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Massacre no Rio de Janeiro

Anica

Usuário
Como o pessoal está comentando ali no chat achei que seria interessante trazer a discussão aqui para o fórum. Para quem caiu de pára-quedas, gráfico no G1 explicando como foi a tragédia: http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/como-foi-tragedia-em-realengo.html

***

Sobre o ocorrido, óbvio que é algo que choca. Mas fiquei ainda mais chocada com a cobertura que a tv está dando para o caso. Eu sei que se passa na tv é pq tem loque que assiste, mas wtf, ficar filmando a mãe contar pelo telefone para o marido que a filha deles estava entre as vítimas?

Sério, o jornalismo brasileiro precisa passar por uma revisão urgente. Ainda mais com essa coisa de sair espalhando informação antes de checar, como que ele tinha aids ou as especulações sobre a religião dele.
 
Ouvi dizer que a Folha chegou até mesmo a publicar fotos das meninas que morreram...

A carnificina da mídia em cima desse caso, infelizmente, tem grande chance de ser tão grande e tão terrífica quanto a tragédia ocorrida =/
 
Não só a Folha como o G1.

Fiquei com tanto nojo da cobertura feita pela internet que nem me prestei a ver o que estão passando na TV. Repetição incessante de informação, falta de tato, erros grotescos de apuração e gramática.... Como um texto que estava lendo pra aula (olha só, era justamente Crítica da Mídia), o jornalismo hoje faz é entretenimento. Nesse caso, entretenimento mórbido.

Não cheguei a ver realmente como a Globonews estava fazendo a cobertura ontem, mas uma professora da Unisinos estava twittando e os psicólogos entrevistados pelo canal praticamente colocavam a culpa pelo comportamento do cara na internet. WAT?

Não é só sensacionalismo puro e exploração da tragédia alheia, mas total desinformação que só causa emburrecimento.
 
Um dos maiores problemas na minha opinião é que ainda não se adaptaram ao jornalismo online. Pelo menos não de forma a entregar um bom material para o público. É um corre-corre para ser o primeiro, aí escrevem nas coxas, cheio de erros ou ainda, com informações erradas (como no caso do HIV do assassino).

Dia desses li em um jornal do Paraná uma notícia falando de uma nova gerência de um hotel aqui de Curitiba, o sobrenome do cara era Franco. A matéria foi publicada com "Frango" no lugar. Isso para não falar de frases completamente incoerentes, títulos agramaticais e coisas do gênero. Como a edição de um título/palavra/sentença é muito mais simples no jornalismo online do que no impresso, essas coisas vão passando batido.

Voltando ao caso, uma coisa que li em um blog e que chamou minha atenção também. Precisa anunciar que são "imagens exclusivas"? Uma tragédia é realmente a hora certa de vender o peixe?
 
Certa não é; mas é a mais oportuna. Ainda tem muita coisa pra ser mostrada como exclusiva... Em toda notícia desse caso no G1 eles colocam a pergunta linkada: (Presenciou o caso? Envie fotos e vídeos ao VC no G1).

Tem o apartamento dele, tem a possibilidade da polícia conseguir restituir o HD do computador dele, tem teorias de que ele tinha ligação com o terrorismo, tem a vida do rapaz que pode ter algum fato dado como curioso; e sem contar as famílias das vítimas, que vão ter que ficar aguentando repórteres de todos os lados perguntando coisas indecentemente e de forma "condolente"... Não bastasse o fato de seu filho ser morto por um psicopata, você ainda tem que aguentar gente querendo se aproveitar da sua situação por mera curiosidade!
 
Verdade tudo isso aí que vcs estão comentando. Uma das coisas que mais me incomodam nessas coberturas são os "especialistas" que aparecem nos telejornais. Na maioria das vezes uns babacas que vomitam senso comum, que estão lá somente para divulgar seus livros. E junto com os jornalistas falam babaquices do tipo "ele era filho adotivo, uma pessoa estranha", "sujeito estranho sem amigos e namoradas", "o cara era fanático religioso, era muçulmano". Mulçumano como, kct, se na carta que o cara escreveu ele fala em Jesus??

Pior que isso, são as fotos divulgadas. O JN divulgou a foto do cara morto, sem falar nas imagens das crianças chorando, ensanguentadas e desorientadas. Vi alguém no Twitter comentando que na Folha Online havia banners de promoção do dvd "Tiros em Columbine". Uma falta de cuidado terrível. Agora, ódio mesmo me dá qdo a coisa repercurte internacionalmente. Vejo a cara dos jornalistas da TV e eles parecem felizes com isso: "Êeeeeeeba, tão falando do Brasil lá fora! Vejam nossas crianças ensanguentadas! Tbm fazemos tragédias na escola! Êeeeeeeeeeeeee!"

Quanto à tragédia em si, foi realmente chocante. Entrevistaram um irmão do cara e ele mencionou que o irmão começou a fazer um tratamento psiquiátrico, mas interrompeu. Havia um histórico de problemas mentais na família biológica do cara e isso explica um pouco as coisas. As doenças mentais ainda são vistas com muito preconceito e qdo não se recebe o tratamento adequado pode haver sérias consequências.

Fico imaginando quantos sinais esse cara deu de que não batia bem e ninguém ajudou, só rotulou como esquisito.
 
Anica disse:
Sério, o jornalismo brasileiro precisa passar por uma revisão urgente. Ainda mais com essa coisa de sair espalhando informação antes de checar, como que ele tinha aids ou as especulações sobre a religião dele.

:sim::sim::sim:
Horrível essa falta de informação, assisti ao Jornal Hoje e ainda não tinha desmentido essa informação que ele tinha HIV, só falaram de volta isso ¬¬
Isso deixa o jornal em descrédito com o público, como podemos confiar nas informações?


.Izze. disse:
Não só a Folha como o G1.

Fiquei com tanto nojo da cobertura feita pela internet que nem me prestei a ver o que estão passando na TV. Repetição incessante de informação, falta de tato, erros grotescos de apuração e gramática.... Como um texto que estava lendo pra aula (olha só, era justamente Crítica da Mídia), o jornalismo hoje faz é entretenimento. Nesse caso, entretenimento mórbido.

Não cheguei a ver realmente como a Globonews estava fazendo a cobertura ontem, mas uma professora da Unisinos estava twittando e os psicólogos entrevistados pelo canal praticamente colocavam a culpa pelo comportamento do cara na internet. WAT?

Não é só sensacionalismo puro e exploração da tragédia alheia, mas total desinformação que só causa emburrecimento.

Eu vi a coberta da Globo ontem no Bem Estar, uma moça teve que pedir licença para a repórter pq sua...(devia ser parente ou amiga) uma senhorinha q estava passando mal e precisava ser medicada.
E a repórter querendo informações da senhorinha.

Mas, até no ar os entrevistadores estavam se embolando com as informações. Falaram que eram 10 crianças mortas, depois alertavam que não sabia se havia adultos entre os 10 mortos.

Realmente, as informações tem que ser melhores analisadas para por na rede nacional de comunicação. Porque se não a notícia vira fofoca!
Sabe aquele jogo do telefone sem fio, qdo uma pessoa fala uma frase e vai passando nos ouvidos das outras pessoas, no final, muitas vezes, a frase é deturpada.
 
O que mais me indignou nas coberturas que vi, além do que vocês falaram, foi como - pelo menos na televisão - eles insistiam em abordar as crianças. Todas elas em pânico, chorando, traumatizadas, e os repórteres enfiando o microfone na cara delas para extrair um depoimento...
 
Leiam isso:
http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/o-bobo-da-sala-se-tornou-um-criminoso-diz-ex-colega-de-atirador.html

Agora eu pergunto: qual a linha que separa essa ação dessa ação?
 
Ontem de madrugada (Jornal da Globo), um especialista (psiquiatra com cara de Einstein) definiu o caso como "um esquizofrênico agindo em pleno surto".

Disse ainda que, nesse quadro, a pessoa planeja e raciocina normalmente, mas não consegue discernir a realidade, o certo do errado (não matar, por exemplo). Vive na sua fantasia. Diante da carta, ficou clara a crença dos seus "dois mundos": o puro e o impuro, assim como ele os definia. E resolveu "extinguir" algo dentro da sua loucura.

Entende-se que: o cara podia viver em júpiter, saturno ou plutão. Podia matar do mesmo jeito em qualquer lugar. Não existia medo de punição, tanto q cometeu suicídio. A diferença é que (talvez em um desses planetas) ele permanecesse confinado em tratamento (lugar de doido perigoso não é na rua) ou pudesse ter amparo médico melhor e/ou uma realidade menos drástica. Mas nada disso garante.

Um caso para pensarmos em quantos doidos estão soltos por aí à beira de um surto.

Leitura da semana:

21432534_4.jpg
 
Muito triste isso, tenho pena dos familiares.


Maura Corrêa disse:
o cara era fanático religioso, era muçulmano". Mulçumano como, kct, se na carta que o cara escreveu ele fala em Jesus??

Olá Maura.
Os maometanos consideram Jesus como um mensageiro de Deus e assim como os cristãos esperam pela sua segunda vinda. Maomé cita o Nazereno varias vezes nas escrituras.
 
Mavericco disse:
Leiam isso:
http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/o-bobo-da-sala-se-tornou-um-criminoso-diz-ex-colega-de-atirador.html

Agora eu pergunto: qual a linha que separa essa ação dessa ação?


Não sei se isso está confirmado, mas no caso do massacre, o cara "zoado" tinha um transtorno mental, não? Além de que, segundo os depoimentos de familiares e conhecidos, ele não tinha ninguém com que desabafar (tem esse tal amigo que o ex-colega comentou, mas vai saber que tipo de "apoio" esse cara dava). O zangief kid tinha uma irmã lhe dando apoio e dizendo pra ele que não era pra ligar pra essas coisas (mas claro, uma hora tu diz um basta e explode).

Agora como vai ser um tipo de explosão dessas de um cara mentalmente transtornado? Ele não vai dar uns tapas em quem o zoava. Ele vai querer matar todo mundo e vai se matar depois.
 
Feynman disse:
Muito triste isso, tenho pena dos familiares.


Maura Corrêa disse:
o cara era fanático religioso, era muçulmano". Mulçumano como, kct, se na carta que o cara escreveu ele fala em Jesus??

Olá Maura.
Os maometanos consideram Jesus como um mensageiro de Deus e assim como os cristãos esperam pela sua segunda vinda. Maomé cita o Nazereno varias vezes nas escrituras.

Sim, sim. Sei disso. Mas mulçumanos consideram Jesus como profeta. Já os cristãos como Deus. São coisas diferentes. Mas o que queria chamar a atenção é da associação que é sempre feita entre fanatismo/islamismo. Pela carta doida que o cara deixou sua orientação religiosa era cristã e não islâmica. ;)
 
Mavericco disse:
Leiam isso:
http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/o-bobo-da-sala-se-tornou-um-criminoso-diz-ex-colega-de-atirador.html

Agora eu pergunto: qual a linha que separa essa ação dessa ação?

O australiano vinha guardando seus sentimentos e, de repente, explodiu em frente a seu agressor. O do RJ, parece que foi guardando a anos e se vingou no ambiente que sofreu bullying, mas não contra os seus verdadeiros agressores. O que não faz sentido. Não que se vinga-se matando seus verdadeiros desafetos fosse correto. Enfim, acho que a diferença é que um tem transtorno psicológico e outro não. Ainda mais que guardar esses sentimentos inferiores de traumas escolares por tanto tempo assim, é bem doentio.

Concordo com a Izze :sim:

A indicação do livro pela Themis é boa! Minha mãe leu e disse que esses seres humanos com transtornos mentais quase passam desapercebidos.
Tomará que esse fato faça despertar uma atenção melhor para os estudos e cuidados com essas pessoas.

Porque com a facilidade de conseguir armas hoje em dia, está muito perigoso sem uma fiscalização mais séria Qualquer pessoa pode ter acesso e cair na mão de um doido desses...
Esse mês em SC pegaram duas armas com alunos nas escolas em Floripa.
 
Maura Corrêa disse:
Sim, sim. Sei disso. Mas mulçumanos consideram Jesus como profeta. Já os cristãos como Deus. São coisas diferentes. Mas o que queria chamar a atenção é da associação que é sempre feita entre fanatismo/islamismo. Pela carta doida que o cara deixou sua orientação religiosa era cristã e não islâmica. ;)

É difícil encontrar lógica em uma mente perturbada, porém pelo pouco que eu acompanhei, entendi que o sujeito de um tempo pra cá simpatizava com princípios islâmicos. O que pode (nunca se terá certeza) ter potencializado a vontade homicida dentro dele.
 
Themis disse:
Leitura da semana:

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ñ recomendo esse livro pra quem quiser saber + do assunto. mto superficial e repetitivo. parece q a autora fez uma colagem d tudo oq encontrou na internet sobre o assunto. ela cita 1 ou 2 estudos + relevantes, o resto é baseado mto no achismo óbvio, bem do tipo "o psicopata é um monstro, nunca será um ser humano, pois é diferente de nós" e "qualquer 1 pode ser 1 psicopata sem q vc saiba, o seu vizinho, o seu pai, até vc".
 
Feynman disse:
Maura Corrêa disse:
Sim, sim. Sei disso. Mas mulçumanos consideram Jesus como profeta. Já os cristãos como Deus. São coisas diferentes. Mas o que queria chamar a atenção é da associação que é sempre feita entre fanatismo/islamismo. Pela carta doida que o cara deixou sua orientação religiosa era cristã e não islâmica. ;)

É difícil encontrar lógica em uma mente perturbada, porém pelo pouco que eu acompanhei, entendi que o sujeito de um tempo pra cá simpatizava com princípios islâmicos. O que pode (nunca se terá certeza) ter potencializado a vontade homicida dentro dele.


A origem do boato "islâmico" veio de um comentário de um parente que diz que - nos últimos tempos - ele andava pesquisando assuntos relacionados a atentados e etc. Mas como se vê, sua carta não tem nada sobre o assunto.

Melhor esperar uma ou duas semanas pra analisar, depois que o assunto estiver frio e notícias "fidedignas" e "frias" já tiverem sido divulgadas. Estas coisas no calor do momento não servem pra tirar conclusão nenhuma. Tem um monte de gente falando um monte de coisa... mas é o horror do momento. São gritos. Gritos e palpites. E gente aproveitando o barulho pra falar mal de direitos humanos, xingar o governo, botar a culpa no vizinho, na Internet, na falta (ou no excesso) de religião...
 
Feynman disse:
Maura Corrêa disse:
Sim, sim. Sei disso. Mas mulçumanos consideram Jesus como profeta. Já os cristãos como Deus. São coisas diferentes. Mas o que queria chamar a atenção é da associação que é sempre feita entre fanatismo/islamismo. Pela carta doida que o cara deixou sua orientação religiosa era cristã e não islâmica. ;)

É difícil encontrar lógica em uma mente perturbada, porém pelo pouco que eu acompanhei, entendi que o sujeito de um tempo pra cá simpatizava com princípios islâmicos. O que pode (nunca se terá certeza) ter potencializado a vontade homicida dentro dele.


A origem do boato "islâmico" veio de um comentário de um parente que diz que - nos últimos tempos - ele andava pesquisando assuntos relacionados a atentados e etc. Mas como se vê, sua carta não tem nada sobre o assunto.

Melhor esperar uma ou duas semanas pra analisar, depois que o assunto estiver frio e notícias "fidedignas" e "frias" já tiverem sido divulgadas. Estas coisas no calor do momento não servem pra tirar conclusão nenhuma. Tem um monte de gente falando um monte de coisa... mas é o horror do momento. São gritos. Gritos e palpites. E gente aproveitando o barulho pra falar mal de direitos humanos, xingar o governo, botar a culpa no vizinho, na Internet, na falta (ou no excesso) de religião...
 
JLM disse:
ñ recomendo esse livro pra quem quiser saber + do assunto. mto superficial e repetitivo. parece q a autora fez uma colagem d tudo oq encontrou na internet sobre o assunto. ela cita 1 ou 2 estudos + relevantes, o resto é baseado mto no achismo óbvio, bem do tipo "o psicopata é um monstro, nunca será um ser humano, pois é diferente de nós" e "qualquer 1 pode ser 1 psicopata sem q vc saiba, o seu vizinho, o seu pai, até vc".

Aí q mora a recomendação. A bicha é boa para o que propõe: fala a língua do povo.
Geralmente ninguém conhece o assunto. Depois passa a ter noção.
 
Eu acho que ela queria mais era ganhar uma grana fácil, fácil, em cima dos trouxas.
 

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