon, não de carne e osso.

Atuam de uma maneira só e sua suposta mudança, sente-se forçada. Na mesma noite em que roubamos um carro de uns brancos, atropelamos um chinês, quase o matamos e nos damos conta que há um carro cheio de chineses que deixamos livres enquanto em frente Shaniqua bate seu carro no mesmo tempo.

Alguns lhe dizem que são coincidências, coisas que podem acontecer, eu falo mal do roteiro, eu lhe digo sacar-se coincidências da manga para tratar de fechar uma história.

Os preconceitos que o filme mostra são bem reconheciveis. Quase todo mundo já cometeu ou sofreu algum. E por isso que gosto do filme, por nos fazer a encarar esse lado nosso de forma tão conexa. O fato das histórias se interligarem constantemente é apenas para mostrar mais facilmente isso, fechar o ciclo num grupo pequeno. Senão seriam apenas várias histórias usando o preconceito e em alguns casos com personagens das histórias sendo redundantes em relação a alguma outra história. Essa última frase saiu bem estranha, mas acho que deu pra entender.

Sim, a gente é racista e tem preconceitos, sim, estamos equivocados. Em palavras de Matt Dillon:

Big fucking surprise.

O racismo nos personagens é raso, superficial e eles apenas se dão conta que nem todos negros e latinos são malvados, então se abraçam à eles (a exceção de Matt Dillon, que é para mim o ponto alto do filme). É um racismo que só com uma boa ação de um membro de outra raça, desaparece.

Mas pelo que entedi, você não acha os personagens racistas e sim, pessoas com certos preconceitos. Certo?

Mas então o filme se enfoca em reiterar um tema uma e outra e outra vez em todos os cenários possíveis e com diferentes etnias. Não há profundidade. Não há complexidade. É um filme que tenta chegar direto ao coração. É um filme "independente", mas é manipulador com suas situações, tem personagens mal desenvolvidos, o roteiro é básico e simplesmente cria cenários para que seus arquétipos sigam a função pré-determinada pelo roteirista (essa função é a MENSAGEM), repete uma e outra vez seu temae, em minha opinião, o pior de tudo:

SUBESTIMA SEU ESPECTADOR.

O fato de que Haggis repete seu tema inumeráveis vezes, o fato de que os personagens sejam estereótipos, o fato de que repete sua metáfora três vezes, o fato de que o filme termine numa forma relativamente positiva.

Isso o fez para chegar em seu espectador. Para assegurar-se que ia-o comover. Para assegurar-se que ia fazê-lo chorar. Para assegurar-se que entendessem o ponto da história. Para assegurar-se que a gente entenda que tudo pode melhorar ao final. Para que a gente saia afetada mas de certo modo feliz. Felizes de que não somos os únicos com preconceitos e racismo em nossas entranhas. Felizes de que quando chegue o momento certo, esse preconceito, esse racismo pode desaparecer.

Aí foi quando Haggis me perdeu. Quando percebi que a única razão pela que tudo isso ocorra, era para que EU entendesse SEU ponto. Sua grande mensagem. E qual é essa mensagem: somos racistas e temos preconceitos, e não só os brancos, senão que todas as raças.

Crash tem toda a afetação de um filme que se está levando MUITO a sério, de um filme que para fazer acreditar que se está dizendo algo profundo, algo complexo, algo diferente.

Mas sabe, Senhor Haggis? Melhores cineastas o fizeram antes (Faça a Coisa Certa, por exemplo). Melhores cineastas exploraram a profundidade o tema do racismo.

Mas não ganharam prêmios porque não se fizeram sentimentais, não colacaram cancõezinhas (parecidas com das da Disney) no final do filme para unir todos os temas. Não colocaram neve caindo em California, ou policias racistas salvando negras ou brancas milionárias abraçando latinas. Não, terminam com perdas, danos fisicos e psicologicos e com destruição.

E isso é o que o verdadeiro racismo provoca. Isso é o que os diretores com verdadeira coragem fazem ao tomar um tema tão complexo e destrutivo. Não comovem seu espectador. PERTURBA-O.

Anyway, lembram de Menina de Ouro, ao final quando o hillbilly estereotipo que não sabia como boxear volta ao ginásio para treinar outra vez. Na história original, ele não volta. Haggis parece que se viu obrigado a agregá-lo para dar um tipo de final feliz ao público, para que não saíssem tão perturbados. Graças a Deus que Eastwood (com sua método "low key", calmo, escuro e sutil) conseguiu abaixar um pouco o nível de açucar desse roteiro clichê e estereotipado, porque se Haggis o tivesse dirigido (como era a intenção) já estariamos indicando o sucessor de Ron Howard!

Eu também gostei bastante das atuações e tal.

Não são ruins, mas não são nada excelentes. Apesar de Brendan Fraser e Sandra Bullock me parecerem péssimos, por exemplo.

e, comparada com Cauboiolas, justa a sua vitória.

Hum, não, mesmo. Cauboiolas está bem a frente pra mim. Pelo menos o Ang Lee teve coragem.
 
O maior destaque do filme pra mim e o q o torna especial é mostrar os dois lados do preconceito: aquele d quem pratica e aquele d quem sofre. E no final das contas, nos damos conta d q ninguém está isento. É muito fácil atacar o preconceito e pregar a tolerância, mas quando nos encontramos numa situação arriscada é difícil não recuar ou atravessar para o outro lado da rua. E pior ainda é quando este preconceito mostra ter fundamento. E então????? Vc admite para os outros q aquela impressão era d fato "correta" ou encombrem o caso para não serem acusadas d preconceituosas???? Ou seja, a fachada d politicamente correto é mais importante do q a própria verdade. Todas estas formas d lidar com esse defeito humano são mostradas no filme, e absolutamente ninguém está livre disso, ninguém é simplesmente um santo ou um demônio.

As histórias são rasas?????? Elas são desenvolvidas o suficiente num filme q conta com pelos menos seis linhas diferentes. Eles não me pareceram superficiais e consegui me identificar com absolutamente todos eles. As atuações estão muito boas, apesar d nenhuma merecer uma indicação ao Oscar exatamente por não dispor d tanto tempo na tela.

Os finais são felizes????? Não diria q completamente, mas sim dá um ar d esperança, o q d certa forma poderia ser melhor mas, IMO, não prejudica o filme. Além disso, a última cena mostra exatamente Shaniqua, q sofreu inúmeros preconceitos mas no final é ela quem o pratica, mostrando mais uma vez q falar é bem diferente d fazer.

Confesso q ainda não vi Magnolia e Short Cuts, os quais dizem ser bem parecidos com o vencedor do Oscar mas infinitamente melhores. De qualquer forma, Crash foi um filme q tratou do preconceito d forma ampla e cinzenta, nada d somente preto e branco, conduzindo a história com um ótimo ritmo e com diálogos e cenas memoráveis. Não t deixa melancólico como Munique, mas nos faz pensar sim. Sem dúvida, o melhor de 2005.

87
 
Última edição:
Eu vi o filme ontem, e ainda não consegui estabelecer uma opinião definitiva sobre ele. Me pareceu vários momentos bem nada demais.

Eu concordo quando o pkerbel diz que o Dillon é o melhor do filme. Ele é a personagem mais plausível do filme. Ele não expõem o preconceito, mas o tem. Todos os personagens do filme, quando batem o carro ou whetever, começam insultando o outro SEMPRE com conotações raciais. O Ludacris é o ladrão mais bem-educado e irreal que eu já vi no cinema.
O filme não aproveita o formato que tem, tem umas trinta histórias inúteis e sem resolução que tu não consegue se envolver e aquele close-up horrível que deve ter feito Sergio Leone se revirar no túmulo. Essa fórmula de Temperatura extrema + agitação social já tá cansando.


EDIT

Revi o filme e ele subiu um pouco no meu conceito. Estabelece uma tensão muito significativa e te deixa apreensivo no final. Algumas coisas eu entendi melhor, como o cara da TV aquele, e outras continuam lá... Acho que a intenção do Haggis fosse um pouco os estereótipos. Sei lá, ainda prefiro "Faça a Coisa Certa".
 
Última edição:
Primula disse:
Ué? Mas essa é a questão: preconceito torna as pessoas mesmo bidimensionais.

Concordo. E não só o preconceito, mas o controle que a violência e o medo desta exercem sobre as pessoas. Para se defender, acreditam que têm que atacar. Falo da reação das pessoas no filme, é claro. Mas a violência não pode ser combatida com mais violência, e entramos aqui num pensamento pacifista. Não sei se repararam, mas acho que no final do filme todos aqueles, pelo menos muitos dos personagens se acham fatigados daquela violência insana e inconsciente que estão infringindo a si mesmas. É um ciclo vicioso, que só pode ser rompido com o pacifismo - combater o mal com o bem. Acho que essa é a principal polêmica no filme, mesclado com o preconceito, que causa resultados igualmente desastrosos.

Gostei do filme por ser um filme inteligente. Acho que as relações humanas estão tão distorcidas por vários fatores tão negativos que uma conscientização, nem que seja um mero filme, é algo válido e muito coerente.
 
Esse filme é absolutamente ridículo e estúpido. O episódio de Seinfeld que eu assisti hoje tinha uma visão mais sofisticada de racismo do que isso. No entanto, o filme é bem divertido e engraçado (não intencionalmente), do jeito que novelas mexicanas são, por isso a nota relativamente alta.

28
 
Ei, Folco, na hora que a Sra. Morte chegar ela vai parar por uns 3seg pra rir e lembrar do momento que você decidiu perder seu tempo com Paul Haggis.
 
Sabe como em filmes pornô todos os diálogos são sobre sexo e todas as atitudes de todos os personagens em todos os momentos são movidas pelo sexo e ninguém age de forma remotamente parecida com uma pessoa normal?

Substitua "sexo" por "racismo" e você tem CRASH.
 
Última edição:
Concordo com o "V" , o filme tem altos e baixos, a "primeira hora" de filme é uma b**ta. Na minha opinião não mereceu o Oscar.
 
V disse:
Sabe como em filmes pornô todos os diálogos são sobre sexo e todas as atitudes de todos os personagens em todos os momentos são movidas pelo sexo e ninguém age de forma remotamente parecida com uma pessoa normal?

Substitua "sexo" por "racismo" e você tem CRASH.
Não é que eles só sabem falar sobre racismo, mas é como se o filme focasse apenas os momentos em suas vidas (e na vida de qualquer um) em que eles cometem ou sofrem preconceito.
 
Última edição:
Bom, melhor do que eu esperava (mas isso porque eu também tinha as piores expectativas possíveis para o filme). Há algumas cenas muito bem dirigidas e tensas (resgate no acidente de carro, menina da capa mágica), e alguns questionamentos são até bem pertinentes. No entanto, eu tive a sensação muito forte de que o Haggis resolveu anotar num caderno todos os casos de preconceito que ele já viu ou ouviu falar e pensou que ficaria muito bom misturar tudo num filme só, mas ele esqueceu que filmes necessitam de roteiro e coerência, além de atores não muito medíocres (como é metade do elenco aqui presente). Tudo isso deixa o filme um pouco forçado demais, e até bem previsível. A questão do preconceito é tão batida que perde completamente o impacto.

Sutileza caro Haggis, sutileza. Pode ter certeza que ela bem utilizada é capaz de inspirar uma maior reflexão sobre a atual condição das minorias éticas do que simplesmente fazer pessoas falarem sobre como os negros são inferiores 25h por dia.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo