Gerbur Forja-Quente
Defensor do Povo de Durin
Relendo o Silma, me deparei com a super maia Ungoliant! Uma aranha gigantesca e pavorosa envolta a sombras, a absoluta escuridão por fora e o vazio absoluto por dentro, em seu ventre.
Achei muito interessante que as teias de Ungoliant são negras, são teias de escuridão, olha que interessante! Conforme Ungoliant avançava em Valinor ela ia soltando suas teias negras que iam escondendo-a e escondendo Melkor junto, que caminhava ao lado dela.
É interessante que quando Ungoliant e Melkor fogem para o norte, tudo está obscurecido, o tempo, o ar, os acontecimentos. Era a Grande Escuridão de Valinor ("que Elemmírë dos vanyar compôs e é conhecido de todos os eldar"). Ungoliant é mesmo o extremo oposto de Valinor, enquanto Valinor é luz eterna, é a luz das árvores, é repleta de vida, felicidades, feitos e cheia de jóias, saciada, TRANSBORDANTE...
Ungoliant, por sua vez, é vazio, é ausência, é um poço sem fundo, é a profunda escuridão. Ungoliant se opõe tanto a Valinor, que por um momento chega a rivalizar com Melkor, quase rouba a cena, quase se torna o principal vilão da TM! Chegou a sufocar o Senhor do Escuro com suas teias de vazio! Ungoliant devorou a substância de Valinor, o estofo de Valinor, o cerne das Árvores, e o seu vazio interior ficou cheio, inchado e horrendo a ponto de colocar medo em Melkor!
É interessante como Ungoliant devora tudo o que é substância, tudo o que "é" e, de certa forma, vomita tudo o que não é, toda a sua ausência, todo o seu vazio, e mesmo Valinor, obscurece, mesmo as Árvores... secam. Mal que Valar nenhum pode reverter.
Mais do que isso! A Escuridão de Ungoliant se tornou uma "escuridão substâncial", nas palavras do professor:
"A Luz desapareceu; mas a Escuridão que se seguiu era mais do que a falta de luz. Naquela hora, criou-se uma Escuridão que parecia ser não uma falta, mas um ser provido de existência própria: pois ela era, na realidade, feita de maldade a partirda luz, e tinha o poder de penetrar no olho, de entrar no coração e na mente, e sufocar a própria vontade".
Vejam as palavras do sábio professor, era uma Escuridão que existia! Não era mais uma escuridão-falta, mas uma Escuridão-substância. O professor chega a escrever essa Escuridão com "E" maiúsculo! Era uma Escuridão que "tinha o poder de penetrar no olho, de entrar no coração e na mente, e sufocar a própria vontade"... nossa, acho que era algo como a depressão ou o suicídio, o cerne da morte, criado à partir do cerne da vida. Bonito não? Bonito e triste... como a maioria das coisas que o professor escreve.
A Sombra de Ungoliant mergulhou Valinor nessa escuridão e ergueu torres de trevas em Valmar! A música que era Valinor, se tornou a essência do silêncio.
Quando a perseguição aos vilões (ou eu deveria dizer, "a vilã"?) a primeira luz que surgiu no reino dos Valar foram as faíscas acesas das patas dos cavalos dos caçadores de Oromë, fazendo a terra tremer!
A Sombra de Ungoliant deixou mesmo os Valar cegos e apavorados! Atrevo-me a dizer que, por um momento, Ungoliant reduziu os Valar à condição de um mortal, menos que isso! Um mortal deficiente, que mal consegue andar sozinho, que não sabe onde está pisando. Ungoliant transformou deuses em insetos, por um momento.
Mesmo o onipotente Tulkas estava "de mãos atadas", nas palavras do professor: "preso a uma teia negra à noite, e ele estava ali indefeso, debatendo-se, em vão, no ar." Eu imagino as teias negras de Ungoliant, pegajosas, grudando em Tulkas, e quanto mais o vala se movimentava, quanto mais tentava se desprender, mais as teias obscuras de Ungoliant o agarravam e o imobilizavam, penso que talvez o poderoso Tulkas se sentiu fraco, impotente, sozinho no escuro, pela primeira e talvez única vez em sua existência.
Ungoliant exala os vapores negros da morte que impregnam todo o ar, e com eles, chega s sufocar deuses e mortais. Mais uma vez, o professor se superou ao descrever tão bem a essência do mal, a matéria-prima da angústia, do desespero, as trevas vencendo a luz, a morte sucedendo a vida. Brilhante.
Achei muito interessante que as teias de Ungoliant são negras, são teias de escuridão, olha que interessante! Conforme Ungoliant avançava em Valinor ela ia soltando suas teias negras que iam escondendo-a e escondendo Melkor junto, que caminhava ao lado dela.
É interessante que quando Ungoliant e Melkor fogem para o norte, tudo está obscurecido, o tempo, o ar, os acontecimentos. Era a Grande Escuridão de Valinor ("que Elemmírë dos vanyar compôs e é conhecido de todos os eldar"). Ungoliant é mesmo o extremo oposto de Valinor, enquanto Valinor é luz eterna, é a luz das árvores, é repleta de vida, felicidades, feitos e cheia de jóias, saciada, TRANSBORDANTE...
Ungoliant, por sua vez, é vazio, é ausência, é um poço sem fundo, é a profunda escuridão. Ungoliant se opõe tanto a Valinor, que por um momento chega a rivalizar com Melkor, quase rouba a cena, quase se torna o principal vilão da TM! Chegou a sufocar o Senhor do Escuro com suas teias de vazio! Ungoliant devorou a substância de Valinor, o estofo de Valinor, o cerne das Árvores, e o seu vazio interior ficou cheio, inchado e horrendo a ponto de colocar medo em Melkor!
É interessante como Ungoliant devora tudo o que é substância, tudo o que "é" e, de certa forma, vomita tudo o que não é, toda a sua ausência, todo o seu vazio, e mesmo Valinor, obscurece, mesmo as Árvores... secam. Mal que Valar nenhum pode reverter.
Mais do que isso! A Escuridão de Ungoliant se tornou uma "escuridão substâncial", nas palavras do professor:
"A Luz desapareceu; mas a Escuridão que se seguiu era mais do que a falta de luz. Naquela hora, criou-se uma Escuridão que parecia ser não uma falta, mas um ser provido de existência própria: pois ela era, na realidade, feita de maldade a partirda luz, e tinha o poder de penetrar no olho, de entrar no coração e na mente, e sufocar a própria vontade".
Vejam as palavras do sábio professor, era uma Escuridão que existia! Não era mais uma escuridão-falta, mas uma Escuridão-substância. O professor chega a escrever essa Escuridão com "E" maiúsculo! Era uma Escuridão que "tinha o poder de penetrar no olho, de entrar no coração e na mente, e sufocar a própria vontade"... nossa, acho que era algo como a depressão ou o suicídio, o cerne da morte, criado à partir do cerne da vida. Bonito não? Bonito e triste... como a maioria das coisas que o professor escreve.
A Sombra de Ungoliant mergulhou Valinor nessa escuridão e ergueu torres de trevas em Valmar! A música que era Valinor, se tornou a essência do silêncio.
Quando a perseguição aos vilões (ou eu deveria dizer, "a vilã"?) a primeira luz que surgiu no reino dos Valar foram as faíscas acesas das patas dos cavalos dos caçadores de Oromë, fazendo a terra tremer!
A Sombra de Ungoliant deixou mesmo os Valar cegos e apavorados! Atrevo-me a dizer que, por um momento, Ungoliant reduziu os Valar à condição de um mortal, menos que isso! Um mortal deficiente, que mal consegue andar sozinho, que não sabe onde está pisando. Ungoliant transformou deuses em insetos, por um momento.
Mesmo o onipotente Tulkas estava "de mãos atadas", nas palavras do professor: "preso a uma teia negra à noite, e ele estava ali indefeso, debatendo-se, em vão, no ar." Eu imagino as teias negras de Ungoliant, pegajosas, grudando em Tulkas, e quanto mais o vala se movimentava, quanto mais tentava se desprender, mais as teias obscuras de Ungoliant o agarravam e o imobilizavam, penso que talvez o poderoso Tulkas se sentiu fraco, impotente, sozinho no escuro, pela primeira e talvez única vez em sua existência.
Ungoliant exala os vapores negros da morte que impregnam todo o ar, e com eles, chega s sufocar deuses e mortais. Mais uma vez, o professor se superou ao descrever tão bem a essência do mal, a matéria-prima da angústia, do desespero, as trevas vencendo a luz, a morte sucedendo a vida. Brilhante.
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