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Cite um trecho do livro que você está lendo! [Leia o 1º post]

"A sensação mais sexy, excitante, romântica e explosiva do mundo se resume a alguns centímetros de pele sendo acariciada pela primeira vez em um lugar público. A primeira confirmação do desejo. A primeira indicação de intimidade. Você só tem essa sensação com uma pessoa uma vez".

(Oi, Sumido - Dolly Alderton).

Achei esse trem lindo demais da conta. 😍😍😍
 
"Se você é uma mulher na casa dos trinta e quer formar uma família, fica à mercê dos impulsos de homens excêntricos. Eles criam todas as regras, e a nossa única opção é acatar. Você não tem permissão para dizer o que quer ou o que a aborreceu, porque há sempre uma bomba armada subjacente ao relacionamento que explode se você parecer 'intensa' demais."

(Oi, Sumido - Dolly Alderton).​

Mais uma pedrada. Até agora, estou adorando o livro.
 
"Minhas maiores tristezas neste mundo foram as tristezas de Heathcliff, e eu vi e senti cada uma delas desde o começo. Meu maior pensamento na vida é ele. Se tudo o mais morresse e ele permanecesse, eu continuaria a existir; e se todo o resto permanecesse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria um poderoso estranho. Eu não me sentiria parte dele."

Estou relendo O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë, e, gente do céu! eu não me lembrava de que esse livro era tão bom! Essa fala da Cathy continua sendo uma das mais maravilhosas da literatura mundial, né? O trem é poético demais da conta! (Tô ignorando a parte da obsessão, da perda da subjetividade do sujeito, etc).​
 
Só tá lendo porque a Bella Swan recomendou né? Confessa aí. :chibata:
Quando lançaram uma edição com aquele treco: "O livro preferido da Bella de Crepúsculo", eu peguei ranço. E eu tinha gostado do romance, quando o li, há uns bons séculos. Desde o ranço, muita coisa aconteceu, eu virei crepusculete e parei de implicar com a Bella. hahahahaha​
 
Só tá lendo porque a Bella Swan recomendou né? Confessa aí. :chibata:
Esses dias tava vendo os filmes de crepusculo e percebi que a autora perdeu excelente chance de dar o sobrenome duck pra Bella e Swan para os vampiros, pra fazer analogia com o patinho feio :P

Pra não ficar totalmente off-topic:

"E existe a magia. E existem raças que não costumam existir em muitos outros mundos etéreos, como também existem seres comuns de certa forma, cada um à sua maneira. E para que as coisas não saiam dos eixos, ou para dar uma ajuda a seus campeões, a Lei das Fadas se estabelece sem estar escrita em pergaminho algum. Infelizmente, para os nova-etherianos, um dia até mesmo as fadas sucumbiram às tentações com as quais deveriam apenas testar os seres escolhidos, e a boa magia branca passou a dividir sua existência com a terrível magia negra.
Foi a época em que caíram fadas. Em que nasceram bruxas. Em que destronaram Reis. Dragões geraram-se do éter e príncipes se tornaram sapos. Uma época em que semideuses andaram na terra dos homens e abençoaram pessoalmente os heróis de muitos contos.
E então as bruxas desafiaram as fadas. E os homens desafiaram as bruxas.

Foi assim que nasceram as caçadas.

E foi assim que nasceram os caçadores." - Dragões de Éter - Caçadores de bruxas - Raphael Draccon
 
"Tivemos três dias de festa : haviam moças bonitas a contentar a setenta, quanto mais a sete estudantes ; feias então não falemos...
Faustino, olha, que há muita mulher feia neste mundo! Quanto bichinho careta se escondiam. Reconcavo, veio mostrar-se á luz do dia: eu fiquei espantado ante a imensa variedade e riqueza do reino animal! Vi tesouros incalculáveis, que poderiam bem povoar duzentas salas do museu nacional: no entretanto nada chegava a ousar comparar-se com um espectro de cinquenta e tantos anos, que se chamava Bonifacia: ah ! deveriam tê-la crismado com o nome de Malifacia ; tinha o corpo de um lagarto, uma carinha de gafanhoto, cabelos de ouriço, mãos de aranha, voz de sapo, rir medonho e um andar de lamber léguas. Era um ente espantoso. Desde o seu nascimento. O vigário da freguesia tinha hesitado em batizá-la, e não o fez senão depois que hábeis peritos declararam formalmente que era de fato uma mulher, e não um bicho : em suma era mulherzinha, que com seus oitenta contos de réis de dote, ainda não havia podido achar casamento, apesar de todos os esforços de sua família!"
(Rosa - Joaquim Manuel de Macedo).


:rofl:
 
"Ela se ajeitou no sofá, pouco à vontade.
— Quem é você? — perguntou Shadow.
— Certo. Boa pergunta.
Eu sou a mãe dos idiotas. Sou a televisão. Sou o olho que tudo vê, sou o mundo do raio catódico. Sou a expositora de tetas. O pequeno altar em torno do qual a família se reúne para louvar.
— Você é a televisão? Ou é alguém dentro da televisão?
— A televisão é o altar. Eu sou a entidade para quem as pessoas fazem os sacrifícios.
— O que elas sacrificam?
— O tempo de vida, principalmente — respondeu Lucy. — Às vezes, umas às outras." (from "Deuses americanos (American Gods)" by Neil Gaiman)
 
Meninas continuam a ser mortas e escolas, explodidas. Em março de 2013 houve um ataque a uma escola de moças em Karachi que havíamos visitado. Uma bomba e uma granada, foram lançadas no playground, justamente na hora que começaria uma cerimônia de entrega de prêmios. O diretor-geral, Abdur Hashid, foi morto e oito crianças, entre cinco e dez anos, ficaram feridas. Trecho de "Eu sou Malala". O livro é antigo, mas só agora consegui ler. Acho que as coisas continuam ruins no Irã, e adjacências..
 
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Bom, tô lendo umas duas páginas por dia de O Cálice dos deuses, de Rick Riordan (já em clima de últimos dias do ano). Eu meio que me perdi nessa história de não saber mais qual a ordem dos livros depois do quinto livro. Teoricamente, seria este, mas ele foi lançado neste ano, depois de todos os outros, e só entra como sexto livro da saga dos Olimpianos porque aborda o último ano do Ensino Médio do Percy, e porque reúne os três novamente, numa pegada meio nostálgica. Ao que parece, O Cálice dos deuses tem spoilers, porque fala sobre coisas que aconteceram em livros das outras sagas. Acontece que eu não vou conseguir ignorar o fato de ele ser o sexto livro da saga Olimpianos. Maldito TOC. Ah, sim, eu achei a citação engraçada.

A próxima saga é Os Heróis do Olimpo, né? Não sei quando vou ler.​
 
NANQUIM

Olhos de nanquim.
Escreves o dia
para teu próprio uso.
Calas como a fruta,
repartida de sol,
e que esconde,
em seus úmidos,
seus claros.
Ardes como a água
cheia de peixes vermelhos.
Repousas como as feras,
como as mãos fechadas,
tece com cordões
teu sono violento.
E em silêncio
bates a casa aberta
onde se mora e se morre,
onde o tempo trabalha
seus meio-dias,
seus punhais, sua cega luz.
E enquanto arquitetas a vida
com restos de vinho e copos de mar,
com linhas claras e escuras
e o troco do ônibus
e a dobra de noite do sexo,
bebes a luz do dia nas cervejas,
toda a tarde na espuma branca,
tanta alegria na esponja dessa dor,
tonto amor
nos olhos de nanquim.

_____
Ana Martins Marques, em A Vida Submarina.
 
"Alegre, vivo, espirituoso, não poucas vezes estouvado, e ordinariamente desinquieto, Américo transformára-se desde a feliz contradança, que precedera ao jantar, em um homem sério, acanhado, humilde e silencioso: sucede quase sempre assim; o amor se apraz destas transformações, e assim como faz do velho criança, do conquistador um escravo, do egoista um homem dedicado e generoso, assim tambem gosta de mudar a loquacidade em silêncio, o fogo em gelo, o estouvamento em placidez e prudência, o movimento e a ação em inércia. 0 amor opera seus milagres em tais metamorfoses : ele é capaz de fazer com que um jornalista fale sempre a verdade, e até mesmo com que um deputado não peça favores aos ministros de estado; ainda não se pôde provar que a sua influência chegasse ao ponto de fazer com que um ministro cumpra as leis conscienciosamente e não abuse; se tal consegue ainda, ficará acima de todas as duvidas, que o amor é capaz de produzir impossíveis."
(Vicentina - Joaquim Manuel de Macedo)
 
Acho que o que mais gosto em Murakami é o fator do inesperado, você nunca sabe o que vai encontrar e cenários e pensamentos assim te pegam de surpresa e lembram do pq vc está lendo...


"Para ser franco, dá muito trabalho viver. Não me importo nem um pouco de morrer agora. Não tenho energia para tomar a iniciativa para acabar com a minha vida, mas consigo aceitar a morte sem resistir, em silêncio. [...] No momento em que você concorda em aceitar a morte, passa a ter uma qualificação que não é normal. Pode-se dizer que é uma capacidade especial. Enxergar as cores emitidas pelas pessoas não passa de uma consequência de ter essa capacidade. O fundamental é que você consegue ampliar sua própria percepção. Passa a conseguir abrir as “portas da percepção” de que Aldous Huxley fala. E a sua percepção se torna genuína, sem impurezas. Tudo fica claro como se a névoa tivesse se dissipado. Você passa a ter uma visão panorâmica de um cenário que em estado normal não consegue ver. [...] Percepção é algo que se completa por si só, e não se manifesta externamente como um resultado concreto. Não há nada parecido com a graça. É impossível explicar como ela é em palavras. Você tem que experimentar por si mesmo. A única coisa que posso dizer é que, vendo esse cenário verdadeiro, o mundo que viveu até agora parece algo assustadoramente chato. Nesse cenário não há lógica nem ilógica. Não há bem nem mal. Tudo se funde em uma coisa só. Você também passa a fazer parte dessa fusão. Você transcende o limite do corpo carnal, e se torna uma existência metafísica, por assim dizer. Você se torna pura intuição. É uma sensação maravilhosa, mas, ao mesmo tempo, desesperadora. Afinal, você vai descobrir praticamente no último momento quão superficial e sem profundidade foi a sua vida até então. Fica horrorizado ao pensar, como consegiu, afinal de contas, suportar essa vida."

- de O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação.
 
"É característico do uso que Machado faz do narrador em primeira pessoa, seja ele Brás Cubas, o conselheiro Aires, ou o padre de Casa velha, que Machado está, de fato, bem distante do ponto de vista deles: o fato de todos serem, em graus diversos, convincentes e simpáticos como personagens é parte essencial desse distanciamento — foram intencionalmente concebidos para agradar o leitor, aliciá-lo no sentido de aceitar o ponto de vista do narrador. Em grande medida o fazem não simplesmente com argumentos sutis ou apresentando os fatos de modo convincente: a arma fundamental de que dispõem é o preconceito social. Concordamos com eles porque compartilhamos suas atitudes — é por isso que a (possível) inocência de Capitu levou tanto tempo para ser descoberta e, talvez, também por isso foi descoberta por uma mulher".

Machado de Assis: impostura e realismo (John Gledson). Obrigada, amigos da internet. E mais não digo. 🤭
 
"Eu tenho o destino do vento, e tenho a vida presa nas teias de uma esperança desconhecida. A rosa dos ventos. Tenho o destino dos pássaros. Voando, voando, até à queda final. Tenho destino de água. Sempre correndo em todas as formas, umas vezes nascente, outras vezes rio. Outras vezes suor e outras lágrimas. Dilúvio. Gota de orvalho na garganta de um passarinho. Sou vapor aquecido pela vida. Sou gelo e neve na câmara de um congelador. Mas sempre água, o movimento é a minha eternidade. Sou um animal ferido por todas as coisas. Pelo cantar dos passarinhos, pelo vermelho dos antúrios, pela floração das violetas. Ferida pelo sonho, pela ilusão. Pela esperança e pela saudade".

O alegre canto da perdiz - Paulina Chiziane.

Estou impactada. Espero que o livro continue bom.​
 

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