Bom, mas o próprio Tolkien associava sua geografia com a geografia do mundo real. No livro do Michael White sobre a biografia de Tolkien, o próprio Tolkien fazia essa associações, paralelos entre a Terra media e a Eurásia e África. O "x" da questão é: COMO FAZER essa comparação. Fazer comparações sem um embasamento é que fica complicado entende e em alguns casos muito desconexo.
Bem, creio que para levarmos em conta esse paralelismo temos que fazer uma análise à um aspecto "conspiratório" sobre regiões marítimas "inóspitas" e sua correlação com as ideias especulativas (conspiratórias por óbvio) que surgiram com os casos do Triângulo das Bermudas e o Mar do Diabo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Triângulo_das_Bermudas e
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_do_Diabo
Neste sentido, uma das teorias elencadas pelos grupos conspiratórios é a de que tais regiões englobam "resquícios de vórtices" espaço temporais, espécies de buracos de minhoca que levam aviões e navios à dimensões alheias ao nosso espaço-tempo, vide:
http://portugalparanormal.com/index.php?topic=551.0
Neste sentido, eu tinha feito até um post especulativo falando de uma certa capacidade dos Valar (pelo menos Melkor é o expoente indubitável desse conceito) em se locomoverem não só na velocidade do "pensamento" já citado em um dos escritos do professor e que se encontra no site da Valinor:
Mas para os próprios Valar e também para os Maiar em certo grau: eles poderiam viver em qualquer velocidade de pensamento ou movimento que eles escolhessem ou desejassem[3] *.
* Eles podiam se mover para frente ou para trás em pensamento, e retornar tão rapidamente que para aqueles que estavam em suas presenças eles não pareceriam ter se movido. Tudo que era passado podia ser totalmente percebido; mas existindo agora no Tempo, o futuro eles apenas poderiam perceber ou explorar tanto quanto fora feito claro a eles na Música, ou, tanto quanto cada um deles estava especialmente interessado nesta ou naquela parte dos desígnios de Eru, sendo Seu agente ou Subcriador. Nesta forma de percepção eles não podiam prever nenhum dos atos dos Filhos, Elfos e Homens, em cuja concepção e introdução em Eä nenhum Valar tomou qualquer parte; em relação aos Filhos eles apenas podiam deduzir chances, da mesma forma que os próprios Filhos, embora com muito maior conhecimento dos fatos e dos eventos contribuintes no passado, e com muito mais inteligência e sabedoria. Mas mesmo assim sempre restava
alguma incerteza sobre as palavras e feitos dos Elfos e Homens no Termpo ainda não realizado.
Mas acho que não só é esta a única possibilidade de locomoção, conforme especulei neste tópico:
http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=105013
Post Original de Ragnaros.
"Já na guerra dos Valar contra Melkor foram concebidas carruagens para transportar a última flor e último fruto, pelas mãos de Aulë. A carruagem do sol especificamente demorou mais que a da lua para ficar pronta."
Pois é, e por falar nesse feito, reitero uma coisa que eu sempre imaginei numa visão "quase star-wars", vide a análise das seguintes passagens:
"E Aulë e seu povo criaram NAVES para contê-los e conservar seu brilho, como está relatado no Narsilion, o Cântico do Sol e da Lua." (Silmarillion - pag. 116)
Destarte, penso que houve uma linguagem figurada/metafórica que veio a descrever uma tentativa de invasão Arda - espaço sideral lançado por Morgoth contra Tilion. Vejamos:
"Atacou, então, Tilion, enviando espíritos de sombra contra ele, e houve luta em Ilmen sob os caminhos das estrelas, mas Tilion saiu vitorioso." (Silmarillion - pag. 120).
Ora, teria Sauron (sendo um ele um dos grandes entre o povo de Aulë), engenhado/construído algo análogo a Vingilot? Uma "nave" "complementada"/eivada com uma espécie de manto de sombras (já que Gorthaur era um grande manipulador de sombras) no intuito de Tilion não perceber sua aproximação? Bem, e se tal "nave" tivesse sido destruída e seus pedaços atingido a lua (explicaria os buracos que vemos na lua cheia)?
Já que fizemos referência às viagens espaciais, há uma passagem no Silmarillion que me remeteu a ideia de que Melkor pôde não "necessariamente macular" o universo, a exemplo do que ele fez com Arda, mas:
"E houve luta entre Melkor e os outros Valar. E, por algum tempo, Melkor recuou e partiu para outras regiões, e lá fez o que quis, mas não tirou de seu coração o desejo pelo Reino de Arda." (silmarillion - 11).
Sem dissentir:
"Transpôs as Muralhas da Noite com sua legião e chegou a Terra-média, a distância, no norte, sem que os Valar dele se apercebessem." (Silmarillion - 29).
Que outras regiões? Estaria havendo uma descrição de que Melkor viajou pelo espaço e protagonizou "ferimentos" nas nossas galáxias? Seria ele o responsável então por "dar início à deterioração" das estrelas de Varda (a criatura que ele mais odiava, por isso a rixa gerou essa "retaliação"?) no intuito de "criar" supernovas que destroem planetas? Seria ele o responsável por buracos negros que "engolem" sistemas solares inteiros?
Ora, "(...) e fez lá o que quis(...)"
Ademais, essa passagem parece corroborar com um pensamento que eu sempre tive a respeito dos Ainur e que já foi discutido aqui no fórum: "a capacidade deles (ainur) de locomoção na proporção da vontade/velocidade do pensamento". Ora, para ele poder viajar pelos espaços do universo, teria ele que viajar por buracos de minhocas (mas ele também tava em forma "espiritual ainda, por isso não vejo problema algum).
Teria então Melkor protagonizado uma espécie de "configuração" sideral a ponto inviabilizar vida em planetas mais próximos do da terra?
Ou já era do intuito de Eru em manter "zonas seguras" que separassem os muitos mundos e evitassem que povos e culturas acabassem "atrapalhando" o desenvolvimento de cada planeta?
Ora, no caso de Eärendil. Me parece que ele realizara viagens espaciais não só nas galáxias e universos tangentes e "medidos" pelo conhecimento astronômico humano, haja vista que:
Ora, fazendo uma leitura meio que "ficção científica", sempre imaginei, por exemplo, que Vingilot, após ser abençoada e "trabalhada" pelos Valar, veio adquirir feições e capacidades de um verdadeiro "UFO", não só uma nave espacial que voava além das galáxias, mas também uma nave que (agora extrapolando) conseguia "navegar" em regiões eivadas de "anti-matérias" ou até mesmo em regiões do universo que ainda estavam se formando (teria sido uma referência ao "oceano" de expansão que o universo ainda "sofre" hoje em dia?), vide o escrito: "Muito viajou ele (Eärendil) naquela embarcação, penetrando mesmo nos vazios desprovidos de estrelas" (O silmarillion - pag. 318).
Fonte:
http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=104987
Destarte, se levarmos em conta a extensão do nosso universo e o processo de expansão que ele (me corrijam se eu estiver errado) ainda sofre, este fato parece corroborar com a ideia de que Vingilot assumira uma condição existencial/estrutural suplantadora de um mero "estado físico" constituído pelas composições químicas/estruturais atômicas "familiares" da matéria de um objeto/corpo, haja vista que o contato da matéria com a anti-matéria enseja na aniquilação mútua entre ambas (vide o exemplo "pop" do helicóptero explodindo com o frasco de Anti-matéria no filme "Anjos e Demônios"), isso pode ser uma das construções imaginativas (ficção científica?) para trazer uma das explicações de como Eärendil pôde chegar "aos espaços entre os espaços" e ultrapassar a linha que separa a "fronteira de expansão" do universo, conforme supracitei.
Essa propriedade "mantenedora" da integridade do nosso astronauta e sua "nave-espacial" pode muito bem ser a somatória de algum processo de "purificação" ou "retomada" à um estado primevo "Puro" da própria Vingilot e quem sabe do próprio Eärendil, uma benção concedida por intermédio dos Valar, com alguma "ajuda" da própria Silmarill em posse do nosso piloto, de forma a permitir uma "navegação" pelo vácuo do universo ou a entrada de verdadeiros Buracos de minhocas (que daria uma ajudinha para que a humanidade pudesse chegar em outros planetas, porque depender "''''só"''' da velocidade da luz, é inviável para nós, chamas efêmeras) que facilitassem tal jornada:
Seria este um dos recursos para que Melkor pudesse "controlar" a navegação espaço-tempo que mencionei acima?
Teria Eärendil utilizado a "luz primeva" mantida na Silmarill para gerar um campo eletromagnético para "aprisionar um pouco" da essência e propriedades da anti-matéria que ele pode ter tido contato nestas viagens em regiões eivadas por esse aspecto da nossa física? Ora, tomando por base um exercício de imaginação somado à um conceito (possivelmente) científico estabelecido no filme Anjos e Demônios. Um "pote armazenador" de luz e pureza que simulassem o conceito do filme:
e:
Se sim, acho que isso poderia até trazer luz à uma possível explicação do grande estrago que Eärendil fez contra Ancalagon e a destruição decorrente do embate titânico ocorrido na Guerra da Ira, haja vista que a descrição da queda do dragão somada a destruição das Torres de Morgoth constituiria (para mim) uma "Linguagem figurativa" para explicar a potência exercida pelo binômio anti-matéria + matéria e sua contribuição para a devastadora consequência advinda de um continente inteiro partido e obliterado pelo combate entre os exércitos do oeste e as forças do norte. Vai ver que isto seja um paralelo entre as jóias do conhecimento primevo (Eärendil e a Silmarill) com o poder terrível dos Cristais descritos por Edgar Cayce:
http://www.crystalinks.com/atlanteancrystals.html
Será?
We find the entity was in the Atlantean land when there were the preparations of those things that had pertained to the ability for the application of appliances to the various elements known as electrical forces in the present day; as to the manners and ways in which the various crafts carried individuals from place to place, and what may be known in the present as the photographing from a distance, or the fields of activity that showed the ability for reading inscriptions through walls — even at distances, or for the preparations of the elevations in the various activities where there was the overcoming of (termed today) the forces of nature or gravity itself; and the preparations through the crystal, the mighty, the TERRIBLE CRYSTAL that made for the active principles in these, were a portion of the activity of the entity in that experience. For this entity, then … we would begin with the stone as the light of the activities in the temple in the Atlantean-Poseidian era. This might be termed the TUAOI STONE — T-u-a-o-i. This would be a six-facet stone of the height, as to proportion, with the rest of the chart as may be indicated. The STONE OF THE TUAOI would be opalescent, while the light would be indicated from the top in the rays of the white light. [The TUAOI stone] was in the form of a six-sided figure, in which the light appeared as the means of communication between infinity and the finite; or the means whereby there were the communications with those forces from the outside. Later this came to mean that from which the energies radiated, as of the center from which there were the radial activities guiding the various forms of transition or travel through those periods of activity of the Atlanteans.
Fonte:
http://www.mysteriousworld.com/Jour...ipher/TheWarOfTheJewels.asp#TheWarOfTheJewels
A irremediável destruição da Guerra da Ira:
Sem dissentir, isso até serviria como paralelo entre o uso do poder e a força para uma "Violência motivada por um bem maior feita por Eärendil X violência, tirania e destruição niilista promovida por Melkor no passado:
Simbolismo? A luz da aniquilação de Eärendil e:
A "retaliação" de Melkor com o ferimento ao universo (a luz que é bela, mas destrutiva, como uma interpretação do mal uso dos seus dons):
Isso me fez lembrar de algo que mais ou menos eu pensava sobre a harmonia inicialmente planejada e a criação do universo em Ainulindalë na representação (vide a imagem) mais próxima da criação (na minha opinião), com Eru (a grande luz) e os Ainur (os que seriam tido como Valar são os mais próximos e as maiores centelhas, com os Maiar como "pequenas chamas") no centro como as "luzes criativas/primevas" sendo elas as potências "geradoras"-cósmicas, cada Ainur como uma centelha como uma luminosidade que reflete ("tem seu tema") e orbitam uma luz "original" ("na chama imperecível colocada no centro de Eä") dando origem à galáxias, planetas, estrelas com a grande canção (na minha opinião é, em parte, uma descrição metafórica de algo que realmente vai além da compreensão das nossas mentes ou entendimento, à exemplo da correlação entre os ecoar dessa canção ser o motriz da expansão espaço-temporal que ainda hoje acontece):
E o resultado: "se faça luz, e a luz se fez, e o existir fora abençoado com a luz, calor, magnetismo, gravidade e todas as energias para/do universo (o nosso)." Sendo os maiores Ainur, mais tarde denominados Valar, os "dominadores"/senhores desses "reinos" (em todo lugar e em lugar nenhum) já que seus poderes ainda não tinham sido "contidos" na terra (como condição de Iluvatar para àqueles que tinham adentrado em Arda).
Fonte:
http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=105013
Ressalte-se, por oportuno, que a obra demonstra elementos integrantes destas viagens por vórtices/buracos de minhocas e creio que pela (possível) "similaridade" espaço-geográfica que o Triângulo poderia ter com a região que era a fronteira/rota marítima/náutica outrora existente entre os elfos da Terra-Média que almejavam habitar e chegar as terras abençoadas antes da queda de Númenor, pode muito bem ser que tais portais sub-existam e que só aos "verdadeiros Titulares" (elfos) estariam destinadas tais passagens, de forma que, especulo que estes buracos de minhocas não tenham somente uma propriedade física (no sentido da jornada física até um "outro universo/dimensão" em que Valinor estaria inserida), mas poderia ser uma porta de entrada de purificação espiritual/metafísica/etérea para os "Primogênitos" definhados pela contaminação do "elemento Morgoth" presente em seus corpos (gostaria de saber os paralelos de folclores e mitos acerca deste portal de purificação/abertura de selos/chácaras):
Acrescentando:
Infelizmente para os homens, de intelecto, alma e corações limitados e decaídos pela "desobediência", mas "agraciados acidentalmente" na chegada à esses vórtices, conforme o Silmarillion:
E surgiram relatos e rumores, ao longo das costas do mar, sobre marinheiros e homens perdidos nas águas, que, por alguma sina, graça ou concessão dos Valar, haviam entrado pela Rota Plana e visto a superfície do mundo sumir abaixo deles, e assim chegaram aos cais iluminados de Avallöne, ou mesmo, às últimas praias no litoral de Aman; e ali contemplaram, antes de morrer a Montanha Branca, bela e Terrível
- Akallabêth - pag. 359.
Acho que para mente humana isso seria quase uma "Odisseia no Espaço":