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MPF quer tirar de circulação o dicionário Houaiss

Os professores de universidades públicas e particulares andam chocados com o nível recente dos alunos dentro dos cursos superiores e uma das principais razões é o fato de parte dos estudantes estarem entrando na faculdade sem saber ler, escrever e falar português.

Eu não duvido de que existam hoje pessoas no MPF que não saibam como usar um dicionário ou para quê ele serve e se tropeçassem na justiça não saberiam reconhecê-la se estivesse diante deles.

Com a moda atual no Brasil de se pensar que podem falar qualquer coisa sem nenhuma conseqüência na comunicação, jogando bravatas como fazia a presidência (e a diplomacia), mudando o sentido das palavras bem como o peso do significado de cada palavra começamos a ver uma enxurrada de pessoas na sociedade sem ligar para o significado das palavras e surdas de pedra para qualquer conseqüência.

Por isso na época da facu já se falava em trazer professores de português para alunos e professores além de um bom pedagogo para dar assistência aos professores. Pelo visto os professores de português deveriam cobrar provas períodicas nesses cargos federais jurídicos importantes em que se cobra o discernimento.

Colocar a culpa no dicionário é típico de um país que põe a culpa na ferramenta e não no usuário, que sempre põe a responsabilidade nos outros e não resolve a raiz do problema.

Meio difícil algum brasileiro entrar numa faculdade sem saber falar português, a não ser que ele seja mudo. O que você pode estar tentando dizer é que tem gente que entra sem saber lidar direito com a norma culta, o que eu concordo que é uma grande falha na educação. Mas eu não consegui entender muito bem o que você quis dizer no terceiro parágrafo, poderia esclarecer um pouco isso? :think:
 
Meio difícil algum brasileiro entrar numa faculdade sem saber falar português, a não ser que ele seja mudo. O que você pode estar tentando dizer é que tem gente que entra sem saber lidar direito com a norma culta, o que eu concordo que é uma grande falha na educação. Mas eu não consegui entender muito bem o que você quis dizer no terceiro parágrafo, poderia esclarecer um pouco isso? :think:


É muito fácil imitar a fala. E é mais fácil ocorrer (e eu digo que está ocorrendo agora mesmo) quando o rigor para entrar diminui a cada segundo enquanto a mão de obra especializada em ensinar seca e é excluída do centro de decisões e se torna rara com uma demanda crescente.

Falar é uma atividade de recepção e transmissão. Numa faculdade o parâmatro para merecer ter voz (falar) é daquele que maneja a língua corretamente e não daquele que de qualquer forma a maneja. Por isso os DAs das faculdades estão cheios de pessoas que não fazem pressão na faculdade, porque não conseguem dialogar com os calos certos da instituição. Isso é um sinal ruim porque a deficiência se repete na hora de dialogar com a ciência. O que tem de gente entrando que não gosta de ler é um absurdo.

O sinal mais forte aparece no processo para redigir relatórios descritivos (algo desconhecido de alunos que estão saindo do ensino médio sem ter vocabulário para aplicar) e questões básicas de semântica, coerência, aprendizado de crítica do conhecimento e respeito pela norma do idioma.

Tem papers de alunos e professores saindo da faculdade com problemas sérios de revisão textual que compromentem a compreensão e o resultado das pesquisas. Um dos reflexos é o aparecimento de um excesso de "pesquisas" sugestivas sem contato com a realidade, com falhas estatísticas básicas que sufocam a relevância de trabalhos sérios. A quantidade de vezes que declararam a cura do câncer nas revistas do Brasil é enorme.

Eu quis dizer que uma bravata é uma fachada e uma ameaça de ação sem intenção séria de cumprir. As faculdades estão cheias de intenções reprimidas, vontades desapontadas e plantas morrendo antes mesmo de dar frutos. Ouvir bravatas faz o povo desacreditar de algo sério pensando que nunca poderia acontecer, num tipo de arrogância acreditando que o mundo gira só para elas. Do mesmo jeito que Melkor aproveitou o dia de festa dos elfos para destruir as duas árvores em Aman quando as normas de vigilância estavam amolecidas.

Tão grande é o poder de uma palavra mal usada por um povo que mal sabe usá-la.
 
Neoghoster Akira disse:
Tem papers de alunos e professores saindo da faculdade com problemas sérios de revisão textual que compromentem a compreensão e o resultado das pesquisas. Um dos reflexos é o aparecimento de um excesso de "pesquisas" sugestivas sem contato com a realidade, com falhas estatísticas básicas que sufocam a relevância de trabalhos sérios. A quantidade de vezes que declararam a cura do câncer nas revistas do Brasil é enorme.

Nossa medo! Acho que vou precisar de um revisor gramatical do meu projeto.
 
Os problemas de compreensão nos trabalhos acadêmicos me lembram dessa notícia aqui ( trágico e cômico ao mesmo tempo):

Read 21 Books About The Financial Crisis And They Explained Nothing

Andrew Lo, an economist at MIT, ... describing his experience reading 21 books on the crisis — nine by journalists, 11 by academics and one by a former Treasury Secretary.

http://articles.businessinsider.com...8_1_financial-crisis-books-low-interest-rates

A tradução do título fala que o economista do MIT depois de ler 21 livros notou que eles não explicavam nada do que estava acontecendo. 9 de jornalistas, 11 de acadêmicos e um do ex-secretário do tesouro.
 
Última edição:
A Editora Objetiva e o Instituto Antônio Houaiss divulgaram nesta terça-feira (28) notas oficiais contestando a ação do Ministério Público Federal (MPF) que pediu a retirada de circulação do Dicionário Houaiss, um dos mais tradicionais do país, por causa das definições pejorativas do termo "cigano" que constam na publicação. Nas notas, a editora e o instituto alegam que as definições reclamadas pelo MPF em Uberlândia (MG) estavam presentes apenas nas edições anteriores e não constam mais das novas versões do livro.

Duas das oito definições da palavra citadas na primeira edição se referem ao povo como "aquele que trapaceia, velhaco, burlador" e "apegado a dinheiro, agiota e sorvina". Ainda que as expressões tenham sido mencionadas no livro pelos seus autores como as definições "depreciativas" do termo, o MPF entendeu que a publicação "fez semear a prática da intolerância étnica", e por isso pediu a condenação da Editora Objetiva ao pagamento por dano moral coletivo de R$ 200 mil, além da retirada de circulação do livro.

"A acepção citada é da edição de 2001 do Grande Dicionário Houaiss. O contrato relativo à publicação desta obra venceu em 2009. Hoje, ela está esgotada e fora de circulação. Os três dicionários da família Houaiss publicados pela editora Objetiva a partir de janeiro de 2010 não incluem os termos citados pelo MP", argumenta a direção da Editora Objetiva, na nota oficial.

Responsável pela publicação, o Instituto Antônio Houaiss alega ter informado à Procuradoria da República do Estado de Minas Gerais que a definição seria alterada na nova edição do dicionário, ainda não publicada. O instituto diz ter agido motivado justamente pela provocação do órgão federal. Ainda assim, na nota, a entidade classifica a questão dos sentidos pejorativos ligados a algumas palavras como "inconfortável", e defende que todos os sentidos de uma palavra estejam presentes nos dicionários, desde que seja explicado com clareza que se trata de acepções pejorativas.

"Nenhum dicionário deve ocultar empregos preconceituosos de palavras quando se vê diante deles. Registramos precisamente o que encontramos, tanto dentro do padrão culto da língua como no informal. Os dicionários não inventam palavras nem acepções. Nesse espelho em que nos constituímos refletem-se a realidade da língua e os sentimentos dos seus falantes, ora com sua beleza e simpatia, ora com sua crueldade", argumentam os representantes do instituto, que dizem seguir o comportamento de dicionários modernos em todo mundo.

Entendimento

O entendimento do procurador da República em Uberlândia, Cléber Eustáquio Neves, no entanto, foi diferente. Para ele, o caso se caracteriza como crime de racismo. "Ninguém duvida da veracidade do que encontra em um dicionário, pelo contrário. Aquele sentido extremamente pejorativo será internalizado, levando à formação de uma postura interna pré-concebida em relação a uma etnia que deveria, por força de lei, ser respeitada", escreveu o procurador na ação, que ainda será submetida à análise da Justiça Federal em Minas Gerais.

Fonte >> http://www.gazetadopovo.com.br/vida...ituto-contestam-acao-do-MPF-contra-dicionario
 
Pelo visto ainda corre-se o risco de cederem a pressão do procurador sem luta, surprimindo e intervindo externamente no livro. E como batalhas jurídicas custam dinheiro, bem, só resta torcer e apoiar a editora.

A lei, a ciência e o bom-senso estão do lado do 'Houaiss'

A perplexidade dos dicionaristas – os especialistas que constróem essas obras monumentais – é semelhante. "Os dicionários registram as acepções das palavras, pareçam elas positivas ou negativas, pois esses são os valores que os falantes da língua atribuem a elas. E esses significados precisam estar documentados nos dicionários: esta é a função deles", diz a dicionarista Maria Helena de Moura Neves, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

A decisão abre precedente. Se surgirem mais reclamações, é possível que mais acepções sejam retiradas do dicionário? Sim, confirma Lermer. "Se entendermos que eles já não encontram correspondência com a realidade, serão retirados." Estão, portanto, em risco as definições que informam, por exemplo, que o adjetivo judeu, em sua acepção insultuosa, designa a "pessoa usurária, avarenta", ou que baiano, em situação idêntica, é o "tolo, fanfarrão". São todos usos ofensivos, preconceitusos, não há dúvida. Mas tirá-los das páginas dos dicionários seria um desserviço: melhor deixá-los ali, prestando o precioso serviço de ensinar àqueles que recorrem ao livro que o mundo não é, como lembra Maria Helena de Moura Neves, cor de rosa.

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/a-lei-a-ciencia-e-o-bom-senso-estao-do-lado-do-houaiss
 
Última edição:
O entendimento do procurador da República em Uberlândia, Cléber Eustáquio Neves, no entanto, foi diferente. Para ele, o caso se caracteriza como crime de racismo. "Ninguém duvida da veracidade do que encontra em um dicionário, pelo contrário. Aquele sentido extremamente pejorativo será internalizado, levando à formação de uma postura interna pré-concebida em relação a uma etnia que deveria, por força de lei, ser respeitada", escreveu o procurador na ação, que ainda será submetida à análise da Justiça Federal em Minas Gerais.

Fonte >> http://www.gazetadopovo.com.br/vida...ituto-contestam-acao-do-MPF-contra-dicionario
Tem gente que chega a me dar raiva de tão estúpida. :doh:
 
Olha as justificativas do procurador:

"Cléber Eustáquio Neves" disse:
O procurador da República afirma que "o direito à liberdade de expressão não pode albergar posturas preconceituosas e discriminatórias, sobretudo quando caracterizada como infração penal". Segundo ele, a significação atribuída pelo Houaiss violaria o artigo 20 da Lei 7.716/89, que tipifica o crime de racismo. O procurador lembra que o próprio STF já se pronunciou sobre o assunto, ao julgar o Caso Ellwanger. Naquela oportunidade, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a propagação de ideias discriminatórias contra um povo, em um livro, constitui crime de racismo, não sendo apenas mera expressão de liberdade intelectual.
"O preconceito tende a desconsiderar a individualidade, atribuindo, a priori, características, em geral grosseiras, aos membros de determinado grupo. Portanto, o que o Dicionário Houaiss faz é um juízo antecipado, de índole extremamente negativa, acerca da nação cigana, igualando todos os seus membros", lembra Cléber Neves.
Para ele, o fato de as afirmações serem feitas por uma publicação, que, por sua própria natureza, encerra um sentido de verdade, agrava ainda mais a situação. "Ora, trata-se de um dicionário. As pessoas consultam-no para saber o significado de uma palavra. Ninguém duvida da veracidade do que ali encontra. Sequer questiona. Pelo contrário. Aquele sentido, extremamente pejorativo, será internalizado, levando à formação de uma postura interna pré-concebida em relação a uma etnia que deveria, por força de lei, ser respeitada".
Segundo Cléber Neves, "ao invés de disseminar preconceitos, os dicionários, como instrumentos reveladores do conhecimento, deveriam fornecer informações que pudessem justamente acabar com esses preconceitos".

JusBrasil

Ele realmentre acredita que dicionário tem a função de formar opinião! 8-O:doh:

Será que antes de xingar alguém ele consulta um dicionário?

Agora torcer para o juiz não ter o mesmo entendimento.
 
Eu fiquei com uma dúvida. Quer dizer que eu não posso escrever um livro que tenha uma personagem racista, por exemplo, pq racismo é crime? Que coisa mais imbecil.
 
Última edição:
Eu fiquei com uma dúvida. Quer dizer que eu não posso escrever um livro que tenha uma personagem racista, por exemplo, pq racismo é crime? Que coisa mais imbecil.
Se ele for o herói, e se der bem, e não mudar de opinião no correr da história... talvez você tenha alguns problemas.
 
Eu fiquei sem opinião formada. Talvez me ajudem.

Eu também estou de saco cheio com essa história de politicamente correto.
E assim como a Ana postou, odeio profundamente quando pessoas que não tem conhecimento técnico exigem modificações e alterações no ramo dos outros (no caso de politico, eles tem até poder pra isso).


Mas eu fico imaginando também se não fica algo arbitrário. Existem DIVERSOS termos preconceituosos que acredito eu que a maioria aqui, senão todos, bateriam forte se estivessem no dicionário.
Eu não uso o Houaiss, então não sei se esses tem. Mas como seria se em "Judeu" aparecesse uma descrição "Sovina, mão-de-vaca, etc", ou "Português" como "alguém desprovido de inteligência", e nem vou falar de "macaco".
Também são todos termos preconceituosos mas que são utilizados. Mesmo combatidos e repugnados, infelizmente alguns ainda são utilizados. E não só no Brasil, alguns são termos até mundiais.

Eu sou um cara meio objetivo nos meus pensamentos.
E aí eu fico perdido nesses casos em onde traçar a linha. Onde dizer que a partir daqui não pode.
Na minha cabeça fica parecendo arbitrário.
 
de acordo com o sérgio rodrigues isso não é de agora:

A ação partiu de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A última do gênero a ter repercussão semelhante – e que felizmente não deu em nada, como esta também não deve dar – originou-se há cerca de dez anos em Campinas (SP), iniciada por cidadãos de origem judaica contra o mesmo dicionário, que no verbete judeu registra a acepção pejorativa de “pessoa usurária, avarenta”.

de qualquer forma, como pessoa "meio objetiva" a coisa tem que ser traçada assim: o trabalho de um dicionarista é de registro, pura e simplesmente, sem juízo de valor. ele não inventa tendências, ele não é um romancista. ele aponta os significados que um grupo de falantes da língua atribui para determinada palavra. para dar um exemplo da babaquice que é acusar um dicionário de racismo, vamos transportar para o campo da gramática. sujeito que fala "me dá isso aí!" pode se sentir vítima de preconceito por não ser considerado como falante da norma culta. e aí. vão mexer nas gramáticas também? enfim, ridículo. não é pelos dicionários que se acaba com esse tipo de preconceito.
 
Concordo.
E é aí que a minha cabeça explode.

Pois o MPF está sendo criticado nessa situação em relação ao dicionarista que acrescentou a descrição.
Mas em muitas outras situações tenho certeza que seria o inverso.

E aí eu fico perdido em como tornar essas reclamações como coerentes.
 
Uma explicação para que o dicionário seja assim é que a palavra passa por critérios antes de ser adotada para que não ocorram arbitrariedades.

Um deles trata do relato de observação da presença da palavra em domínio público, conhecida por uma porcentagem grande e comum da população nacional durante um período histórico do país, o que exclui, por exemplo, colocar uma fórmula de agente químico patenteada, arma biológica perigosa, etc. O impacto de um significado corrente e comum é pequeno e difícil de sair do controle.

Outro critério inclui desconectar a palavra de vários contextos ideológicos ou politizantes ao listar por ordem alfabética sem favorecer politicamente a presença em locais privilegiados do livro e favorecendo o método racional de busca de palavras.

O dicionário possui também um sistema de sinalizações e indicações que devem informar sobre adequação e inadequação do discurso. Depois de pesar tudo um dicionário é uma arma social tão letal quanto qualquer tijolo ou pedra de calçada. Em um texto sobre Freud eu li que as vezes um lápis é só um lápis (e não um objeto com significado sexual em 100% do tempo), assim como as palavras são pedras que formam a língua as vezes uma pedra é uma pedra e não uma arma.
 
Última edição:
E enquanto querem retirar dicionários de circulação existe material oficial dizendo que a norma culta é "instrumento de dominação das elites" e que as crianças devem ser estimuladas a escreverem como quiserem e outros blá blá blás de quem infelizmente acha que ainda vivemos em 64. Não adianta, cada vez mais o Brasil está a cara do Paraguai.

Isso é bem complexo.

Em todas as línguas, sempre existirá uma norma culta, de prestígio, a ser usada de forma aproximada em meios mais formais. Mas, ao mesmo tempo, não se pode jogar as variantes dialetais na fogueira e querer que todo mundo fale rebuscado no dia-a-dia. O povo é dono da língua, e não o contrário, e é difícil repassar isto a uma criança com todos os seus senões.

Quanto à intenção do MPF de retirar o dicionário de circulação, é mais uma das inúmeras babaquices cometida por este conceito, difuso na cabeça de alguns, de politicamente correto, elevado à categoria de revisionismo da história cultural. Acham mesmo que o racismo pode ser combatido botando na cadeia quem fizer piadas do gênero, proibindo caçadas de Pedrinho e retirando referências pejorativas dos dicionários?

Por mim, pelo contrário. A censura desta herança cultural retira uma parte importante do quebra-cabeça, um pedaço fundamental para compreendermos e acomodarmos o conflito da melhor maneira possível. As tensões ficam sempre veladas, e por isso eternamente existentes.

É deprimente.
 
Isso é bem complexo.

Em todas as línguas, sempre existirá uma norma culta, de prestígio, a ser usada de forma aproximada em meios mais formais. Mas, ao mesmo tempo, não se pode jogar as variantes dialetais na fogueira e querer que todo mundo fale rebuscado no dia-a-dia. O povo é dono da língua, e não o contrário, e é difícil repassar isto a uma criança com todos os seus senões.

Eu não disse falar, eu disse escrever mesmo. Havia textos de "otoridades" dizendo que saber falar escrever corretamente era "instrumento de dominação das elites". Mas vão se foder, não é? digam o que quiserem, jamais vou achar normal se alguém vier com um "a gente fomos". Isso se chama nivelar por baixo.
 
Última edição:
É, se alguém escrever um texto com ideias coesas, mas com gramática ruim de acordo com o padrão, tenderá a sofrer preconceito, no literal sentido da palavra. Haverá quem não lerá o texto até o final e já chegará à conclusão de que aquela pessoa não teve uma devida educação formal e, portanto, não tem crédito para falar de nada.

Mas vá explicar com todos os detalhes as questões de contexto para uma criança. "Você pode falar desse jeito em casa com os amiguinhos, mas você tem que escrever certo na redação, e, quando você for gente grande e for para a entrevista de emprego...". Eu até entendo que as professoras digam, ignorantemente, que é "certo" e "errado", sem muito refino, do mesmo jeito que os pais tendem a fazer com coisas que na verdade são multifacetadas, como seguir a lei e mesmo mentir.

O problema são os próprios professores acreditarem na ideia com todo o afinco do mundo.
 

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