Ah, mas e esses serviços que você citou ou esqueceu, Paraíba?
Esses serviços podem muito bem ser executados por servidores civis.
Isso me parece bastante inviável do ponto de vista previdenciário, principalmente numa situação de guerra. A mão de obra não necessariamente qualificada (praças) necessita ser barata porque grande parte do contingente é temporário, não? A maioria presta o serviço militar obrigatório pelo tempo devido e depois vai embora, pouquíssimos se engajam em seguir carreira. Contratar ou concursar servidores civis não iria onerar ainda mais o Estado?
Concordo que mão de obra qualificada e recebendo mais é mais vantajoso que uma mão de obra numerosa, porém desqualificada e mal paga. Porém, para que isso funcione, deverá haver uma diminuição substancial do contingente, cujo processo seletivo se assemelharia ao das polícias militares, mas posso estar enganada. Com sua experiência, que resoluções você sugere para tal?
Só queria lembrar que os principados italianos viviam se digladiando entre si a tal ponto que mesmo as facções rivais dentro de vários deles enfraqueciam qualquer tipo de unidade e só tendiam a facilitar invasões estrangeiras.
Qualquer semelhança com a atual situação do país é mera coincidência...
Mas peraí, exército tem missões em tempos de paz, não? Ou eles ficam simplesmente enfurnados nos quartéis comendo e bebendo?
Até onde sei, o treinamento continua, Éomer. Há missões simuladas e exercícios práticos onde o infante - geralmente meninos alistados totalmente crus - aprendem a lidar com armas e criam rotinas de procedimento e alguns são manejados para setores específicos, como a cavalaria motorizada, arsenal, etc. Mesmo em tempos de paz, a rotina deles é dura e cada um desempenha uma tarefa específica. Não tão dura quanto numa guerra, mas não é bolinho não, viu.
** Posts duplicados combinados **
@Calib, você conhece a proposta militar da Suíça? Por lá, há uma força que é composta de muito pouco efetivo, mas que capacita uma força de reservista que envolve uma boa parte da população. Em caso de alguma calamidade, esses que treinam, mais as forças policiais, mais os treinados comporão um exército. O que não é necessário é uma instituição falida, que gasta demais e não dá retorno praticamente nenhum. Por lá, isso não existe. E até onde eu sei, ninguém tentou invadir a Suíça no último século, né?
Fato, mas isso não foi conseguido com mera diplomacia. A Suíça só conseguiu - e consegue - impor sua neutralidade porque a população possui porte irrestrito de armas, e podem andar armados a seu bel-prazer pelas ruas a qualquer hora do dia. Não sei se o
@Bruce Torres foi irônico ao citar a malemolência suíça, mas até mesmo Hitler sabia que qualquer tentativa de invasão à Suíça custaria muitas baixas. Em resumo: é um país que não tem um Exército propriamente dito, mas sim
a própria população civil constitui um Exército em defesa da própria soberania e neutralidade. É quase um
'cai dentro!' pra quem quiser pensar em invadir-la.
Chega a ser meio irônico, isso: quando Maquiavel disse que
"justa, na verdade, é a guerra quando necessária, e piedosas as armas quando apenas nelas se encontra a esperança", ele disse de forma bastante objetiva que não há paz sem armas. Não há possibilidade de paz real em um país onde todo o restante do mundo sabe que não há sequer uma força de contenção e defesa. E como no Brasil não há o mínimo de viabilidade para que a realidade se aproxime da realidade suíça... Vamos mantendo as Forças Armadas.