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Crianças e idosos juntos na escola

Elring

Depending on what you said, I might kick your ass!
Estava assistindo por acaso um canal que mostrava o quotidiano japonês quando apareceu esse trabalho realizado por uma escola local. Devido à baixa taxa de natalidade nas escolas, alguns professores tiveram a iniciativa de ceder espaços ociosos para a população idosa. Além de toda a estrutura oferecida e equipe médica, os idosos têm a chance de conviver com crianças; e estaspor sua vez, adquirem um maior respeito e carinho por aqueles que já não estão mais no convívio dos familiares. Uma atitude digna de aplausos! Será que um projeto assim pode ser implantado em nossas escolas?
 
Acho que não. No Japão, os mais velhos são muito respeitados, enquanto que no Brasil são considerados "peso morto".

E tipo, a situação deos dois países na área de ensino é totalmente diferente... Quando o Brasil tiver uma taxa de natalidade perigosamente baixa, ensino de qualidade e em quantidade, aí sim podemos pensar nisso... Mas no momento, não.
 
Não. Como apontado, situação de ensino e culturas totalmente diferentes. Eu, mesmo estudando numa escola boa, estranharia muito no começo e não gostaria, ao menos em primeiro momento, de conviver com eles.
 
Também acho que não. E não são só os alunos que estranhariam a mudanças, mas os próprios idosos. No último mês fizemos várias pesquisas sobre a terceira idade, e a conclusão que eu meus colegas chegamos é que os próprios velhinhos são bem preconceituosos em relação a muitas coisas, como mudanças. Acho que o projeto não daria resultados.
 
Vcs podiam ser um pouco mais otimistas. Admito que essa deve ser a realidade: a nossa sociedade dificilmente seria apta para uma educação do tipo. Mas quem sabe se fosse introduzida aos poucos? O nosso grande problema é a falta de iniciativa, pela crença de que tudo o que já foi feito e é não pode ser mudado, exceto por um grande projeto que só envolva o governo, etc. Um caso como esse incluiria vários setores sociais e políticos.

Com tantas propagandas clichê e infrutíferas de meros "Respeite os mais velhos", a grave situação do idoso piora, conforme as escolas discutem cada vez menos racionalmente o assunto. Falta real compreensão da coisa toda e muita discussão, nas escolas e na mídia.
 
Eu acho que primeiro deve-se melhorar o ensino educacional em si, por que do que adianta pôr idosos em salas de aula se as mesmas estão caindo aos pedaços?
 
Acho que não. No Japão, os mais velhos são muito respeitados, enquanto que no Brasil são considerados "peso morto".

E tipo, a situação deos dois países na área de ensino é totalmente diferente... Quando o Brasil tiver uma taxa de natalidade perigosamente baixa, ensino de qualidade e em quantidade, aí sim podemos pensar nisso... Mas no momento, não.
Não poderia ter dito melhor.
A cultura japonesa é transmitida dos mais velhos para os mais novos. O mais próximo que a maioria de nós pode chegar a ver isso é nos dojos de artes marciais... Sensei, sempai e kohai. Do mais velho e mais sábio para o mais novo e menos sábio. (note que velho não é sinônimo de idade em dojos e sim de tempo de treino)
De qualquer maneira, os mais velhos são vistos como fontes de conhecimento... Nós os vemos como mão de obra parada.... uma pena!
 
Primeiro arrumemos a casa e depois recebamos as visitas. Convidar os idosos para compartilhar o ambiente escolar brasileiro chegaria a ser um insulto, pois a maioria, eu disse a maioria, dos estudantes não respeitam, pais, professores , colegas e nem a si mesmos . Que dirá a idosos e idosas.
 
Primeiro arrumemos a casa e depois recebamos as visitas. Convidar os idosos para compartilhar o ambiente escolar brasileiro chegaria a ser um insulto, pois a maioria, eu disse a maioria, dos estudantes não respeitam, pais, professores , colegas e nem a si mesmos . Que dirá a idosos e idosas.

Tenho que concordar com você em gênero número e grau.
 
Regente Cósmico disse:
Eu acho que primeiro deve-se melhorar o ensino educacional em si, por que do que adianta pôr idosos em salas de aula se as mesmas estão caindo aos pedaços?

Não são as salas de aula que melhoram o ensino, e sim a boa formação dos professores, as verbas do governo, a dedicação dos alunos e vontade de fazer coisas novas. E isso não existe (salvo raros casos) em nosso país.

Agora...analisando melhor a situação e com base no que alguns usuários disseram, e pensando melhor sobre o que eu mesmo disse antes, até que seria bom se o projeto fosse adotado. Demoraria muito, mas o nosso país só ganharia.
O Brasil já está se tornando um país de idosos,e cada vez mais essas pessoas se tornam excluídas da sociedade. Muito pouco é feito para melhorar as condições de vida dos idosos (como projetos sociais), e tudo é muito mal divulgado (por exemplo, a esmagadora maioria dos idosos nem sabe que existe um "Estatuto do Idoso").
Se o projeto conseguisse ser implantado, grande parte do mal seria cortada pela raiz: o desenvolvimento do respeito.
O problema é como implantar o projeto. A sociedade é muito preconceituosa, e acha que os idosos não merecem tanto (o tal 'peso-morto'). Poucos pais conscientizam as crianças, e muitas escolas achariam que tal medida é perda de tempo. O governo? Primeiro os pobres economicamente ativos (e votantes), depois o resto.

Jango disse:
Primeiro arrumemos a casa e depois recebamos as visitas. Convidar os idosos para compartilhar o ambiente escolar brasileiro chegaria a ser um insulto, pois a maioria, eu disse a maioria, dos estudantes não respeitam, pais, professores , colegas e nem a si mesmos . Que dirá a idosos e idosas.

Jango, se não se começar a promover logo o respeito por parte dos estudantes aos pais, professores e colegas, como o país mudará? De algum modo esse tipo de melhoria tem que acontecer. E o projeto propõe um método. Pode não ser o único, ou o melhor (qual seria?), mas já é alguma coisa.
 
Jango, se não se começar a promover logo o respeito por parte dos estudantes aos pais, professores e colegas, como o país mudará? De algum modo esse tipo de melhoria tem que acontecer. E o projeto propõe um método. Pode não ser o único, ou o melhor (qual seria?), mas já é alguma coisa.
Só que essa conscientização não necessariamente passa por colocar crianças e idosos estudando lado a lado.


Sei lá. Acho que tão levando por um lado muito revolucionário essa história de colocar idosos estudando junto de crianças. Como se o país fosse dar uma volta de 180º por causa disso.
Lembrando que, pelo que eu entendi dessa notícia, a atitude da escola foi mais em termos de "tá sobrando vaga. Pq não preenche-las?".

Aqui no Brasil não sobram vagas. Faltam MUITAS.
E, infelizmente (na minha opinião), nesse caso as crianças são prioridade. Senão vamos dar um pouco de instrução para esses idosos mas em contrapartida tiraremos vagas de crianças que crescerão e precisarão estudar qdo idosos.
Melhor pegar e melhorar na base por enqto e pensar nesse assunto depois que tivermos arrumado isso.

Ou misturar os planos a longo prazo e imediatistas torcendo pra que essa bagunça dê certo.
 
[F*U*S*A*|KåMµ§ disse:
Acho que tão levando por um lado muito revolucionário essa história de colocar idosos estudando junto de crianças. Como se o país fosse dar uma volta de 180º por causa disso.

Não vai dar uma volta de 180 graus (como que se faz o simbolozinho no fórum?).
Mas já é um começo.

F*U*S*A*|KåMµ§ disse:
E, infelizmente (na minha opinião), nesse caso as crianças são prioridade. Senão vamos dar um pouco de instrução para esses idosos mas em contrapartida tiraremos vagas de crianças que crescerão e precisarão estudar qdo idosos.
Melhor pegar e melhorar na base por enqto e pensar nesse assunto depois que tivermos arrumado isso.

Não se está falando de ensinar aos idosos coisas como matemática e geografia, mas de desenvolver o respeito dos jovens para com os idosos e vice-versa. Pra isso não são necessárias carteiras vagas, apenas alguns momentos confraternização, ou seja lá o que foi feito nessa escola japonesa.

:think: *O Elring deveria postar mais informações sobre a notícia.*
 
É.
Acho que entendi a noticia toda errada agora que li de novo. :-P

Mas agora fiquei confuso. O que foi oferecido pros idosos fazerem?
 
Não são as salas de aula que melhoram o ensino, e sim a boa formação dos professores, as verbas do governo, a dedicação dos alunos e vontade de fazer coisas novas.
Eu sei disso. "Salas de aula caindo aos pedaços" engloba tudo isso, pelo menos foi a minha intenção.

E eu não sei o que você sugere. "Momentos de confraternização" é uma coisa, "ceder vagas escolares" é outra. A primeira é cabível, já a segunda, não.
 
Regente Cósmico disse:
E eu não sei o que você sugere. "Momentos de confraternização" é uma coisa, "ceder vagas escolares" é outra. A primeira é cabível, já a segunda, não.

Sinceramente, eu não sei o que propor.
O Elring tem que falar mais sobre o projeto, como foi aplicado, etc, aí a gente pode discutir mais.
 
A cultura japonesa é transmitida dos mais velhos para os mais novos. O mais próximo que a maioria de nós pode chegar a ver isso é nos dojos de artes marciais... Sensei, sempai e kohai. Do mais velho e mais sábio para o mais novo e menos sábio. (note que velho não é sinônimo de idade em dojos e sim de tempo de treino)
De qualquer maneira, os mais velhos são vistos como fontes de conhecimento... Nós os vemos como mão de obra parada.... uma pena!


Mas observemos também por outro lado: muitos japoneses idosos estão com depressão justamente por se sentirem peso morto (li isso numa revista chamada Despertai, com direito a fontes e tudo, o que em surpreendeu muito pois é uma revista de uma religião evangélica que eu achava que falasse sobre religião, mas é científica ^^ ), não que os mais jovens os tratem assim, mas porque lá no Japão um cara que perde o emprego, por exemplo, se mata, então quando se aposentam ficam com tempo ocioso (eles trabalham muito) e ficam depressivos. Essa medida do governo de inclusão ans escolas realmente foi muito boa, pois ganham os mais novos e os mais velhos, ambos aprendem e ensinam muitas coisas.
Aqui no Brasil? Bem, o que custa tentar? E eu nãoa cho que seria tão impossivel assim.
 
Pra isso não são necessárias carteiras vagas, apenas alguns momentos confraternização, ou seja lá o que foi feito nessa escola japonesa.

:think: *O Elring deveria postar mais informações sobre a notícia.*[/quote]

A idéia não é ruim. Só não vejo condições suficientes para ser aplicada no momento.
Sobre o comentário acima: Hoje as escolas discutem muito a interdisciplinaridade, um assunto ligando várias matérias, imagem as contribuições que senhores e senhoras aposentados podem dar usando como base um conhecimento técnico e de vida acumulado por mais de meio século de existência. Ganhariam os alunos, observando um novo ponto de vista e acumulando informações e ganhariam os aposentados por sentirem-se úteis, contribuindo para a construção de um sociedade melhor.
 
Sinceramente, eu não sei o que propor.
O Elring tem que falar mais sobre o projeto, como foi aplicado, etc, aí a gente pode discutir mais.

Foi mal, galera! Abandonei o tópico por uns tempos. No Japão, os próprios professores tiveram essa iniciativa. A idéia era justamente unir os dois extremos que há muito tempo estão separados fraternalente, crianças e idosos. E ambas as partes ganharam e muito com essa convivência. Tanto que em depoimentos de alguns alunos, eles mesmos, antes da vinda dos idosos, possuíam um enorme preconceito por acharem que eles nã tinham nada a oferecer e só reclamar. E médicos comprovaram a eficácia, pois os idosos tornaram-se mais ativos, bem-humorados e mais extrovertidos. Na contrapartida, as crianças, além do respeito, adquiriram maior compreenção, tolerância com as limitações deles, carinho e viram neles uma fonte de conhecimento para suas aulas e tarefas escolares, já que muitas delas não pussuem a companhia dos pais ao longo do dia.
A idéia não é implantar em todos os graus de ensino, mas nas escolas infantis. Os benefícios são a médio e longo prazo. E pensem, se nada for feito nesse sentido de ajudar nossos idosos, como seremos tratados daqui a 40 ou 50 anos? Basta ir em algum posto se saúde ou do INSS para ver o total desrespeito. E digo isso com uma ponta de culpa, eu mesmo não convivia com meus avós e eles faleceram sem ter visto uma foto do neto com farda militar. Me arrependo até hoje com meu descaso.
 
Nenhuma mudança se dá da noite para o dia ou por milagre, muito menos sem iniciativa. Uma realidade onde os idosos são importantes só será fruto de muita insistência no tema, e esse exemplo dos idosos na escola poderia SIM ser aplicado aqui, em algumas escolas previamente selecionadas, com caráter de teste. Não deixaria de ser uma experiência sadia.

Se fôssemos esperar que tudo estivesse "lindo e maravilhosos" para iniciar esse tipo de projeto, como foi citado em relação às reformas na educação, nada andaria no país. As coisas precisam ser "tocadas" simultaneamente, ainda que algumas sejam mais importantes.

Enfim, seria realmente legal testar o projeto aqui, em escolas de maior respeito e que se encaixam em um perfil onde o velho possa ter estrutura e respeito... não acho que seja uma questão meramente culturas, como foi dito. Tenho certeza absuluta que, se o custo benefício e o planejamento fossem bem trabalhados muitos velhos se interessariam pela idéia, até porque muitos passam tristes dias em casa se sentindo inúteis e teriam uma terceira idade mais feliz, ajudando a nova geração. Não creio que seja utopia... tudo é questão de planejamento. Chega de colocar os japoneses em um pedestal, isso é papo de quem mora do outro lado do mundo e não conhece metade dos problemas psicológicos e sociais que o oriental enfrenta. Não sou hipócrita quando digo que somos capazes, ainda mais com nossa capacidade geral MUITO superior de comunicação

Sem mais, abraços
 
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