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PC Planescape: Torment

Re: Planescape : Torment (PC)

Pois eh. Foi dai mesmo que eu vi tudo hehe.

Mas sobre o Vengeance eu não sei mais nada. Não achei mais nenhum site falando sobre o que aconteceu.
 
Re: Planescape : Torment (PC)

He wasn't certain of which direction to go, and he'd forgotten both where he was traveling to and who he was. He'd sat down for a moment to rest his weary legs, and suddenly looked up to see an elderly woman before him. She grinned toothlessly and with a cackle, spoke: 'Now your third wish. What will it be?'
'Third wish?' The man was baffled. 'How can it be a third wish if I haven't had a first and second wish?'
'You've had two wishes already,' the hag said, 'but your second wish was for me to return everything to the way it was before you had made your first wish. That's why you remember nothing; because everything is the way it was before you made any wishes.' She cackled at the poor berk. 'So it is that you have one wish left.'
'All right,' said the man, "I don't believe this, but there's no harm in wishing. I wish to know who I am.'
'Funny,' said the old woman as she granted his wish and disappeared forever. 'That was your first wish.'


-- Dialogue from Planescape: Torment



Torment é mesmo uma obra prima. On par, na minha humilde opinião, com grandes obras literárias e cinematográficas de renome que vemos aí fora. Incrível como uma obra de fantasia relata tão bem questões humanas, como fé, mortalidade, moralidade, etc.
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Aliás, fico triste quando vejo esse estado atual da indústria de games - a mesma que era uma supernova de criatividade à 1 década atrás nos propiciando não só Torment, como Fallouts, Baldurs Gates, Arcanum, Ultimas, Deus Ex, Alpha Centauri, Civilizations, System Shocks, UFO xcom, Jagged Alliances, Darklands, Longest Journeys, Full Throttle, Gabriel Knights, Wing Commanders, Tie-Fighters, Might & Magics, Half-Life 1, Rainbow Six, etc, etc, etc (eu poderia citar mais 1 centena)...

...hoje essa indústria é só gráficos e fórmulas recicladas (e comercialmente garantidas).

Triste.
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Quais são os jogos da linha Planescape?

São pesados?

Podem potencialmente destruir minha graduação?
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Quais são os jogos da linha Planescape?

São pesados?

Podem potencialmente destruir minha graduação?
Vou considerar "na linha" como "feitos pela mesma equipe", ok?


E essa equipe é nada mais nada menos dq o lendário pessoal da Black Isle, responsáveis pela séries Fallout, Icewind Dale e Baldur's Gate (sendo esta última a melhor série de RPG de todos os tempos, na minha opinião :obiggraz:).


São todos levíssimos para os padrões atuais de hardware e tem um PDG (Potencial Destrutivo de Graduação) altíssimo! :ahhh:
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Só lembrando que, apesar desses jogos serem todos dos mesmos produtores, são bem diferentes entre si. Aqui vai um resumo pra te ajudar:

- Planescape: Torment

É praticamente um livro interativo áudio-visual. Você vai ler, ler, ler, ler, ler, ler, ler, ler, ler, ler, ad infinitum. Depois você vai explorar, explorar, explorar, explorar. Só então você vai combater (muito de vez em quando). Pra quem gosta desse tipo de jogo, não há nada igual no mercado - a melhor obra literária já vista num jogo eletrônico. Mas fique avisado - NÃO É HACK-SLASH!, aqui você joga como se lê-se um bom livro - com paciencia, dissecando (e degustando) cada parágrafo.

- Fallout:

Possivelmente o jogo com mais liberdade já criado, tanto de exploração quanto de interptação de papéis. Vá onde quiser, faça o que quiser, seja o que quiser. MESMO. Mas tudo que voce faz tem consequencias: quer matar aquele NPC mendigo da esquina? beleza. Quer ser traficante? check. Quer passar o rodo na putinha da esquina? check. Quer matar qualquer NPC na tela igual um maníaco? beleza o jogo segue em frente, MAS AGUENTA AS CONSEQUENCIAS! Quer ser um malandro "bom de lábia" sem nunca precisar dar um tiro? Beleza dá pra finalizar assim. Quer ser um galã conquistador ? beleza (dá até pra ser ator de filme pornô :mrgreen: ). Quer ser um matador drogado traficante de drogas? Beleza (o jogo tem um combate tático por turnos muito foda). Quer ser... você já entendeu. O gameplay do jogo é tão aberto que pode ser um hach-slash, ou jogo sõ de exploração e diálogo - tudo depende de você.


- Baldurs Gate:

Não tem metade da liberdade, interpretação ou interatividade dos anteriores, mas ainda é um excelente jogo. Combate tático muito bom, história épica e muito bem desenvolvida. O único problema a meu ver é que o jogo tem combates demaaaaaais e depois de um tempo caaaaaansa (pra quem gosta disso, esqueça esse comentário).


- Icewind Dale:

isso pra mim não é RPG - é jogo de combate-tático disfarçado de RPG. Um Diablo incrementado, digamos. Se você procura oportunidades de interpretação, liberdade e interatividade, PASSE LONGE.


Conclusão: os 3 primeiros são excelentes jogos e não é à toa que dividem a maioria das opiniões quando o assunto é "Qual o melhor RPG eletronico já inventado?". Espero ter ajudado, agora é com você. :D
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Na minha humilde opinião nada até hoje superou o Torment. E certamente é o game com os NPCs mais carismaticos de todos.
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Eu não consigo me decidir entre Torment e Fallout.

Mas tentando analisar friamente (e imparcialmente):

Em termos de interpretação a briga entre Planescape e Fallout é duríssima (ambos possuem árvores de diálogos dinamicas e adaptativas que dependem de seus atributos, ideologias/alinhamentos, background, etc., ambos te dão liberdade de se comportar como quiser com consequencias significantes pra suas ações, respeitando muito o conceito de cause-effect, etc ). Fallout é consideravelmente mais aberto em termos de liberdade de exploração (neste ponto Torment perde, por ser mais linear ).

Mas no final das contas, Planescape Torment ganha porque tem uma puta história (digna de virar filme!) que aborda assuntos muito interessantes das mais diversas naturezas e aspectos humanos de forma totalmente madura, e principalmente porque tem uma prosa dos diálogos de altíssimo nivel, coisa que mal se vê em livros e cinema, o que dizer de jogos eletronicos!!!

Então, se me perguntar "Por qual voce tem mais simpatia? " vou dizer Fallout. Mas se eu fosse um crítico de jogos e tivesse que ser o mais imparcial possível .... é Planescape Torment.


ps: Ah, e Torment tem o Morte - o NPC mais foda que já vi.

ps2: o combate de Fallout também é melhor, mas convenhamos... isso não é um critério de peso pra hardcore role-players como nós certo?
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Concordo com (quase) tudo que vc disse, Armitage... Só alguns pontos discordantes:

- Fallout tem um sistema de combate muito bom, uma liberdade absurda, história bem bacana... Mas não acho que a "liberdade de papéis" é tão grande assim... Ou melhor, não de forma natural... Vc não "escolhe" ser um traficante (e vários outros exemplos que vc deu), vc apenas age como um, oq pra mim é brincar de casinha... Algumas coisas (pegar putas, astro pornô) realmente são "previstas" pelo jogo, mas são ações isoladas (e rápidas)... Enfim, detalhes que não desmerecem em nada o jogo, que é most excelent! :obiggraz:


- Icewind tá longe de ser um Action RPG acerebral ao estilo Diablo... De fato, é o mais linear de todos da série, mas ainda assim tem uma história bem épica e combates bastante estratégicos...


Mas como disse antes, Baldur's Gate (principalmente o 2) ainda é o melhor da série, por ser o mais "balanceado"... tem um nível de liberdade grande, uma boa dose de diálogos, combates, customisações, etc, apesar de não ser "o maior" em nenhum dos quesitos... (talvez duração :think:)
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Mas como disse antes, Baldur's Gate (principalmente o 2) ainda é o melhor da série, por ser o mais "balanceado"... tem um nível de liberdade grande, uma boa dose de diálogos, combates, customisações, etc, apesar de não ser "o maior" em nenhum dos quesitos... (talvez duração :think:)

Eu acho Baldurs Gate *BEM* chato. Aliado ao fato de toda hora ter que trocar de cd... tem vezes que dá vontade de dar tiro no pc. :blah:
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Eu acho Baldurs Gate *BEM* chato. Aliado ao fato de toda hora ter que trocar de cd... tem vezes que dá vontade de dar tiro no pc. :blah:
:blah:


Baldurs é phodão, tu tá é doido... :doido:


E o lance dos cds basta fazer instalação full que ele não acessa pra nada os cds...
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Mas não acho que a "liberdade de papéis" é tão grande assim... Ou melhor, não de forma natural... Vc não "escolhe" ser um traficante (e vários outros exemplos que vc deu), vc apenas age como um, oq pra mim é brincar de casinha...

Não entendí Erunamo. A história do jogo lhe apresenta oportunidades se você as encontrar, e aproveitar ou não é opção sua - se tiver os pre-requisitos é claro. Funciona da mesma forma que na vida real - se você chegar numa cidade hoje, e um diretor ver potencial em você pra ser ator pornô, você pode começar sua carreira hoje mesmo. Da mesma forma é com traficante de drogas, membro de gangue, escravizador, etc. Todos esses papéis surgem de forma natural, e alguns anulam outros (se você se aliar a uma milicia, não pode se aliar à mafia, etc. ).

Agora o mais importante, em se tratando de role-playing, é o jogo dar continuidade e opções condizentes com cada papél, além de decisões ambíguas que não têm uma resposta óbvia, ou seja, o ator pornô uma hora tem que tomar decisões inerentes àquele papél: - como discordar com o diretor, brigar com atrizes, etc., - como o escravizador uma hora tem que decidir se levará ou não criança inocente pra jaula; - o membro de gangue tem que ponderar se vai trair seus parceiros, etc.

...e isso o jogo dá, e MUITO. Sem contar que cada papél influencia na sua imagem e fama pelas wastelands. (o escravizador fica com uma tatuagem no peito que já o identifica pra qualquer um, e or isso fica estigmatizado, por ex.)

E ainda sobre liberdade de interpretação - Fallout te dá várias opções de resolver cada problema, ou seja, você não tem que "sair do papél" pra nada. Se você quiser ser um pacifista pode ter certeza que poderá finalizar o jogo sem precisar dar um tiro sequer.


ISSO pra mim é role-playing. Essa liberdade de poder escolher o que fazer, à sua maneira. Fallout é o que mais tem disso. Seguido de perto por Planescape. E é exatamente nisso que Baldurs Gate peca, por ser muito limitado em termos de role-playing - as opções de diálogo não têm consequencias reais (não importa o quê você escolher falar, em 90% dos casos, dá sempre no mesmo), os problemas em 90% dos casos só podem ser resolvidos de uma única forma (o combate), e não há liberdade de interpretação - sua intepretação é muito linear. O jogo não recompensa approaches diferentes do combate. Ou você combate, combate, combate, ou não ganha experiencia - bem diferente de Fallout e Torment que muitas vezes te premiam mais se você achar uma alternativa à violência, e isso encoraja formas diferentes de se jogar, formas difernetes de se interpretar. Isso é liberdade de interpretação.
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Só pra terminar a idéia Eru, se tivessemos que desenhar um gráfico, seria mais ou menos assim:

Fallout
falloutmi0.jpg


Baldurs Gate
baldursgate2bj7.jpg


Fallout é uma árvore cheia de ramos que vão pra todos os lado - Isso mostra alternativas de tomadas de decisão, o quão aberto o jogo é.

Já Baldurs Gate é um linha que vai prum lado, vai pra outro, mas nunca deixa de ser uma única linha. O jogo é muito linear, não ha tomada de decisões significativas (a não ser numa parte do meio, da Bodhi ). Mesmo os strongholds (a gruta do Druida, o forte do guerreiro, etc.) já são fixos desde o inicio do jogo - depois que você cria o personagem (e escolhe a classe) você não decide realmente nada. Sem contar que é uma string de combates tão grande e onipresente (e obrigatória), que podemos questionar se o jogo não é mais um wargame com elementos de RPG, do que um RPG com elementos de wargame (como é o Torment e Fallout, onde nitidamente o combate é opcional).

Enfim, Baldurs Gate é um ótimo jogo, mas em matéria de role-playing deixa a desejar.

ps: lembrando que não estamos discutindo aqui a qualidade desses jogos, todos os 3 são excelentes, estamos apenas dissecando os mesmos. :D
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Não entendí Erunamo. A história do jogo lhe apresenta oportunidades se você as encontrar, e aproveitar ou não é opção sua - se tiver os pre-requisitos é claro. Funciona da mesma forma que na vida real - se você chegar numa cidade hoje, e um diretor ver potencial em você pra ser ator pornô, você pode começar sua carreira hoje mesmo. Da mesma forma é com traficante de drogas, membro de gangue, escravizador, etc. Todos esses papéis surgem de forma natural, e alguns anulam outros (se você se aliar a uma milicia, não pode se aliar à mafia, etc. ).

Agora o mais importante, em se tratando de role-playing, é o jogo dar continuidade e opções condizentes com cada papél, além de decisões ambíguas que não têm uma resposta óbvia, ou seja, o ator pornô uma hora tem que tomar decisões inerentes àquele papél: - como discordar com o diretor, brigar com atrizes, etc., - como o escravizador uma hora tem que decidir se levará ou não criança inocente pra jaula; - o membro de gangue tem que ponderar se vai trair seus parceiros, etc.

...e isso o jogo dá, e MUITO. Sem contar que cada papél influencia na sua imagem e fama pelas wastelands. (o escravizador fica com uma tatuagem no peito que já o identifica pra qualquer um, e or isso fica estigmatizado,
por ex.)
Tá, é uma questão de conceito... Pra mim "virar tal coisa" significa manter de forma persistente aquela "profissão", oq não é o caso de nenhuma das que vc citou... Elas estão muito mais pra "sidequests" do que qualquer outra coisa... Vc não pode escolher seguir a profissão de astro pornô e seguir o jogo só fazendo isso... vc faz uma missão, que na prática limita-se a uma meia dúzia de diálogos com pré-requisito de atributos para o papel e só... Uma vez finalizado, acabou sua vida no "estrelato"... E essa lógica funciona para todas as outras "profissões" no jogo, então na prática isso é "brincar de casinha", ou seja, vc brinca de ir pra lá e pra cá com o personagem "agindo" com um traficante/astro pornô/whatever, mas na prática vc é o mesmo aventureiro de sempre que tem a missão estabelecida no começo do jogo... E sim, acho phoda essas "profissões" entre tantos outros pequenos detalhes do jogo, mas pra mim tão muito mais pra easter eggs do que elementos de jogabilidade...


E ainda sobre liberdade de interpretação - Fallout te dá várias opções de resolver cada problema, ou seja, você não tem que "sair do papél" pra nada. Se você quiser ser um pacifista pode ter certeza que poderá finalizar o jogo sem precisar dar um tiro sequer.
Pra mim isso é forçar a barra e brincar de casinha, já que tirando vc mesmo, ninguém vai te tratar como se vc fosse o tal papel que vc está seguindo (tirando o escravista)... :-P

E isso de terminar o jogo sem dar um tiro é totalmente discutível... Existem sim muitas situações em que vc pode resolver as coisas só na lábia, mas existem muitas outras que a única solução é o combate... O máximo que vc pode fazer é evitar esse lugares/missões e continuar jogando... Mas pra mim isso é forçado... isso pq nem tô levando em conta os combates aleatórios...


ISSO pra mim é role-playing. Essa liberdade de poder escolher o que fazer, à sua maneira. Fallout é o que mais tem disso. Seguido de perto por Planescape. E é exatamente nisso que Baldurs Gate peca, por ser muito limitado em termos de role-playing - as opções de diálogo não têm consequencias reais (não importa o quê você escolher falar, em 90% dos casos, dá sempre no mesmo), os problemas em 90% dos casos só podem ser resolvidos de uma única forma (o combate), e não há liberdade de interpretação - sua intepretação é muito linear. O jogo não recompensa approaches diferentes do combate. Ou você combate, combate, combate, ou não ganha experiencia - bem diferente de Fallout e Torment que muitas vezes te premiam mais se você achar uma alternativa à violência, e isso encoraja formas diferentes de se jogar, formas difernetes de se interpretar. Isso é liberdade de interpretação.
Todo RPG pra computador é baseado em scripts pré determinados pelos programadores, então falar seriamente em Role Playing é complicado, já que no final das contas vc fica preso dentro dq foi estabelecido por eles... O máximo que se pode dizer é que tal jogo tem mais scripts dq outro, mas no final vc fica num trilho que limita suas escolhas...


BG tem muitos combates pq usa o universo D&D clássico, que é fortemente baseado em combates... Ainda assim existem muitas situações que podem ser resolvidas pacificamente , ao contrário dq vc afirmou...
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Tá, é uma questão de conceito... Pra mim "virar tal coisa" significa manter de forma persistente aquela "profissão", oq não é o caso de nenhuma das que vc citou... Elas estão muito mais pra "sidequests" do que qualquer outra coisa... Vc não pode escolher seguir a profissão de astro pornô e seguir o jogo só fazendo isso... vc faz uma missão, que na prática limita-se a uma meia dúzia de diálogos com pré-requisito de atributos para o papel e só... Uma vez finalizado, acabou sua vida no "estrelato"... E essa lógica funciona para todas as outras "profissões" no jogo, então na prática isso é "brincar de casinha", ou seja, vc brinca de ir pra lá e pra cá com o personagem "agindo" com um traficante/astro pornô/whatever, mas na prática vc é o mesmo aventureiro de sempre que tem a missão estabelecida no começo do jogo... E sim, acho phoda essas "profissões" entre tantos outros pequenos detalhes do jogo, mas pra mim tão muito mais pra easter eggs do que elementos de jogabilidade...

Não é bem assim. Cada um desses "sub-roles" tem consequencias significativas para seu personagem até o fim do jogo. Alguns são realmente "rasos", mas outros não. Mas no final, se você considera uma ocupação com consequencias significativas como "brincar de casinha", beleza. Quando você trabalha, aqui na vida real, para uma quadrilha criminosa, isto pode ter consequencias significativas no resto da sua vida ( como um estigma social, por ex. ). E é isso que Fallout faz.

Segundo esse seu conceito, a própria vida real é cheia de "brincadeiras de casinha". Percebe?

Pra mim isso é forçar a barra e brincar de casinha, já que tirando vc mesmo, ninguém vai te tratar como se vc fosse o tal papel que vc está seguindo (tirando o escravista)...
Errado. Vários "sub-roles" que você assume - membro de gangue, escravista, mafioso, etc. possuem uma consequencia social, seja como um mero modificador de reação social, seja como lhe tratando pelo próprio "role" (ser mafioso ou escravista por ex.. faz com que várias pessoas o tratem pelo role ).

E isso de terminar o jogo sem dar um tiro é totalmente discutível...
Fallout pode ser finalizado sem que precise atacar ninguém. Há inclusive FAQs na internet de dicas pra como se fazer isto. (procure the Pacifist faq no google ).

Todo RPG pra computador é baseado em scripts pré determinados pelos programadores, então falar seriamente em Role Playing é complicado, já que no final das contas vc fica preso dentro dq foi estabelecido por eles... O máximo que se pode dizer é que tal jogo tem mais scripts dq outro, mas no final vc fica num trilho que limita suas escolhas...
Isso é desculpa Erú. Todo mundo com um minimo de experiencia em rpg eletronico sabe que o fator role-playing nos jogos cresceu significativamente desde quando foi transportado pelo primeira vez para o mundo dos elétrons:

- em jogos com muito role-playing, (como Fallout, Planescape e Arcanum por ex. ), suas possibilidades e escolhas são dinâmicas e determinadas ou por atributos e caracteristicas, ou por suas escolhas anteriores. Tem inteligência baixa? Suas opções de diálogo serão como a de um individuo estupido. Tem carisma alto? O sexo oposto será muito mais simpático a lhe ajudar. etc, etc.

- em jogos com pouco roleplaying (como Baldurs Gate) a importancia de seus atributos ou decisões passadas é mínima para o desenrolar do jogo - ter inteligência alta ou baixa não tem efeito nenhum em diálogos; decisões passadas pouco importam nas futuras, etc.

Isso é o que chamamos "árvores de decisão" (como mostrado nos gráficos ali em cima) - jogos com muito role-playing possuem grandes "árvores" cheias de ramos pra todos os lados. Jogos com pouco role-playing possuem uma árvorezinha seca, com 1 ou 2 raminhos magros pra lá e pra cá. Enfim, Baldurs Gate é um ótimo jogo mas em se tratando de Role-Playing... fica ruim de competir com Planescape e Fallout (damn, até Ultima 4 de 1986 tem uma árvore maior que Baldurs Gate!!! )

Admite logo aí Erú. :mrgreen:
 
Re: Planescape : Torment (PC)

BOa discussão.

Me deu uma vontade de conhecer esse tal de Fallout hehe.

Mas o Armitage tem razão na questão de atributos e árvores de diálogos e tudo mais. É só dar uma olhada pelo NearInfinity ou qualquer outro programa do gênero dentro de Planescape pra ver quantas possibilidades de diálogos existem com um mesmo personagem. Tudo depende do seu atributo, do seu alinhamento, da sua classe, do seu charisma, de tudo.

Até mesmo se tem alguém na party que influencie o que está sendo abordado (tente falar com Aethelgrin no Smoldering Corpse Bar junto da Grace pra vc ver, hehe)

Baldurs sempre me pareceu um jogo mais de combate mesmo, sem esse desdobramento para 'pensar' na questão do que falar, dos diálogos e tal.
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Pois é Masei, é isso que eu chamo de role-playing. Liberdade de fazer o que quiser, da forma que quiser, e o jogo me permitir isso respondendo dinamicamente às minhas decisões. Se eu escolho ser um pacifista bom de lábia, eu quero fazer as coisas do MEU JEITO (na lábia), e Fallout permite isso (diferente de Baldurs Gate, em que 99% dos problemas são resolvidos com combate... )

Me deu uma vontade de conhecer esse tal de Fallout hehe

Tem o 1 e o 2. Recomendo começar pelo 1 só pra se aclimatar com o mundo. Mas o 2 é melhor e maior. Ambos devem ter cerca de 600 Mb e são fáceis de encontrar na internet. Fallout é a epítome do "open-ended" gameplay - o mundo é totalmente aberto e você faz o que quiser da forma que quiser. No começo do jogo te dão uma roupa, um cantil, e falam "se vira". Aí tu tem que explorar a wasteland procurando por pistas do seu objetivo. Por isso em Fallout 2 partidas nunca são iguais (diferente de Baldurs Gate em que o plot principal é linear e será sempre o mesmo toda vez que você joga).

Ah e o jogo tem conteúdo adulto - teve uma vez em Fallout 2 que eu comia tanta puta numa cidade lá, que fiquei com má fama de comer tudo que anda em 2 pernas. :mrgreen:
 
Re: Planescape : Torment (PC)

Nossa, vou procurar esse Fallout. Nunca tinha nem ouvido falar :eek:
 

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