Pronto. Os fãs do lixo podem defendê-lo aqui. 
Estou muito curioso de saber pq gostaram desse filme.
Para começar digo que a pior coisa de Menina de Ouro é seu roteiro, na minha opinião. De longe.
BOm, alguns diálogos me parecem bons e algumas cenas são bem conseguidas, em geral não me pareceram nada extraordinário e algumas me pareceram bastante ruins. Como exemplo, cada palavra que sai da boca de Ludacris. As pessoas brancas por aqui, as pessoas brancas por lá, é um insulto chamar-mos nos mesmos de niggas, os brancos têm medo da gente., etc. Se tivesse sido uma menção ou outra não teria me incomodado tanto. Mas o cara vomita monologos inteiros cheios, só disso.
TODOS estereótipos. Agora, Haggis usa estes estereótipos deliberadamente. Mas com que fim? Para nos mostrar a mudança dos personagens. Para nos mostrar a mudança de como vêem os demais. Mas não há complexidade nessa mudança. A excessão de Matt Dillon, todos os personagens mudam em questão de segundos. É como se Haggis, na hora de escrever o roteiro, ao mesmo tempo que pensava nos personagens, pensava também em como os podia manipular para dar sua grande mensagem. Desde a concepção, estes personagens não têm ar. Estão sufocados num esquema do racismo que não os deixa explorar outros assuntos. Todos os personagens se movem de um ponto A um ponto B.
Dillon acossa os negros (A) e depois se vê obrigado a salvar uma negra pela qual seus pensamentos se voltam conflitivos (B, e de fato o subplot de Dillon me agradou).
Ludacris é um bandido (A) mas depois demonstra seu desejo em fazer bem ao libertar os chineses (B).
Terrence Howard crê que é um diretor bem-sucedido (A) mas depois se dá conta que nada mais é do que outro negro no jogo dos brancos (B).
Sandra Bullock não confia em sua empregada (A) mas quando cai da escada e esta é a única que lhe ajuda então lhe abraça (B)
Não há complexidade. O filme é uma série de drafts de roteiros potenciais unidos sob um só tema: o racismo esta presente em nossas vidas mas nem todos os negros são maus. E insiste nesse tema durante todo o curso da filme. Haggis, em vez de utilizar algumas das histórias para explorar outros temas, decide reiterar seu tema principal em todos os cenários possíveis.
As metáforas das colisões, que todos nos batemos para sentir algo. Honestamente isso me parece um pouco a estudante de filosofia de universidade, mas em todo caso, a metáfora é usada tantas vezes que já ao final perde relevância. O filme começa com um batida, imediatamente Don Cheadle nos explica a metáfora do choque. Haggis não nos dá nem um momento para que nossas mentes possam tratar de analisar o assunto, senão que de uma vez só nos diz o significado. Dillon salva a Newton depois que ela teve um acidente (estão sentindo algo!). E no final, só para confirmar, há outra colisão. E quem sai? SHANIQUA.
Também está o assunto dos parentescos coincidentes que este filme tem com Magnolia. Em Crash, quase ao final, já quando os personagens começam a entender a situação e quando os assuntos mas importantes de cada trama começam a suceder, começa a cair neve (em California!). Que sucede em Magnolia num momento parecido? Caem rãs do céu! Agora, o que usa Crash como método para unir as histórias? Uma canção calma cantada por uma mulher. Alguém se recorda que método usado em Magnolia (que provavelmente o tomou de outro filme) para unir as histórias? Uma canção suave cantada por uma mulher (e a uso de uma maneira mas original em minha opinião).
Falava com um amigo meu faz uns meses que me disse que Wes Anderson como diretor era deficiente porque lhe roubava a maneira de fazer várias tomadas a Stanley Kubrick (com o da simetria). Haggis não "toma emprestado" de Magnolia simples tomadas, senão que formas completas de como estruturar uma história.
Ah, se ele for fazer um CRASH 2 ele precisa urgentemente de umas aulas com o Michael Mann se quer retratar Los Angeles decentemente.

Estou muito curioso de saber pq gostaram desse filme.

Para começar digo que a pior coisa de Menina de Ouro é seu roteiro, na minha opinião. De longe.
BOm, alguns diálogos me parecem bons e algumas cenas são bem conseguidas, em geral não me pareceram nada extraordinário e algumas me pareceram bastante ruins. Como exemplo, cada palavra que sai da boca de Ludacris. As pessoas brancas por aqui, as pessoas brancas por lá, é um insulto chamar-mos nos mesmos de niggas, os brancos têm medo da gente., etc. Se tivesse sido uma menção ou outra não teria me incomodado tanto. Mas o cara vomita monologos inteiros cheios, só disso.
TODOS estereótipos. Agora, Haggis usa estes estereótipos deliberadamente. Mas com que fim? Para nos mostrar a mudança dos personagens. Para nos mostrar a mudança de como vêem os demais. Mas não há complexidade nessa mudança. A excessão de Matt Dillon, todos os personagens mudam em questão de segundos. É como se Haggis, na hora de escrever o roteiro, ao mesmo tempo que pensava nos personagens, pensava também em como os podia manipular para dar sua grande mensagem. Desde a concepção, estes personagens não têm ar. Estão sufocados num esquema do racismo que não os deixa explorar outros assuntos. Todos os personagens se movem de um ponto A um ponto B.
Dillon acossa os negros (A) e depois se vê obrigado a salvar uma negra pela qual seus pensamentos se voltam conflitivos (B, e de fato o subplot de Dillon me agradou).
Ludacris é um bandido (A) mas depois demonstra seu desejo em fazer bem ao libertar os chineses (B).
Terrence Howard crê que é um diretor bem-sucedido (A) mas depois se dá conta que nada mais é do que outro negro no jogo dos brancos (B).
Sandra Bullock não confia em sua empregada (A) mas quando cai da escada e esta é a única que lhe ajuda então lhe abraça (B)
Não há complexidade. O filme é uma série de drafts de roteiros potenciais unidos sob um só tema: o racismo esta presente em nossas vidas mas nem todos os negros são maus. E insiste nesse tema durante todo o curso da filme. Haggis, em vez de utilizar algumas das histórias para explorar outros temas, decide reiterar seu tema principal em todos os cenários possíveis.
As metáforas das colisões, que todos nos batemos para sentir algo. Honestamente isso me parece um pouco a estudante de filosofia de universidade, mas em todo caso, a metáfora é usada tantas vezes que já ao final perde relevância. O filme começa com um batida, imediatamente Don Cheadle nos explica a metáfora do choque. Haggis não nos dá nem um momento para que nossas mentes possam tratar de analisar o assunto, senão que de uma vez só nos diz o significado. Dillon salva a Newton depois que ela teve um acidente (estão sentindo algo!). E no final, só para confirmar, há outra colisão. E quem sai? SHANIQUA.
Também está o assunto dos parentescos coincidentes que este filme tem com Magnolia. Em Crash, quase ao final, já quando os personagens começam a entender a situação e quando os assuntos mas importantes de cada trama começam a suceder, começa a cair neve (em California!). Que sucede em Magnolia num momento parecido? Caem rãs do céu! Agora, o que usa Crash como método para unir as histórias? Uma canção calma cantada por uma mulher. Alguém se recorda que método usado em Magnolia (que provavelmente o tomou de outro filme) para unir as histórias? Uma canção suave cantada por uma mulher (e a uso de uma maneira mas original em minha opinião).
Falava com um amigo meu faz uns meses que me disse que Wes Anderson como diretor era deficiente porque lhe roubava a maneira de fazer várias tomadas a Stanley Kubrick (com o da simetria). Haggis não "toma emprestado" de Magnolia simples tomadas, senão que formas completas de como estruturar uma história.
Ah, se ele for fazer um CRASH 2 ele precisa urgentemente de umas aulas com o Michael Mann se quer retratar Los Angeles decentemente.