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[Coluna] Protestar não restringe o direito de ir e vir. Aumentar a tarifa de ônibus, sim

Aqui em SP gora que governo estadual e municipal juntos recuaram, mas deixando claro no discurso que faltará investimentos em outros setores quero só ver da onde irão "tirar".

Prefiro esperar pra ver antes de dizer se tudo isso que rolou nos últimos dias realmente valeu a pena ou não.

Nada mais natural, né? Em primeiro lugar, é impossível evitar um efeito em cascata, ou seja, essas reduções não ocorrerão somente em SP e RJ. Infelizmente faltam terras férteis para plantar dinheiro, então os recursos deverão vir de algum lugar. É claro, podemos seguir a cartilha enlouquecida e aumentar o preço da gasolina (Petrobras agradece) para subsidiar o transporte público.

a questão do fim da PM foi levantada

Era só o que faltava.
 
Só a Militar Grimnir. E não uma critica ao conceito de policia ostensiva, mas sim ao caráter MILITAR dessa. Seria uma reivindicação para "humanizar" a policia militar, tirando o seu rótulo de militar, o que acabaria possibilitando que os policiais fossem cidadão comuns, que pudessem fazer greve como todo os outros trabalhadores, e que não tivessem certos "privilégios" que o rótulo militar acaba facilitando.

É uma luta até meio que histórica, pois envolve o debate de que a PM é uma instituição da ditadura que ainda insiste em existir.
 
Eu já nem ligo mais que me chamem de fascista.

Isso virou a maior putaria ideológica faz tempos.
 
O LOL é pq o seu "não ligo que me chamem de fascista" me lembrou isso...

Me chama de fascista! Me chama!
 
Última edição por um moderador:
Vixe, perdemos um apoio importante... :no:

Temendo anarquia, príncipe pede que monarquistas não apoiem protestos
Herdeiro da Coroa brasileira prega "prudência" para apoiadores da monarquia diante de manifestações populares pelo País


Casa Imperial do Brasil divulgou comunicado pregando afastamento de protestos:

O príncipe dom Luiz de Orleans e Bragança, chefe da Casa Imperial do Brasil, recomendou que os apoiadores da restituição da monarquia no País se mantenham afastados da onda de protestos registrada em diversas cidades brasileiras nas últimas semanas. Segundo o herdeiro da Coroa brasileira, os protestos evidenciam manifestações anarquistas que não devem ser compartilhadas pelos monarquistas.

"Em vista da onda de protestos que se generaliza por todo o País, refletindo um fundo de insatisfação geral e evidenciando que pode haver nos bastidores quem esteja procurando tirar proveito desses acontecimentos, e ademais considerando o risco de envolvimento em atos de anarquismo, (o príncipe) julga que a prudência impõe aos monarquistas absterem-se de qualquer participação em tais manifestações", diz comunicado divulgado na terça-feira pela Casa Imperial do Brasil.

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP


Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/,ece6304611e5f310VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html
 
Eu vi isso hoje mais cedo, achei uma atitude sensata da Família Imperial. Sensata e humilde.

Mas mesmo sendo monarquista ficarei do lado da massa mesmo. :yep:
 
Essa família real é um cu cagado, vô te falar.

Em pensar que o glorioso D. Pedro I e até o safadinho do D. Pedro II iam engendrar umas porcarias frouxas dessas. Cadê a Revolução Conservadora? A Guerrilha Imperial? A Manifestação Tradicional?

Cagalhões!
 
Essa família real é um cu cagado, vô te falar.

Em pensar que o glorioso D. Pedro I e até o safadinho do D. Pedro II iam engendrar umas porcarias frouxas dessas. Cadê a Revolução Conservadora? A Guerrilha Imperial? A Manifestação Tradicional?

Cagalhões!
Tu inverteu os Pedros ai não?
 
Engraçado que um monte desse povo (desculpa, Grimnir) de direita era contra o protesto, depois viu no que se transformou aí virou a favor e agora querem ditar as bandeiras dele. Impeachment da Dilma etc etc etc. É legal chegar no bonde e já querer se sentar na janela, né? Um bando de oportunista. E como postou (me esqueci de quotar, mas acho que era o) Felagund, todos esses partidos de esquerda estão nessa luta há anos e quem entra agora no bonde quer dizer a velocidade que ele pode correr?!


Puta falta de sacanagem! E agora como vamos nos virar?
 
Gostaria de dizer algo sobre as manifestações e me 'manifestar' ideologicamente aqui. Eu tenho acompanhado pelas redes sociais (além dos atos em Cubatão e em Santos, onde fui participar ativamente) a sequência dos eventos e dos efeitos dos eventos nas consciências individuais de certas pessoas, manifestantes ou não, além de uma certa consciência coletiva, semi-ideológica e plenamente ideológica.

Como disseram o Movimento Passe Livre existe já há algum tempo, luta por certas medidas, certas mudanças práticas na qualidade do transporte público, a forma como se deveria administrar o serviço, e ideologicamente, é um movimento de esquerda. Não é um partido nem um movimento que prega, pelo menos que eu saiba, essa ou aquela medida genericamente classificada como 'de esquerda', mas assim se denomina, de forma mais ou menos genérica, por seus membros parecerem ser ativos membros da esquerda, se manifestarem, agirem, reivindicarem direitos tendo como pontos epistêmicos e filosóficos a longa tradição de pensadores marxistas mais ou menos ortodoxos etc. Isso todo mundo sabe, ou deveria saber.

Por outro lado, o MPL jamais considerou, pelo que vejo, a necessidade de se aderir a certos princípios ideológicos mais claros da 'direção' embora, claro, creio eu, os deixassem bem claros para que as pessoas soubessem quem eles são, o que defendem etc. Isso é belo e moral, sem problemas aqui. O problema mesmo começa quando os manifestantes se multiplicaram fantasticamente, quando uma montanha de pessoas passou a aderir às manifestações. Seria vingança contra a PM? Um sentimento latente de revolta contra a forma como o Brasil, o Estado, seu município, enfim, a Nação, é administrada, governada e fiscalizada? Um instinto bestial de quebrar coisas? Um coice no queixo das autoridades pela forma trollesca como somos tratados diariamente por elas? Creio haver um pouco disso tudo aí, tudo junto e misturado, e talvez algo mais.

Uma analogia é aquilo que os pensadores tradicionalistas consideravam ser a identidade espiritual da massa: sua identidade como prakrti, a substância indiferenciada de que purusha, o espírito, se utiliza, o Sol iluminando as potências vitais da Lua, o Céu se casando com a Terra, para que dessa união sagrada (hierogamos) se nasça o cosmo. O cosmo é então o reino hierarquizado dos espíritos que formam uma matéria composta de infinitas possibilidades, que só se atualizam pela mesma energia espiritual solar. Já falei disso aqui antes. Sol e Lua. Céu e Terra. Purusha e Prakrti. Julius Evola considerava as castas como tendo uma identidade metafísica: os brâmanes possuem toda a autoridade espiritual do Alto, os xátrias a missão sacerdotal e política (sem separação) de governar o Estado como os deuses ao cosmo, os vaixás organizam suas vidas conforme o regime puramente econômico e material do cosmo, seguidos pelos sudras, que são a poeira, os inferiores, escravos, trabalhadores. Quanto mais próxima estiver do Alto mais distante a casta está da Matéria, quanto mais Alta for mais longe estará das paixões, da violência, dos desejos e prazeres imundos, das taras e obsessões, das influências psíquicas mais baixas e mesmo inférnicas e mais próxima da ciência, da purificação das paixões e controle dos instintos, das virtudes, do comedimento, prudência, controle de si, e dotados dos maiores poderes mágicos e espirituais, seguidores do mais árduo e santo ascetismo. Sim, é um pensamento totalmente anti-moderno a ponto de ser chocante.

Os governos se seguem, e novos governos se seguem aos antigos, por conta de revoluções de diversos tipos, sejam puramente religiosas, científicas, ou puramente políticas, mas claro que no mundo não existe nada de 'puro', existe toda uma relação mais ou menos orgânica em tudo que é humano. A crítica tradicionalista se foca no caráter involutivo dos ciclos da manifestação, em como as ideologias manipulam as massas ou as direcionam, como verdadeiras marés que eles surfam, para demolir o castelo da elite dominante e substituí-la, nunca por algo melhor (raramente) mas por uma elite amparada por uma ideologia pior, ou seja, cada vez mais materialista e espiritualmente decadente. Quanto mais involuída, dissoluta, decadente está uma sociedade maior valor ela dará a ideias e instituições que representam esse estado mais material, mais inferior da manifestação, o dos instintos e paixões.

Toda essa lenga-lenga metafísica que eu sei que ninguém aqui vai concordar serve pra amparar meu ponto. O que levou as multidões às ruas não foi patriotismo, nem uma verdadeira consciência política, mas um estado normal de todo grande levante, a insatisfação da massa com a forma com que é tratada pelos governos. É uma insatisfação legítima mas que nesse caso não tem como ser coordenada exceto muito fragmentaria e pragmaticamente por pequenos grupos regionais de líderes que nada mais fazem que tentar dar alguma organização a algo que grita em uma época que os princípios da massificação, da prakrti, explodem por todos os lados, de forma caótica, descontrolada, aglutinadas em certas bandeiras muito díspares, em certa insatisfação e em certa 'festa' de orgulho nacional, de militância por não sei o quê.

É nesse contexto que enxergo algumas discussões nas redes sociais: esquerdistas se sentem 'roubados' por uma suposta 'apropriação' de seus direitos pelo que chamam de 'fascismo', cheiram 'golpe' nessas manifestações mais amplas em vez de apoio. É até compreensível essa reação pelo contexto em que se iniciou o movimento e pela própria natureza militante da esquerda brasileira, tão intensamente envolvida em questões sociais, na luta por direitos aos moldes progressistas etc. É um engano porém, pensar que haja tal instrumentalização porque a direita brasileira, seja liberal ou conservadora, é completamente incapaz de articular qualquer coisa do tipo e o próprio apartidarismo nas ruas coíbe esses delírios, nem há qualquer organização nesse sentido em diversos outros pontos da própria agenda 'fascista'. De outro lado existe aquele grupelho de conservadores, essa olavetaiada e muitos monarquistas, que se inflamam falando de 'golpe comunista', de instrumentalização da massa, que logo se iludiram com o apartidarismo e engrossaram as fileiras da prakrti, justificando essa adesão pela expulsão dos partidos. Não se trata de 'autoritarismo', mas da exacerbação pela absoluta falta de representatividade nos meios democráticos 'oficiais', além de muito ufanismo e uma idiotice contra-revolucionária bem sintomática. O ponto que quero traçar aqui é o seguinte: a naturalidade orgânica que a esquerda militante possui nos fronts 'revolucionários', sua ligação histórica e, principalmente, ideológica com uma cultura de manifestação ativa. Daí a ojeriza aos 'coxinhas'. Já a direita, além de não ter uma unidade e nenhuma representatividade (oficial, ao menos), tem quase nenhuma cultura militante, pode até ter certo envolvimento em causas sociais e na promoção da agenda progressista mas isso se limitaria mais a uma burguesia, uma classe média alimentada por clichês vários. Pelo que eu percebo entre os conservadores o que existe mesmo é toda uma 'mitologia da revolução' que demoniza o marxismo como a pior calamidade da história e o responsável pelo mal no mundo, tudo em uma visão gnóstico-fatalista de péssimo gosto e é nesse nível boçal que a coisa se manteve e nem mesmo essa cultura impediu conservadores de se unirem aos 'coxinhas' e 'comunas de Satanás'. Enfim... lembrei também dos liberotários, digo, libertários fazendo coro aos gritos liberais exigindo 'menos Estado', 'privatização'. Isso poderia ter gerado muita merda em termos práticos mas não, afinal, quem liga pros anarcomiguxos e a bosta da Ayn Rand?

Coisa muito diferente ocorre com certa extrema-direita. Não sei como vai as coisas com os neo-nazis e fascis assumidos, mas as manifestações, inicialmente vistas com ojeriza, foram apoiadas, suportadas e a elas aderiram de forma muito entusiástica, muitos integralistas e vários tradicionalistas que eu conheço. Isso é muito interessante, porque mostra bem como a questão mística da 'revolução' é uma coisa verdadeira pra essas pessoas (sim, porque nem de 'grupos' se podem chamar), como é verdadeiro o legítimo sentimento de comunhão com as críticas da esquerda às privatizações e enxugamento do Estado, enfraquecimento das instituições e da eficácia da política e do próprio diálogo democrático pelos entraves e compromissos assumidos pelo governo com as elites econômicas do país e mesmo alianças aos interesses globalistas de vários tipos. Críticas ao capitalismo de forma geral e posicionamentos geopolíticos estão sempre em pauta quando os revolutionary-conservative se unem a protestos de todo tipo. Eu acho essas convergências muito interessantes e confesso que muito do meu interesse nesses protestos se deveu a uma curiosidade pela forma como que, em discurso e na prática, se daria essa participação.

De resto, tirando esses 10% (sendo generoso) de participações mais politizadas e bem informadas (embora igualmente confusas pelo rumo todo da coisa) o grosso das manifestações é de coxinhas mesmo, de pessoas de classe média exigindo ter seus direitos respeitados, o fim da corrupção, e toda uma série de medidas a nível federal, estaduais e municipais, inicialmente como apoio a São Paulo por conta da repressão de uma polícia militarizada e desumana, posteriormente como aquilo que todo o movimento nacional é: através dessas difusas bandeiras, desse apartidarismo vago e dogmático ao mesmo tempo, dessas reivindicações mais ou menos concretas, ufanismo e até mesmo certas alucinações 'revolucionárias' e 'anarquistas' por parte de uma massa de gente do tipo mais improvável, de coxinhas a proletários, de representantes da mídia a trabalhadores comuns, angariando ódios burgueses contra o petismo, mágoas marxistas contra o lulismo, um sentimento ardente, explosivo, apaixonado de revolta da prakti, da massa indiferenciada e amorfa contra algo muito indefinido a que decidiu chamar 'governo', por conveniência. Aí existe certo oportunismo embora eu considere isso muito vago pra ser chamado realmente assim, e é aí que ouvimos coisas fantásticas, como esquerdistas chorando que anarquistas estão se aliando aos 'fascistas' e outras barbaridades do tipo, que só demonstram como ninguém entende bem o que está acontecendo, quem está manipulando quem, se há manipulação, se há levante revolucionário ou um fogo-fátuo pseudo-primaveril, enfim, uma zorra do caralho. Prakrti. Caos.

Só queria observar que essas 'análises' minhas se dão baseado no que vi em certos manifestantes tanto pelo facebook como pelos artigos de blogs e notícias que li aqui e acolá, além de conversas com diversos amigos meus e seus conhecidos. É uma coisa muito tosca, pueril, de alguém que não tem lá muitos conhecimentos em política, tem pouquíssima margem, etc, posso ter falado muita merda, mas a minha conclusão é essa mesmo. A massa se descontrolou, transbordou e o que se iniciou como um apoio se inflamou em uma coisa muito maior, mais perigosa, descontrolada e que pode acabar, se apagar de uma hora pra outra. Ou não. E é por isso que eu apoio as manifestações e participo ativamente. Primeiro, porque quero conhecer essas pessoas, seus sonhos, desejos e ideias, por mais vagos e infantiloides que sejam na maioria dos casos, quero compreender como se forma essa consciência na prática, o desenrolar dos acontecimentos, a formação de uma luta política que se desprega não apenas das ideologias dominantes como de toda e qualquer ideologia exceto de restos misturados e mastigados delas, quero mergulhar nesse caldeirão de fogo que pode se apagar amanhã. Ou não. Esse 'não' me interessa. Segundo, quero sentir na pele e conhecer como se articulará a resposta do governo, em suas diversas esferas administrativas e ideológicas, a esses gritos descompassados. Quero aprender. Terceiro, quero entender o movimento, a direção pela qual a roda segue não importa, o que importa é ver como se caminha pela estrada, como se articula e se desenvolve a marcha da revolução, aquele fogo indistinto e primevo que me incendiou na adolescência e hoje volta a me chamar a atenção pela própria natureza do tradicionalismo, a Revolução é Deus. Não é Deus como está na Bíblia e na Tradição de forma geral, falo aqui do caráter ígneo da prakrti, do seu fogo abrasador de potencialização de forças vivas que mesmo que não tenham praticamente nenhum referencial para se formarem, se cristalizarem em algo coeso, se tornam combustível. Mas combustível para que...? Não sei.

Só o que eu sei é que existe algo metafísico e profundo nesses gritos, nada que eu tenha inventado, nenhuma ilusão que eu tenha criado, mas existe algo, algo que mesmo que não frutifique em nada sólido, pode ser sim o começo de uma nova forma de se fazer política, de falar e ser ouvido, uma forma de lembrar ao governo para quem eles governa. Nesse caso, eu fico com o Caos. Em outras palavras apoio as bandeiras mais concretas da redução da tarifa de ônibus enquanto observo o desenrolar dos acontecimentos.

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Quanto a esquerdistas com choradeira de 'sequestro do movimento', to aqui cagando de montes pra vancês.
 
Só a Militar Grimnir. E não uma critica ao conceito de policia ostensiva, mas sim ao caráter MILITAR dessa.

Voltando rapidamente a esse assunto: Na falta da PM, quem teria a prerrogativa de controlar, por exemplo, os vândalos da ALERJ? A polícia civil teria condições de agir? Ou, considerando o fim da PM, a polícia civil seria remontada?

Engraçado que um monte desse povo (desculpa, Grimnir) de direita era contra o protesto, depois viu no que se transformou aí virou a favor e agora querem ditar as bandeiras dele. Impeachment da Dilma etc etc etc. É legal chegar no bonde e já querer se sentar na janela, né? Um bando de oportunista. E como postou (me esqueci de quotar, mas acho que era o) Felagund, todos esses partidos de esquerda estão nessa luta há anos e quem entra agora no bonde quer dizer a velocidade que ele pode correr?!

Eu te desculpo, embora eu não seja o porta-voz da direita, nem aqui no fórum e em lugar algum.

Só pra constar, eu continuo totalmente contra o MPL. Só se fosse "Movimento Preço Livre". :batera: (Calma, Felagund, não dá Fail agora não... :mrgreen:).

Enfim, acho que o povo da direita reprovou o movimento pq inicialmente estava muito vinculado ao MPL, só que depois as manifestações assumiram um tom mais generalista. Assim, não vejo absurdo algum em encontrar no meio da muvuca demandas como "Chega de inflação", "Privatização já" ou "Volta Roberto Campos". E quem disse que os direitistas estão querendo controlar alguma coisa? O fato é que essas manifestações são ideologicamente incontrolável. O MPL não é porta-voz de nada, a não ser das suas próprias demandas, que, como eu já disse, representam uma pequena fração do movimento.

@Paganus

Postando on ecstasy. Texto muito grande, não vou quotar tudo, embora tenha lido. Concordo principalmente com o trecho abaixo:

É nesse contexto que enxergo algumas discussões nas redes sociais: esquerdistas se sentem 'roubados' por uma suposta 'apropriação' de seus direitos pelo que chamam de 'fascismo', cheiram 'golpe' nessas manifestações mais amplas em vez de apoio. É até compreensível essa reação pelo contexto em que se iniciou o movimento e pela própria natureza militante da esquerda brasileira, tão intensamente envolvida em questões sociais, na luta por direitos aos moldes progressistas etc. É um engano porém, pensar que haja tal instrumentalização porque a direita brasileira, seja liberal ou conservadora, é completamente incapaz de articular qualquer coisa do tipo e o próprio apartidarismo nas ruas coíbe esses delírios, nem há qualquer organização nesse sentido em diversos outros pontos da própria agenda 'fascista'.

No mais, é difícil avaliar o post, já que pensei em clicar em todos os botões de avaliação ao mesmo tempo, o que seria meio esquizofrênico.
 
Última edição:
Re: [Coluna] Protestar não restringe o direito de ir e vir. Aumentar a tarifa de ônibus, sim

Nada mais natural, né? Em primeiro lugar, é impossível evitar um efeito em cascata, ou seja, essas reduções não ocorrerão somente em SP e RJ. Infelizmente faltam terras férteis para plantar dinheiro, então os recursos deverão vir de algum lugar. É claro, podemos seguir a cartilha enlouquecida e aumentar o preço da gasolina (Petrobras agradece) para subsidiar o transporte público.

O que te faz pensar que nao da pra otimizar os "custos" do transporte publico?

So eh estritamente necessario tirar o dinheiro de outro lugar se nao tiver como fazer isso, certo?

Inclusive, a composicao de custos das tarifas ja foi encaminhada para o ministerio publico para revisao. So n lembro de quais unidades federativas :think:
 
Re: [Coluna] Protestar não restringe o direito de ir e vir. Aumentar a tarifa de ônibus, sim

O que te faz pensar que nao da pra otimizar os "custos" do transporte publico?

So eh estritamente necessario tirar o dinheiro de outro lugar se nao tiver como fazer isso, certo?

Inclusive, a composicao de custos das tarifas ja foi encaminhada para o ministerio publico para revisao. So n lembro de quais unidades federativas :think:

Eu não tenho dúvidas que os custos são otimizáveis. Na verdade, eu também não tenho dúvida que os gastos públicos de modo geral podem ser feitos de forma mais eficiente. A questão né se pode ou não, mas se há incentivos na mesa para que os políticos façam isso. E acho que não tem. Via de regra, para o político a solução de um problema é gastar mais, pq o benefício (político) de gastar melhor é muito pequeno.
 
Re: [Coluna] Protestar não restringe o direito de ir e vir. Aumentar a tarifa de ônibus, sim

Eu não tenho dúvidas que os custos são otimizáveis. Na verdade, eu também não tenho dúvida que os gastos públicos de modo geral podem ser feitos de forma mais eficiente. A questão né se pode ou não, mas se há incentivos na mesa para que os políticos façam isso. E acho que não tem. Via de regra, para o político a solução de um problema é gastar mais, pq o benefício (político) de gastar melhor é muito pequeno.
Eu acho que é exatamente nisso que as manifestações deveriam focar, já que engloba praticamente metade das revindicações.
 
Re: [Coluna] Protestar não restringe o direito de ir e vir. Aumentar a tarifa de ônibus, sim

E a solucao eh o povo levar a situacao ate onde for necessario pra mudar essa palhacada ai.

Grimnir, nao estamos na situacao de depender da boa vontade de politico para revisar custos. Estamos na situacao de dizer e impor a melhor forma de resolver o problema.
 

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