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Ciro presidente, Petista Aleatório vice.

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Boa notícia.
O Ciro só terá viabilidade eleitoral se conseguir costurar uma composição com o PT. Acho que até aqui ele vinha errando não tanto no conteúdo das críticas ao Lula e ao PT, mas no tom. Essa aproximação é estratégica, desde que consiga driblar o hegemonismo petista e buscar uma aproximação em torno de uma plataforma comum. Hora de colocar os ressentimentos de lado.
 
A frente ampla do PT: PT com PSOL e PCdoB na sua cola, como sempre. :lol:
 
pra esquerda e pra alegria do @Eriadan e tristeza do @Haran Alkarin o correto seria o Cirão da Massa candidato e o Maldade vice... ai sim, a chance de vitória seria grande visto que o Cirão tem menos rejeição que o PT.
 
Esquece frente ampla, e esquece esquerda vendendo ano que vem, tá mais do que claro que o PT não aprendeu nada.

A chance de vermos Bolsonaro derrotado é um candidato de centro-direita. Mas também não tenho muita esperança nisso.
 
O problema do Ciro é que ele só ganha se passar longe do PT e conseguir os votos petistas ao mesmo tempo. Ele precisa conseguir o que o Boulos conseguiu no primeiro turno de São Paulo-20.
 
Ciro tem chance, mas tem que passar longe do PT.

A leitura que eu faço é diferente. Acho que para que o Ciro tenha viabilidade eleitoral, ele precisaria necessariamente de algum tipo de costura com o petismo.

Por isso, como já comentei em outras oportunidades aqui, eu acho que ele comete um erro tático. Não pelo conteúdo das críticas que faz ao lulopetismo, com as quais eu concordo em boa medida, mas pelo tom. Não digo com isso que ele deva lamber o sapato do Lula, mas acho um erro queimar pontes. Manter as críticas, mas modular o tom é possível. O PT não vai compor com ele desde o primeiro turno, por isso o espaço do conflito é inevitável, se ele quiser se viabilizar como o candidato do campo progressista.

Se em hipótese o Ciro fosse para o segundo turno - o que no momento eu acho bastante improvável - ele levaria o apoio do petismo. E aí o PT tem muito mais capilaridade que o PDT, seja em movimentos sociais, sindicatos, associações as mais variadas, etc.

A aposta do Ciro é tentar crescer para o centro e para a centro-direita. Lembro aqui que em 2018, o PDT teve um flerte forte com o DEM e o próprio Rodrigo Maia depois disse ter votado nele. Só que eu acho - e posso estar enganado - que ele não vai achar espaço pra crescer aí.

Pra mim, o ideal seria a composição desde o início, com o PT indicando vice na chapa. Mas sei que não vai acontecer.
 
Se em hipótese o Ciro fosse para o segundo turno - o que no momento eu acho bastante improvável - ele levaria o apoio do petismo. E aí o PT tem muito mais capilaridade que o PDT, seja em movimentos sociais, sindicatos, associações as mais variadas, etc.
Cara, eu não vejo a massa petista fazendo uma campanha engajada pro Ciro em caso de vitoria dele sobre o Haddad pela vaga no segundo turno. É mais provável ficarem reclamando e dizendo que o PT tinha que ir pra Paris também.
 
Cara, eu não vejo a massa petista fazendo uma campanha engajada pro Ciro em caso de vitoria dele sobre o Haddad pela vaga no segundo turno. É mais provável ficarem reclamando e dizendo que o PT tinha que ir pra Paris também.

Penso nisso também. Até acho que parte da militância iria cair nessas provocações, dando vazão a esses ressentimentos, mas acho que, no final das contas, venceria o pragmatismo. Com todos os defeitos do petismo, ainda acho que os burocratas que controlam o partido tendem bastante para uma linha mais pragmática. E num cenário desses, em que eles estivessem fora do segundo turno, sobretudo se a peleja fosse com o bolsonarismo, acho que adeririam com força ao Ciro.

De qualquer forma, acho mesmo que não descobriremos, porque esse cenário de que estamos falando é bastante improvável.
 
Realmente temos percepções bem distintas. Tem um dado que ainda não vi em lugar algum e que provavelmente é o que causa essa diferença: como está a rejeição do brasileiro ao PT? Se isso foi importante para a eleição em 2018, deverá ser também importante em 2022. A gente vê que a aprovação do Bolsonaro está caindo, mas isso não me diz nada sobre a redução da rejeição ao PT.

De qualquer forma, se o PT está com essa bola toda, não entendo pq não tem nenhum político ativamente se manifestando em entrevistas e etc - diferente do Ciro.
 
Realmente temos percepções bem distintas. Tem um dado que ainda não vi em lugar algum e que provavelmente é o que causa essa diferença: como está a rejeição do brasileiro ao PT? Se isso foi importante para a eleição em 2018, deverá ser também importante em 2022. A gente vê que a aprovação do Bolsonaro está caindo, mas isso não me diz nada sobre a redução da rejeição ao PT.

De qualquer forma, se o PT está com essa bola toda, não entendo pq não tem nenhum político ativamente se manifestando em entrevistas e etc - diferente do Ciro.
O PT tem uma rejeição alta ainda, e é por isso que o Cirão aposta nesse distanciamento. Mas ainda sim é o único partido que possui militância real, e uma base de eleitores que pega sempre pelo menos 20% dos votos do país, mesmo quando perde como 94/98/18.

E também torço pelo PT não ir pro segundo turno ano que vem justamente pela sua rejeição. A chance do Haddad perder de novo pro Bolsonaro é enorme, enquanto vários outros nomes, como Ciro e o candidato X (que não sei ainda se será Doria, Huck, etc), podem ter chance por ter uma rejeição menor.



PS: Saudade Círculo da Lei, Sr. Grimnir.
 
Realmente temos percepções bem distintas. Tem um dado que ainda não vi em lugar algum e que provavelmente é o que causa essa diferença: como está a rejeição do brasileiro ao PT? Se isso foi importante para a eleição em 2018, deverá ser também importante em 2022. A gente vê que a aprovação do Bolsonaro está caindo, mas isso não me diz nada sobre a redução da rejeição ao PT.

De qualquer forma, se o PT está com essa bola toda, não entendo pq não tem nenhum político ativamente se manifestando em entrevistas e etc - diferente do Ciro.

O PT de fato não vive o melhor dos seus momentos. Encolheu bastante, basta olhar para os seus últimos resultados eleitorais. Mas ainda hegemoniza o campo político à esquerda e tem uma base social de fato, coisa que falta a todos os demais partidos de esquerda.
Além do que o @Neithan colocou, entendo que, hipoteticamente, se o PT não indicasse o cabeça da chapa, a importância da rejeição ao partido se diluiria consideravelmente.

Além disso, em 22, o país deverá estar numa situação lastimável, considerando as tendências do momento. Pandemia se agravando drasticamente, desempregados na casa dos 15 milhões (sem considerar os que já se encontram em desalento), sem perspectiva de vacinação numa escala importante no curto prazo que permitisse a retomada da atividade econômica num patamar relevante, recessão, situação fiscal agravada, para além de todo o desastre humanitário, etc. Eu olho pra tudo isso e me pergunto se o antibolsonarismo não poderá ser a bola da vez. Aí, é claro... ficamos no campo das especulações, não temos bola de cristal.

Sobre 18, eu ainda faria uma ressalva... sem pôr em dúvida que o antipetismo jogou um papel importante naquelas eleições, anoto que enquanto não foi impedido pela justiça eleitoral, quem liderava as pesquisas, com alguma folga, era o Lula, não o Bolsonaro. Mesmo tendo o seu capital político bastante dilapidado nos últimos tempos, o Lula ainda é uma peça relevante no tabuleiro. Goste-se ou não...
 
PS: Saudade Círculo da Lei, Sr. Grimnir.
Também. Smaug pode ser réu? Seria uma boa defesa.

Falar que o PT não vive um de seus melhores momentos é eufemismo. Eu tenho até certa dificuldade de enxergar o papel do PT como oposição, de tão apagado que está.

Enfim, o meu ponto que a esquerda perdeu em 2018 não foi por falta de "hegemonização" e não acho que isso é o que faltará em 2022. PT e Bolsonaro tem seus núcleos duros de eleitores, mas a gente sabe que são eleitores de centro que definem o resultado. A gente também já sabe qual vai ser a estratégia do Bolsonaro, vai dizer que quis governar, "mas que não deixaram". Vai dizer que a ameaça petista está voltando. Vai dizer que previu o caos, mas que não deixaram ele governar (sempre lembro do soldado de Gondor dizer "it is as the Lord Denethor predicted. Long has he foreseen this doom" e Gandalf respondem "foreseen and done nothing!").

Enfim, divago. Qual é a estratégia anti-bolsonaro? Quem está tentando conduzi-la? Dória e Ciro. Quem mais? Eu posso não estar acompanhando bem as notícias, mas eu não vejo outros atores no jogo. E aí me aparece o argumento de que o PT pode ajudar a conduzir a vitória e isso me parece quase cômico. Vai ser o cúmulo se a única alternativa ao Bolsonaro for o Lula, puta merda, perdoem o meu francês.
 
Também. Smaug pode ser réu? Seria uma boa defesa.

Falar que o PT não vive um de seus melhores momentos é eufemismo. Eu tenho até certa dificuldade de enxergar o papel do PT como oposição, de tão apagado que está.

Enfim, o meu ponto que a esquerda perdeu em 2018 não foi por falta de "hegemonização" e não acho que isso é o que faltará em 2022. PT e Bolsonaro tem seus núcleos duros de eleitores, mas a gente sabe que são eleitores de centro que definem o resultado. A gente também já sabe qual vai ser a estratégia do Bolsonaro, vai dizer que quis governar, "mas que não deixaram". Vai dizer que a ameaça petista está voltando. Vai dizer que previu o caos, mas que não deixaram ele governar (sempre lembro do soldado de Gondor dizer "it is as the Lord Denethor predicted. Long has he foreseen this doom" e Gandalf respondem "foreseen and done nothing!").

Enfim, divago. Qual é a estratégia anti-bolsonaro? Quem está tentando conduzi-la? Dória e Ciro. Quem mais? Eu posso não estar acompanhando bem as notícias, mas eu não vejo outros atores no jogo. E aí me aparece o argumento de que o PT pode ajudar a conduzir a vitória e isso me parece quase cômico. Vai ser o cúmulo se a única alternativa ao Bolsonaro for o Lula, puta merda, perdoem o meu francês.

A questão, @Grimnir , é que esse "núcleo duro" pode colocar alguém no segundo turno e assim definir as opções dos "eleitores de centro". Então, supondo que o Lula recupere os seus direitos políticos em tempo de se viabilizar como candidato, é possível que o seu francês vá ser mais acionado.

A propósito, o argumento foi o de que, para ter viabilidade eleitoral, o Ciro Gomes teria de passar por algum tipo de costura com o PT - costura essa que, desde o início, eu disse que achava bastante improvável no primeiro turno. Se, sem essa costura com o PT, o Ciro eventualmente conseguisse passar pro segundo turno - o que, novamente, me parece improvável - em tese, seria mais factível fazer essa costura com os petistas e ter ganho em base social, alcance e capilaridade. Por isso também eu disse que, na minha avaliação, o Ciro comete um erro tático, não pelo conteúdo das críticas ao petismo, mas pelo tom. E também porque, suponhamos que o Ciro seja eleito presidente da República. Considerando o seu programa de centro-esquerda, novamente, seria estratégico buscar uma concertação com os petistas para governar. No fim das contas, acho muito improvável que Ciro seja um candidato com viabilidade eleitoral para 2022 - o que, aliás, lamento. Mas, claro... tudo isso são especulações. O cenário é móvel. Difícil prever qual o quadro que teremos em 22, às vésperas das eleições.
 
O grande e eterno dilema do Ciro é bem por aí mesmo. Ele pode até ter muita vontade de querer bater não só no PT, como nos demais satélites-marrons da esquerda, mas no fundo sem o apoio deles, não consegue sair daquele patamar pouquíssimo flexível entre 10% a 12% que ele sempre consquistou em todas as eleições que participou e nunca avançou nada além disso.
 

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