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Trump & Kim - O encontro do século

Qual será o resultado após esse encontro?


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Fúria da cidade

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O que esperar do encontro de Trump e Kim hoje à noite

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Nesta terça-feira (12) -- noite de segunda-feira, no horário de Brasília -- o presidente norte-americano, Donald Trump, se encontrará com seu correspondente norte-coreano, Kim Jong-un.

A reunião tem gerado bastante furor e não à toa. Essa é a primeira vez que um presidente em exercício dos EUA se encontra com um líder da Coreia do Norte em quase 70 anos de inimizade entre os dois países. Além disso, espera-se que esse encontro pavimente um possível acordo de paz entre as Coreias.
Entenda melhor :

O contexto histórico da reunião


A Coreia do Sul e a Coreia do Norte estiveram em guerra por três anos durante a Guerra Fria (1947-1991). Na época, Washington e Moscou apoiavam lados opostos como forma de garantir seus espaços de influência no mundo.

Sem um desfecho oficial para a guerra, em 1953 as Coreias assinaram um armistício em vigor até hoje, quase 70 anos depois. Ou seja, tecnicamente, as Coreias ainda estão em guerra.
Nesse período, o pequeno país ao norte tornou-se um poço de reclusão e hostilidade. Extremamente fechado e isolado da comunidade internacional, a Coreia do Norte teve momentos de maior e menor tensão com o vizinho e também com os Estados Unidos. O intensidade das ameaças variou de acordo com a disposição dos líderes no poder e do contexto mundial.

A constante realização de testes com mísseis de longo alcance tornaram o país uma ameaça crescente. Em 2002, o então presidente norte-americano, George W. Bush, classificou o país como integrante do que chamou de "Eixo do Mal", conjunto de governos inimigos dos Estados Unidos.
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Idade secreta, passaporte brasileiro, homem-foguete: quem é o norte-coreano Kim Jong-un14 fotos

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Na terça-feira (12), o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, terá um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Será o ápice da relação entre os dois países, que misteriosamente passaram da troca de faíscas para uma paulatina e histórica aproximação. Mistério, aliás, caracteriza a figura de Kim Jong-un: pouco se sabe sobre o líder que assumiu a Coreia do Norte antes dos 30 anos, após a morte de seu pai, tornando-se assim a terceira geração da mesma família a governar o país mais fechado do mundo. Espera-se que o encontro do dia 12 seja também um importante passo para a assinatura de um acordo de paz entre as Coreias. Conheça melhor a trajetória do ditador que pode ser responsável por essa virada na história. Imagem: KCNA/Reuters
Por que essa reunião é importante

Neste contexto de ameaças que se arrastam há décadas, com potencial de conflito global, o encontro entre Trump e Kim acena para a paz.

"O acontecimento é extremamente importante. A reunião é um passo muito positivo na direção de encontrar uma solução pacífica para a tensão causada pela escalada nuclear da Coreia do Norte", explica Alberto Pfeifer, coordenador geral do grupo de análise da conjuntura internacional do Instituto de Relações Internacionais da USP (Universidade de São Paulo).

"Há um ano, mais ou menos, estávamos lidando com hipóteses como uso desses mísseis, lançamentos, testes, desenvolvimento rápido da capacidade balística da Coreia do Norte. Hoje, estamos falando de um momento em que já houve um encontro entre os presidentes das duas Coreias, falando na unificação, falando em pacificação, no fim da guerra propriamente dita", diz ele.

Por que a paz entre as Coreias depende dos EUA


Segundo o professor, o grande antagonista da Coreia do Norte são os Estados Unidos. A Coreia do Sul, nessa perspectiva, é vista como a mesma nação, dividida pelas disputas globais daquela época.
Por isso, uma solução de paz com os vizinhos necessariamente passa pelos americanos, considerados pelo norte os agressores e responsáveis por estourar a guerra da década de 1950.
Leia mais:
O que esperar do encontro

A agenda da reunião é desconhecida, mas muito se especula sobre o que será abordado, com base nos comentários das autoridades envolvidas - de Trump, em particular.
Segundo Pfeifer, o objetivo de Donald Trump é desmantelar a capacidade da Coreia do Norte de jogar uma bomba atômica no território dos Estados Unidos ou de algum aliado de seu país. Já Kim busca extrair o maior valor que conseguir.

Ou seja, da completa desnuclearização da península à mera redução do potencial de agressão norte-coreano, o resultado dependerá do preço que os Estados Unidos e seus aliados estiverem dispostos a pagar. "E estou falando de dinheiro mesmo, oportunidades comerciais, investimentos etc", explicita o professor.

Há hoje, também, a perspectiva para a assinatura de um acordo de paz entre as Coreias. "Vai depender da negociação, mas hoje é uma perspectiva positiva", diz ele.
Pfeifer enfatiza, porém, a imprevisibilidade dos dois líderes envolvidos, o que torna os desdobramentos do encontro mais incertos.

"As personalidades de Trump e Kim são de difícil compreensão. Eles não agem de maneira protocolar, seguindo o manual. Então podemos esperar um resultado do encontro, mas depois podem desistir, um fala uma coisa, outro entende outra, enfim."

Há que se considerar, também, que esse primeiro encontro é também um instrumento de marketing para os dois líderes, para que se conheçam e tirem fotos ao lado um do outro. As verdadeiras negociações vão acontecer entre as delegações dos dois países, em um processo que deve ser muito mais longo do que o aperto de mão em Singapura.

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Esse tema não podia passar sem um tópico.

Enfim, finalmente os dois vão se encontrar em campo neutro.

Pro momento geopolítico que vivemos é sem dúvida o encontro do século.
 
Espero que isso dê bons resultados ao invés de ser uma mera fotografia juntos e os dois dizendo que devem cooperar mais, só que não fazendo nenhum real esforço para acabar com os problemas e deixando tudo na mesma. Se realmente estiverem dispostos a trabalhar ao invés de só falar, acho ótimo pois a vida na Coreia do Norte é simplesmente terrível e as décadas passam e nada muda para a população.
Trump e Kim são na minha opinião dois "líderes" que prejudicam a sua própria população cada um da sua maneira.
Se tiver algum fã de Trump aqui, sinta-se livre para discordar, mas eu não iria querer esse cara como meu vizinho, e não votaria nele nem pra ser síndico de prédio, muito menos presidente dos Estados Unidos, e eu sinceramente acredito que o mundo é um lugar pior com esse sujeito na Casa Branca.
Quanto a Kim, duvido que tenha algum fã dele por aqui, e só posso deixar minhas condolências pelos que foram e são brutalizados, perseguidos e mortos pelo regime norte-coreano.
Sonho com o dia em que a Coreia do Norte terá o mesmo padrão de vida da Coreia do Sul, ou seja, uma democracia de verdade funcionando em um país desenvolvido de verdade sem ditadura e opressão.
Não confio em Trump para ser o "mediador" desse conflito que já dura décadas, mas vamos ver. Talvez a coisa acabe indo pra frente, é o que eu espero.
 
Sonho com o dia em que a Coreia do Norte terá o mesmo padrão de vida da Coreia do Sul, ou seja, uma democracia de verdade funcionando em um país desenvolvido de verdade sem ditadura e opressão.

É o mesmo que penso quando ainda vivi um pouco os últimos anos em que existiram as duas "Alemanhas" a Ocidental e a Oriental e o lado Oriental estava bem mais atrasado e com qualidade de vida inferior em relação ao lado Ocidental e quando o muro de Berlim finalmente caiu e houve a unificação foi ótimo e hoje a Alemanha unificada é o grande motor econômico da Europa. No caso das duas Coreias, a diferença entre elas é ainda mais acentuada em relação a Alemanha dividida e também é necessário um dia cair aquele longo muro, considerado uma das fronteiras mais militarizadas do mundo que separa as duas Coreias.
 
A situação toda é muito complicada, há muito ódio e hostilidade, mas tenho confiança de que com boas lideranças o problema poderá ser resolvido e a Coreia do Norte se tornará um país pacífico e próspero como a Coreia do Sul, quem sabe (eu espero) até uma unificação. O exemplo da Alemanha foi algo que eu não tinha pensado, muito bem lembrado. Está mais do que na hora de derrubar os muros materiais e metafóricos que separam as pessoas, pessoas essas que só querem viver em paz uma vida normal. Pena que estejamos vivendo em uma época de discursos de ódio e ideologias extremamente perigosas, que ao invés de reconciliação buscam apenas a destruição. E o povo agonizante clama por um fim, esquecido pelos seus "grandes líderes".
 
A situação toda é muito complicada, há muito ódio e hostilidade, mas tenho confiança de que com boas lideranças o problema poderá ser resolvido e a Coreia do Norte se tornará um país pacífico e próspero como a Coreia do Sul, quem sabe (eu espero) até uma unificação. O exemplo da Alemanha foi algo que eu não tinha pensado, muito bem lembrado. Está mais do que na hora de derrubar os muros materiais e metafóricos que separam as pessoas, pessoas essas que só querem viver em paz uma vida normal. Pena que estejamos vivendo em uma época de discursos de ódio e ideologias extremamente perigosas, que ao invés de reconciliação buscam apenas a destruição. E o povo agonizante clama por um fim, esquecido pelos seus "grandes líderes".

Eu torço muito pela unificação porque assim como na Alemanha, a divisão apenas por razões políticas acabou dividindo também muitas famílias e nisso muitos filhos tiveram (e ainda tem) sérias dificuldades para ver novamente seus pais, irmãos, netos, etc e o fim dessa longa fronteira cheia de guardas armados até os dentes seria algo muito positivo.
 
Eu torço muito pela unificação porque assim como na Alemanha, a divisão apenas por razões políticas acabou dividindo também muitas famílias e nisso muitos filhos tiveram (e ainda tem) sérias dificuldades para ver novamente seus pais, irmãos, netos, etc e o fim dessa longa fronteira cheia de guardas armados até os dentes seria algo muito positivo.
Sim, até hoje tem famílias separadas entre as Coreias, uma situação desumana.
 
Apesar da gritaria confusa da mídia em relação a Trump aconteceu nesses últimos anos o que eu já esparava dos EUA, dos aliados e das Coréias.

Há uns dois anos atrás li os textos de quatro especialistas coreanos do jornal Korea Times em que a preocupação era mais em relação a manter um estado de vigilância dos acordos e tratados entre os países em que forças armadas de EUA e aliados ficassem em modo "stand by" desde que as bombas de Kim não caíssem em territórios aliados (o que produziria punições mais severas).

Já a China, que não queria intermediar nada para não se comprometer, finalmente teve reunião com a Coréia deixando pouco claro o que de fato eles disseram para o Kim. De todo modo após o encontro pode se tornar um pouco mais claro o que a China e a Coréia conversaram.

No caso das tensões da região (o Japão vinha aumentando orçamento militar) poderia haver redução da pressão se o Kim abrisse mão da guerra nuclear (e restaria para ser desarmada a questão da guerra "não nuclear"/convencional).

As aspirações de aumento do domínio nos mares disputados pelo governo da China e o atrito com os vizinhos não contribuem muito para a tranqüilidade da reunião. Publicamente os Eua podem (e devem) desmobilizar tropas se o Kim se comportar, todavia esse é um jogo em que países grandes como Eua e Rússia jogam também no modo "cheat". São grupos que possuem orçamentos militares secretos longe do olho do público (black budget) que podem continuar ativos independente de reuniões diplomáticas. Minha expectativa é que o jogo de espiões continue alimentado pelo bloco China-Rússia versus bloco Eua-aliados.

Com os Eua mais focados em colocar ordem em casa os países da região terão que negociar mais diretamente uns com os outros e pode ser uma saída manter um bloco comercialmente concorrente (mesmo que sem os Eua) para equilibrar o grupo China-Coréia do Norte.
 
Estou mega cética em relação aos resultados práticos desse encontro e doida pra ser contrariada. A Coreia do Norte quebrou acordos de desnuclearização antes, por que esperar que dessa vez seja diferente?

Por outro lado, qual é o problema do Ocidente, meu? Quer dizer, os EUA têm umas 7 mil ogivas nucleares e fazem pressão pra que seu oponente, que tem uma dúzia delas, desative tudo. Qual é a lógica?

Não me espanta que eles não tenham falado de Direitos Humanos nesse encontro. Ambos estão pouco se lixando, querem é "fazer história" pra satisfazerem suas vaidades e bases de apoio. Que nojo. Isso pra mim não é encontro do século. É o desfile do século, mais nada.

Edit 1: Missing from the joint statement was the definition, promoted up until now by the Trump administration, of “complete, verifiable, irreversible dismantlement”. Asked at a press conference why those terms were missing, Trump said: “There was no time. I am here one day.” Alguém está surpreso com isso? Alguém, alguém?

Edit 2: Tenho que parar de escarafunchar esse assunto. Este comentário de um ex-embaixador do UK sobre o encontro não é nada animador:
Kim will hail the summit as a “great triumph”, Everard told Sky News. He said:

He will claim that he, his genius, his diplomatic nous have brought the president of the United States to the negotiating table. He will say, rightly enough, that he has been the first member of the dynasty to actually sit with a US president and be treated as an equal. This guy is on a roll.

Kim Jong-un has scored a major major coup in this summit. All that he needed from it was the photo images, to be seen to be treated as an equal by the President of the United States. The rest was secondary.

The declaration suggests he didn’t get that much out of the summit. It was only later, during President Trump’s press conference that we learned almost casually that the US is now going to suspend the joint military exercises with South Korea, to which the North Koreans have so long objected. So another big win by Kim Jong-un.​

He pointed out that the commitment to denuclearisation had already been agreed in April.

“Not only was it announced at the inter-Korean summit. It has been standard North Korean doctrine for many years. But notice the phrasing, it talks about ‘denuclearisation of the Korean peninsula’ not just of denuclearisation just of North Korea. In the North Korean mind that means that not just North Korea surrenders its nuclear weapons, but also that the possibility of a nuclear strike against North Korea by other countries, notably the United States, is also removed. So the United States will have to take some fairly stringent measures to limit its ability to hit North Korea. I’m not sure just how far Donald Trump has realised what he has signed.”

 
Última edição:
Não me espanta que eles não tenham falado de Direitos Humanos nesse encontro. Ambos estão pouco se lixando, querem é "fazer história" pra satisfazerem suas vaidades e bases de apoio. Que nojo. Isso pra mim não é encontro do século. É o desfile do século, mais nada.
Nunca falam porque, como você disse, estão pouco se lixando.

Por outro lado, qual é o problema do Ocidente, meu? Quer dizer, os EUA têm umas 7 mil ogivas nucleares e fazem pressão pra que seu oponente, que tem uma dúzia delas, desative tudo. Qual é a lógica?
Bem, a lógica costuma ser: nós temos nossas próprias armas, só que nós somos os mocinhos, portanto não podemos deixar que nossos inimigos assassinos sanguinários que brutalizam a sua própria população e que são uma ameaça para a nossa segurança e do mundo tenham armas de destruição em massa.

Particularmente eu gostaria que ninguém tivesse armas de destruição em massa, ainda mais depois do massacre em Hiroshima e Nagasaki. Mas não dá pra esperar que todo mundo joga fora suas armas, então é preferível que um país hostil e que comete abusos contra os direitos humanos diariamente (que é o caso da Coreia do Norte) não tenha esse tipo de armamento, já que é um grande risco principalmente para os seus vizinhos sul coreanos e japoneses.
Mas eles não vão se desarmar completamente, chegaram até aqui então não há motivo para abrir mão de suas armas. Acho que eles só vão parar de fazer testes, mas não vão se livrar das armas nem nada assim. Estou lendo agora uns analistas políticos dizendo que o acordo nuclear é simbólico.
 
Odiando Trump ou não, há de se convir que essa relação por mais doentia que possa vir a ser não é pior do que uns anos atrás com CIA ou NSA acusando a coréia do norte de ser uma potência tecnológica hacker capaz de hackear empresas multibilionárias e o caralho a quatro. Ao mesmo tempo em que escondia a própria participação no escândalo abafado que foi o stuxnet usado como a primeira arma virtual de massa.
 
Trump marcando posição junto a Coreia do Norte/Kim e instigando países da América do Sul para apertar o cerco contra Maduro. Ditador bom é o que se alia aos interesses da política externa USA. Adivinha quem vai se danar nessa história?
 
Com o governo agonizante do Maduro hoje estando mais em evidência nos holofotes da mídia, quem diria o Kim está conseguindo até ganhar algum fôlego.
 

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