Fúria da cidade
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Com tantas ferramentas de comunicação disponíveis atualmente, é comum imaginar que o tradicional serviço de e-mail está caindo em desuso. Ledo engano!
O e-mail como conhecemos hoje foi enviado pela primeira vez no ano de 1971. O remetente desta mensagem inaugural foi Ray Tomlinson, um programador que trabalhava na ARPANET, uma rede de computadores antecessora à atual internet.
Cinquenta anos depois do envio dessa primeira mensagem, mais da metade da população mundial tem pelo menos uma conta de e-mail, com uma estimativa de que o número de usuários passará dos atuais 4,1 bilhões em 2021 para quase 4,6 bilhões em 2025.
No ano passado, por exemplo, uma média de 306,4 bilhões de e-mails foram enviados e recebidos diariamente, um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior.
Velha tecnologia, novas aplicações
Neste meio século, o uso do e-mail foi mudando ao longo do tempo.
Nos primórdios da internet no Brasil, quando ainda não existiam ferramentas de comunicação instantânea, o “correio eletrônico” era utilizado para se comunicar com amigos e familiares, participar de listas de discussão –as bisavós dos atuais grupos do Facebook– ou para comunicações profissionais.
Com o tempo, o e-mail foi perdendo aplicações e ganhando outras, como o envio de arquivos digitalizados, por exemplo, aposentando de vez a transmissão de documentos por meio do barulhento fax.
Por mais que boa parte da comunicação pessoal e corporativa atual seja feita por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, isso não significa necessariamente que não recebemos mais e-mails. Na verdade, ainda há muita coisa vindo parar em nossas caixas de entrada.
Onde ele é importante
Hoje, a contratação de serviços ou compra de produtos –principalmente online– requer que o usuário informe uma conta de e-mail válida. Quem procura emprego, ainda tem que enviar o currículo por mensagem eletrônica e vigiar a caixa de entrada pela resposta do potencial empregador. Instituições financeiras e plataformas diversas utilizam o meio como um sistema de segurança.
Um ponto positivo do serviço de e-mail é que as mensagens podem ficar armazenadas por anos, o que acaba transformando a caixa de entrada em um arquivo informal de faturas, recibos e contratos.
Fonte de newsletter
Além disso, há novas tendências surgindo. Com tantos sites e portais jornalísticos na internet, as pessoas estão ficando cada vez mais perdidas com o excesso de informação. Muitas delas estão preferindo assinar as tradicionais newsletters para receber um “resumo” das principais e mais importantes notícias do dia anterior, o que pode ser um prelúdio do futuro do jornalismo.
Do mesmo modo, o correio eletrônico também tem se tornado em um importante canal de comunicação e fidelização de clientes para campanhas de marketing.
Apesar dos Slacks, Zooms e Asanas da vida, o e-mail ainda continua presente no ambiente de trabalho, seja para o bem, como para o mal. Do mesmo modo que o e-mail é visto como um canal de comunicação confiável, acessível e fácil de usar –sendo inclusive visto como uma forma de registrar que algo foi dito–, ele também é acusado de “roubar” o tempo dos empregados.
Nem mesmo o império de Mark Zuckerberg –com o Facebook, WhatsApp e Instagram– parece arranhar a história do e-mail.
O futuro do e-mail
Por mais que aplicativos tentem melhorar vários aspectos das caixas de entrada –adicionando filtros anti-spam, sistemas de organização e filtros de mensagens–, a verdade é que muitos usuários não estão lá dispostos a aprender ou usar essas novas ferramentas.
A moda antiga de adicionar o destinatário, informar o assunto e digitar uma mensagem funciona, e ainda muito bem, diga-se.
Talvez essa simplicidade que mantém o e-mail ainda presente em nossas vidas, mesmo que ele seja considerado um “dinossauro” da internet.
Mais interação
Segundo especialistas, o futuro do e-mail provavelmente será a integração com novas plataformas. Há quem aposte que os chatbots serão complementares ao e-mail, automatizando o envio de mensagens e extraindo conteúdos de outras aplicações. Os e-mails futuros poderão ser mais personalizados, interessantes e interativos, sendo impulsionados pela inteligência artificial.
Entretanto, essas são apenas previsões. A única certeza que fica é que o e-mail existe há muito tempo, não mudou muita coisa ao longo tempo, e ainda continuará por muitos anos em nossas vidas digitais.
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O 1º e-mail faz 50 anos! Por que ele ainda é fundamental na comunicação?
A quase inexplicável sobrevida do correio eletrônico em tempos de WhatsApp, Facebook e Instagram
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