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Brasil fica de fora da disputa pelo Oscar de filme estrangeiro

JLM

mata o branquelo detta walker
duas conclusões: 1. ainda bem q brasil ficou fora, menos uma vergonha pra nós. 2. 9 dicas de filmes pra se ver nas próximas semanas, em especial o biutiful (veja o trailer), com o javier bardem, q acho q leva a estatueta em 2011.

[size=x-large]Brasil fica de fora da disputa pelo Oscar de filme estrangeiro[/size]

Academia divulgou nesta quarta-feira lista de pré-indicados na categoria.
'Lula - O filho do Brasil', de Fábio Barreto, concorria a uma das nove vagas.

Em seu site oficial, a Academia divulgou nesta quarta-feira (19) os nove filmes que integram a lista de longas pré-indicados para a disputa da estatueta de melhor filme estrangeiro.

O Brasil concorria com "Lula - O filho do Brasil", de Fábio Barreto, mas não conseguiu permanecer na disputa. O longa baseado na história do ex-presidente brasileiro integrava a seleção inicial, composta por 66 filmes.

Destaque de outras premiações, "Em um mundo melhor", da dinamarquesa Susanne Bier, recebeu os prêmios do júri e do público no Festival de Roma. O filme também levou a estatueta de filme estrangeiro no Globo de Ouro. Protagonista de "Biutiful", dirigido por Alejandro González Iñárritu, o espanhol Javier Barden foi eleito o melhor ator no Festival de Cannes.

Os indicados ao Oscar serão conhecidos no dia 25 de janeiro, e a cerimônia acontece em 27 de fevereiro, no Teatro Kodak, em Los Angeles.

Veja a lista:

Argélia, "Hors la loi", de Rachid Bouchareb
Canadá, "Incendies", de Denis Villeneuve
Dinamarca, "Em um mundo melhor", de Susanne Bier
Grécia, "Dogtooth", de Yorgos Lanthimos
Japão, "Confessions", de Tetsuya Nakashima
México, "Biutiful", de Alejandro González Iñárritu
África do Sul, "Life, above all" de Oliver Schmitz
Espanha, "Tambien la lluvia", de Iciar Bollain
Suécia, "Simple Simon", de Andreas Ohman

Fonte: Do G1, em São Paulo
 
Também... Olha a bomba que vão indicar =|
Assustar-me-ia se ele tivesse chances reais
 
e pensar q poderiam ter indicado o tropa de elite 2, né?
 
Mavericco disse:
Também... Olha a bomba que vão indicar =|
Assustar-me-ia se ele tivesse chances reais

né?

ano após ano e parece que eles só dão bola fora com a escolha do filme para representar o brasil. mas esse oscar aí já tem dono, então poderiam mandar qualquer coisa que nem ia adiantar nada. esse ano é Biutiful ou Em um mundo melhor (embora ache q o Oscar quem leve seja o primeiro).
 
Mas os caras tavam de sacanagem né? Indicar o filme do Lula é o fim da piada, já não basta ele ter sido realizado com aqueles patrocínios estatais com o único objetivo de autopromoção.
 
Anica disse:
não teve coisa de voto popular esse ano?

e quem está na comissão, pips^?

Cássio Starling Carlos - crítico de cinema da folha
Clélia Bessa - Produtora de cinema e Professora da PUC
Elisa Tolomelli - produtora (entre outras coisas ela leva mérito por Cidade de Deus e Acquaria)
Frederico Hermann Barbosa Maia (ASSESSOR DO MINISTRO DA CULTURA)
Jean Claude Bernardet - crítico de cinema, um dos melhores do Brasil
Leon Cakoff - outro crítico de cinema não tão bom quanto o Jean, mas respeitável
Tata Amaral - cineasta bem mais ou menos
Mariza Leão - produtora de filmes como Meu Nome Não É Johnny e De Pernas para o Ar (sim aquela beleza que estreou há poucas semanas)
Roberto Farias - bom, ele dirigiu filmes do Roberto Carlos.

O que eu quero dizer é que com esses grande produtores e críticos, eles só querem mesmo saber de uma megaprodução que possa ser vendida lá fora. Mesmo que Lula seja mundialmente conhecido, uma cinebiografia estrangeira não serve como candidato ao Oscar.

Em outros anos quem estava na comissão - que é escolhida pelo MinC - era também Rubens Ewald Filho.
 
Quem se surpreendeu põe o dedo aqui! ¬¬
Não assisti Biutiful, mas putz grila, deixar Lula, o filho de Francisco ter a chance de ganhar o cara que fez Amores Brutos, 21 gramas e Babel é o mesmo que querer que o Obama ganhe o Nobel da Paz no primeiro ano de governo. Tão confundindo Academia com TSE. =P
 
Pips disse:
O que eu quero dizer é que com esses grande produtores e críticos, eles só querem mesmo saber de uma megaprodução que possa ser vendida lá fora.

Posso estar falando abobrinha, mas acho que enquanto o cinema nacional ficar tentando ser o que ele não é (quero dizer, não, nós não somos Hollywood), vamos ficar na mesma, tentando emplacar onde não dão nos dão cartaz. Ganhar Oscar com cine pipocão é meio complicado, os americanos sabem fazer isso melhor que a gente. Se nossos cineastas tentassem chamar a atenção com coisas mais originais, autorais, vanguardistas, sei lá, se investissem em coisas além de faroeste urbano do século XXI, talvez a gente conseguisse ir mais longe. Mas tá, né.
 
O cinema brasileiro Manu é bem feito, consegue fazer pipocas e filmes de "arte" (odeio essa definição). O problema é que todos são feitos através de leis de incentivo, ou seja, os escolhidos ou tem público garantido ou tem alguém de muito peso no elenco, na produção, direção, etc.

E pensando por esse lado das leis de incentivo, diferente dos EUA, aqui o filme já chega PAGO aos cinemas - aqui a questão recursos, produção e distribuição é uma bagunça. Com o filme já pago quem se preocupa em distribuir? Quem quiser receber bilheteria (produtora) ou prêmios (produtores/diretores).

Nem todos são vilões, mas cinema autoral aqui ainda perde espaço.
 
Pips disse:
O cinema brasileiro Manu é bem feito, consegue fazer pipocas e filmes de "arte" (odeio essa definição). O problema é que todos são feitos através de leis de incentivo, ou seja, os escolhidos ou tem público garantido ou tem alguém de muito peso no elenco, na produção, direção, etc.

E pensando por esse lado das leis de incentivo, diferente dos EUA, aqui o filme já chega PAGO aos cinemas - aqui a questão recursos, produção e distribuição é uma bagunça. Com o filme já pago quem se preocupa em distribuir? Quem quiser receber bilheteria (produtora) ou prêmios (produtores/diretores).

Nem todos são vilões, mas cinema autoral aqui ainda perde espaço.

Pips, eu não acho problemático os filmes serem feitos por leis de incentivo, ao menos por enquanto. Patrocínio pra cinema no Brasil, fora a Petrobrás e a Globo, é muito difícil, o retorno pras empresas é meio duvidoso. Distribuição é realmente um atraso, o que é mais triste ainda se lembrarmos que nem 10% das cidades brasileiras têm sala de cinema, e as que têm, o ingresso custa 15 reais. A distribuição é ruim porque não há infraestrutura ou não há infraestrutura porque não há demanda da distribuição? Não sei. Na dúvida, o certo seria investir nos dois ao mesmo tempo.

(Usar nome de peso nos créditos é algo muitíssimo comum na área, né? Ao menos por enquanto, acho válido também.)

Além disso, acho que o cinema nacional é tão frágil e tem uma autoestima tão baixa que pode-se considerar satisfatório conseguir quitar salários e dívidas. Talvez falte ousadia, pretensão, gana. Não acredito que James Cameron se satisfizesse apenas em ter seu salário pago no fim do filme, nem uma Columbia da vida.

Acho que já perdi o fio da meada do assunto, rs. De qualquer forma, talvez o mais correto fosse segurar um pouco o freio da produção e ir fundo na infraestrutura, ao menos criando mais salas de cinema e fazendo os custos serem menores pra popularizar o ingresso e incentivar o patrocínio. Aí sim seria hora de investir na produção, e o cinema autoral teria enfim seu espaço e possibilidades de caminhar com as próprias pernas. Ai, políticas, políticas...rs
 
Se quisermos um cinema nacional de qualidade, precisamos parar de exportar e supervalorizar o importado... E isso... Bem. É contra intere$$e$ capitali$ta$... O padrão de vida americano, o american way of life, é necessário para que nossas empresas continuem a enriquecer e segregar, para que nós continuemos desenvolvidos e paupérrimos: para que a classe dominante enriqueça e os pobres... É aquela música, né:

"É que o de cima sobe e o de baixo desce
BOM XIBOM XIBOMBOMBOM, BEM DE VIDA!"
 
Manu M. disse:
Pips, eu não acho problemático os filmes serem feitos por leis de incentivo, ao menos por enquanto. Patrocínio pra cinema no Brasil, fora a Petrobrás e a Globo, é muito difícil, o retorno pras empresas é meio duvidoso. Distribuição é realmente um atraso, o que é mais triste ainda se lembrarmos que nem 10% das cidades brasileiras têm sala de cinema, e as que têm, o ingresso custa 15 reais. A distribuição é ruim porque não há infraestrutura ou não há infraestrutura porque não há demanda da distribuição? Não sei. Na dúvida, o certo seria investir nos dois ao mesmo tempo.

(Usar nome de peso nos créditos é algo muitíssimo comum na área, né? Ao menos por enquanto, acho válido também.)

Todas as empresas que aparecem nos créditos tem os valores investidos deduzidos do IR.

Há infraestrutura, não há interesse. Há distribuição, não há interesse (em grande parte).

Isso é bem ilustrado se você pensar que Tropa de Elite 2 foi para todas as salas de cinema disponíveis no Brasil. O mesmo para Se Eu fosse você 2. É só fazer as contas de por que a distribuição desses são maiores que dos outros.

As leias de incentivo deixam os produtores preguiçosos. Imagine que se há tantas empresas nos créditos iniciais do filme, por que diabos entrar com projeto na lei de incentivo? Do mesmo jeito as empresas que patrocinarem receberão o desconto no IR. Depois da retomada do cinema novo, a busca por investimentos não existe. Eles conseguem o patrocínio do estado e esperam vir os novos investidores.


Além disso, acho que o cinema nacional é tão frágil e tem uma autoestima tão baixa que pode-se considerar satisfatório conseguir quitar salários e dívidas. Talvez falte ousadia, pretensão, gana. Não acredito que James Cameron se satisfizesse apenas em ter seu salário pago no fim do filme, nem uma Columbia da vida.

Errado, o cinema nacional não é frágil, não tem baixa autoestima. Quem tem isso é brasileiro que acha que todo o filme nacional é ruim. Voltando a parte da distribuição: se O céu de Suely fosse melhor distribuído teria conseguido mais prêmios e mais visibilidade para ser enviado como candidato ao Oscar na época do seu lançamento. Cinema, Aspirinas e Urubus foi um filme aclamado pela crítica e o que aconteceu com o filme? Nada. Se você tiver o canal Brasil talvez consiga assistir.

Os diretores daqui ganham quase como os de fora. O salário base de um assistente de direção é de R$1.000,00 POR DIA de gravação. Imagine como ganha um diretor ou produtor? Cargos bem mais importantes.


Acho que já perdi o fio da meada do assunto, rs. De qualquer forma, talvez o mais correto fosse segurar um pouco o freio da produção e ir fundo na infraestrutura, ao menos criando mais salas de cinema e fazendo os custos serem menores pra popularizar o ingresso e incentivar o patrocínio. Aí sim seria hora de investir na produção, e o cinema autoral teria enfim seu espaço e possibilidades de caminhar com as próprias pernas. Ai, políticas, políticas...rs
Se colocar freio na produção o cinema brasileiro pára e nunca crescerá como industria.

Os ingressos são caros por causa da infraestrutura dos cinemas que agora tem de ser grandes, cheios de lugares e tem de pagar aluguel dentro de um shopping. Ingressos não diminuirão porque é caro trazer filme de fora. Se você notar existem promoções para o cinema nacional. Dois reais por ingresso, etc. Isso poderia ser feito todo dia se o público procurasse o cinema nacional, mas como não é procurado os ingressos ficam com o mesmo preço de produções estrangeiras para compensar o espaço ocupado.

O cinema autoral tem espaço para ser produzido, mas não distribuído. Temos muitos filmes lançados por ano. Alguns são lançados no exterior antes de vir para cá. Quem sabe lá fora, se forem prestigiados, aqui dentro não recebem respeito?

É a mesma coisa que discutimos no tópico sobre literatura brasileira. Quem lê ou deixa de ler, os gêneros, etc.
 
Aqui em Curitiba tem algumas salas dedicadas a cinema alternativo (como a Cinemateca, o cinema do shopping Novo Batel e uma das salas do Unibanco Arteplex no Shopping Crystal), mas toda vez que vou é a mesma história. Vazio. A não ser em um festival da Cinemateca que fizeram uma boa divulgação e ficou bem cheio....
 
Eu já sabia que iríamos ficar fora da lista para o Oscar. "Lula - O filho do Brasil" foi uma péssima escolha.

Reforço a idéia de que Tropa de Elite II seria uma opção mais sensata.

Enfim... fica pro ano que vem.
 
Eu chutaria que a idéia de indicar o filme do Lula foi apostar na popularidade da boa imagem do ex-presidente no exterior. O problema é q o filme do Lula acabou não dando certo nem para o público q procurava um dramalhão nem para o público q procurava um coisa mais política. E o pouco sucesso q fez foi por causa do acidente em que o diretor quase morreu.

Não assisti Tropa de Elite 2, mas talvez fosse interessante indicá-lo mesmo sendo um retrato da violência e tudo mais. Mas acharia estranho uma sequência concorrendo ao prêmio. Nos EUA, acho q deveriam tirar o 2 do título.

No fim das contas, o Brasil estando ou não no Oscar, é motivo para se comemorar. A nossa produção está se diversificando e aumentando. Não é la fora q os filmes brasileiros vão fazer sucesso. O público americano não assistiria. Eles fazem remakes no máximo.

Já podemos falar de um cinema brasileiro. Agora, ainda é muito difícil para quem é fora da panela entrar. Ainda é muito caro e a maioria dos cineastas potenciais acabam desistindo, porque trabalhar em produtoras em geral é um saco, nem td mundo tem a chance de ir para a O2 filmes ou essas produtoras maiores.
 

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