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Morre o maior artilheiro da Libertadores

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04/novembro/2006
A Libertadores perde seu artilheiro

No enorme desdém que o brasileiro nutre pelo futebol dos vizinhos sul-americanos, a morte de um ex-jogador como Alberto Spencer pode passar despercebida. No máximo, receber um parágrafo de pé de página ou na seção de notas descobertas (em que não há imagem) em um noticiário de televisão. Mas o ex-atacante equatoriano, falecido nesta sexta por insuficiência cardíaca após mais de um mês internado, merece todas as honras como um dos grandes jogadores da história do futebol da América do Sul.
Pode-se dizer que Spencer marcou época. O jogador – cujo pai era jamaicano – surgiu no extinto Everest de Guaiaquil, mas defendia o Barcelona em partidas extra-oficiais. Foi o que ocorreu no torneio amistoso organizado para a inauguração do estádio Modelo. Além de Barcelona, foram convidados Emelec, Peñarol/URU e Huracán/ARG. O atacante marcou o primeiro gol da história do estádio, na partida contra o Peñarol. Os uruguaios se impressionaram com a habilidade e o oportunismo do jogador e logo o contrataram.
Pelos ‘carboneros’, Spencer se tornou um dos principais atacantes da América do Sul na década de 1960. Ambidestro e dono de cabeçada certeira, foi um dos símbolos do Peñarol que conquistou três títulos e dois vices da Copa Libertadores entre 1960 e 1966. Seus gols se sucediam e logo o equatoriano ganhou status de um dos atacantes mais temidos do continente. Isso em uma época em que jogavam Pelé, Garrincha, Sanfilippo e Artime.
O tamanho de seu futebol era muito grande para o Equador, que, na época, tinha uma seleção que não passava de mais um saco de pancadas na América do Sul. Ciente disso, a federação uruguaia nunca escondeu que queria contar com o jogador na seleção celeste. O máximo que conseguiram foi ver Spencer defender o Uruguai em alguns amistosos, incluindo em uma excursão à Europa.
Em uma das partidas no tour europeu, os charrúas perderam por 2 a 1 para a Inglaterra em Wembley. O atacante do Peñarol fez o único gol uruguaio da partida e chamou a atenção dos ingleses. Como o pai jamaicano de Spencer tinha origem inglesa, a FA cogitou a possibilidade de naturalizá-lo com vistas à Copa de 1966, mas o atacante descartou qualquer possibilidade de defender uma seleção que não fosse a equatoriana em jogos oficiais. O fato de nunca ter jogado uma Copa do Mundo diminuiu sua projeção no cenário internacional.
Spencer deixou o Peñarol em 1972. Nos 12 anos em que ficou em Montevidéu, os ‘manyas’ conquistaram suas maiores glórias, com oito títulos uruguaios, três da Libertadores e dois mundiais. O atacante fez mais uma temporada no Barcelona antes de encerrar a carreira.
Seus feitos evidenciam a importância de Spencer em sua época. Até hoje, o atacante é considerado o maior jogador da história do Equador, que já deixou de ser uma nação futebolisticamente insignificante. Além disso, ele tem a impressionante marca de 54 gols marcados em Libertadores, marca que dificilmente será igualada um dia (o vice-líder na artilharia histórica da competição é o uruguaio Fernando Morena, com ‘apenas’ 37). Outro número importante é o de seis gols marcados em Mundiais Interclubes. Apenas um jogador tem índice melhor: Pelé, com sete.
Depois de deixar o futebol, Spencer voltou ao Uruguai. Em 1983, foi nomeado cônsul honorário do Equador em Montevidéu e, 21 anos depois, foi promovido a cônsul geral do Equador no Uruguai. Em 14 de setembro de 2006, durante um check-up de rotina, o ex-atacante sofreu um ataque cardíaco. Foi internado imediatamente e estava em tratamento desde então. Chegou a ser transferido para uma clínica em Cleveland, mas não resistiu e morreu em 3 de novembro.
Sua morte é um choque para os dois países em que teve como pátria. De Cleveland, seu corpo irá a Guaiaquil, onde será velado a pedido do governo equatoriano. No dia seguinte, Spencer irá a Montevidéu, onde será velado novamente e enterrado. Várias homenagens são esperadas. Já se fala na mudança de nome do estádio Modelo de Guaiaquil para Alberto Spencer.

http://www.trivela.com/default.asp?pag=ExibirMateria&codMateria=1973&coluna=43
 
Última edição:
O cara conseguiu ser o maior artilheiro numa época que os times disputavam nem a metade dos jogos que se joga hoje, apesar que o Peñarol na época dele era muito forte e por ser do Uruguai sempre disputava o torneio seguidamente todo ano.

Mesmo assim não deixa de ser um feito e tanto
 

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