Um curioso passeio pelas adaptações de Benjamin Button
[size=x-small]Capa do álbum "O Curioso Caso de Benjamin Button", que mostra em quadrinhos conto de F. Scott Fitzgerald [/size]
A curiosidade sobre o caso de Benjamin Button não está apenas no nome do conto do norte-americano Francis Scott Fitzgerald (1896-1940).
O dado curioso é que as resenhas sobre a história do homem que nasce velho e rejuvenesce ao longo dos anos têm de se ater às adaptações.
Pelo menos até as livrarias brasileiras receberem os exemplares de "Seis Contos da Era do Jazz", o que deve ocorrer em questão de dias. A obra inclui a narrativa sobre Button.
Na falta do texto original, resta comparar as duas adaptações existentes, a do cinema e a feita em quadrinhos, lançada no fim da semana passada (Ediouro, 128 págs., R$ 29,90).
A comparação traz outra curiosidade. As duas histórias mostram o mesmo enredo. Benjamin Button nasce velho e se torna jovem ano após ano.
Mas há sensíveis diferenças entre o que se vê na tela e o que se lê em quadrinhos, produzidos por Nuncio De Filippis, Christina Weir (textos) e Kevin Cornell (desenhos).
No álbum, Button inicia a vida como um adulto de 70 anos, barbudo, alto e corcunda. Domina a língua, dialoga com o pai e é tratado por ele como se fosse uma criança de fato.
A incongruência de ser visto como criança embora seja adulto é a tônica do restante da história. Ninguém na sociedade o vê como realmente é.
A versão cinematográfica ameniza o modo como as pessoas que rodeiam Button o enxergam. Ele nasce e vive os primeiros anos em um asilo, fato inexistente na versão quadrinizada.
Outras diferenças: nasce como um pequeno bebê, sem o domínio da fala e tem o comportamento típico de uma criança. Brinca e se diverte, apesar de ter corpo de um idoso.
É abandonado pelo pai - o que não ocorre no álbum - e é criado por uma mãe adotiva. Tem participação mínima na guerra, ao contrário do que se lê na adaptação quadrinizada.
E, principalmente, não conhece seu grande amor durante a infância, como se vê na tela grande. E também não passa parte da vida adulta com ela.
O álbum - pelo que noticia a Ediouro - se baseia no texto original de Fitzgerald.
O que o cinema mostra é algo diferente. É uma história curiosa, sim, mas também um conto de amor. Esse talvez seja o principal ponto que distingue as duas adaptações.
Fora a cativante interpretação de Brad Pitt no papel de Benjamin Button, papel que o indiciou ao Oscar de melhor ator (o filme teve 13 indicações, incluindo a de melhor filme).
Entre ir ao cinema e comprar o álbum, o bilhete garante uma diversão melhor.
Depois, se a história agradar, vale um passeio pelas páginas da adaptação em quadrinhos, a título de comparação. E pelo conto original, a ser lançado pela editora José Olympio.
Fonte: Blog dos Quadrinhos
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Alguém já tinha falado sobre essa adaptação, mas ai eu achei melhor colocar essa resenha.
Vou caçar onde tem vendendo essa HQ e depois coloco aqui o link.
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