O que eu quis colocar é que a Marina teve esse três dias de publicidade gratuita para sua candidatura, afinal ela teve a imagem muito associada ao Eduardo e a toda essa tragédia, fazendo que ela ficasse mais exposta do que os outros candidatos.
Agora, quando começar a disputa pra valer, acho que os números dela recuam, além disso, a Marina consegue se embananar mais do que a Dilma nos debates, e acho que isso pode afastar também, mas veremos, o maior prejudicado disso tudo no final foi o Aécio, que perdeu uma confortável vantagem para chegar ao segundo turno.
Acho bastante claro que a morte do Campos tenha influído, mas lembro aqui que no último pleito Marina teve cerca de 19% dos votos. Considerando a margem de erro, é a mesma cifra apontada pela pesquisa.
Não acho que os debates, em si, tenham tamanho peso. Vale lembrar que a Dilma está muito longe de ter a mesma habilidade do Lula para se comunicar e foi eleita. E outra coisa... basta ver como foi recebida as entrevistas de Dilma e Aécio no Jornal Nacional: cada um viu o que quis ver ali.
A Marina tem essa imagem de uma figura política avessa a politicagem, que diz que não é de direita nem de esquerda, com um discurso de cunho profundamente moral que é bem aceito pela nossa cultura política. A própria idéia de criar a tal Rede, como apontou a Erundina, demonstra esse ímpeto de se desvincular do termo Partido e, por extensão, da politicagem e dos acordos partidários espúrios. Claro, isso tão somente no campo do marketing político.
Concordo que ela seja uma figura politicamente frágil e um tanto controversa, mas acho mesmo que ela tem chances reais de crescer nas pesquisas e de bater a candidatura do PT, até mesmo pelo peso emocional de que se cercou a sua campanha.
Acho que alguns votos sim, mas os evangélicos não são pessoas estupidas para votarem para presidente especificamente por questões religiosas
Em que mundo você vive, Fela?
(falo não dos evangélicos individualmente, mas da força do movimento evangélico)
Aliás, eu acho que se o PT e o PSDB souberem aproveitar as pérolas religiosas que a Marina vira e mexe solta é capaz que ela perca eleitorado.
Nesse quesito, acho que você também se engana. Marina sabe ser bem oportunista...
Vale lembrar a maneira como ela se esquivou de se posicionar sobre o aborto - diante de todo aquele circo feito no último pleito em torno da questão - defendendo a necessidade de referendos.
Eu acho a Marina uma candidata muito frágil, com muitas limitações de projeto e de ideologia que podem ser explorados pelos rivais.
Sem objeção.