Primula
Moda, mediana, média...
Cientistas reativam DNA de mamífero extinto
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u403646.shtml
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Interessante pois há poucos dias vi um documentário sobre isso. Polêmicas com argumentos sem-noção a parte (fazer papel de Deus, devia gastar em outras coisas), houve um argumento que acho válido discutir.
Quem já assistiu Blade Runner, lembra de uma conversa sobre uma coruja. Deckard pergunta "Ela é real?" e a resposta negativa da mocinha. (mesmo assim é um artigo de luxo caro)
A questão levantada por um dos cientistas era essa: será que nessa brincadeira, a humanidade - cuja maioria é leviana - não vai acabar levando o problema da extinção na brincadeira?
Quero dizer "ah, mesmo que acabe, a gente pega o DNA e faz de novo".
Essa é uma questão relevante, ainda mais que qualquer clone não será igual á maravilha original (o que levou milhares de séculos para a Natureza construir, o Homem não pode fazer melhor em alguns anos).
Pois apenas alguns poucos terão a consciência de que esta é a medida final, quando tudo o mais falhou (como fazer uma mastectomia e arrancar a mama de uma mulher por causa de cancer, ou procurar cura da AIDS sem antes fazer prevenção).
O mesmo aconteceu com a operação cesariana. Antigamente somente quando era para impedir a morte da mãe ou do bebê, e depois que viu que era seguro (antibióticos, lavar as mãos antes da operação), foi banalizada e mesmo mulheres que não precisavam passavam pela cirurgia (que pode ser cobrada em convênios, ou simplesmente porque a mulher ficava aterrorizada com as estórias de parto)
Eu pessoalmente gostaria de "remediar" besteiras de meus antepassados, como o extermínio de tigres. E por remediar não é fazer como um pessoal que vi num documentario, que caçavam para ter o trofeu da pele, e depois arrependidos queimaram as peles (!!! então não contentes em tirar-lhes a vida, agora também apagaram todos os vestígios de que caminharam na terra?)
Por isso entendo essa vontade de desfazer um enorme erro.
Mas aqui no Brasil tivemos um problema interessante. No Sul do país, depois de devastar (na verdade substituir) a vegetação nativa por outra há décadas, as gerações atuais tentaram consertar a cagada de nossos avós, plantando árvores nativas de quando os nossos avós fixaram residência
O problema é que depois de décadas de vegetação substituta, criou-se todo um ecossistema já acostumado à nova vegetação, e os netos ao ficarem loucos plantando ipês, acabaram por colocar em perigo a fauna (bichinhos) que ali morou por décadas!
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u403646.shtml
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Interessante pois há poucos dias vi um documentário sobre isso. Polêmicas com argumentos sem-noção a parte (fazer papel de Deus, devia gastar em outras coisas), houve um argumento que acho válido discutir.
Quem já assistiu Blade Runner, lembra de uma conversa sobre uma coruja. Deckard pergunta "Ela é real?" e a resposta negativa da mocinha. (mesmo assim é um artigo de luxo caro)
A questão levantada por um dos cientistas era essa: será que nessa brincadeira, a humanidade - cuja maioria é leviana - não vai acabar levando o problema da extinção na brincadeira?
Quero dizer "ah, mesmo que acabe, a gente pega o DNA e faz de novo".
Essa é uma questão relevante, ainda mais que qualquer clone não será igual á maravilha original (o que levou milhares de séculos para a Natureza construir, o Homem não pode fazer melhor em alguns anos).
Pois apenas alguns poucos terão a consciência de que esta é a medida final, quando tudo o mais falhou (como fazer uma mastectomia e arrancar a mama de uma mulher por causa de cancer, ou procurar cura da AIDS sem antes fazer prevenção).
O mesmo aconteceu com a operação cesariana. Antigamente somente quando era para impedir a morte da mãe ou do bebê, e depois que viu que era seguro (antibióticos, lavar as mãos antes da operação), foi banalizada e mesmo mulheres que não precisavam passavam pela cirurgia (que pode ser cobrada em convênios, ou simplesmente porque a mulher ficava aterrorizada com as estórias de parto)
Eu pessoalmente gostaria de "remediar" besteiras de meus antepassados, como o extermínio de tigres. E por remediar não é fazer como um pessoal que vi num documentario, que caçavam para ter o trofeu da pele, e depois arrependidos queimaram as peles (!!! então não contentes em tirar-lhes a vida, agora também apagaram todos os vestígios de que caminharam na terra?)
Por isso entendo essa vontade de desfazer um enorme erro.
Mas aqui no Brasil tivemos um problema interessante. No Sul do país, depois de devastar (na verdade substituir) a vegetação nativa por outra há décadas, as gerações atuais tentaram consertar a cagada de nossos avós, plantando árvores nativas de quando os nossos avós fixaram residência
O problema é que depois de décadas de vegetação substituta, criou-se todo um ecossistema já acostumado à nova vegetação, e os netos ao ficarem loucos plantando ipês, acabaram por colocar em perigo a fauna (bichinhos) que ali morou por décadas!