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Ao menos 70% dos flanelinhas do Rio de Janeiro têm passagem pela polícia

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Eles intimidam motoristas principalmente no Maracanã, zona sul e centro

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Pelo menos 70% dos 1.088 flanelinhas - guardadores irregulares de carros - detidos desde janeiro do ano passado na cidade do Rio de Janeiro têm passagem pela polícia, segundo aponta levantamento da Seop (Secretaria Especial de Ordem Pública). Desses, 3% tinham mandados de prisão ou eram foragidos.

A ação de flanelinhas é comum nas ruas da capital. Alguns se acham os donos das vagas, muitas vezes improvisadas, e cobram pelo estacionamento. Motoristas se sentem intimidados e acabam pagando valores abusivos. Para o secretário Alex Costa, o cenário vai além de exercício ilegal da profissão, formação de quadrilha ou extorsão, uma vez que a segurança dos cariocas está em risco.

Muitos dos flanelinhas começam a atuar a partir do crime. Não é um trabalhador desempregado que está tentando a sorte na rua para se sustentar. Grande parte está ali para constranger, achacar as pessoas. As principais vítimas são mulheres e idosos.
O local onde os flanelinhas mais atuam no Rio é o Maracanã, por causa da grande quantidade de jogos que atraem até 80 mil pessoas em apenas um dia. No ano passado, 328 dos 423 detidos foram flagrados nas imediações do estádio. Em seguida, vem a zona sul, com os atrativos turísticos e população de maior poder aquisitivo, e o centro, onde estão grandes empresas.

Como o Maracanã foi fechado no último dia 5 para obras da Copa do Mundo e só será reaberto em 2013, a expectativa agora é que a presença de flanelinhas seja mais intensa na região do estádio João Havelange, o Engenhão, que vai receber os clássicos no período. A prefeitura promete maior fiscalização.

Denúncia e ameaças

Os guardadores ilegais chegam a usar cones para reservar vagas. Eles as "criam" sobre canteiros e estimulam o estacionamento irregular. Os valores cobrados variam entre R$ 10 e R$ 30, dependendo do local. A dentista Danielle Santos foi ameaçada na Barra da Tijuca (zona oeste).

A gente parou o carro em vaga legalizada em frente a um restaurante. Não tinha a necessidade de guardador porque daria para vigiar lá de dentro. O flanelinha então chegou, cobrou R$ 15 e mostrou um molho de chaves que poderia fazer um estrago na lataria do carro, caso eu não pagasse. Não discuti porque outros comparsas se aproximaram, acho que para amedrontar. É um absurdo, mas paguei. Era isso ou voltar pra casa.
Segundo o secretário Alex Costa, os fiscais encontram dificuldades nas operações Choque de Ordem: o mapeamento dos lugares onde os mesmos grupos atuam e a iniciativa de motoristas denunciarem a prática, pois só assim o flanelinha poderá ser autuado por extorsão.

Para se ter um ideia, apenas 13 dos mais de mil detidos continuaram presos. Os outros foram fichados na Polícia Civil, liberados e possivelmente voltaram a atuar ilegalmente nas ruas.
Isso não tem controle. O grande desafio é caracterizar o crime de extorsão. É por isso que a gente pede à população que faça a denúncia, vá até a delegacia para que o flanelinha seja incriminado. Outra grande dificuldade é que, a partir do momento que você faz uma operação, o bando vai migrando, trocando de local. Nossa ação é necessária, é preventiva, mas não é conclusiva.
Na zona sul, perto do clube Monte Líbano, porém, um grupo de motoristas resolveu reagir às intimidações. A polícia foi chamada e 14 flanelinhas acabaram detidos. Os conflitos não ocorrem somente entre motoristas e flanelinhas. Muitos disputam áreas de atuação com os guardadores regularizados.

Na Rio Branco, na Presidente Vargas [as duas principais avenidas do centro], muitos dormem na rua, passam a noite lá para garantir os espaço e cobrar das pessoas que chegam cedo para trabalhar. Eles discutem, expulsam os trabalhadores do sindicato, que também apresentam alguns problemas, mas são credenciados, usam jaleco e crachá. O pior de tudo isso é que o erro de flanelinha leva o motorista a praticar o erro do estacionamento irregular. A melhor opção é checar a regularização para evitar multas ou reboque e colaborar ao denunciar os abusos.
As denúncias podem ser feitas diretamente aos fiscais de controle urbano da Seop, assim como guardas municipais, policiais militares e policiais civis.

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Veículo parado em local proibido após ação de flanelinhas

Fonte
 
A cada dia que passa a falta de estrutura no trânsito se torna mais evidente nas metrópoles do Brasil. Com uma malha de metrô sub-explorada, pequeno esforço na fiscalização e malha rodoviária defasada com planejamento de décadas e séculos atrás o povo "faz a festa". Em outra situação esses jovens entrariam em uma organização que trabalhe com trânsito para serem absorvidos como mão de obra fiscalizadora, mas no Brasil do governo Lula ficam por aí soltos.
 

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