Hasgath
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Um homem que mudou os rumos da História ao redirecionar o poder do Estado para a Igreja. Um homem que decidiu o futuro de um grande império. Um homem que teve glória e poder pela sua abissal determinação. Um homem que viveu e morreu como o que sempre foi: um bárbaro.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2011/08/atila_-_o_rei_dos_hunos.html#ixzz1WEasASID
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Invasores, saqueadores, trapaceadores, desonestos, ilícitos: eis os bárbaros. No fim do século VI, eram eles que espalhavam o terror na Europa, invadindo cidades e vilarejos. Imprevisíveis, inspiravam pânico, causando caos e horror. Porém, os mais temidos dos bárbaros eram os hunos – povo nômade que marchou da Ásia Central até à Europa, composto por numerosas famílias com grandes rebanhos de gado. Eles não possuíam prática na lavoura nem no comércio; seu único talento era a arte da guerra e consideravam-na o caminho para a prosperidade. Seus costumes chocavam os modos de vida do homem civilizado e sedentário, e os hunos se distinguiam dos outros povos bárbaros pelas características particularmente selvagens.
Naquela época, ser atacado pelos hunos era visto como maldição, tal a crueldade e violência com que estes arqueiros a cavalo sitiavam o território inimigo.
À medida que os hunos avançavam em suas peregrinações, conquistaram um extenso território, e acabaram por fixar-se no local onde hoje é a Hungria. No ano de 443, com a morte do líder Rugila o trono passou para seu sobrinho Bleda que, segundo os principais historiadores, foi assassinado pelo próprio irmão em razão de uma irresistível ambição pelo poder. O nome desse irmão era Átila.
Átila ficou para a história por ser cruel. Como líder dos hunos, suas invasões não poupavam ninguém. Ele afirmava, orgulhoso, que “a grama onde pisa o meu cavalo jamais volta a crescer”. Mas o temido bárbaro era, também, um homem arguto. Tinha um plano diferente para os hunos. Não queria apenas saquear povos, queria influência política e poder. O poder que almejava era um poder legítimo equivalente ao de Roma - que, por sua vez, viu-se ameaçada pelos hunos quando Átila tratou de avançar rumo à cidade.
No ano de 447, os hunos, comandados por Átila, já haviam alcançado os muros de cidades importantes do império romano e dominado toda a região dos Bálcãs – uma área gigantesca que se estendia do Mar Negro ao Mar Mediterrâneo – com um forte e preparado exército. Foi com este exército que Átila conseguiu invadir 60 cidades fortificadas, prostrando quase toda a Europa sobre a poeira, um feito admirável para a época.
A partir daí, mais precisamente no ano de 450, iniciou-se uma era terrível na Europa, uma das eras mais sangrentas do velho mundo. A Igreja, por sua vez, via Átila como a encarnação do mal e deu-lhe o apelido de “o flagelo de Deus”.
Sob o comando do general Aécio, Roma, então, recrutou povos aliados para defender-se contra os hunos. Em 451, ambas as forças se posicionaram para o que seria um dos mais importantes conflitos da história mundial. Foi a maior guerra vista, até então, pelo mundo antigo. O exército de Átila perdeu forças e se viu cercado pelos inimigos. Finalmente, após proclamar vitória no campo de batalha, o general romano Aécio permitiu que os hunos recuassem e voltassem para seu território.
Os hunos haviam sofrido a primeira grande derrota sob o comando de Átila, mas suas vidas foram poupadas. Porém, insaciável, Átila continuou invadindo territórios, mesmo com um exército enfraquecido. Seu objetivo era Roma. Foi então que a Igreja interferiu nos assuntos do Estado. Cabia a ela solucionar o problema.
Aconteceu que o Papa Leão I confrontou Átila, o bárbaro, em uma conversa privativa. Até hoje não se sabe ao certo o que foi dito entre eles, nem o motivo que levou Átila a poupar Roma do infortúnio da invasão dos hunos, mas a ocasião foi tida como um milagre. Alguns acreditam que o Papa ameaçou-o com a ira de Deus.
No ano de 453, Átila morreu em conseqüência de uma hemorragia, numa circunstância misteriosa. Historiadores afirmam que o bárbaro estava embriagado e engasgou no próprio sangue. Mas há inúmeras teorias sobre sua morte.
Com o tempo, o povo huno perdeu força. Nos anos seguintes à morte de Átila, a Igreja Católica adquiriu extraordinário poder nas decisões do Estado, graças a seu papel em libertar o império romano do “flagelo de Deus”. A partir de então, reinou suprema por muitos séculos.
O mais temido de todos os bárbaros deixou sua marca na História. Mas as lendas e as variadas versões de detalhes de sua vida fazem dele uma das personalidades mais enigmáticas. O que se sabe é que Átila, o rei dos hunos, foi muito mais do que um simples bárbaro ambicioso. Ele foi um dos maiores estrategas de todos os tempos, um exímio político e diplomata, além de carregar o prestigioso peso de ter poupado da desventura – a pedido da Igreja – o maior império que o mundo já viu.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2011/08/atila_-_o_rei_dos_hunos.html#ixzz1WEay7We7
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Invasores, saqueadores, trapaceadores, desonestos, ilícitos: eis os bárbaros. No fim do século VI, eram eles que espalhavam o terror na Europa, invadindo cidades e vilarejos. Imprevisíveis, inspiravam pânico, causando caos e horror. Porém, os mais temidos dos bárbaros eram os hunos – povo nômade que marchou da Ásia Central até à Europa, composto por numerosas famílias com grandes rebanhos de gado. Eles não possuíam prática na lavoura nem no comércio; seu único talento era a arte da guerra e consideravam-na o caminho para a prosperidade. Seus costumes chocavam os modos de vida do homem civilizado e sedentário, e os hunos se distinguiam dos outros povos bárbaros pelas características particularmente selvagens.
Naquela época, ser atacado pelos hunos era visto como maldição, tal a crueldade e violência com que estes arqueiros a cavalo sitiavam o território inimigo.
À medida que os hunos avançavam em suas peregrinações, conquistaram um extenso território, e acabaram por fixar-se no local onde hoje é a Hungria. No ano de 443, com a morte do líder Rugila o trono passou para seu sobrinho Bleda que, segundo os principais historiadores, foi assassinado pelo próprio irmão em razão de uma irresistível ambição pelo poder. O nome desse irmão era Átila.
Átila ficou para a história por ser cruel. Como líder dos hunos, suas invasões não poupavam ninguém. Ele afirmava, orgulhoso, que “a grama onde pisa o meu cavalo jamais volta a crescer”. Mas o temido bárbaro era, também, um homem arguto. Tinha um plano diferente para os hunos. Não queria apenas saquear povos, queria influência política e poder. O poder que almejava era um poder legítimo equivalente ao de Roma - que, por sua vez, viu-se ameaçada pelos hunos quando Átila tratou de avançar rumo à cidade.

No ano de 447, os hunos, comandados por Átila, já haviam alcançado os muros de cidades importantes do império romano e dominado toda a região dos Bálcãs – uma área gigantesca que se estendia do Mar Negro ao Mar Mediterrâneo – com um forte e preparado exército. Foi com este exército que Átila conseguiu invadir 60 cidades fortificadas, prostrando quase toda a Europa sobre a poeira, um feito admirável para a época.
A partir daí, mais precisamente no ano de 450, iniciou-se uma era terrível na Europa, uma das eras mais sangrentas do velho mundo. A Igreja, por sua vez, via Átila como a encarnação do mal e deu-lhe o apelido de “o flagelo de Deus”.
Sob o comando do general Aécio, Roma, então, recrutou povos aliados para defender-se contra os hunos. Em 451, ambas as forças se posicionaram para o que seria um dos mais importantes conflitos da história mundial. Foi a maior guerra vista, até então, pelo mundo antigo. O exército de Átila perdeu forças e se viu cercado pelos inimigos. Finalmente, após proclamar vitória no campo de batalha, o general romano Aécio permitiu que os hunos recuassem e voltassem para seu território.

Os hunos haviam sofrido a primeira grande derrota sob o comando de Átila, mas suas vidas foram poupadas. Porém, insaciável, Átila continuou invadindo territórios, mesmo com um exército enfraquecido. Seu objetivo era Roma. Foi então que a Igreja interferiu nos assuntos do Estado. Cabia a ela solucionar o problema.
Aconteceu que o Papa Leão I confrontou Átila, o bárbaro, em uma conversa privativa. Até hoje não se sabe ao certo o que foi dito entre eles, nem o motivo que levou Átila a poupar Roma do infortúnio da invasão dos hunos, mas a ocasião foi tida como um milagre. Alguns acreditam que o Papa ameaçou-o com a ira de Deus.
No ano de 453, Átila morreu em conseqüência de uma hemorragia, numa circunstância misteriosa. Historiadores afirmam que o bárbaro estava embriagado e engasgou no próprio sangue. Mas há inúmeras teorias sobre sua morte.
Com o tempo, o povo huno perdeu força. Nos anos seguintes à morte de Átila, a Igreja Católica adquiriu extraordinário poder nas decisões do Estado, graças a seu papel em libertar o império romano do “flagelo de Deus”. A partir de então, reinou suprema por muitos séculos.
O mais temido de todos os bárbaros deixou sua marca na História. Mas as lendas e as variadas versões de detalhes de sua vida fazem dele uma das personalidades mais enigmáticas. O que se sabe é que Átila, o rei dos hunos, foi muito mais do que um simples bárbaro ambicioso. Ele foi um dos maiores estrategas de todos os tempos, um exímio político e diplomata, além de carregar o prestigioso peso de ter poupado da desventura – a pedido da Igreja – o maior império que o mundo já viu.
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