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O Polemico Mapa de Piri Reis.

Hasgath

Usuário
publicado em recortes por luís pereira
Em 1929, alguns operários que trabalhavam na reabilitação do palácio de Topkapi, em Istambul, descobriram um mapa entre os destroços. O mapa, policromado, mostrava o contorno do oceano Atlântico. As costas da Europa, África e também as da América estavam desenhadas com uma precisão surpreendente, fruto de um conhecimento de trigonometria esférica próprio de séculos muito posteriores. A carta estava assinada por um navegador turco, em 1513. O seu nome: Piri Reis. Durante muito tempo, a origem do mapa de Piri Reis foi um mistério - que persiste em parte. Como conseguiu cartografar as costas americanas, recém-descobertas, até à Antárctida? Em que fontes se baseou? Que contactos teve com Colombo?

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© Wikicommons.
Um “Reis” erudito e apaixonado
Piri Ibn Haji Mehmed (1465-1554) foi um almirante otomano nascido na península de Gallipoli, actual território turco. Pouco se sabe acerca desta figura descendente de uma família de marinheiros. Combateu durante anos com as marinhas espanhola, genovesa e veneziana pelo domínio estratégico de territórios e, neste contexto, ascendeu à posição de “Reis” (“almirante”, na sua língua natal). Foi sobrinho de Kemal Reis, almirante turco que participou em embarcações que praticavam corso no Mediterrâneo e na costa atlântica do norte de África. Terá sido vencido numa das batalhas travadas com a marinha portuguesa no Golfo Pérsico e, por isso, mandado decapitar por ordem do Sultão.
É sabido que a sua paixão foi a cartografia. Homem erudito, o estatuto que alcançou na marinha otomana permitiu-lhe desenvolver este gosto, acedendo a fontes de informação privilegiadas na Biblioteca Imperial de Constantinopla. Em 1521, publicou “Kitab-i Barhieh”, ou “Livro da Marinha”, onde descreveu a costa mediterrânica e incluiu um mapa cartografado por si em 1513. O conhecimento que detinha das línguas espanhola, grega, italiana e portuguesa tê-lo-á ajudado a fazer este mapa “polémico”, preparado na cidade de Galibolu.
O mistério por detrás do mapa

A origem do mapa torna-se um mistério devido à precisão dos seus detalhes (embora não sejam exactos), principalmente das Américas e da Antártida, e às possíveis fontes em que Piri Reis se baseou. Mas foi só em 1953 que foram realizados estudos que comprovaram o valor histórico existente nas cartas escritas pelo almirante turco. Ficou confirmado que, embora antigo, o mapa, que seguia o modelo cartográfico portulano (por guiar os navegadores de porto a porto) era bastante preciso. A latitude e a longitude dos diversos pontos que compõem o mapa são considerados correctos, mesmo sabendo que o cálculo da longitude viria a ser uma realidade só após o século XVIII, com a criação de um relógio marinho de precisão.
A obra de Piri Reis descreve as principais cidades do Mediterrâneo e apresenta 215 mapas regionais. Inclui ilustrações dos reis de Portugal, Guiné e Marrocos. Em África, surge um elefante e uma avestruz. Na América Latina, lamas e pumas e, nas zonas litorais, barcos.
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© Wikicommons.
Piri_Reis_map_of_Europe_and_the_Mediterranean_Sea_20110913_bo_03.jpg

© Wikicommons, Mapa da Europa e do Mar Mediterrâneo.
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© Wikicommons, Mapa de Atenas.
Na opinião do cartógrafo, “a elaboração de uma carta demanda conhecimentos profundos e indiscutível qualificação.” Piri Reis terá estudado todas as cartas de que teria conhecimento, “algumas delas muito antigas e secretas” e “de que era o único conhecedor na Europa”, segundo o próprio. Estas poderão ser a resposta ao mistério. Ter-lhe-ia chegado também às mãos, por via de um membro da sua equipa capturado por Kemal Reis, um mapa desenhado por Cristovão Colombo. Se o teve, teria sido este o único contacto com Colombo?
Assim, permanece o mistério. Quais as fontes e os instrumentos utilizados para que se atingisse uma precisão precoce e invulgar à época?
As teorias da contradição

Há quem afirme que o mapa tinha erros nas latitudes e longitudes. Essa ideia é, de algum modo, justificada a partir do estudioso Charles Hapgood, professor e investigador americano, que terá sustentado a precisão do mapa, embora com possíveis erros na descrição das zonas Ártica e Antártica, pelo menos. Ainda acerca da precisão geográfica, estudos comprovam a necessidade de o almirante ter possuído instrumentos de medição avançados e uma equipa de análise cartográfica aérea. A comprovação destas hipóteses, provavelmente, derrubaria uma série de preceitos científicos que moldam a nossa visão histórica e actual, em geral. Definitivamente, este é um mapa envolto em mistério e polémica.
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© Wikicommons, Mapa de Granada.
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© Wikicommons, Mapa de Alexandria.
A obra de Piri Reis vale igualmente por ser a mais antiga referência à influência de Colombo na feitura de cartas naúticas e por possuir bastantes fontes portuguesas e espanholas - nações para as quais a cartografia era uma importante arma política.


FONTE: http://obviousmag.org/archives/2011/09/o_incrivel_mapa_de_piri_reis.html#ixzz1Y4U1I7eB
 
Eu gosto da especulação de Erik von Daniken em "Eram os Deuses Astronautas" de que Piri Reis teria pego carona em uma nave e assim teria tido uma visão aérea dos continentes, por mais absurda que possa parecer, a precisão desse mapa para a época em que foi feito também o é. Não que eu acredite de fato na teoria de Daniken, mas até agora foi a melhor explicação que eu já vi para o mapa.
 
Eu gosto da especulação de Erik von Daniken em "Eram os Deuses Astronautas" de que Piri Reis teria pego carona em uma nave e assim teria tido uma visão aérea dos continentes, por mais absurda que possa parecer, a precisão desse mapa para a época em que foi feito também o é. Não que eu acredite de fato na teoria de Daniken, mas até agora foi a melhor explicação que eu já vi para o mapa.

Foi exatamente o que me ocorreu quando li este mesmo livro. Daniken obviamente teve muitos devaneios tendenciosos, mas também possui um "Q" de visionário ou pelo menos de individuo desprendido dos padrões explicativos de nossa história. História da qual temos poucas certezas apos 2 mil anos e milhares de duvidas sobre fatos com mais de 5 mil anos. O mapa de Piri Reis sempre foi um destes mistérios extremamente especulados mas nunca explicados de fato.
 
Foi exatamente o que me ocorreu quando li este mesmo livro. Daniken obviamente teve muitos devaneios tendenciosos, mas também possui um "Q" de visionário ou pelo menos de individuo desprendido dos padrões explicativos de nossa história. História da qual temos poucas certezas apos 2 mil anos e milhares de duvidas sobre fatos com mais de 5 mil anos. O mapa de Piri Reis sempre foi um destes mistérios extremamente especulados mas nunca explicados de fato.

Aliás, ai está o mérito desse livro na minha opinião, que é dar uma "chacoalhada" nos padrões científicos da época e abrir o leque para novas possibilidades. Infelizmente, ao que parece, a maioria dos acadêmicos da época deu mais importância a hipótese em si do que aos reais motivos do livro (IMO), o que praticamente aboliu-o do meio acadêmico.
 
Os árabes sempre estiveram à frente quando se trata de técnicas de navegação. Inclusive, foi com eles que Colombo aprendeu a navegar tão bem. Além disso, a troca de informações e mapas entre marinheiros era bem comum.

Eu vejo clara influência de Colombo e dos espanhóis nesse mapa, observem: Na América têm representados homens com cabeça de cachorro, um homem cujos membros saem da própria cabeça, etc. Esses supostos seres bizarros que habitavam o continente eram característicos no imaginário europeu.
 
O mapa é muito perfeito até para épocas mais recentes, a teoria de Däniken pode ser especulativa, mas até agora, como disse Hamfast, não tem uma melhor não.
 
Acho muito perigosa essa tendência em buscar explicações extraordinárias quando não se encontra uma resposta mais "plausível". O fato de uma técnica ou conhecimento usado no passado não ser conhecido hoje, não significa que as civilizações tiveram ajuda de fora da Terra. Civilizações vêm e vão, e quando vão, por diversos motivos, muito do conhecimento desenvolvido também morre junto com elas. Acreditar que as pirâmides do Egito, por exemplo, foram construídas com ajuda ou tecnologia extraterrestre é subestimar a capacidade do ser humano de inventar e reinventar. Outra coisa é que se nivela muito o conhecimento cartográfico pela época das navegações portuguesas, espanholas, genovesas e venezianas, mas, como lembrou nossa colega acima, esse conhecimento veio senão dos árabes, que já mantinham muito contato com outros povos, e foram os que mais preservaram, acreditem, o conhecimento, em todas as esferas, desenvolvido e/ou adquiridos pelos antigos gregos. Também se esquece muito que hoje já está mais do que provado que antes de Colombo, séculos antes, os Vikings já estiveram na América e fundaram até mesmo uma colônia na América do Norte. Então, essa história de achar que tudo relativo à América, de uma época pré-Colombo, é extraordinário, não tem muito sentido hoje. Há estudos sérios que apontam um vasto conhecimento cartográfico de chineses e fenícios muitos e muitos séculos antes de Colombo, inclusive que chegaram à costa do Continente Americano e Austrália. Então, eu repito: o fato de uma técnica, uma tecnologia, um conhecimento ter se perdido não significa que ele nunca existiu antes (antes de Colombo, por exemplo) e muito menos que veio do espaço por meio de homenzinhos vestidos com macacão prateado.
 
Não acho que o que eu citei seja uma explicação extraordinária. Como disse, não é nem sequer uma explicação, mas mais uma especulação. Extraordinária? Acho arriscado dizer. De resto, concordo com o que você disse, só não acho que a ciência possa se dar ao luxo de descartar possibilidades assim tão facilmente
 
Bueno, dizem até que os púnicos descobriram a América, isso antes do auge do Império Romano.

Não vejo nada de extraordinário nessa história. O ser humano tem um péssimo hábito de querer ser Deus em uns momentos e se considerar inferior a outros (inventando teorias de extraterrestres pintados em paredes pré-históricas quando os artistas rupestres pintavam o que viam durante o transe xamânico).

A única imagem continental postada no tópico foi a da Europa/norte da África, e na época do Piri Reis esses dois lugares já eram beeeeeeem conhecidos decor e salteado, os mapas da África e América do Sul só ilustram as regiões costeiras, coisa que um navegador poderia muito bem fazer sem estar dentro de uma nave espacial.

Mas se for pra apostar numa teoria maluca, prefiro apostar minhas fichas em seres hiperbóreos (ou atlantis espirituais, não conheço muito desses "povos") que fizeram contato com Piri Reis e deram os mapas de mão beijada.
 
Então, eu repito: o fato de uma técnica, uma tecnologia, um conhecimento ter se perdido não significa que ele nunca existiu antes (antes de Colombo, por exemplo) e muito menos que veio do espaço por meio de homenzinhos vestidos com macacão prateado.
Ockham.
 

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