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Ponto Ômega (Don DeLillo)

Meia Palavra

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É curioso que um livro de cem páginas como Ponto Ômega, do norte-americano Don DeLillo (1936-), renomeado autor de Submundo e Mao II, tenha tantas similitudes com um catatau dez vezes maior de um escritor com quem não parece compartilhar mais nada, isto é, com 2666 do chileno Roberto Bolaño. Em ambas as histórias há um deserto, (talvez) o de Sonora, que fornece um espaço essencial para a narrativa; nos dois aparecem figuras cultíssimas que são, ao mesmo tempo, grandes calhordas; há desaparecimento, seguindo de assassinato, pouco explicado, envolvendo mulheres; há também a sombra de um crime maciço, generalizado; temos também a forte presença do anônimo e do anonimato; ambos os títulos compartilham uma espécie de projeção apocalíptica; e, por último, há referências centrais a uma obra de arte como objeto central em toda aquela situação: em Bolaño, temos o único ready-made latino-americano de Marcel Duchamp, que consiste num livro de geometria pendurado num varal de roupas e, em DeLillo, temos a instalação 24 Hour Psycho de Douglas Gordon, uma projeção desacelerada de Psicose de Alfred Hitchcock para durar um dia inteiro. E, no entanto, aquele fato que dividia superficialmente os dois livros – sua extensão – é na verdade a chave para entender um abismo brutal que se abre entre esses autores com relação ao empenho e honestidade no tratamento de seu tema: o peso que o tempo adquire devido a um crime coletivo.

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