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[Call of Cthulhu] As Máscaras de Nyarlathotep (ON)

Alex não reconhece nenhum dos homens que estão fazendo a descarga do caminhão. Quanto ao Sr. Emerson, se mostrava um típico negociante endinheirado e ganancioso. Não tinha bom gosto para decoração e nem era muito rico, certamente, mas se vestia muito bem e era bem educado.

O empresário continua aguardando, ansioso, uma resposta dos seus visitantes. Enquanto isso, abre uma gaveta de sua mesa, retira dela uma caixa de charutos cubanos, pega um para ele (o qual abre e acende com um jeito ritualístico de apreciador) e depois os oferece a vocês, deixando a caixa sobre a mesa.

- E então, que tipo de mobililário estão pensando em comercializar ? - pergunta olhando já meio desconfiado para o grupo, depois da primeira baforada no havana.
 
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Dr. Ward recusa o charuto oferecido pelo empresário e quando questionao pelo mesmo sobre o interesse comercial do grupo, o médico nota um certo sarcasmo nas palavras do Sr. Emerson, certamente o detetive precisava descobrir e responder aquilo que o empresário estava querendo ouvir ou não conseguiríamos, novamente, qualquer pista para continuarmos com as investigações a respeito da morte de Jackson Elias.
 
Qiang Zhi

O chinês estava de pé na sala, prestando atenção na conversa a medida em que anda pela sala, visualizando as janelas, assim como fizera na editora. Reparava em seguida na decoração da sala, afinal um homem endinheirado deveria possuir algumas relíquias que despertariam o interesse de Zhi possuir, certamente. No mínimo, tivera contato com muitas peças raras, que vieram de outros países esperando para serem apreciados e avaliados como deveriam. Percebe então o início da impaciência do homem, afinal sabia bem o quanto era empolgante tratar de negócios e o quanto era frustrante desviar deste após iniciado. Assim, assume a palavra, aproximando-se da mesa e após uma olhadela nos charutos, começa a falar.

- Senhor Emerson, acho que é evidente que não queremos nada pequeno, estamos interessados em peças caras, peças trabalhadas, peças para uma classe social mais alta. Aposto que o senhor aprecia, como eu, peças bem trabalhadas que adquirem um valor único para cada uma delas. Aposto que passam por aqui muitas peças assim acada dia, não??

Zhi percebe que seu olho começara a brilhar e ele havia se empolgado um tanto ao pensar na quantidade de peças que poderiam haver naqueles galpões, assim contém-se um pouco.

- Elias nos indicou boas peças que vira durante suas viagens. Sendo assim, estamos interessados no caminho que ele percorrera, pelas terras africanas. E assim, torna-se evidente o nosso interesse no contato que este tivera com o senhor. Se puder nos dar mais detalhes sobre esses contatos de Mombasa, eu agradeceria.

Termina com um sorriso em seu rosto e, após ajeitar seu chapéu, recua um pouco, apreciando visualmente a embalagem dos charutos e quaisquer outros objetos que venha a chamar sua atenção na mesa de Emerson.
 
Antonio sentou-se em uma das cadeiras e pegou um dos charutos.
Estava impaciente por não saber qual o próximo passo que deveria ser dado.
Pensava em conseguir extrair as informações de Emerson duma maneira menos sutil e mais eficiente.
Novamente deixou os outros do grupo que já haviam iniciado a conversa darem continuidade.
 
Alex continua quieto. Foi uma boa idéia o Oriental começar a falar. Parece bem a vontade com o assunto.
Ele não aceita o charuto, mas também começa a ficar impaciente...
 
Adam ficou grato com a iniciativa do chinês, não iria conseguir levar a mentira que produzira por muito mais tempo. Estranhava o fato do homem não ter se informado da horrenda morte do professor, estava gritante em qualquer jornal matutino daquele dia. Deveria trazer aquela trágica notícia mais uma vez? Se adianta, ávido pelos charutos que o dono da importadora oferecera. Acende-o rapidamente com o próprio isqueiro prateado, tragando com voracidade. Desejava imensamente os havanas dos colegas que recusaram. Espera o antiquário terminar, meneando afirmativo cada afirmação do oriental, era mais convincente ouvindo-o falar, pois lidava com a atividade e peças raras. Só que não deveria haver licitude alguma no trabalho dos dois malditos, era o que pensava, expelindo a fumaça longe. Retirou o cartão da importadora e depositou a frente do Sr. Emerson.

- Exatamente, é sobre as peças africanas que estamos interessados. Este nos foi entregue pelo próprio Elias. Indicou também outro homem, o nome está no verso do cartão. Sabe de quem se trata?

Observa atentamente a reação do homem ao ler o que estava escrito.
 
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A repentina intromissão do chinês levou o rumo da conversa para algo mais específico e que encurtavam as chances de conseguir uma pista válida ou ao menos um rumo certo a ser tomado. O médico ficou surpreso com essa atitude do oriental que sempre pareceu quieto, talvez essa sua quietude seja a responsável pelo seu bom discernimento quanto ao assunto que tínhamos real interesse no momento e isso talvez convença ao empresário que viemos exclusivamente para negociar.

Dr. Ward nota que o detetive tinha ficado aliviado e logo tentou seguir uma linha que achou ser a que o chinês seguia e mostrou ao Sr. Emerson o cartão da importadora avisando ao mesmo sobre o nome incluso no verso do cartão. Era um bom ponto de partida, mas poderia também ser algo irrelevante para o empresário já que é natural que uma importadora, ao prestar seus serviços, deixem cartões contendo telefones para contato e endereço.

Era esperar para ver qual rumo essa situação tomaria e quando pudesse, tentaria auxiliar de alguma forma.
 
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CAPÍTULO 1: NOVA IORQUE
Cena 4 (rápida): Importações Emerson
Local: Prédio da Importadora “Emerson” - ~ 9:05
Investigadores:
Todos

Enquanto alguns de vocês recusam os charutos, outros os aceitam de bom grado. De fato, o semblante do Sr. Emerson se mostrava a cada instante um pouco mais fechado, talvez desconfiando da disparidade entre os membros de um suposto grupo de negociantes. Ao ouvir as palavras de Zhi, sua expressão chega ao limite da curiosidade. Quando o detetive Sullivan põe em sua mesa o cartão de sua própria empresa, ele se mostra surpreso. Ele para para pensar alguns instantes antes de responder:

- Sim, entreguei eu mesmo esse cartão ao Sr. Elias quando ele esteve aqui há uns dois ou três dias. E essa letra é minha, fui eu quem lhe indiquei esse homem.

Agora são vocês que ficam ligeiramente surpresos e ainda mais curiosos. Antes que lhe perguntem mais alguma coisa, ele continua:

- O Sr. Elias esteve aqui e me perguntou quase o mesmo que os senhores... Claro que não lhe passei os nomes de meus contatos na África, não sei se ele é, ou os senhores também são, possíveis concorrentes meus. Mas lhe disse que se estivesse interessado em peças africanas, poderia procurar meu único cliente para essas peças aqui nos Estados Unidos, o Sr. Silas N´Kwane, dono de uma loja chamada "Casa de Ju-Ju", aqui em Nova Iorque.
 
Qiang Zhi

O chinês ouve com atenção a resposta do homem. Tenta lembrar se já ouvira falar de tal estabelecimento.

- Pois bem, acredito que a possibilidade de nosso ramo ser concorrente do senhor seja inexistente. É mais provável que nossas idéias acabem por se assemelharem mais ao estabelecimento do Sr. Silas. Acho que não seria vantajoso, nem para nós, nem para ele, disputar um mesmo público.

Diz tudo isso enquanto pensa na melhor linha de pensamento a ser seguida, em busca de alguma ideia.

- Então acho que seria interessante se pudéssemos falar com ele para termos certeza de que os ramos e públicos alvos não sejam os mesmos. Poderia então nos passar o endereço de sua loja? E para facilitar esse árduo trabalho que é o de iniciar um novo negócio, não haveria mais nenhuma informação que o senhor poderia nos passar em relação a sua conversa com o Sr. Elias e seus interesses?

Tentava ser o mais amigável possível, passando em sua voz a firmeza de um homem que sabia do que estava falando. Era realmente sua vida lidar com peças das mais variadas origem e trabalhar com seus devidos valores.
 
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Off: Thiago, quando quiser você pode rolar testes contra as perícias que quiser usar em algum momento. Se não for possível, ou a perícia/taributo não for adequada, eu aviso e desconsidero o resultado, ok? Lembrando que todos os testes de perícia são feitos com 1d% precisando tirar um número menor ou igual ao lavo para ser bem sucedido.

No caso, para tentar convencer o Sr. Emerson, a perícia adequada seria Persuade (teste médio, sem modificadores).
 
Era o ponto pelo qual era esperado pelo médico! Agora precisava apenas conseguir mais algumas informações sobre esta "Casa de Ju-Ju" e logo depois o endereço da mesma. Percebendo que o chinês interviu na tentativa de esclarecer o temor do empresário com uma possível concorrência, notou que o chinês parecia ter deixado o empresário um pouco mais despreocupado, mas o medico achou que deveria intervir pelo primeira vez desde que entrou no local.

Sinto muito Sr. Emerson se parecemos suspeitos, não o culpa, afinal estamos falando de seu meio de ganhar a vida não é mesmo? Não estamos e nem pretendemos criar uma concorrência com o senhor. Na verdade, estamos precisando de algumas informações a respeito de alguns artefatos que são de origem africana. Supomos que o senhor, que possui muitos contatos, poderia conseguir ao menos um encontro para nós. Não temos nada para esconder, então se achar prudente, marque o encontro para nós com um de seus fornecedores e venha junto para garantir que não tentemos subornar seu fornecedor. - o médico não era muito bom em negociação, porém seu jogo psicológico fornecia uma excelente argumentação - Sei que não será de imediato e não precisa ser agora, antes iremos visitar o seu cliente e tentar ver com ele algum progresso. - o médico entrega ao empresário um dos cartões personalizados do hotel onde estavam hospedado e continua - Este cartão é do hotel onde estamos hospedados, ligue para lá assim que puder marcar o encontro e deixe o recado com o recepcionista endereçado a mim, Doutor Phineas Ward. Eu irei retorno a ligação assim que possível. - o médico parecia indicar que o assunto com o empresário esivesse para ser concluído e finalizou - Agora, se o senhor estiver disposto e não achar nada demais, poderia nos informar o que mais o senhor Elias tratou junto ao senhor além do que já sabemos? - o jogo de palavras, o modo aleatório em abordar os assuntos era típico do médico que usava em seus pacientes para conseguir com que os mesmos soltassem sem receio os seus assuntos ocultos como se fosse algo trivial. Ele podia não ser bom com negociação, mas conseguia com seus métodos de psicologia aleatória arrancar os assuntos que as pessoas em primeira instância consideram pessoais.

Bom, mestre, eu estou abordando um tema que consiste em usar de embaralho psicosilábicos para deturpar o conciente e permitir que o subconciente esteja acessível de modo inconciente ao receptor. Explicando de maneira rústica, usando palavras ou frases com temáticas sem nexos ou ligação direta, produz no ouvinte um estado que chamamos de "transe" permitindo que acessemos informações que em estado normal o ouvinte não forneceria. É um método utilizado na realidade em conjunto com pressão ou estresse, mas que neste caso, o médico utiliza-se do medo do empresário com uma possível concorrência e ao mesmo tempo com a convicção do médico em garantir que pode confiar no mesmo. Mas se achar quer preciso rolar algum dado para que essa minha ação funcione, por favor me avise."
 
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Off: Chronos,

Boa explicação :D. Pode rolar um teste de Psiquiatria com bônus de 25% (no caso de Ward, 99%, só falhando em 96%+).
 
Arthur Emerson dá uma longa tragada em seu charuto e solta a fumaça pro lado, com um jeito despreocupado. Parece estar confiando minimamente em vocês. Olha de novo pra o chinês e para o médico, que acabaram de lhe falar, e para o cartão com o nome do queniano. Em seguida, diz:

- Como eu disse, o Sr. Elias parecia bem interessado nesses artefatos africanos, por isso eu lhe passei o nome de Silas N´Kwane e o endereço de sua loja, em um outro papel, ele não lhes deu essa informação? Estranho... mas não vejo porque não lhes passar isso, o Silas N´Kwane é apenas um cliente, bem fraco aliás... Deixe-me consultar aqui.

Ele abre uma gaveta, puxa uma velha agenda dali e percorre as páginas a procura de algum nome. Segundos depois, fala, enquanto tira uma caneta e uma folha de um bloco de anotações e começa a anotar:

- Sim, aqui... N´Kwane, Silas. Casa de Ju-ju. 1 da Ransom Court, viela da rua 137, Harlem.

E entrega o papel ao Dr. Ward, comentando:

- Você são o que do Sr. Elias? Ele me fez quase as mesmas perguntas que os senhores... - ele pega o cartão que o médico lhe passou, olha e o guarda na gaveta. - E, se querem saber, estou certo que Elias ia visitar a Casa de Ju-ju.

Então olha para seu relógio e completa, rindo:

- Os senhores têm interesse em mais algum assunto no momento? Se não, eu lhes pediria licença, tenho que visitar alguns clientes ainda esta manhã, passar telegramas para o exterior... sabem como é a vida de um pobre negociante, não? E tempo é dinheiro, oh sim, é sim...
 
Qiang Zhi

Olha Emerson entregar o cartão e, após terminar sua fala percebe que não haviam quaisquer outras informações que este homem poderia lhe fornecer de útil. Assim, abre um sorriso, pensando terem cumprido sua missão ali e agradece ao homem.

- O Sr. Elias era um amigo próximo do Prof. Cowleys.

Aponta o Prof. com o braço.

- Mas ele conhecia a todos nós, e foi idéia dele que acabássemos nos reunindo.

Diz tudo isso com uma voz calma e descontraída.

- Em todo o caso, obrigado Sr. Emerson, acho que estas informações já bastam para que possamos dar prosseguimento à abertura de nosso negócio. Estamos extremamente gratos por ter nos cedido essa conversa e disponibilizado um precioso tempo em sua agenda para isso. Eu sou um grande apreciador de tesouros, como o senhor, aposto, e espero que este possa ser um contato muito valioso para mim a partir de hoje. Foi um prazer conhecê-lo.

Tira seu pequeno chapéu e cumprimenta o homem, virando-se para o grupo em seguida.

- Acho que terminamos por aqui, vamos?
 
Alex sua frio. Seus companheiros de investigação eram todos idiotas. Que bom seria largá-los e vir aqui com Scotty e pressionar o homem com suas deduções até que ele revelasse tudo o que queria saber. Sabia coisas demais sobre o homem.

- Senhor Emerson, com licença. Diga logo o que queremos saber. És um importadorzinho barato e pobre. Nenhum importador de sucesso faz o que você faz. Olhe suas mãos. Certamente quando não estávamos aqui, você estava ajudando a descarregar mercadoria. O senhor é baixo. Seu negócio é ruim. Sua vida é um lixo. Um lixo que certamente mora só. Sim. Sua família certamente o abandonou. O senhor vive por este sonho de ficar rico com importações, mas é fraco. Fraco o senhor e fraco o seu sonho. Então ponha-se em seu lugar e nos diga logo o que queremos saber...

Alex é interrompido de seu devaneio pela voz de Ward. Seus tremiliques pararam. O suor parou. Era difícil afastar-se dos holofotes e deixar que outros guiassem os rumos das coisas, mas Ward parecia trazer a tona algum truque psicológico. Conhecia muito bem. Já os havia usado antes e escrevera sobre eles para Cambridge. Agora sim. As coisas pareciam seguir por um rumo esperado.

Alex cruza as pernas, junta as mãos e espera atento o que Emerson iria falar. Sabia que tinham conseguido o que queriam. O que o abismava era o fato de que não participara disto. Quando então o homem fala que tem trabalhos a fazer, Alex se levanta e se prepara para ir embora como todos...
 
CAPÍTULO 1: NOVA IORQUE
Cena 4 (rápida): Importações Emerson
Local: Prédio da Importadora “Emerson” - ~ 9:05-9:30
Investigadores:
Todos

Com mais uma pista em mãos, desta vez o endereço da tal loja de produtos quenianos, a Casa de Ju-Ju, do Sr. Silas N´Kwane, o grupo termina a breve reunião com o dono da importadora e se retira. Parecia de fato que o empresário não tinha mais nada a lhes dizer e nem ao menos tinha tomado conhecimento, ainda, do assassinato de Elias, provavelmente por não ter lido os jornais daquela manhã. Assim, vocês se despedem rapidamente do homem e saem.

Já do lado de fora do prédio, vocês se entreolham enquanto pensam no rumo que irão dar às investigações. Sabiam que essa era apenas mais uma ponta solta do enorme emaranhado em que o antropólogo se envolvera com consequências mortais. E como esse tal Silas N´Kwane se ligaria a todos os outros lugares e pistas descobertos na cena do assassinato? O que teria que ver com a Expedição Carlyle, cujos membros o pobre Elias afirmava (talvez em estado de demência...) que não tinham morrido na África, como era de conhecimento público e notório?!...

FIM DA CENA 4

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Última edição:
O prof. estava chegando próximo a saída quando lembra-se de uma coisa talvez pudesse ajudar mais tarde. Ele volta "correndo" com bastante dificuldade e pergunta ao sr. Emerson:

-Esqueci de lhe perguntar uma coisa, possui algum ítem raro em sua coleção ligado aos cultos africanos? Queria negociá-lo com o senhor, estou redecorando a minha residência e isso servirá também para que o seu tempo não tenha sido de todo "perdido".

Ele chama Zhi e pede para ajudar a escolher algum que seja interessante. Afinal poderia usá-lo para a conversa na tal Casa de Ju-Ju.
 

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