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violencia até na porta de casa...

July

Usuário
mermao!!! minha mae acabou de ser assaltada na frente da casa da minha voh (4 quarteroes da minha casa).. levaram o carro que chegou ontem!! isso mesmo, o carro novissimo, ainda tava com plastico..
nele tinha bolsa, chinelo, cartao..tudo!!!!tres homens armados..
acabaram de ligar aq em casa dizendo q acharam o carro num bairro vizinho pq parece q eles deixaram o carro e assaltaram outra mulher q tava lah...meu irmao vai com ela pra lah..soh estao esperando o policial chegar..mais noticias eu posto qnd souber.. 8O

outras noticias: o carro foi recuparedo..os caras eram filhinhos de papai..tavam soh se divertindo..foram pegos, um era filho de policial e tava com a arma do pai..isso n eh revoltante?

isso q aconteceu aq retrata oq tah acontecendo em tds o lugares do brasil..filhinhos de papai fazendo merda por ai por diversao, violencia aumentando...enfim..! :|
 
Olha desculpa-lá, mas se os pais não dão edução aos seus filhos, se eles roubam por causa da droga e isso ou porque sairam de uma casa de maluquinhos eu axo que a culpa é deles.
Agora francamente, a culpa é de todos não, isso não, temos culpa de que? :o?:
De levar um tiro na cabeça? :tsc:
No outro dia na minha rua andava um maluco co uma pistola, na minha escola assaltaram a papelaria,(e já não é a primeira vez) e a culpa é de todos? :x
Por favor explica-te que eu não entendo.
:o?: Fui.
 
Deixa eu ver se entendi o objetivo desse tópico. Partindo do princípio que vc tenha uma condição financeira boa, já que assaltaram seu "carro novissimo, ainda com plastico.. "; vc de família classe média/alta, ficou chocada com a violência na porta de sua casa. Irônico isso não? Quando tem pobre morrendo na favela, ninguém liga, afinal pobre não vai fazer diferença alguma para o mundo. Agora, bandidos roubando meu carro novinho, na porta da minha casa, em um bairro nobre? Isso é inadmissível! Eu classe média/alta/elite sendo vítima da violência? Ah! Justiça não existe!
Engraçado essa mania dos outros se preocuparem só quando a violência bate na porta da casa. :disgusti:
 
A culpa é de todos. Não só de nós, a culpa começou a surgir há 504 anos atrás e de culpa em culpa se chegou a isso. Infelizmente, a essa altura é muito dificil, beirando o quase impossível, redimir os estragos feitos até agora.

Quanto à violência na porta de casa, eu já tô acostumado. Aqui na rua quase toda noite se reune um monte de viciados em drogas pra fazerem festas, sem contar que já perdi a conta de quantas pessoas já foram mortas NO PRÉDIO por causa de problemas com traficantes.

Na casa do meu pai era mais legal ainda, pq ele morava de frente pro chefe do tráfico na região, então não parava de ir e vir aquele pessoal "meio" esquisito. Pelo menos o cara era legal, não fazia festas até tarde, nem muito barulho, ficava o dia todo só polindo a ferrari dele, bem gente fina. Melhor que esses drogadinhos pés-de-chinelo aqui que só fazem estardalhaço.

Sem contar na minha escola, onde metade dos moleques da minha classe faziam parte de uma boca de fumo ali perto. Periodicamente acabava tendo briga entre o grupo deles e o meu, já chegou a rolar ameaça com faca e talz, mas as brigas por sorte eram com as mãos limpas. Só teve um que ameaçou trazer um revólver, mas estamos esperando até hoje. :lol:

Como pode ver, eu já tô mais do que acostumado com crime "perto de casa". Não sei se isso é bom ou ruim, mas pelo menos eu tenho bem menos medo de sair na rua do que o pessoal que não tá acostumado com essas coisas. É uma vantagem, eu acho. :think:
 
I am Gandalf disse:
Deixa eu ver se entendi o objetivo desse tópico. Partindo do princípio que vc tenha uma condição financeira boa, já que assaltaram seu "carro novissimo, ainda com plastico.. "; vc de família classe média/alta, ficou chocada com a violência na porta de sua casa. Irônico isso não? Quando tem pobre morrendo na favela, ninguém liga, afinal pobre não vai fazer diferença alguma para o mundo. Agora, bandidos roubando meu carro novinho, na porta da minha casa, em um bairro nobre? Isso é inadmissível! Eu classe média/alta/elite sendo vítima da violência? Ah! Justiça não existe!
Engraçado essa mania dos outros se preocuparem só quando a violência bate na porta da casa. :disgusti:

nao..eu nao me preiocupo qnd a violencia chega na porta da minha casa, e sim fico puta mermo..eu jah fui assasltada vairias qnd eu morava na "boca"de uma favela..alias, olinda estah se tornando uma favela... tb n tenho esse pensamento de "Eu classe média/alta/elite sendo vítima da violência? Ah! Justiça não existe!" pq isso existe..se sao os proprios classe media/alta/elite que fazem a violencia..eu soh o usei o fato de que minha mae tinha acabado de ser assaltada pra criar um topico em como a violencia esta piorando e sao as classes mais altas q a fazem..! realmente ..tem muito pobre morrendo na porta da minha casa tb...e faz diferença pra mim sim..assim como faz pra td sociedade...
 
TT1 disse:
Todos temos culpa

Arwen Undómiel12 disse:
Olha desculpa-lá, mas se os pais não dão edução aos seus filhos, se eles roubam por causa da droga e isso ou porque sairam de uma casa de maluquinhos eu axo que a culpa é deles.
Agora francamente, a culpa é de todos não, isso não, temos culpa de que? :o?:
De levar um tiro na cabeça? :tsc:
No outro dia na minha rua andava um maluco co uma pistola, na minha escola assaltaram a papelaria,(e já não é a primeira vez) e a culpa é de todos? :x
Por favor explica-te que eu não entendo.
:o?: Fui.

TT1 disse:
O que voce faz para que a situação melhore ?

A sociedade, digo a merda de mundo é um reflexo dos cidadãos que o habitam.

Mesmo o crime é um reflexo da sociedade onde se insere.

Como posso explicar... tenho um amigo que achou este texto que escreveu em seu blog. (http://www.fisicocinico.blogger.com.br)

Nailor Marques Junior disse:
A Lei do Zeca Pagodinho.
Nailor Marques Junior

Diz uma história que numa cidade apareceu um circo, e que entre seus artistas havia um palhaço com o poder de divertir, sem medida, todas as pessoas da platéia e o riso era tão bom, tão profundo e natural que se tornou terapêutico. Todos os que padeciam de tristezas agudas ou crônicas eram indicados pelo médico do lugar para que assistissem ao tal artista que possuía o dom de eliminar angústias.

Um dia porém um morador desconhecido, tomado de profunda depressão, procurou o doutor. O médico então, sem relutar, indicou o circo como o lugar de cura de todos os males daquela natureza, de abrandamento de todas as dores da alma, de iluminação de todos os cantos escuros do nosso jeito perdido de ser.

O homem nada disse, levantou-se, caminhou em direção à porta e quando já estava saindo, virou-se, olhou o médico nos olhos e sentenciou: "não posso procurar o circo... aí está o meu problema: eu sou o palhaço".

Como professor vejo que, às vezes, sou esse palhaço, alguém que trabalhou para construir os outros e não vê resultado muito claro daquilo que faz.

Tenho a impressão que ensino no vazio (e sei que não estou só nesse sentimento) porque depois de formados meus ex-alunos parecem que se acostumam rapidamente com aquele mundo de iniqüidades que combatíamos juntos. Parece que quando meus meninos (as) caem no mercado de trabalho a única coisa que importa é quanto cada um vai lucrar, não importando quem vai pagar essa conta e nem se alguém vai ser lesado nesse processo. Aprenderam rindo, mas não querem passar o riso à frente e nem se comovem com o choro alheio.

Digo isso, até em tom de desabafo, porque vejo que cada dia mais meus alunos se gabam de desonestidades. Os que passam os outros para trás são heróis e os que protestam são otários, idiotas ou excluídos, é uma total inversão dos valores. Vejo que alguns professores partilham das mesmas idéias e as defendem em sala de aula e na sala de professores e se vangloriam disso.

Essa idéia vem me assustando cada vez mais, desde que repreendi, numa conversa com alunos, o comportamento do cantor Zeca Pagodinho, no episódio da guerra das cervejas e quase todos disseram que o cantor estava certo, tontos foram os que confiaram nele. "O importante professor é que o cara embolsou milhões", disse-me um; outro: "daqui a pouco ninguém lembra mais, no Brasil é assim, e ele vai continuar sendo o Zeca, só que um pouco mais rico", todos se entreolharam e riram, só eu, bobo que sou, fiquei sem graça.

O pior é quando a gente se dá conta que no Brasil é assim mesmo, o que vale é a lei de Gérson: "o importante é levar vantagem em tudo". ( Lei de Gerson...dá para rir...) A pergunta é: É possível, pela lógica, que todo mundo ganhe ? Para alguém ganhar é óbvio que alguém tem de perder.

A lógica é guardar o troco a mais recebido no caixa do supermercado; é enrolar a aula fingindo que a matéria está sendo dada; é fingir que a apostila está aberta na matéria dada, mas usá-la como apoio enquanto se joga forca, batalha naval ou jogo da velha; é cortar a fila do cinema ou da entrada do show; é dizer que leu o livro, quando ficou só no resumo ou na conversa com quem leu; é marcar só o gabarito na prova em branco, copiado do vizinho, alegando que fez as contas de cabeça; é comprar na feira uma dúzia de quinze laranjas; é bater num carro parado e sair rápido antes que alguém perceba; é brigar para baixar o preço mínimo das refeições nos restaurantes universitários, para sobrar mais dinheiro para a cerveja da tarde; é arrancar as páginas ou escrever nos livros das bibliotecas públicas; é arrancar placas de trânsito e
colocá-las de enfeite no quarto; é trocar o voto por empregos, pares de sapato ou cestas básicas; é fraudar propaganda política mostrando realizações que nunca foram feitas (assim como costuma fazer a dupla sertaneja Lula e Duda).

É a lógica da perpetuação da burrice. Quando um país perde, todo mundo perde. E não adianta pensar que logo bateremos no fundo do poço, porque o poço não tem fundo. Parafraseando Schopenhauer: "Não há nada tão desgraçado na vida da gente que ainda não possa ficar pior".

Se os desonestos brasileiros voassem, nós nunca veríamos o sol.

Felizmente há os descontentes, os lutadores, os sonhadores, os que querem manter o sol aceso, brilhando e no alto.

A luz é e sempre foi a metáfora da inteligência. No entanto, de nada adianta o conhecimento sem o caráter.

Que nas escolas seja tão importante ensinar Literatura, Matemática ou História quanto decência, senso de coletividade, coleguismo e respeito por si e pelos outros.

Acho que o mundo (e, sobretudo, o Brasil) precisa mais de gente honesta do que de literatos, historiadores ou matemáticos.

Ou o Brasil encontra e defende esses valores e abomina Zecas, Gérsons, Dirceus, Dudas e todos os marketeiros que chamam desonestidades flagrantes, de espertezas técnicas, ou o Brasil passa de país do futuro para país do só furo.

De um Presidente da República espera-se mais do que choro e condecoração a garis honestos, esperam-se honestidade em forma de trabalho e transparência. De professores, espera-se mais que discurso de bons modos, espera-se que mereçam o salário que ganham (pouco ou muito) agindo como quem é honesto.

A honestidade não precisa de propaganda, nem de homenagens, precisa de exemplos. Quem plantar joio, jamais colherá trigo.

Quando reflexões assim são feitas cada um de nós se sente o palhaço perdido no palco das ilusões. A gente se sente vendendo o que não pode viver, não porque não mereça, mas porque não há ambiente para isso.

Quando seria de se esperar uma vaia coletiva pelo tombo, pelo golpe dado na decência, na coerência, na credibilidade, no senso de respeito, vemos a população em coro delirante gritando "bis" e, como todos sabemos, um bis não se despreza. Então, uma pirueta, duas piruetas, bravo ! bravo ! E vamos todos rindo e afinando o coro do: "se
eu livrar a minha cara o resto que se dane".

Enquanto isso o Brasil de irmã Dulce, de Manuel Bandeira, do Betinho, de Clarice Lispector, de Chiquinha Gonzaga e de muitos outros heróis anônimos que diminuíram a dor desse País com a sua obra, levanta-se, caminha em silêncio até a porta, vira-se e diz: "Esse é o problema, eu sou o palhaço!" ?

Nailor Marques Junior - é professor universitário e autor de diversos livros na área de educação

Já mencionei antes que em sociedades indígenas a educação é responsabilidade da aldeia, e não apenas dos pais. Acho esta forma de encarar a criança muito interessante... de um lado faz com que a aldeia fique se metendo no número de crianças que pode manter. Por outro a criança não é objeto para que uma dupla de pessoas (que pode ou não ser equilibrados) fazer como quiser.

Ao mesmo tempo, a criança vai enxergar outros ponto de vista do resto da aldeia... não apenas do pai e da mãe (tipo, esqueçam esse negócio de continuar o legado ou missão do pai :P).

Muita gente pensaria que é como delegar um trabalho para outra pessoa. Mas só quem teve babá sabe o risco de ter outra pessoa no lugar do pai e da mãe. Genes não garantem lealdade ou amor.

Mas voltando ao negócio de responsabilidades. Vamos pegar os países como Holanda e Japão que antigamente contatava os governos do Suriname e Brasil para ajudar no desenvolvimento dos paises em desenvolvimento. (antigamente... hoje por conta dos corruptos e do Paulo Maluf, a Holanda e o Japão preferem contatar ONGs diretamente...)

O ponto é que os paises desenvolvidos que tem visão sabem que não adianta muros (como no Mexico - EUA) para impedir ratazanas de tentarem salvar suas vidas de um navio afundando. As pessoas e ratazanas vão sempre tentar sobreviver e isso não é culpa delas...

Ainda mais "invadindo" os países desenvolvidos, onde há a esperança de uma vida melhor.

A Holanda tem um pequeno problema: sua populaçào hoje é praticamente 50% de imigrantes de sua antiga colônia aqui na América do Sul.

Simplesmente fechar as portas ou restringir nào vai garantir que os clandestinos venham, como acontece nos EUA e em outros lugares. O que funciona? Se eles derem um jeito de consertar a bagunça que fizeram aqui.

Não é um jeito mesquinho, ou mesmo uma redenção dos holandeses. É apenas lógica.

No momento há um problema semelhante envolvendo dentistas brasileiros indo trabalhar em Portugal... inventaram um monte de muros para proteger os profissionais portugueses.

Mas como eu disse, as ratazanas vão dar um jeito. Se a vida é melhor em outro lugar elas vão. Sobrevivência.

Não que seja errado ser egoísta e pensar que não é culpa nossa que a criminalidade aumenta. É algo arraigado em nossa carne, o egoísmo e a sobrevivência.

Só que mesmo escolhendo a cegueira, as consequências não fazem cerimonia e entram nas nossas vidas. Como disse, criminalidade é reflexo da sociedade. Se a sociedade não tem valores, seus filhos não terão também. Se a sociedade/mundo não tem consciência, seus filhos também acharão divertido botar fogo em mendigos e humilhar prisioneiros iraquianos.

É como o voto: porque "não resolve nada e todo político é corrupto", ao deixarmos de votar, escolher, e lembrar das safadezas... bem acabamos por sempre acreditar no Paulo Maluf porque ele diz que sempre foi rico.

O mesmo com criminalidade... ver apenas o revólver apontado na nossa cara é pensar muito pequeno.

Pois o filhinho de papai sem nada na cabeça, teve muito mais que papai ausente ou mamãe frívola. Teve "amigos do peito" que judiavam de outros, teve gente apoiando ser tão valentão. Teve meninas que suspiravam porque ele era tão forte e machão. Teve autoridades que fizeram vista grossa com pequenas inflações...

Se tivesse sido punido quando apenas furtava, evoluiria para assassino? Se era uma criança testando seus limites porque não foram impostos limites "sua liberdade termina onde começa o direito do outro"?

Como disse... reflexo não apenas da falta de educaçào dos pais, mas da sociedade como um todo que louva o errado, a embalagem... mas não o certo e o recheio.

O problema é que acho que o único que poderia realmente entender (mas não explicar) esse tipo de situação seria Hannibal Lecter.... :think:[/quote]
 
A culpa não está exatamente relacionada à Sociedade.

Em qualquer país,até nos mais civilizados,acontece violência de todo tipo_O problema está em cada um,não num todo,numa Sociedade,mesmo porque não acredito que ela(a Sociedade) influencie alguém por completo,seja negativamente ou positivamente.O Ser humano possui um cérebro,capaz de discernir o que é bom e o que é ruim;aquilo que pode trazer sofrimento a outra pessoa e para ela própria.

A educação dos pais TEM SIM boa parte de culpa nisso.Não há o que complicar:caráter,educação,respeito,boa índole...tudo têm ligação com o carinho e amor que os país dão ao filho,mesmo que isso não seja exatamente regra,quero dizer,nem sempre uma pessoa se torna bandida por falta de amor dos país.Tb não por falta de emprego,porque se fosse assim o Brasil seria o próprio Inferno.

As pessoas que seguem este caminho de violência,na minha opinião,devem estar relacionadas a problemas mais sérios que a Sociedade e educação dos país...acho que há algo maior agindo,algo que nós mesmos nem damos conta.Vivemos tão preocupados com nossa vidinha,nosso trabalho e relação sentimental que não paramos para refletir sobre o que significa estar vivo,o que somos e porque adoramos pensar que somos tão auto-suficientes.

A nossa vida não é apenas trabalhar,arranjar uma companheira(o),casar e ter filhos...não,não....apenas pensem um pouco,reflitam!
 
Elendil Senhor de Andúnië disse:
A culpa não está exatamente relacionada à Sociedade.

Em qualquer país,até nos mais civilizados,acontece violência de todo tipo.

Era isto que eu queria dizer.
 
É engraçado, alias divertidíssimo, ver que tópico vai, tópico vem e voltamos a velha política do "que se foda" ou "que que eu tenho a ver com isso"?

Comodismo. Fácil. Muito fácil.

Sabe que eu li esses tempos uma crônica da Prímula lá no clube dos Escritores sobre "papeis" e baseado nisso tbém escrevi uma, claro, mais singela, mas mesmo assim, demonstra um pouco do que eu penso.

Lordpas disse:
O homem aprendendo a ser homem.

Espanto-me ao ver que o homem desaprendeu a ser homem.

O homem, de fato, é um ser multideterminado, mas entre tantas definições eu cito uma característica básica do ser humano: a capacidade de manter relações sociais.

Entendo por grupo social, um conjunto de pessoas num processo de relação mútua, organizado e com a finalidade de atingir um objetivo a um determinado prazo. Mas pergunto de que forma constituímos, hoje, um grupo social?

Levado por uma ignorância, que gera uma conseqüente incapacidade de se lidar com as diferenças, o ser humano é prepotente e com uma incrível capacidade julgadora, somos deuses programados, levados pela onda de morbidez que devasta nossa sociedade.

Tudo consiste na verdade em uma visão dicotômica dos fatos, ou o possuímos uma concepção bárbara e sem nexo do que é socialização, ou uma concepção que reflete uma nobreza e uma cultura que supera preceitos morais equivocados.

O determinismo está em evidência, a socialização primária, aquela que começa a determinar o primeiro estágio de internalização do ser com a sociedade, ocorre de tal forma que uma família que vive em condições precárias, discriminada, passa isso para a criança e é aí que tudo começa. É nesse ponto que a escola/creche entra em ação. Essas instituições tendem a complementar o papel da família nos primeiros passos do indivíduo rumo a sua participação na sociedade e enquanto tais instituições forem falhas, o determinismo nocivo continuará em evidência, o homem determinado pelo seu meio.

Isso reflete em nossa sociedade atual, composta por homens que não aprenderam algumas características básicas do que é ser homem. Assim como o meio carente pode formar um indivíduo sem cultura, o meio burguês acaba formando os acomodados e esses são os mais nocivos ao desenvolvimento social. Esses não querem ser homens.

O comodismo é marca do burguês, bem como a sua insípida caridade. “La maldita carida burguesa” já dizia Dom Pepe, imortalizado nas páginas de Érico Veríssimo. Não existe prática social, existem apenas acomodados, doadores de esmolas, pessoas que não sentem a necessidade de mudar simplesmente porque isso poderia afetar o seu mundo, ou simplesmente porque estão no grupo de concepção ignóbil e sem noção das conseqüências que tal comodismo pode acarretar.

Ideais, hipocrisia, falsidade. O homem não aprendeu a ser homem? Ou seria apenas uma nova forma de homem que foi criada? Mudaram-se os conceitos? Evoluímos? O que nos diz a força invisível que Marx nos disse ser a ideologia e Freud a consciência? A triste constatação é que o novo homem, esse fruto da contemporaneidade não as tem, o homem na verdade nunca aprendeu a ser homem e assim será enquanto não tiver claro o conceito de sociedade e de que papel faz dentro dela.

Me chama muito a atenção que essas coisas se aplicam, o homem não tem noção de que faz parte da sociedade, acha que não existe relação entre ele e ela.

De quem é a culpa?

De tdos, já falaram aqui e eu repito, é muito fácil se preocupar com a violência quando esta bate a porta de sua casa, difícil é ter na mente o conceito de sociedade, isso é difícil, muito difícil...

Enquanto isso, vamos lá... que se exploda, bando de safado, sem caráter... e assim caminha a humanidade...
 
Eu não tenho medo de dizer que sou um pouco Anti-Social.É importante isolar-se do mundo em sua volta,refletir mais...ter mais tempo para cuidar do seu "Eu",da sua alma(pra quem acredita 8-) ).
 
Elendil Senhor de Andúnië disse:
Eu não tenho medo de dizer que sou um pouco Anti-Social.É importante isolar-se do mundo em sua volta,refletir mais...ter mais tempo para cuidar do seu "Eu",da sua alma(pra quem acredita 8-) ).

Nem por isso vc tem que se idolar da sociedade que o cerca... Eu acredito que cada um possa ter um tempo para cuidar do seu "Eu" e ainda assim fazer parte da sociedade.
 
lordpas disse:
Elendil Senhor de Andúnië disse:
Eu não tenho medo de dizer que sou um pouco Anti-Social.É importante isolar-se do mundo em sua volta,refletir mais...ter mais tempo para cuidar do seu "Eu",da sua alma(pra quem acredita 8-) ).

Nem por isso vc tem que se idolar da sociedade que o cerca... Eu acredito que cada um possa ter um tempo para cuidar do seu "Eu" e ainda assim fazer parte da sociedade.

eu tambem acho, mesmo sabendo que eu me isolo bastante, ás vezes não sei nem por que, mas ateh os piores anti sociais fazem parte da sociedade.
 
Elendil Senhor de Andúnië disse:
A culpa não está exatamente relacionada à Sociedade.

A educação dos pais TEM SIM boa parte de culpa nisso.Não há o que complicar:caráter,educação,respeito,boa índole...tudo têm ligação com o carinho e amor que os país dão ao filho,mesmo que isso não seja exatamente regra,quero dizer,nem sempre uma pessoa se torna bandida por falta de amor dos país.Tb não por falta de emprego,porque se fosse assim o Brasil seria o próprio Inferno.

As pessoas que seguem este caminho de violência,na minha opinião,devem estar relacionadas a problemas mais sérios que a Sociedade e educação dos país...acho que há algo maior agindo,algo que nós mesmos nem damos conta.Vivemos tão preocupados com nossa vidinha,nosso trabalho e relação sentimental que não paramos para refletir sobre o que significa estar vivo,o que somos e porque adoramos pensar que somos tão auto-suficientes.

:amem: é isso que tá faltando: educaçao, seja ela de casa (mostrando os verdadeiros valores, o certo/errado, sim/nao..) e na escola (mostrando o mundo e sua realidade..) eu nuncxa consigo mostrar oq eu penso, mas é mais ou menos isso :eh:
 
Arwen Undómiel12 disse:
Elendil tu tiras-me as palavras da boca, dás-me um autógrafo? :mrgreen:
Com muito prazer,querida Arwen Undómiel"...:wink:


lordpas disse:
Nem por isso vc tem que se idolar da sociedade que o cerca... Eu acredito que cada um possa ter um tempo para cuidar do seu "Eu" e ainda assim fazer parte da sociedade.
Eu tenho consciência disso.

O que eu quis dizer é:A Sociedade não é um "corpo inteiro",mas várias partes dele, separados,que convivem em situações não regulares ou ativas.Essas partes podem ou não estar ligadas ativamente na Sociedade...

É questão de observação...
 

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