Quickbeam
Rock & Roll
Dia 4 de novembro sai lá fora o blu-ray com a versão estendida do filme, mas o download digital já está disponível nos iTunes e Google Plays da vida. São 25 minutos a mais de material. Compartilhem suas resenhas e opiniões sobre essa versão.
Assisti a estendida ontem à noite e aqui vão minhas impressões:
Assisti a estendida ontem à noite e aqui vão minhas impressões:
Bem, vou logo tratando da questão mais premente: não há cena de Thráin entregando o mapa e a chave a Gandalf! Pela conversa entre os dois, suponho que esse encontro tenha ocorrido antes da batalha nos portões de Moria. O que vemos em Dol Guldur é só o reencontro deles quando Gandalf vai investigar o lugar. Embora tenha alguns momentos interessantes, como a revelação de que o último dos 7 anéis dos Anões foi tomado pelo inimigo, acho que é uma adição largamente desnecessária, já que praticamente só serve para alertar Gandalf de que o Necromante realmente é muito mais do que aparenta. Como Sauron aparece logo depois, o "mistério" se desfaz rapidamente (e o pedido de Thráin para que Gandalf transmita uma mensagem para Thorin só me soou piegas e clichê).
Mas vamos lá, voltando ao começo: o prólogo é o mais fraco entre os 5 filmes lançados e a adição do flashback não melhorou em nada a cena (sem falar na mudança na aparência de Thráin, mas whatever).
O primeiro encontro com Beorn em forma humana é ligeiramente engraçado, mas novamente não me parece que algo essencial tenha sido descartado na outra versão.
Já a conversa entre Gandalf e Beorn, antes da partida dos anões, é realmente uma cena que acho que fez falta na versão do cinema, principalmente por tornar a reação de Gandalf ao chegar a Mirkwood um pouco mais palatável. Ele decide retornar e investigar High Fells não só pelas palavras trocadas (ou lembradas) com Galadriel, mas também com Beorn.
Dentro de Mirkwood, o único acréscimo digno de nota foi a aparição deShishigami, patrono do Harry, Thranduil?
Nada contra mais cenas do Mestre da Cidade e Alfrid, mas a cena deles enquanto o primeiro come é outra instância de algo recorrente em O Hobbit: a necessidade exagerada de se linkar tudo à trilogia anterior. Não basta a dinâmica entre o Mestre e Alfrid lembrar a de Théoden e Gríma, até a refeição parece querer competir com a similar em Retorno do Rei, depois de Denethor mandar Faramir em uma missão suicida.
A cena entre Bard, os anões e as pessoas da cidade os ajudando é divertida, mas também meio inconsequente.
Ver Bilbo testificando a favor de Thorin é bacana, mas ele também é um desconhecido para os habitantes da Cidade do Lago...
Bom, continuo achando que A Desolação de Smaug é ligeiramente superior a Uma Jornada Inesperada, por ter menos enrolação, mas ainda é um filme pelo qual é difícil ficar muito entusiasmado. Contém a melhor e mais divertida sequência de ação até agora no Hobbit (a fuga nos barris), claramente planejada para fazer parte do clímax do primeiro filme. Por outro lado, tanto o prólogo como as cenas de ação com Smaug deixam muito a desejar: o primeiro por ser demasiado expositivo e não trazer nada de muito revelador ou excitante; o último, por transformar um personagem potenciamente fascinante em uma marionete nas mãos dos anões, que muda de alvo a todo instante e até reacende as forjas deles. Um tolo completo, em outras palavras. Ah, e a cena entre Smaug e Bilbo seria melhor se fosse mais curta, já que acaba dissipando a tensão justo perto do clímax do filme.
Os melhores momento, para mim, são de interações entre os personagens. Em especial, a entrada em Erebor, com Balin e Thorin visivelmente emocionados; e, sim, a cena entre Kili e Tauriel na prisão élfica. Os filmes precisam desesperadamente desse tipo de cena, em que haja algum desenvolvimento dos personagens, já que a maior parte dos anões mal passa de um nome e uma aparência. Se fosse um filme só, até poderia relevar parte desses problemas, mas 3 filmes longos pedem mais material, mesmo que inventado (não ligo para a perda da fidelidade), e não apenas extensão das cenas de ação (que já são muitas). Fora isso, o maior (talvez o único) momento de impacto visual/sonoro foi na apresentação da Cidade do Lago, com a bela trilha subindo enquanto Bard passa pelos portões.
Enfim, esta versão estendida de Desolação de Smaug, ainda que tenha alguns méritos, não torna o filme melhor que a versão do cinema. Foi a mesma sensação ao assistir a estendida de Uma Longa Jornada, embora esta última tenha mais cenas extras realmente interessantes. São filmes agradáveis de se assistir, mas que não inspiram o tipo de paixão que O Senhor dos Anéis conseguia criar. Não que os filmes anteriores fossem perfeitos, longe disso, mas era mais fácil relevar os pontos negativos quando os acertos eram muito maiores e mais numerosos do que os atuais.
Mas vamos lá, voltando ao começo: o prólogo é o mais fraco entre os 5 filmes lançados e a adição do flashback não melhorou em nada a cena (sem falar na mudança na aparência de Thráin, mas whatever).
O primeiro encontro com Beorn em forma humana é ligeiramente engraçado, mas novamente não me parece que algo essencial tenha sido descartado na outra versão.
Já a conversa entre Gandalf e Beorn, antes da partida dos anões, é realmente uma cena que acho que fez falta na versão do cinema, principalmente por tornar a reação de Gandalf ao chegar a Mirkwood um pouco mais palatável. Ele decide retornar e investigar High Fells não só pelas palavras trocadas (ou lembradas) com Galadriel, mas também com Beorn.
Dentro de Mirkwood, o único acréscimo digno de nota foi a aparição de
Nada contra mais cenas do Mestre da Cidade e Alfrid, mas a cena deles enquanto o primeiro come é outra instância de algo recorrente em O Hobbit: a necessidade exagerada de se linkar tudo à trilogia anterior. Não basta a dinâmica entre o Mestre e Alfrid lembrar a de Théoden e Gríma, até a refeição parece querer competir com a similar em Retorno do Rei, depois de Denethor mandar Faramir em uma missão suicida.
A cena entre Bard, os anões e as pessoas da cidade os ajudando é divertida, mas também meio inconsequente.
Ver Bilbo testificando a favor de Thorin é bacana, mas ele também é um desconhecido para os habitantes da Cidade do Lago...
______________________________
Bom, continuo achando que A Desolação de Smaug é ligeiramente superior a Uma Jornada Inesperada, por ter menos enrolação, mas ainda é um filme pelo qual é difícil ficar muito entusiasmado. Contém a melhor e mais divertida sequência de ação até agora no Hobbit (a fuga nos barris), claramente planejada para fazer parte do clímax do primeiro filme. Por outro lado, tanto o prólogo como as cenas de ação com Smaug deixam muito a desejar: o primeiro por ser demasiado expositivo e não trazer nada de muito revelador ou excitante; o último, por transformar um personagem potenciamente fascinante em uma marionete nas mãos dos anões, que muda de alvo a todo instante e até reacende as forjas deles. Um tolo completo, em outras palavras. Ah, e a cena entre Smaug e Bilbo seria melhor se fosse mais curta, já que acaba dissipando a tensão justo perto do clímax do filme.
Os melhores momento, para mim, são de interações entre os personagens. Em especial, a entrada em Erebor, com Balin e Thorin visivelmente emocionados; e, sim, a cena entre Kili e Tauriel na prisão élfica. Os filmes precisam desesperadamente desse tipo de cena, em que haja algum desenvolvimento dos personagens, já que a maior parte dos anões mal passa de um nome e uma aparência. Se fosse um filme só, até poderia relevar parte desses problemas, mas 3 filmes longos pedem mais material, mesmo que inventado (não ligo para a perda da fidelidade), e não apenas extensão das cenas de ação (que já são muitas). Fora isso, o maior (talvez o único) momento de impacto visual/sonoro foi na apresentação da Cidade do Lago, com a bela trilha subindo enquanto Bard passa pelos portões.
Enfim, esta versão estendida de Desolação de Smaug, ainda que tenha alguns méritos, não torna o filme melhor que a versão do cinema. Foi a mesma sensação ao assistir a estendida de Uma Longa Jornada, embora esta última tenha mais cenas extras realmente interessantes. São filmes agradáveis de se assistir, mas que não inspiram o tipo de paixão que O Senhor dos Anéis conseguia criar. Não que os filmes anteriores fossem perfeitos, longe disso, mas era mais fácil relevar os pontos negativos quando os acertos eram muito maiores e mais numerosos do que os atuais.
Última edição: