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Morre o escritor Rubem Fonseca, aos 94 anos

Loveless

J'ai une âme solitaire
Popular cronista mineiro usou sua experiência como policial em histórias que fizeram da ficção criminal brasileira coisa de gente grande

Rubem Fonseca, um dos mais aclamados escritores do Brasil, morreu nesta quarta-feira, 15. Ele sofreu um infarto em seu apartamento, no Leblon. Foi levado ao hospital, mas não resistiu. Fonseca completaria 95 anos no próximo mês.

Autor de livros como Feliz Ano Novo (1975) e Agosto (1990), o cronista de Juiz de Fora, Minas Gerais, deixou uma ampla obra que retratou o melhor e o pior do país – um estilo cru e telegráfico que chegou a ser apelidado de “realismo feroz”. Formado em direito, trabalhou como policial nos anos 1950 e passou a se aventurar na literatura na década seguinte, acompanhando uma renovação da literatura nacional, aliado à sua experiência com o cotidiano das ruas e do crime.

Seus primeiros escritos são contos sociais, produção marcada por Os Prisioneiros (1963) e A Coleira do Cão (1965). O primeiro romance veio em 1973, O Caso Morel, e o segundo, A Grande Arte (1983), lhe rendeu o prêmio Jabuti. Além da produção literária, Fonseca também assinou roteiros adaptados de suas obras. Pelo filme Stelinha (1990), recebeu o Kikito de Ouro no Festival de Gramado. As histórias de seu personagem mais conhecido, o detetive Mandrake, foram transformadas em série pela HBO, exibida entre 2005 e 2007.

 
O Caso Morel é o meu preferido dele. Pra mim ele sem dúvida é um dos maiores nomes da ficção criminal brasileira.
 
Agosto me marcou bastante. Um romance-noir prazeroso e extremamente bem escrito.

Infelizmente o Rubem parece ser bem subestimado. Alguns meses atrás, fuçando no fórum, deparei-me com o seguinte tópico:


Para pensar sobre os caminhos que a literatura brasileira está tomando.
 
Grande Rubão! Eu cheguei a ler dois romances (Agosto e Bufo & Spallanzani) e um livro de contos (Secreções, excreções e desatinos). Acho que gostei de tudo (mais do Bufo ainda). É pouco, se comparado ao tanto que ele já escreveu, mas já é mais do que muito escritor por aí, como o próprio Sérgio Sant'Anna, do qual não li nada. Rubem Fonseca era dos bons.

Não sei bem como começou, mas havia até uma lenda, bem disseminada até hoje, de que ele tinha sido delegado de polícia. A lenda, ao que parece, era para agregar valor à sua obra policial, como se ele tivesse um know-how mais robusto do que o mero escriturário ou burocrata. Esta matéria aqui dá uma ideia da coisa.
 

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