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Consoles The Witcher 3

Eu tô com o jogo aqui há dois anos, desde que comprei o PS4, mas tenho dado preferência a outros... Quando eu terminar o Assassin's Creed, acho que vou pro Witcher 3... :P

Bom saber que mais uma pessoa o recomenda além dos milhares de prêmios rs.

Recomendo muito! Eu sempre ouvi falar bem, mas nunca tive interesse em jogar até ver em promoção na Live no meio do ano. Não me arrependi de ter comprado, de forma alguma, rs

É um jogo que é beeem longo (tô jogando desde outubro!), mas que vale muito a pena.

@Loveless eu super recomendo as duas DLCs. Eu salvei ambas e achei muito legais. As histórias são muito boas e acrescentam algumas novidades no jogo.

São legais mesmo! A versão que comprei é a completa The Complete Edition, que já vem com as DLCs embutidas. Inclusive já fiz algumas missões das DLCs antes mesmo de ter terminado a história principal do jogo.
 
Por enquanto estou fechando jogos "ao redor" antes de atacar o prato principal na minha lista. Mas estou com os 3 e pretendo atacar assim que fechar alguns que estão na minha lista.

Alias, o Cyberpunk 2077 serviu como exemplo ao contrario do que eu estou perdendo que é realmente bom da CD Projekt Red, que é a serie Witcher.
 
Finalizei o jogo (contando as expansões) ao final do mês passado, depois de mais de oito meses ininterruptos de jogatina. Uma pena que o contador de horas do Xbox tenha bugado e zerado a contagem. Mas sem dúvida alguma passou de 200 horas.

Amo tudo no jogo, tanto as questões técnicas (ok, nem tanto algumas) quanto a questão de enredo e de cuidado e esmero com esse enredo.

Um dos melhores jogo da minha vida, sem sombra de dúvidas. Top 5 da vida, e quem sabe até um top 3.
 
Depois comento mais, só digo que é de longe o melhor jogo que já joguei na minha vida. Consumi umas 400 horas jogando na primeira vez, número que reduzi pela metade contando com as expansões conforme fui aprendendo o sistema de jogo. Hoje eu dependo menos de Sinais (exceto Quen), e me tornei especialista em alquimia. O jogo, nas dificuldades maiores, meio que te força a isso.
 
Bom, para falar mesmo do melhor jogo que já joguei, vou precisar ser full-nerd aqui, principalmente para falar de jogabilidade.
Eu estou no level 23 e já tenho praticamente toda a árvore de magia aberta! :mrgreen:

As magias vão ficando cada vez mais fortes e bonitas de se ver! Vale muito apena investir ali os pontos de habilidade. Eu acabei jogando um pouco na árvore de combate, principalmente na parte de ataque rápido. Achei interessante para aumentar um pouco mais o meu dano em certos momentos. Mas meu foco principal é na árvore de magias.
Eu compreendo bem esse sentimento, porque foi o meu também, e acho que é natural da maioria das pessoas que jogam, mas quando você joga em níveis mais avançados de dificuldade, a magia fica meio... chocha. Vou dar um exemplo: além do Quen para proteção, minhas magias preferidas eram o Igni e o Axii, o primeiro para ataque e o segundo para suporte (um ataque mais indireto). Eu adorava torrar os inimigos e controlar a mente de outros para que eles começassem a se matar entre si, mas vai perdendo um pouco do sentido, porque é um método meio monótono de batalha e onde você tem pouco daquela sensação de adrenalina e, com o tempo, os inimigos vão ficando mais e mais resistentes às magias, e você tem que lidar com aquele problema do standby: preciso parar meu combate aqui para ativar tal e tal magia para obter tal e tal efeito, e isso foi quebrando o ritmo dos combates pra mim.

Minha solução foi partir para desenvolver a árvore de ataques físicos, de forma equilibrada. O problema aqui é que se eu ganhava em dano nos inimigos, não ganhava em eficiência, ficava por demais exposto sem as magias. Tentei equilibrar, como você, magia e espadas, mas ainda não funcionava bem, parecia sempre que eu só ia nos combates para tomar muito dano, escapar da morte por um triz e só conseguia desmembrar alguns humanos com alguma dificuldade e mal e mal aproveitar as diferenças entre os tipos de inimigos. Faltava eficiência, e eficiência é fundamental do terceiro nível de dificuldade em diante. Mas principalmente faltava a sensação de estar dominando os elementos de combate, aproveitando todas as possibilidades, parecia que faltava alguma coisa, que não estava aproveitando as oportunidades que um jogo tão maravilhoso, completo e belo me oferecia, e isso me frustrava muito, até que descobri o que me incomodava: na minha sanha de sair pegando todas as fórmulas, itens, equipamentos, completando side-quests, eu percebia que ou me faltava motivação para pegar as fórmulas alquímicas ou que eu pegava sem motivação, o que eu achava péssimo. Então, comecei a investir mais pontos em Alquimia e minha vida mudou em The Witcher 3.

Vou explicar as vantagens do desenvolvimento da Alquimia, e como cada uma delas ajuda na seguinte, de forma progressiva:

Toxicidade: no começo, eu tentei coisas básicas, como fortalecer a resistência do bruxo à toxicidade, que era sempre minha pedra no sapato, usava alguns elixires e já ficava envenenado. Mas isso não adiantava muito porque eu estava viciado a um modo de jogo excessivamente dependente de magias, e usava pouco as poções. Passei a usar mais, passei a colocá-las nos slots de comida, e a torná-las minhas amigas: não temia mais usá-las porque aprendi a dosá-las, sabia minha dose de toxicidade e ela estava sempre aumentando de forma além das minhas necessidades.

Substituição da comida: consegui eliminar o problema da comida: as substituí totalmente por poções. A única finalidade da comida era o de recuperar vida lentamente, e as poções, com o trait certo, recuperava bem mais e mais rápido, uma única dose de Andorinha serve pra te sustentar por vários combates seguidos contra inimigos comuns e uma luta inteira contra chefes. Economizava comida, que vendia por uma merreca, não perdia tempo caçando migalhas por aí, e não ficava fazendo aquela chatice no menu de ficar trocando tipos de comida, nem olhava mais pra cara dela: virei um total noia que vivia unicamente de poções, como um bruxo deve ser.

Sets de combate: eu tinha uma ideia engessada de que se usasse uma estratégia, ela deveria ser a única contra todos os tipos de inimigos e em todas as situações, e isso aqui ajudou a flexibilizar meu estilo de jogo. Basicamente, eu tinha um set fixo de poções e um set amplo e mutável para me adaptar às situações. Assim, nunca faltou nos meus atalhos Trovoada e Andorinha. A primeira dava um boost no ataque, e a segunda recuperava vida gradativamente. Poção de papa-figo, igualmente, porque você sempre lida com monstros insectídeos nos lugares mais improváveis, e o quarto atalho eu deixava para Gato, a poção que te permite enxergar no escuro e que é uma mão na roda o jogo inteiro. Quando não estava enfrentando insectídeos ou não estava em lugares escuros, eu trocava alguma dessas últimas por alguma outra, que fosse útil, como, por exemplo, alguma que aumentasse o dano crítico (elixir de katakan, estou falando com você) ou Sangue Negro, para ficar imune ao veneno dos vampiros e, de quebra, envenená-los só por chegarem perto de mim (em Toussaint, essa aqui virou permanente, por razões óbvias).

Não saia de casa sem o seu óleo: há óleos para cada tipo de monstro e o Óleo do Enforcado para os humanos, que aumentam o dano, o que é uma maravilha, por si só. Agora, o óleo de vocês envenena os inimigos? Dá dano crítico? E melhor: é infinito, sem precisar ficar meditando toda hora e recarregando o estoque de combustível para poções? Pois é, desenvolvendo alquimia você não só se livra dos problemas logísticos que afetam o uso do óleo nas lâminas, como as transforma nos instrumentos perfeitos para te transformar numa máquina de moer monstros.

Fórmulas, fórmulas e o precioso estoque: isso já falei, com a motivação de criar novas fórmulas, poções e óleos, a busca pelas fórmulas ganha outro significado, bem mais divertido. Além disso, existe o preparo das misturas. A poção tem uma quantidade limitada por dia, mas uma simples meditação de 6 horas recarrega o seu estoque, e é uma quantidade para cada poção, exceto para os elixires, que, por possuírem efeitos diferentões, só podem ser usados uma vez antes de serem recarregados. Ainda assim, você tem uma variedade incrível de itens e efeitos que só encontra limites na toxicidade que, como disse, pode ser tremendamente aumentada, e tudo só contribui para você se tornar tão cuidadoso na pesquisa das fórmulas, compra de ingredientes alquímicos e preparo de todo tipo de poção que vai parecer sua obsessão com espadas e armaduras coisa de criança.

Versatilidade e eficiência: essa é a principal e maior vantagem, e o que eu mais sentia falta em Witcher 3 quando apostava totalmente em magia e ataques, a sensação de que não estava aproveitando algo vinha da existência in-game de uma forma de incrementar, enriquecer e desenvolver seu próprio estilo de jogo, principalmente de combate, através da alquimia. Explico: não dá pra viver só de alquimia, as poções não defletem flechas nem te protegem de golpes por trás, porém, elas permitem que você continue desenvolvendo as magias (foco no Quen) e ataques (rápidos, de preferência) se, de forma consciente e calculada, você der ênfase ao treinamento alquímico. Aí você vai ter um guerreiro com boas habilidades de esgrima e uma esquiva impecável podendo incrementar isso com poções, se tornando uma fatiadora insana de monstros sem praticamente levar um único golpe de dezenas de inimigos mesmo no pior nível de dificuldade. Também terá um uso adequado e equilibrado de Sinais, mas focado quase que exclusivamente no Quen, para que você consiga devastar florestas de inimigos sem ser tocado e, se for, pior para eles, porque Geralt no máximo fica tonto com as explosões mágicas e seus inimigos serão jogados para longe.
Em tudo, você ganha a possibilidade de um estilo de combate equilibrado, mas centrado no combate com espadas, mas onde você aprende a nunca entrar em nenhuma escaramuça sem estar devidamente 'vacinado', envenenado com uma gama rica de drogas. Onde você depende muito pouco de gerenciamento da saúde, comidinhas, economizar no óleo, e chatices do tipo, e muito mais em: se viciar em poções, descansar frequentemente para recarregá-las e sair derrubando tudo que vê pela frente como o monstro BRRRLLL que Geralt foi criado para ser. É uma experiência completamente diferente de jogo, muito mais rica, versátil, flexível e recompensadora.

Uma demonstração do set alquimista:
Nesse último vídeo, reparem como apesar do uso de Igni e do ataque especial, o jogador se sustenta unicamente através do uso de poções, e como elas afetam a performance, velocidade dos ataques, capacidade da esquiva e com a toxicidade aguentando bem.

Some-se a isso o uso do bônus da armadura de bruxo da Escola do Urso para fortalecer Quen, as runas e encantamentos nas espadas (como o ataque especial rápido) e armaduras (bônus de mesas de ferreiro e armador que nunca expiram) para dar vários efeitos (incendiar, envenenar, congelar etc.), e você tem um exterminador não só de monstros e bandidos como de exércitos inteiros. Mesmo nos níveis mais difíceis.

É o sistema que considero melhor por ser flexível e aberto a mudanças e por permitir que até jogadores mais cabeça dura como eu aprendam a experimentar coisas novas, além de ser devastador se temperado com o uso inteligente de magias e ataques. Sua única desvantagem é que ele pode trazer problemas na tua logística de dano, se você não tiver treinado um bom combate, uma esquiva razoável, vai se ver levando bordoada, por estar acostumado a se ver livre de apertos com as magias. Ou seja, é preciso ser ousado, meter a cara nos combates, experimentar coisas diferentes e treinar sua perícia.
Outra dificuldade que algumas pessoas podem ter é em substituir a energia fácil dos alimentos pelo sopro de vida das poções, que aumenta muito mais a vida, mas com o custo da toxicidade e da quantidade das próprias poções. Se você desenvolver um bom ritmo de jogo, resolve esse problema com as meditações frequentes que reabastecem os estoques, os incrementos na toxicidade máxima e a compra constante de combustível para nunca ficar sem material de trabalho. Ou seja, tudo que o próprio ritmo dá conta de resolver.
Acabei de terminar a história principal. Que jogo, meus senhores. Top 5 da vida.

Sobre o final, o final que as minhas escolhas levaram foi o tragic ending ou bad ending: a Ciri morreu e o final do Geralt é incerto — a cena final, após matar a moira, dá a entender que ele vai morrer também, senão fisicamente, ao menos espiritualmente. E a Redânia ganhou a guerra contra Nilfgaard, com Radovid sendo coroado como o grande monarca dos Reinos do Norte, tendo Emyr morrido. Uma pena, eu estava torcendo para Nilfgaard, mesmo me recusando a matar Radovid.

Eu gostava muito da Ciri no começo, principalmente nas primeiras missões, com o Barão e o Dandelion. Mas depois que o Geralt a encontra junto aos sete anões ela fica uma chata de galocha, tipo uma adolescente insuportável, e por isso em todas as minhas decisões eu contrariei as suas vontades, o que levou a esse final trágico.

Faltam poucas missões secundárias e contratos para finalizar, apenas uns 6 ou 7, além do Gwent, que eu não tive paciência para aprender. O que vai dar mais trabalho mesmo são os ?. Eu não vou sossegar até que todos os ? tenham sumido dos mapas. :ahhh:
A história é maravilhosa.
Meu envolvimento com Witcher foi assim, vi tanta gente falando do jogo que comprei o PS4 em 2015 (torrando todo o dinheiro das férias :rofl: ) com 4 jogos, e ele era um deles. Mas enquanto o console não chegava, tentei jogar os anteriores, começando pelo 1. Não deu muito certo, não entendi como um primeiro jogo me deixava tão confuso quanto à história e a jogabilidade dele me afugentou de vez quando me vi impedido de fugir de um cara tentando me matar por alguma coisa que fiz. Era um jogo muito bruto, rústico até, aos moldes daqueles RPG's ocidentais mais antigos.

De qualquer forma, ouvi falar nos livros, tentei ler o primeiro, mas não consegui, achei ruim demais a escrita, apesar dos personagens interessantes. Acabei me conformando que a história dos jogos não era canônica, mesmo que seguisse teoricamente a dos livros, então me contentei em devorar os wikis da vida para conhecer detalhes da história e de personagens importantes, como Ciri, Wilgefortis, Triss, Yennefer, o próprio Geralt. Assim, fui formando um entendimento mais geral e abstrato daquele mundo, e isso foi se solidificando quando o PS4 chegou. Jogando, percebi que a história dos jogos anteriores e dos livros estava muito bem explicada através de referências nos diálogos e nos pedaços de informações que encontramos ao longo da aventura, de modo que dava para acompanhar simplesmente jogando, um feito maravilhoso que só a CD Projekt mesmo poderia conseguir realizar.

Usei um detonado só nas partes decisivas para fazer o melhor final, gostei demais daqueles personagens para não tentar deixá-los o melhor possível, mas assim como algumas escolhas são tão merdas que você só pode optar pelo mal menor, alguns finais são igualmente bons, como Ciri sendo uma witcheress, ou imperatriz de Nilfgaard. O primeiro caso tem um valor sentimental grande, se olharmos pelo ponto de vista do Geralt, mas se olharmos amplamente, o mundo vai ser engolido por Nilfgaard, então é melhor uma governante que tenha a sabedoria e a coragem de Ciri, que passou por tantas lutas, perdas e sofrimentos, para liderar aquela parte do continente. Acaba sendo uma escolha política. Fiz as duas, em vezes diferentes que joguei, já que não precisava nem de mais de um final pra me fazer jogar essa delícia de novo.

Radovid não matei na primeira vez por lapso mesmo, deixei passar a oportunidade, agora nunca mais a perco. Adoro contribuir para a morte daquele filho da puta.

Qual das duas você ficou? Na primeira vez, fiquei chupando o dedo porque me engracei com as duas, Triss e Yen. :lol: Mas nas outras vezes, optei pela Yen, só por ler o que dizia o livro, o lore do jogo e a própria dinâmica do jogo: ela e Geralt são feitos um para o outro. Extremamente forte, poderosa, determinada, com uma afeição maternal por Ciri, e um quê de bdsm na relação entre os dois, acabei optando por ela. Acho que eu mesmo me apaixonei por ela: voluntariosa, decidida, consegue o que quer, nem que pra isso precise sacrificar sua liberdade e vontades pessoais. Sujeita-se a privações e ao desprezo do próprio Geralt pelas escolhas que faz, pela manipulação do bruxo, tudo para que Ciri seja encontrada e fique em segurança.

Triss pra mim é charmosa, gata, mas não tem uma devoção sincera, ela ama mais o que poderia usufruir com Geralt do que ele mesmo, e as coisas e pessoas que ele ama. E é uma personagem mais morna do que Yen, apesaer dos cabelos e da magia de fogo, é ponderada e muito pouco entregue às paixões. Ainda assim, o arco dela em Novigrad é um dos melhores do jogo, dá pra se encantar facilmente com a personagem.

No geral, o que vi no jogo principal foi um sistema de combate apurado, uma história complexa e muito bem contada, problemas e bugs diversos, mas uma experiência bem satisfatória. O que eu acho digno de nota comentar como elementos que tornam a experiência de Witcher 3 tão inesquecível é a narrativa, em sentido amplo. Por quê em sentido amplo? Em sentido estrito, narrativa se refere à forma ou meios e instrumentos utilizados para se desenvolver a história, e esse sentido é impecável aqui: vemos como Geralt tem a maior parte do jogo o objetivo de encontrar Ciri e como, para encontrá-la, precisa se meter a ajudar todo tipo de gente e fazer todo tipo de investigação, perguntas. Isso é muito bem trabalhado através de três fios condutores principais: o sinal de bruxo, os contratos de bruxo e a dinâmica mesmo da história principal.

Acontece que esses fios estão imbricados um no outro, assim veremos que patas de cavalos na madrugada podem levar Geralt ao esconderijo de bandidos que mantém como refém um personagem importante para desvendar uma pista sobre a localização de Ciri. Em outro, o bruxo pega um contrato padrão por dinheiro, que o acabará levando a se embrenhar em uma mata, onde descobre as ligações entre as misteriosas Moiras e Ciri. Ainda noutro canto, temos o Barão Sanguinário lhe dando um contrato, que começa com o uso do sentido de bruxo já na casa, revelando uma trama que levará horas e horas, até dias, mas que dará indicações precisas sobre o paradeiro de Ciri. A forma como esses elementos são dispostos, organizados e como se inter-relacionam entre si é fenomenal, surpreendente, digna dos melhores trillers, romances policiais, grandes obras da literatura universal. É uma obra de arte narrativa, e faz isso sem ser um mero filminho que se joga, pelo contrário, o jogador não apenas tem a jogabilidade como elemento central e unificador de toda essa experiência narrativa, como se torna responsável, pelas suas escolhas morais difíceis, pelos rumos que a história toma, seja pelos grandes rumos, seja pelos rumos pequenos de eventos menores, mas moralmente relevantes.

Falando em eventos menores, o valor narrativo brilha mesmo é fora da história principal, é nas side-quests. Eu acho incrível como uma caminhada aleatória por uma estrada revela um corpo morto, uma trilha de sangue levando a uma chave, que abrirá o baú de um naufrágio ali perto. É o tipo de coisa que todo RPG pode proporcionar, mas com essa sequência narrativa, essa concatenação narrativa entre os elementos dispostos e essa criatividade de apresentar histórias riquíssimas em cartas, bilhetes ou até mesmo no silêncio de tantas paisagens? Eu nunca vi isso fora de uma experiência literária, e aqui está ela. Por isso acho uma graça em quem fala que o mapa de Witcher 3 foi 'superado', pode até ter sido em tamanho, mas eu desafio quem fala isso a provar em que aquele mapa gigantesco e repleto de nada de Final Fantasy XV ou o mundo de 3 cenários (gelo, deserto e floresta) de Horizon: Zero Dawn, tem uma vida tão própria, artisticamente identificável, e povoada por tantas side-quests, visões, paisagens e eventos dispostos de forma orgânica como se faz até na pequena região de Pomar Branco. Não vão conseguir. Sabem por quê? Narratividade do próprio mapa, do mundo de Witcher 3: não é apenas um mapa grande, é um mapa cheio de vida, de histórias, de estradas, vielas e bosques que transmitem um mundo pulsante de vida e narratividade, de histórias para contar.
Recomendo muito! Eu sempre ouvi falar bem, mas nunca tive interesse em jogar até ver em promoção na Live no meio do ano. Não me arrependi de ter comprado, de forma alguma, rs

É um jogo que é beeem longo (tô jogando desde outubro!), mas que vale muito a pena.



São legais mesmo! A versão que comprei é a completa The Complete Edition, que já vem com as DLCs embutidas. Inclusive já fiz algumas missões das DLCs antes mesmo de ter terminado a história principal do jogo.
Eu adorei as DLC's, Minha opinião é clichê: a melhor é Hearts of Stone, por suas novidades na jogabilidade e principalmente pela história. Foi uma delícia rever Shani e ter a oportunidade de um lance com ela sem afetar o futuro ainda possível da relação desenvolvida com Triss/Yennefer, mas a DLC está cheio de excelentes personagens, como o fáustico (aliás, todo o tema da DLC é faustiano) Olgierd von Everec e o mefistofélico Senhor do Espelho, e a história é soberba. O vilão, inclusive, põe Eredin e sua temível Caçada Selvagem no chinelo, uma desproporção difícil de engolir. O mal é que é uma expansão curta.

Compensando isso, temos Blood and Wine, que esperei ansiosamente: DLC enorme, com uma mapa vasto, recheado de side-quests, novos equipamentos, mudanças profundas na jogabilidade, inimigos e uma infinidade de personagens novos e interessantes. Isso para não falar no enredo, que é soberbo, cheio de reviravoltas, mudanças de direção e que consegue resgatar do jogo original a responsabilidade por escolhas, que podem alterar muito o final do jogo. Some-se a isso a grana e tempo que gastamos cuidando da propriedade de Corvo Bianco, os gráficos estupendos, a variedade de coisas pra se fazer e a beleza natural e cultural quase pornográfica de Toussaint tornam essa DLC uma despedida mais do que digna para uma das melhores experiências que já tive com um controle de videogame na mão.
 
Última edição:
Também fui aprendendo sobre a história de Geralt, sobre a história geral do universo da saga e da mitologia de acordo com o jogo. As wikis realmente me ajudaram bastante. À medida que novos fatos relacionados a eventos anteriores eram mostrados no jogo, eu pesquisava sobre o assunto para tentar uma imersão cada vez maior naquele universo tão mágico, tão envolvente.

Diante de tudo isso, eu tive — e tenho — uma vontade enorme em ler os livros, mas você não é o primeiro que vejo comentando sobre a escrita ser fraca. Acho que, apesar de todos os avisos, ainda vou tentar me aventurar neles qualquer dia desses.

Qual das duas você ficou? Na primeira vez, fiquei chupando o dedo porque me engracei com as duas, Triss e Yen. :lol: Mas nas outras vezes, optei pela Yen, só por ler o que dizia o livro, o lore do jogo e a própria dinâmica do jogo: ela e Geralt são feitos um para o outro. Extremamente forte, poderosa, determinada, com uma afeição maternal por Ciri, e um quê de bdsm na relação entre os dois, acabei optamdo por ela. Acho que eu mesmo me apaixonei por ela: voluntariosa, decidida, consegue o que quer, nem que pra isso precise sacrificar sua liberdade e vontades pessoais. Sujeita-se a privações e ao desprezo do próprio Geralt pelas escolhas que faz, pela manipulação do bruxo, tudo para que Ciri seja encontrada e fique em segurança.

Fiquei com a Yen também. A personagem dela é muuuito mais interessante que a da Triss, que conforme você mesmo disse, é meio morna. A Yen é a femme fatale, a chama que deixa Geralt aceso, o combustível que dá energia ao enredo. Personagem fascinante, mesmo tendo, de forma geral, aparecido pouco no jogo como um todo.

Aliás, mudando de assunto, mas ainda no mesmo assunto, não sei se você assistiu à série da Netflix. Achei aquela Yennefer beeem fraquinha perto da do jogo. Não despertou metade da paixão, da fascinação que a Yen do jogo desperta.

Outro ponto de destaque do jogo é a dublagem brasileira. Não sei como é o áudio original, mas as vozes, os diálogos e a prosódia da versão brasileira são sensacionais.

Falando em eventos menores, o valor narrativo brilha mesmo é fora da história principal, é nas side-quests. Eu acho incrível como uma caminhada aleatória por uma estrada revela um corpo morto, uma trilha de sangue levando a uma chave, que abrirá o baú de um naufrágio ali perto. É o tipo de coisa que todo RPG pode proporcionar, mas com essa sequência narrativa, essa concatenação narrativa entre os elementos dispostos e essa criatividade de apresentar histórias riquíssimas em cartas, bilhetes ou até mesmo no silêncio de tantas paisagens? Eu nunca vi isso fora de uma experiência literária, e aqui está ela. Por isso acho uma graça em quem fala que o mapa de Witcher 3 foi 'superado', pode até ter sido em tamanho, mas eu desafio quem fala isso a provar em que aquele mapa gigantesco e repleto de nada de Final Fantasy XV ou o mundo de 3 cenários (gelo, deserto e floresta) de Horizon: Zero Dawn, tem uma vida tão própria, artisticamente identificável, e povoada por tantas side-quests, visões, paisagens e eventos dispostos de forma orgânica como se faz até na pequena região de Pomar Branco. Não vão conseguir. Sabem por quê? Narratividade do próprio mapa, do mundo de Witcher 3: não é apenas um mapa grande, é um mapa cheio de vida, de histórias, de estradas, vielas e bosques que transmitem um mundo pulsante de vida e narratividade, de histórias para contar.

Concordo 100%. Soma-se a isso o cuidado e o esmero que a produção do jogo teve com os pequenos detalhes das sidequests, expressões e atitudes dos NPCs que revelam o quanto tudo foi bem pensado pelos produtores. Um exemplo que me vem à cabeça: Em Toussaint há uma sidequest em que temos que investigar a morte de um trabalhador de um vinhedo. Aos poucos, descobrimos que tal trabalhador era amante da esposa do dono do vinhedo. Antes de iniciar a quest, as crianças do vilarejo já fuxicavam sobre a paixão proibida dos dois. Após a quest, você pode dar o pingente do trabalhador morto a ela, e ela vai dizer que quer ficar sozinha. Após, ela vai sair correndo, e se você a seguir, verá ela chorando em frente à uma estátua pelo amado falecido. São esses pequenos detalhes, sabe?

Também são legais as referências à livros, filmes e músicas. Os sofrimentos do jovem François, Retrato do bruxo quando idoso etc.

Quanto às DLCs, apesar de eu amar o tema fáustico, acho que no fim das contas acabei gostando mais do Blood and Wine. Confesso que já estava um pouco enjoado dos pântanos de Velen. O Blood and Wine trouxe um frescor ao sabor de vinho que deu ânimo; parecia que era um novo jogo da série.
 
Também fui aprendendo sobre a história de Geralt, sobre a história geral do universo da saga e da mitologia de acordo com o jogo. As wikis realmente me ajudaram bastante. À medida que novos fatos relacionados a eventos anteriores eram mostrados no jogo, eu pesquisava sobre o assunto para tentar uma imersão cada vez maior naquele universo tão mágico, tão envolvente.

Diante de tudo isso, eu tive — e tenho — uma vontade enorme em ler os livros, mas você não é o primeiro que vejo comentando sobre a escrita ser fraca. Acho que, apesar de todos os avisos, ainda vou tentar me aventurar neles qualquer dia desses.



Fiquei com a Yen também. A personagem dela é muuuito mais interessante que a da Triss, que conforme você mesmo disse, é meio morna. A Yen é a femme fatale, a chama que deixa Geralt aceso, o combustível que dá energia ao enredo. Personagem fascinante, mesmo tendo, de forma geral, aparecido pouco no jogo como um todo.

Aliás, mudando de assunto, mas ainda no mesmo assunto, não sei se você assistiu à série da Netflix. Achei aquela Yennefer beeem fraquinha perto da do jogo. Não despertou metade da paixão, da fascinação que a Yen do jogo desperta.

Outro ponto de destaque do jogo é a dublagem brasileira. Não sei como é o áudio original, mas as vozes, os diálogos e a prosódia da versão brasileira são sensacionais.



Concordo 100%. Soma-se a isso o cuidado e o esmero que a produção do jogo teve com os pequenos detalhes das sidequests, expressões e atitudes dos NPCs que revelam o quanto tudo foi bem pensado pelos produtores. Um exemplo que me vem à cabeça: Em Toussaint há uma sidequest em que temos que investigar a morte de um trabalhador de um vinhedo. Aos poucos, descobrimos que tal trabalhador era amante da esposa do dono do vinhedo. Antes de iniciar a quest, as crianças do vilarejo já fuxicavam sobre a paixão proibida dos dois. Após a quest, você pode dar o pingente do trabalhador morto a ela, e ela vai dizer que quer ficar sozinha. Após, ela vai sair correndo, e se você a seguir, verá ela chorando em frente à uma estátua pelo amado falecido. São esses pequenos detalhes, sabe?

Também são legais as referências à livros, filmes e músicas. Os sofrimentos do jovem François, Retrato do bruxo quando idoso etc.

Quanto às DLCs, apesar de eu amar o tema fáustico, acho que no fim das contas acabei gostando mais do Blood and Wine. Confesso que já estava um pouco enjoado dos pântanos de Velen. O Blood and Wine trouxe um frescor ao sabor de vinho que deu ânimo; parecia que era um novo jogo da série.
Sim, exatamente esse é o ponto. Como uma side-quest aparentemente inócua acaba se revelando uma fonte de lore e consequências dramáticas imprevistas, mesmo que não afete em nada a história principal. E esse exemplo é só um de dezenas.

Eu adoro as referências, você vê o cuidado dos roteiristas e produtores quanto a fazer o jogo falar as línguas universais da filosofia e da literatura, como aquela cena impagável dos filósofos de Oxenfurt derrubando as estátuas da deusa Melitele como uma revolta ateísta contra a religião, citando trechos de Nietzsche! :rofl: Fora as referências à cultura pop, como aquele leilão na DLC, onde um dos itens é o próprio Cálice de Fogo.

E eu adoro a dublagem brasileira também, especialmente porque fez meus pais se apaixonarem pelo jogo também.
 
Bom, para falar mesmo do melhor jogo que já joguei, vou precisar ser full-nerd aqui, principalmente para falar de jogabilidade.

Eu compreendo bem esse sentimento, porque foi o meu também, e acho que é natural da maioria das pessoas que jogam, mas quando você joga em níveis mais avançados de dificuldade, a magia fica meio... chocha. Vou dar um exemplo: além do Quen para proteção, minhas magias preferidas eram o Igni e o Axii, o primeiro para ataque e o segundo para suporte (um ataque mais indireto). Eu adorava torrar os inimigos e controlar a mente de outros para que eles começassem a se matar entre si, mas vai perdendo um pouco do sentido, porque é um método meio monótono de batalha e onde você tem pouco daquela sensação de adrenalina e, com o tempo, os inimigos vão ficando mais e mais resistentes às magias, e você tem que lidar com aquele problema do standby: preciso parar meu combate aqui para ativar tal e tal magia para obter tal e tal efeito, e isso foi quebrando o ritmo dos combates pra mim.

Minha solução foi partir para desenvolver a árvore de ataques físicos, de forma equilibrada. O problema aqui é que se eu ganhava em dano nos inimigos, não ganhava em eficiência, ficava por demais exposto sem as magias. Tentei equilibrar, como você, magia e espadas, mas ainda não funcionava bem, parecia sempre que eu só ia nos combates para tomar muito dano, escapar da morte por um triz e só conseguia desmembrar alguns humanos com alguma dificuldade e mal e mal aproveitar as diferenças entre os tipos de inimigos. Faltava eficiência, e eficiência é fundamental do terceiro nível de dificuldade em diante. Mas principalmente faltava a sensação de estar dominando os elementos de combate, aproveitando todas as possibilidades, parecia que faltava alguma coisa, que não estava aproveitando as oportunidades que um jogo tão maravilhoso, completo e belo me oferecia, e isso me frustrava muito, até que descobri o que me incomodava: na minha sanha de sair pegando todas as fórmulas, itens, equipamentos, completando side-quests, eu percebia que ou me faltava motivação para pegar as fórmulas alquímicas ou que eu pegava sem motivação, o que eu achava péssimo. Então, comecei a investir mais pontos em Alquimia e minha vida mudou em The Witcher 3.

Vou explicar as vantagens do desenvolvimento da Alquimia, e como cada uma delas ajuda na seguinte, de forma progressiva:

Toxicidade: no começo, eu tentei coisas básicas, como fortalecer a resistência do bruxo à toxicidade, que era sempre minha pedra no sapato, usava alguns elixires e já ficava envenenado. Mas isso não adiantava muito porque eu estava viciado a um modo de jogo excessivamente dependente de magias, e usava pouco as poções. Passei a usar mais, passei a colocá-las nos slots de comida, e a torná-las minhas amigas: não temia mais usá-las porque aprendi a dosá-las, sabia minha dose de toxicidade e ela estava sempre aumentando de forma além das minhas necessidades.

Substituição da comida: consegui eliminar o problema da comida: as substituí totalmente por poções. A única finalidade da comida era o de recuperar vida lentamente, e as poções, com o trait certo, recuperava bem mais e mais rápido, uma única dose de Andorinha serve pra te sustentar por vários combates seguidos contra inimigos comuns e uma luta inteira contra chefes. Economizava comida, que vendia por uma merreca, não perdia tempo caçando migalhas por aí, e não ficava fazendo aquela chatice no menu de ficar trocando tipos de comida, nem olhava mais pra cara dela: virei um total noia que vivia unicamente de poções, como um bruxo deve ser.

Sets de combate: eu tinha uma ideia engessada de que se usasse uma estratégia, ela deveria ser a única contra todos os tipos de inimigos e em todas as situações, e isso aqui ajudou a flexibilizar meu estilo de jogo. Basicamente, eu tinha um set fixo de poções e um set amplo e mutável para me adaptar às situações. Assim, nunca faltou nos meus atalhos Trovoada e Andorinha. A primeira dava um boost no ataque, e a segunda recuperava vida gradativamente. Poção de papa-figo, igualmente, porque você sempre lida com monstros insectídeos nos lugares mais improváveis, e o quarto atalho eu deixava para Gato, a poção que te permite enxergar no escuro e que é uma mão na roda o jogo inteiro. Quando não estava enfrentando insectídeos ou não estava em lugares escuros, eu trocava alguma dessas últimas por alguma outra, que fosse útil, como, por exemplo, alguma que aumentasse o dano crítico (elixir de katakan, estou falando com você) ou Sangue Negro, para ficar imune ao veneno dos vampiros e, de quebra, envenená-los só por chegarem perto de mim (em Toussaint, essa aqui virou permanente, por razões óbvias).

Não saia de casa sem o seu óleo: há óleos para cada tipo de monstro e o Óleo do Enforcado para os humanos, que aumentam o dano, o que é uma maravilha, por si só. Agora, o óleo de vocês envenena os inimigos? Dá dano crítico? E melhor: é infinito, sem precisar ficar meditando toda hora e recarregando o estoque de combustível para poções? Pois é, desenvolvendo alquimia você não só se livra dos problemas logísticos que afetam o uso do óleo nas lâminas, como as transforma nos instrumentos perfeitos para te transformar numa máquina de moer monstros.

Fórmulas, fórmulas e o precioso estoque: isso já falei, com a motivação de criar novas fórmulas, poções e óleos, a busca pelas fórmulas ganha outro significado, bem mais divertido. Além disso, existe o preparo das misturas. A poção tem uma quantidade limitada por dia, mas uma simples meditação de 6 horas recarrega o seu estoque, e é uma quantidade para cada poção, exceto para os elixires, que, por possuírem efeitos diferentões, só podem ser usados uma vez antes de serem recarregados. Ainda assim, você tem uma variedade incrível de itens e efeitos que só encontra limites na toxicidade que, como disse, pode ser tremendamente aumentada, e tudo só contribui para você se tornar tão cuidadoso na pesquisa das fórmulas, compra de ingredientes alquímicos e preparo de todo tipo de poção que vai parecer sua obsessão com espadas e armaduras coisa de criança.

Versatilidade e eficiência: essa é a principal e maior vantagem, e o que eu mais sentia falta em Witcher 3 quando apostava totalmente em magia e ataques, a sensação de que não estava aproveitando algo vinha da existência in-game de uma forma de incrementar, enriquecer e desenvolver seu próprio estilo de jogo, principalmente de combate, através da alquimia. Explico: não dá pra viver só de alquimia, as poções não defletem flechas nem te protegem de golpes por trás, porém, elas permitem que você continue desenvolvendo as magias (foco no Quen) e ataques (rápidos, de preferência) se, de forma consciente e calculada, você der ênfase ao treinamento alquímico. Aí você vai ter um guerreiro com boas habilidades de esgrima e uma esquiva impecável podendo incrementar isso com poções, se tornando uma fatiadora insana de monstros sem praticamente levar um único golpe de dezenas de inimigos mesmo no pior nível de dificuldade. Também terá um uso adequado e equilibrado de Sinais, mas focado quase que exclusivamente no Quen, para que você consiga devastar florestas de inimigos sem ser tocado e, se for, pior para eles, porque Geralt no máximo fica tonto com as explosões mágicas e seus inimigos serão jogados para longe.
Em tudo, você ganha a possibilidade de um estilo de combate equilibrado, mas centrado no combate com espadas, mas onde você aprende a nunca entrar em nenhuma escaramuça sem estar devidamente 'vacinado', envenenado com uma gama rica de drogas. Onde você depende muito pouco de gerenciamento da saúde, comidinhas, economizar no óleo, e chatices do tipo, e muito mais em: se viciar em poções, descansar frequentemente para recarregá-las e sair derrubando tudo que vê pela frente como o monstro BRRRLLL que Geralt foi criado para ser. É uma experiência completamente diferente de jogo, muito mais rica, versátil, flexível e recompensadora.

Uma demonstração do set alquimista:
Nesse último vídeo, reparem como apesar do uso de Igni e do ataque especial, o jogador se sustenta unicamente através do uso de poções, e como elas afetam a performance, velocidade dos ataques, capacidade da esquiva e com a toxicidade aguentando bem.

Some-se a isso o uso do bônus da armadura de bruxo da Escola do Urso para fortalecer Quen, as runas e encantamentos nas espadas (como o ataque especial rápido) e armaduras (bônus de mesas de ferreiro e armador que nunca expiram) para dar vários efeitos (incendiar, envenenar, congelar etc.), e você tem um exterminador não só de monstros e bandidos como de exércitos inteiros. Mesmo nos níveis mais difíceis.

É o sistema que considero melhor por ser flexível e aberto a mudanças e por permitir que até jogadores mais cabeça dura como eu aprendam a experimentar coisas novas, além de ser devastador se temperado com o uso inteligente de magias e ataques. Sua única desvantagem é que ele pode trazer problemas na tua logística de dano, se você não tiver treinado um bom combate, uma esquiva razoável, vai se ver levando bordoada, por estar acostumado a se ver livre de apertos com as magias. Ou seja, é preciso ser ousado, meter a cara nos combates, experimentar coisas diferentes e treinar sua perícia.
Outra dificuldade que algumas pessoas podem ter é em substituir a energia fácil dos alimentos pelo sopro de vida das poções, que aumenta muito mais a vida, mas com o custo da toxicidade e da quantidade das próprias poções. Se você desenvolver um bom ritmo de jogo, resolve esse problema com as meditações frequentes que reabastecem os estoques, os incrementos na toxicidade máxima e a compra constante de combustível para nunca ficar sem material de trabalho. Ou seja, tudo que o próprio ritmo dá conta de resolver.
Foi isto o que eu fiz, mas só nas DLCs. Durante a aventura principal, eu não senti a necessidade de algo mais poderoso para enfrentar os inimigos, já que o Qen e a espada estavam dando conta de forma satisfatória de inimigos, mesmo que os mais complicados. Claro que algumas vezes a batalha demorava mais do que o planejado, com muitas esquivas e espera na abertura do inimigo para atacá-lo, mas no final eu nunca tive que depender da Alquimia e como os pontos não eram suficientes, eu acabei não evoluindo a mesma.

Eu não sei se vocês começaram a jogar desde a primeira versão, mas antes do lançamento das DLCs, o número de experiência não era suficiente para evoluir as 3 árvores de forma satisfatória, ou seja, o jogo te obrigava a concentrar em uma e deixar outra meio que mediana. Foi assim que eu optei pelo combate em primeiro e depois pela magia, como uma forma aliada ao combate.

Eu conheci de verdade a Alquimia com o lançamento das DLCs, que proporcionaram um aumento na distribuição de pontos, tanto que até procurei vídeos de builds na internet para montar meu personagem. Se você pegá-lo agora, ele é muito combate com magia e alquimia. É uma mistura das 3 artes, o que deixou meu personagem muito apelão. Sim, é uma build muito apelona, pois o dano vai aumentando progressivamente e do nada você mata vários sem a menor dificuldade e com um nível tóxico não tão elevado no Geralt.

Claro que isto não é regra. Você sempre pode montar o personagem da melhor forma que quiser que mesmo assim o personagem irá corresponder as suas expectativas, o que torna o jogo incrível de se jogar e ser apreciado.

É uma pena que hoje eu pouco entro no jogo. Estou com minha casa no vinhedo a ser concluída, mas já fiz tantas missões, que acabei partindo para outro jogo. Seria legal debater várias builds diferentes na época em que eu estava mais viciado no jogo.

Sobre a história, eu não tenho muito o que acrescentar o que já foi dito e o que vocês comentaram. Adoro todos os pontos do jogo, inclusive as DLCs.
 
Eu tenho esse jogo há anos, desde quando comprei o PS4, e ainda nem me aventurei a jogar. :dente: :timido:
Putz, isso é um crime, você não vai encontrar jogo melhor, e olha que o PS4 teve grandes jogos.
Mas pode ser uma oportunidade, depois de ter jogado outras coisas, de mergulhar nesse mundo.

Eu acho incrível como ele é tão bom em praticamente tudo, com exceção, talvez, dos menus de inventário e na movimentação a pé, que é meio frustrante, mas a experiência geral é tão boa que acabo deixando isso passar.

Aliás, pra dar um gostinho:

 
Estou jogando o Witcher 3 há uns quinze dias talvez. Não sei se tanto. Não jogo sempre nem jogo muitas horas de cada vez. Mas estou curtindo o minigame de Gwent. Fiquei surpreso que tanto o @Loveless quanto o @Turgon não tenham se interessado por ele. É um jogo bem boladinho e intrigante. :grinlove:

Vou tentar deixar o TOC de lado, Como já fiz com o Assassins Creed Odyssey, e ignorar uma porção de pontos-de-interrogação e missões pra lá, senão o jogo leva milênios pra acabar. :lol:


Por enquanto está bem legal. Explorando sem pressa as coisas. Seria legal se tivesse mais exploração tipo dungeon com quebra-cabeças, à la Baldurs Gate. Não sei se terá muitos. Espero que sim. ^^
 
Estou jogando o Witcher 3 há uns quinze dias talvez. Não sei se tanto. Não jogo sempre nem jogo muitas horas de cada vez. Mas estou curtindo o minigame de Gwent. Fiquei surpreso que tanto o @Loveless quanto o @Turgon não tenham se interessado por ele. É um jogo bem boladinho e intrigante. :grinlove:
No começo eu achei legal o sistema do Gwent, mas com o passar do tempo eu acabei desistindo dele. Primeiro que a partida de Gwent leva um bom tempo para terminar. Eu achei que estava perdendo muito tempo com ele e deixando algumas missões mais de combate de lado. Segundo que no decorrer do jogo, você começa a enfrentar inimigos mais fortes e você irá precisar de cartas melhores, o que irá demandar mais um tempo de dedicação ao Gwent.

Foi mais neste sentido que eu acabei abandonando ele e focando mais no meu personagem e história do jogo. Tanto que fiz muitas missões secundárias dentro do jogo.
 
Sim, uma partida pode levar uns bons minutos. Mas eu só jogo uma vez com cada novo adversário, ou até vencê-lo uma vez, já que depois da primeira vitória ele não nos fornece mais nenhuma carta como recompensa, somente uns itens vagabundinhos. Então basicamente são algumas poucas partidas a cada nova cidade ou vila descoberta. Eu acho legal pra dar uma quebrada na mesmice que as missões secundárias acabam se tornando eventualmente.
 
Vou tentar deixar o TOC de lado, Como já fiz com o Assassins Creed Odyssey, e ignorar uma porção de pontos-de-interrogação e missões pra lá, senão o jogo leva milênios pra acabar. :lol:

Mas essa é a graça do jogo, hahaha, deixar-se levar pelas trocentas missões secundárias e pontos de interrogação. Para terminar a história principal deve levar quanto tempo, sei lá, umas 30 horas? As duzentas horas restantes vêm das missões secundárias e pontos de interrogação:timido:

Bem-vindo ao jogo, espero que se apaixone por ele como eu, o @Turgon e o @Paganus <3
 
Eu acho legal pra dar uma quebrada na mesmice que as missões secundárias acabam se tornando eventualmente.
Estranho você comentar isto, pois o jogo apresenta uma grande variedade de missão secundária, inclusive o Gwent é uma forma de missão secundária. Sem contar que as missões não costumam ser iguais e tem algumas, caso eu não esteja enganado, podem mudar certos encontros na missão principal.

Eu nunca me senti entediado com o jogo. Existem algumas missões secundárias que possuem uma história até que grande e leva um tempo para finalizar. O jogo é todo redondo. :g:
 
É muito bom jogar com a Ciri, né? Adoro a movimentação dela.

Aliás, eu encontrei muito pouco bug no jogo. Os que aconteceram mais comigo foi quando eu pegava o Carpeado.

Quem sabe quando o jogo tiver muito barato no Switch eu não o acabe comprando novamente, só para poder jogá-lo no portátil e salvar novamente.
 
Eu já me deparei com alguns bugs. Um deles aconteceu já umas três vezes e é bem xarope: quando estou olhando armadura pra comprar (ou analisando as que eu tenho, para vender, no menu de uma loja), e fico trocando entre elas com o L2 pressionado, o jogo trava e precisa reiniciar... Agora eu troco de uma em uma e aperto o L2 e solto, por precaução. Kk

Outro bug me fez perder uns quinze minutos procurando um item que eu já tinha pegado antes da missão, mas a missão ainda dava por fazer essa parte (as botas do Cat School). Foi só depois que desconfiei do bug, procurei um walkthrough pra ter certeza de que estava olhando no lugar certo e depois conferi nas minhas receitas de armas: já estava lá. Daí quando eu peguei o outro item da missão, o jogo fez a averiguação de novo e aceitou a missão como feita.

Afora isso... Só queria saber quem teve a brilhante ideia de encher as casas com velas e essa opção idiota de acendê-las com o mesmo botão de fazer a pilhagem... :raiva:
 

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