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A Night at the Opera - um Review Crítico

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Banda: Blind Guardian
Álbum: A Night at the Opera
Duração: 67 min 06 sec
Ano: 2002
Tracklist:
1 Precious Jerusalem
2 Battlefield
3 Under the Ice
4 Sadly Sings Destiny
5 The Maiden and the Minstrel Knight
6 Wait for an Answer
7 The Soulforged
8 Age of False Innocence
9 Punishment Divine
10 And then there was Silence

Existem diferentes versões do álbum com faixas bônus de Harvest of Sorrow. Esta música possui 6 versões :
2 em inglês - Harvest of Sorrow
2 em espanhol - Mies del Dolor / Cosecha del Dolor
1 em italiano - Frutto del Buio
1 em francês - Moisson de Peine

Finalmente estamos diante do novo trabalho da banda alemã Blind Guardian. Depois do bem sucedido álbum Nightfall in Middle-Earth, baseado na obra O Silmarillion de J.R.R. Tolkien, e de um vácuo de 4 anos, os bardos voltam a surpreender em um disco diferente de tudo o que você já ouviu. Pra começar, é bom avisar que este disco é uma evolução natural do som que a banda apresentou em NIME, sendo assim espere encontrar vocais ainda mais elaborados, corais e orquestrações que dão ao cd uma sonoridade única. Uma verdadeira Opera-Metal como só Hansi e cia poderiam fazer. Este disco com certeza será um marco na história da banda, um divisor de águas. Não é um disco “fácil” e por isso muitos fãs, ávidos pelo peso habitual do Guardião, devem torcer o nariz para complexidade e meticulosidade de suas músicas. As músicas têm cada nota trabalhada à exaustão, chegando à surpreendente marca de 128 canais em algumas composições! O que a princípio pode soar como uma confusão de vozes e instrumentos, aos poucos vai tomando forma e se transformando em belíssimos arranjos e vocais inspirados. Acredite em mim, ouça o disco várias vezes. Cada nova audição revela um detalhe novo, um arranjo que lhe escapou da última vez. É um disco que vale a pena ser esmiuçado em seus detalhes, com certeza você será recompensado. Mas aí chegamos a um ponto onde A Night at the Opera derrapa feio. As vezes ele soa majestoso demais, orquestrado demais e metal “de menos”. Não tiro a razão dos que gostariam de ver o Blind Guardian do Somewhere Far Beyond ou do Imaginations From the Other Side de volta. Rápido, pesado e direto ao ponto! Desta vez o clima é bem mais “alegre”, algumas vezes irritante, e pode ser que você encontre músicas que nunca mais vão tocar no seu cd player novamente... a menos que algum desavisado o faça. Mas vamos à uma rápida análise das músicas, sem contar as versões bônus em outras línguas de Harvest of Sorrow, notas de 1 a 10:

Precious Jerusalem - (8/10) A música que abre o cd tem peso e melodia balanceados. Um refrão que me parece perfeito para ser cantado ao vivo, na melhor tradição dos bardos. Já nas primeira linhas vocais você tem uma idéia do que vem pela frente. A bateria de Thomem Stauch está impressionante. Sem dúvida um dos melhores bateristas da atualidade.

Battlefield - (9/10) Hansi mostra o quanto melhorou seu estilo, uma das mais rápidas e pesadas do disco. Muito bem trabalhada, uma música riquíssima e cheia de variações. Blind Guardian no melhor estilo NIME!

Under the Ice - (8/10) A intro mais estranha da história do Blind Guardian. Uma música com um clima mais pesado e uma das preferidas da banda. Essa música, junto com And Then There Was Silence, fala sobre Cassandra e a guerra de Tróia.
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Sadly Sings Destiny - (8/10) Aqui temos grandes riffs de guitarra, melodia inspiradíssima e uma variação entre peso e momentos mais melódicos. Marcus Siepen e André Olbrich estão mais entrosados do que nunca.

The Maiden and the Minstrel Knight - (5/10) Um refrão pouco inspirado, instrumental estranho e mais corais do que a sua diabete consegue agüentar... Deveria ser banida da Terra Média junto com Melkor.

Wait for An Answer - (7/10) Tem seus momentos. Como sempre os arranjos vocais estão perfeitos, mas a essa altura do campeonato você já está realmente cansado de 100 Hansis cantando no seu ouvido. Tem boas chances de se sair melhor ao vivo.

The Soulforged - (8,5/10) Começa muito bem, um riff que lembra e muito a era NIME, a música cresce a medida que é tocada, muito boa, bem marcada, um grande refrão!! Como muitas musicas desse disco, é cheia de variacoes, mudanças nas linhas vocais. Uma das minhas favoritas. Baseada na séria de fantasia Dragonlance.

Age of False Innocence - (7/10) Funciona bem, desde que você entre no clima. Tem um coro digno de “Cavalgada dos Nazgul” . Mas é muito longa e pode cansar um pouco. Destaque mais uma vez para as guitarras, aqui bem mais “metal” do que em muitas músicas do disco.

Punishment Devine - (10/10) Se você ainda não havia se convencido a comprar este álbum então ouça esta música! Tudo o que se pode esperar do Blind Guardian: peso, rapidez, os vocais quase insanos de Hansi logo após o primeiro refrao e (volto a frisar) uma bateria impecável!! Vale a pena cada segundo. Fala sobre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que ficou famoso também por ser completamente ateu no século XIX. Mas no fim de seus dias ele ficou louco.

And Then There Was Silence - (9,5/10) Esta ja nao é mistério para ninguem. Saiu no single, e na internet antes disso . É uma música belíssima de 14 minutos, a maior já feita pela banda até hoje. O mais interessante é que você não sente esse tempo passar! A música é cheia de variações e arranjos complexos, como se várias músicas estivessem dentro de uma só. Fala sobre a guerra de Tróia e fecha com chave de ouro o cd.

Um bom lançamento, sem duvida, desde que você não vá ouvi-lo achando que Hansi e Cia iriam se acomodar e repetir a fórmula de sucesso dos discos anteriores.
 

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