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Não foi bem assim não, ele desistiu porque o presidente de Portugal junto com outros representantes do governo não quiseram se encontrar com ele (e com os outros representantes do "governo no exílio", como foram chamados).O vice-presidente, Michel Temer, que desistiu de uma viagem a Portugal para articular dentro do PMDB, acredita que a proposta de rompimento com o PT terá de 70% a 80% dos votos na reunião do diretório nacional.
@Fëanor, eu fico até emocionado quando leio argumentos pró-impeachment EXCELENTES como o seu, em vez das babaquices fanáticas que costumam ser a praxe. Um amigo meu fez um post muito parecido em resposta a outro meu no Facebook, e a discussão tá rolando lá em um nível muito bom, construtivista, sem fanatismos. Se você e mais alguém quiser acompanhar e participar: https://www.facebook.com/daniel.cer...otif_t=feed_comment¬if_id=1459474164366437
O jornalismo político brasileiro está fora de controle, mas, se perguntado, dirá que loucas são as mulheres. O mais recente exemplo é a escolha de expressões publicadas na capa da revista semanal IstoÉ em chamada para reportagem que se propõe a denunciar a "perda de condições emocionais" da presidenta Dilma Rousseff para manter-se no governo. Lê se:
"Em surtos de descontrole com a iminência de seu afastamento e completamente fora de si, Dilma quebra móveis dentro do Palácio, grita com subordinados, xinga autoridades, ataca poderes constituídos e perde (também) as condições emocionais para conduzir o País."
Fora de contexto, a frase passaria facilmente como sinopse das atividades da vilã Carminha, na novela Avenida Brasil. A comparação com a personagem não é esdrúxula, pois ilustra o estereótipo da mulher louca, que sob a pecha de histérica, converte-se em antagonista diante de uma plateia de homens desarmados. É apenas um dos incontáveis exemplos possíveis repetidos todos os dias por todo o Brasil.
Engana-se quem pensa que encontrará dados factuais nos milhares de caracteres agrupados nas páginas internas. A mais minuciosa das leituras terá dificuldades em encontrar um parágrafo com argumentação que possa ser levada a sério, denúncia devidamente apurada ou fonte de informações que tire o artigo da categoria dos mexericos. O que há são frases de pretensa ironia que resvalam sem pudor no preconceito de gênero.
Fontes apócrifas discorrem sobre surtos de mal comportamento, grosseria e destemperamento da presidenta nos últimos meses de crise política. "Segundo relatos, a mandatária está irascível, fora de si e mais agressiva do que nunca." Segue-se uma petulante comparação com a rainha Maria I, a Louca, uma forma de retórica que não abre espaço para debate.
Se observado de perto, o posicionamento editorial da "revista mais combativa do Brasil" mostra sinais curiosos. Durante a campanha eleitoral, divulgava pesquisas de intenção de voto de órgãos questionáveis e, depois, mostrou-se defensor do PMDB. No mais novo capítulo da crise, apelou para a misoginia.
Esse comportamento passa longe da mera defesa ou condenação de Dilma enquanto presidenta por um veículo jornalístico, algo em si legítimo. Expõe, no sentido mais amplo do termo, uma agressão a uma mulher em posição de poder que acaba se refletindo num ataque a todas as mulheres, estejam elas na política ou não.
Em ambiente tão inóspito, não é de se espantar a falta de representatividade feminina nas altas esferas do poder. As mulheres são mais da metade da população do país, mas ocupam apenas 63 das 594 cadeiras do Congresso Nacional, cerca de 10%.
Entre todas as polêmicas envolvendo este segundo mandato, o preconceito de gênero disfarçado de visão política une os dois polos. Enquanto os críticos ao governo se valem de expressões de baixo calão para pedir sua saída, o que foi repudiado pela ONU Mulheres, apoiadores enxergam na imagem do ex-presidente Lula, um homem, a solução para todos os problemas que circundam Dilma, algo exposto por Luiza Erundina,
Há alguns meses, a mesma presidenta recebeu o conselho de "fazer mais sexo" de um jornalista publicado no site da revista Época, para quem a solução da crise seria se Dilma se apresentasse de forma "mais erotizada".
Na planilha da Odebrecht divulgada recentemente, a deputada estadual Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) recebia o codinome "avião". Em caso de impeachment, o tradicional machismo brasileiro não correrá o risco de ficar sem alvo, e já circula nas redes sociais imagens que se referem de modo pouco elogioso a Marcela Temer, mulher do vice-presidente.
Não é o caso de dizer que essas situações não aconteceriam com políticos homens. Elas já não acontecem. É o caso de refletir os motivos pelos quais, na sociedade em geral, ataques às mulheres são em sua maioria direcionados à sexualidade feminina. São comentários e apelidos que circulam todos os dias na mídia e em rodas de conversa, conservadoras ou autodeclaradas progressistas.
Munido de jornalismo sério publicado por veículos que deixem claros seus posicionamentos, qualquer eleitor sensato consegue tirar conclusões e se posicionar por conta própria diante dos fatos da crise política, sem a necessidade de tutela de profissionais que escondem preconceitos atrás de seus crachás de imprensa. Parafraseando o texto da revista, não precisa ser psicanalista para perceber que, nos últimos meses, o jornalismo desmantelou-se profissionalmente.
Fonte
João Luiz Vieira, um dos editores da revista Época, que pertence ao grupo Globo, publicou uma grosseria que repercutiu mal na internet e na imprensa em geral.
Em seu artigo “Dilma e o Sexo”, Vieira atribui os problemas da presidente Dilma Rousseff à “falta de erotismo”. A baixaria, que já foi retirada do ar (estava aqui), ainda pode ser lida aqui.
Mas, afinal, o que leva um profissional (Vieira é jornalista há 26 anos) a escrever uma espécie de crônica sobre a vida sexual da presidente da República para tentar explicar a crise política e econômica que atravessa o Brasil?
Para o jornalista Fernando Brito, Época ultrapassou todos os limites da civilidade. “Época, como sub-Veja que sempre foi, apenas colhe os frutos de uma mídia empresarial que perdeu todo o limite de civilidade e bota Jabores, Rodrigos, Reinaldos, Gentilis e outros a rosnar. E outros que, sibilantes, revestem a peçonha em termos e temas pretensamente “cults”. Tornamo-nos a república dos imbecis, dos ofensores, da xingação. Que época!”, afirma Brito.
Alguns internautas se assustaram com a publicação da Época, independentemente de serem ou não eleitores da atual presidente ou de estarem de acordo com o governo vigente. “O que é isso? Até que ponto esses caras se rebaixarão moral e intelectualmente? Tudo bem, eles contam com a simpatias de imbecis piores que eles. Mas senso de ridículo, nunca tiveram nenhum? Ou abrem mão dele agora em razão de seus “objetivos maiores”? Cara, que gente podre”, escreveu Marcos Nunes.
“Isso não é jornalismo, é um esgoto dos mais fétidos. Me senti agredida como mulher. O que virá em seguida? Que presidência é lugar de homem (rico) e que ela deveria ir lavar uma louça ou costurar uma roupa? Estou perplexa”, criticou Ana Maria.
Leia abaixo trechos do texto de João Luiz Vieira, editor da Época:
Não a conheço pessoalmente, nem sei de ninguém que a viu nua, mas é bem provável que sua sexualidade tenha sido subtraída há pelo menos uma década, como que provando exatamente o contrário: poder e sexo precisando se aniquilar.
Será que Dilma devaneia, sente falta de alguém para preencher a solidão que o poder provoca em noites insones? Será que ela não se ressente de um ser humano para declarar que quer mandar todo mundo para aquele lugar, afinal ela não tem como dizer isso para o neto, supostamente seu melhor amigo, que ainda nem sabe ler? Será que ela não sente falta de comer pipoca enquanto assiste suas séries de TV paga, que tanto ama e a faz relaxar das pressões inerentes ao cargo?
[…]
Dilma, não. Dilma é de uma geração de mulheres anti-Jane Fonda, que acreditam que a sexualidade termina antes mesmo dos 60 anos, depois de criados filhos e ter tido seus netos. A atriz norte-americana foi uma combatente política quando era antidemocrático falar mal dos Estados Unidos, nação que estava dizimando vietnamitas e ela, no auge da beleza e do erotismo explícito como a emblemática personagem Barbarella, posou numa trincheira.
Isso foi no fim dos anos 1960, quando Dilma começou a lutar por democracia nos nossos anos de ditadura (1964-1985). Jane hoje é uma contumaz usuária de testosterona para regular seus hormônios e manter sua sexualidade gritando aos 77 anos. A atriz, precursora da autoestima para uma geração de mulheres no mundo inteiro, chega ao terço final de sua via exalando erotismo.
[…]
Diz-se que as amazonas, filhas de Ares, deus da guerra, cortavam um dos seios para manusear o arco e flecha e lutar. Ou seja, o feminino guerreiro precisaria extirpar a própria feminilidade. Não deveria, mas muitas vezes a exclui, e exemplos temos aos montes. Fragilizar-se é compatível com o cargo que essas senhoras almejam? Talvez sim, talvez não.
Dilma, se fosse seu amigo lhe diria: erotize-se.
Fonte
Quem dera apenas as revistas estivessem tomando estes tipos de atitudes, afinal a massa brasileira não se interessa pela leitura. Me lembro quando eu chegava em casa e ligava a TV para assistir o jornal nacional. Não perdia um dia sequer, agora quando assisto me dá vontade de enfiar o dedo na garganta tamanha a manipulação na questão política do nosso país.Quando a misoginia pauta as críticas ao governo Dilma
Capa sexista de 'IstoÉ' coroa momento em que o machismo é a regra para atacar presença de mulheres na política
Revista Época ultrapassa limites e faz 'revelações' sobre vida sexual de Dilma
Época publica ‘revelações’ sobre vida sexual da presidente Dilma Rousseff. Repercussão negativa da grosseria fez com que a revista retirasse o texto do ar
Postei aqui porque não estava com vontande de abrir tópico novo, já que tem vários por aqui sobre a crise política atual.
Enfim, a existência de jornalistas apelões não é novidade nenhuma no Brasil.
Mas às vezes eu penso se esse escrotismo todo não é um grito de desespero (histerismo?) mostrando a clara decadência desses meios de comunicação (jornais e revistas) que evidentemente irão desaparecer em pouco tempo.
Mas registro aqui também o ridículo (bem lembrado num post de hoje no face da Denise Bottmann) que é ler ou ouvir aqueles que acham que fazem uma crítica válida quando chamam o juiz Moro de caipira e "juiz da roça" porque ele veio de uma cidade do interior do Paraná, como se isso fosse algo que o desabonasse e um argumento válido.
Povo parece que perdeu a noção no ônibus.
Tá cara. Se fosse o Bolsonaro que falasse aquilo você iria mimizar. Mas como é o Lula você traduz pra expressão regional que caracteriza mulher forte. Vergonha alheia.Verdade. Usar expressão regional que caracteriza mulher forte (igual o masculino botar o pau na mesa) é igualzinho as falas do Bolsonaro.
Tá cara. Se fosse o Bolsonaro que falasse aquilo você iria mimizar. Mas como é o Lula você traduz pra expressão regional que caracteriza mulher forte. Vergonha alheia.
Coloquei Bolsonaro e Cunha no meio porquê eles são os mais criticados pela situação.Enfim, POR QUE VOCÊ BOTOU BOLSONARO no meio?
Vendo o post da Clara e do @ricardo campos percebo mais uma vez o tanto que a esquerda é seletiva.
Quando Lula chamou as mulheres de grelo duro lá, as feministas ficaram quietinhas, a tal da socialista morena levou como elogio.
Imagina se o Eduardo Cunha falasse isso? Ou ainda o Bolsonaro? Melhor nem imaginar.
Agora estão atacando a mulher do impeachment lá e podem falar que ela é desequilibrada e coisa e tal, mas falar que a Dilmãe é desequilibrada é machismo. Enfim, hipocrisia total!!!
Verdade. Usar expressão regional que caracteriza mulher forte (igual o masculino botar o pau na mesa) é igualzinho as falas do Bolsonaro.
Muito engraçado, você apela para a carta do regionalismo, como isso eximisse a expressão de qualquer caráter ofensivo. Pergunta para as mulheres se elas acharam a história do grelo duro uma coisa tosca, de mau gosto e ofensiva.