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Questão de Tempo ( About Time, 2013)

Erendis

Master Pretender
este tópico vai, inevitavelmente, conter spoilers do filme, então se você não curte isso, nem leia!

questão de tempo.jpg

Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir. Cético a princípio, Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu pode provocar consequências inesperadas.
pessoal deve saber que eu normalmente não comento nessa área aqui, nem muito menos abro tópico, mas depois de assistir esse filme eu me senti na obrigação...

Eu gosto de filmes com viagem no tempo, alguns deles eu já assisti uma dezena de vezes, vide De Volta para o Futuro - tá, esse não conta porque é um clássico - ou então o menos famoso Efeito Borboleta e até A Máquina do Tempo; porém quando se trata de romance + viagem no tempo, a coisa quase nunca termina bem, Te Amarei Para Sempre (The Time Traveler's Wife) é prova disso, então quando eu peguei esse filme na mão foi sem muita fé, já que se tratava de romance com viagem no tempo, a capa dele é bonita, mas a sinopse não empolga muito, como não tinha nada melhor na locadora aquelas alturas de um sábado a noite...
O começo do filme bem parecia um daqueles filmes água com açúcar: o Tim é um guri "bugio", magrelo, não muito bonito, doido pra arrumar uma namorada e falhando miseravelmente nisso. Então, o pai dele chama ele pra conversar e contar um segredo: na família deles, todos os homens tem o dom de viajar no tempo quando quiserem, basta entrar num armário, um lugar escuro ou em último caso um banheiro, fechar as mãos e pensar no momento para onde quer voltar e voilá! Porém, o dom impõe algumas restrições: eles só podem voltar para lugares e momentos bem específicos que já aconteceram (nada de viagem pro futuro e nada de voltar sem saber ao certo pra onde). Daí por diante, o Tim tenta usar seu poder pro propósito mais "adolescente" possível: arrumar uma namorada. Ele passa por algumas situações inusitadas e começa a perceber que, apesar de ele não conseguir causar um "efeito borboleta" ou "alterar o continuo espaço-tempo causando a destruição do universo", ao modificar uma determinada coisa que aconteceu, ele estará fadado a uma reação em cadeia.
O filme conta com momentos engraçados, momentos de reflexão, uma fotografia linda e uma ótima trilha sonora, incluindo uma música italiana que, aparentemente é uma das favoritas da minha mãe :hihihi: e algumas "podreiras" dos anos 90.
Apesar de ser um filme que tinha tudo pra ser um mega-master-clichê, ele consegue passar sentimento sem ser chato e ainda tem umas reflexões bem interessantes sobre família, amor e acima de tudo, sobre usar bem o tempo que nos é dado (tá, o Gandalf já tinha feito essa reflexão, mas é sempre bom olhar de outra perspectiva).
Recomendo! E vou deixar aqui embaixo um gostinho da trilha sonora, que eu gostei muito.
ok, na cena do filme que toca essa música, de repente eu olho pro lado e o_O minha mãe altos empolgada cantando porém, me chamem de cafona, me chamem de brega, eu adorei a música e a cena ficou perfeita com ela...

eu provavelmente não consegui me expressar tão bem, mas vou deixar aqui um comentário sobre o filme que disse tudo que eu queria dizer e não consegui:
Não é só mais um filme sobre um viajante do tempo - E se você pudesse voltar no tempo? Para onde iria? O que mudaria? Bom, muita gente faria coisas extraordinárias; outras pessoas fariam coisas nem tão boas assim. Porém, é quase unanimidade que essa capacidade seria usada como forma de conquistar tudo aquilo que não conseguiu por causa de um deslize que não deveria ter cometido. Não sei vocês, mas eu confesso que não saberia lidar com algo assim. Para qualquer um, voltar ao tempo seria uma arma, um poder secreto, um às na manga – acontece que Tim (Domhnall Gleeson) não é apenas qualquer um. “Questão de Tempo” tem um pano de fundo comum a várias comédias românticas: o rapaz, por obra do destino ou por questões genéticas, se vê com o poder de viajar no tempo; enquanto isso, a mocinha espera o amado pacientemente no presente, sem nada poder fazer a respeito. Como se não bastasse a ambientação nada inédita, no filme, a mocinha em questão, Mary, é interpretada por Rachel McAdams, que nos últimos anos fez outros dois filmes de mesma temática – para confirmar, basta assistir “Te Amarei Para Sempre” (2009) e “Meia-noite em Paris” (2011). Foi nesse momento que pensei: mais um filme igual com a mesma atriz. Eu não tinha ideia de como estava redondamente errada. Definitivamente, nada seria capaz de me preparar para o que estava por vir. “Questão de Tempo” é um longa lindíssimo e, pasmem, original. Digo mais: completamente imprevisível, considerando qualquer outro filme do tipo que você use para comparar. Logo no início, é possível perceber que aquele não é apenas “mais um filme sobre um viajante no tempo”: espectador descobre junto com Tim, em seu aniversário de 21 anos, que os homens de sua família tem o dom de viajar no tempo. Quem lhe dá essa informação é seu pai (Bill Nighy), que conta essa novidade ao filho como quem conta que é hoje é dia de jantar batatas – sem estardalhaço, sem e engrandecer o dom. É quase como se viajar no tempo fosse algo banal. Isso faz o maior sentido ao longo do filme, porque “Questão de Tempo” não é simplesmente uma história sobre alguém que viaja no tempo – é, sim, um filme sobre alguém que precisa aprender a lidar com o tempo. E isso, meus amigos, todos nós precisamos aprender, sejamos viajantes do tempo ou não. É verdade que Tim, no início, encontra certa dificuldade em lidar com a situação, dificuldade essa que vai sendo superada através de lições bem aplicadas; porém, se aqui você espera algo no estilo de “Efeito Borboleta” (2004), esqueça. Não há espaço para esse tipo de sub-tramas em uma película tão simples e tão essencialmente comum. A regra, aqui, não é ensinar que se você mudar algo no passado, haverá consequências – aliás, o faríamos com uma lição como essa no mundo real? Aqui, a lição é um pouquinho menos óbvia: com “Questão de Tempo”, o que iremos aprender é que não precisamos viajar para o passado e consertar as coisas, se fizermos tudo certo da primeira vez. O diretor Richard Curtis conduz o casal Tim e Mary de forma apaixonante e verdadeira. Aliás, que bela dupla formam McAdams e Gleeson! Ela, delicada e precisa como sempre; ele, com um humor tão intrínseco e natural que convence na primeira cena – isso tudo, fugindo do padrão de beleza das comédias, mas, ao mesmo tempo, sendo muito mais atraente que a maior parte dos bonitões de Hollywood. Quanto à química do casal, atenção para a cena extremamente bem executada na estação de metrô, responsável por marcar a evolução do relacionamento. E essa boa interação se estende ao restante do elenco: Bill Nighy, com quem Gleeson divide algumas das melhores e mais tocantes cenas do filme – sinceramente, umas das relações de pai e filho mais bonitas que eu já vi em um longa; Tom Hollander, que interpreta um dramaturgo com quem Tim mora por um tempo, é tão absurdamente grosseiro ao ponto de deixar o espectador sem reação; e Richard Cordery, Deus o abençoe, interpreta o inacreditável tio de Tim que sofre de amnésia nos momentos mais impróprios. Aliás, vale ressaltar que o filme é bastante engraçado – mas não pense naquelas gargalhadas típicas de comédias escrachadas; pense naquele sorriso até contido, mas sincero, que a gente dá quando vemos algo bem simples e nem por isso menos feliz ou bonito. Foi esse sorriso que eu carreguei do início ao fim do filme: um sorriso gostoso e leve, de divertimento verdadeiro. E, para completar o pacote, a trilha sonora! Como dá gosto assistir um filme onde cada música que o embala evidentemente foi escolhida a dedo! Quase pulei da cadeira de emoção quando ouvi “All The Things She Said”, de t.A.t.U., assim como “How Long Will I Love You”, da Ellie Goulding, derrete qualquer um – isso sem falar em outros nomes singelos, como Cat Power, Amy Winehouse e The Cure. E assim, sem grandes fórmulas ou apelações, Curtis nos presenteia com “Questão de Tempo”: um longa limpo, capaz de emocionar sem ser enjoativo, capaz de divertir sem perder o foco e, principalmente, capaz de ilustrar na ficção o que pode muito bem ser uma bela realidade. [fonte]
 
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