Parece de fato uma grande coincidência, mas acontece na evolução das línguas. Quando o cristianismo dominou de vez o Império Romano ocidental, na maior parte das províncias adotou-se o termo grego que expressa "reunião" para assinalar o templo cristão, e que já estava latinizado na "Vulgata": "ecclesia" (em port. "igreja", cast. "iglesia", fr. "église", it. "chiesa"). Entretanto, a inovação não chegou ou não se impôs nalgumas regiões mais ailhadas, como a Rhaetia ou Récia (hoje o sudeste da Suíça) ou a oriental Dácia (hoje a Romênia), que buscaram outra palavra grega, mas que já andava no latim há bastante tempo: "basílica" (em romanche "baselgia", em romeno "bisérica").
As duas regiões são muito longes. Para se ter uma idéia, entre elas há a Áustria, a Eslovênia e a Hungria. Assim mesmo, como línguas irmãs, fizeram uso dos seus elementos, que são comuns, para expressar algo novo. Portanto, o que explicou o Tilion não é absurdo como se poderia julgar à primeria vista.