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Linguistas identificam palavras ‘conservadas’ há mais de 15 mil anos

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
[h=2]Língua surgida na Eurásia deu origem a mais de 700 idiomas atuais[/h]

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“Você, me ouça! Dê o fogo a seu pai. Tire a lagarta da casca e passe-a para sua mãe. E não cuspa nas cinzas!”.

Este é um pequeno e estranho discurso. Mas, se você o dissesse 15 mil anos atrás para caçadores-coletores asiáticos, e com as mesmas palavras, há uma chance de que eles entendessem pelo menos uma parte do que você está dizendo.

Isso porque todos os substantivos, verbos, adjetivos e advérbios dessas quatro frases são palavras praticamente inalteradas de um idioma extinto no fim da Idade do Gelo. Estas poucas palavras significam a mesma coisa, e soam de forma praticamente idêntica, desde aquela época.

Há uma visão tradicional, segundo a qual as palavras não sobrevivem mais de 8 mil ou 9 mil anos. A evolução e a adoção de palavras de outros idiomas eventualmente extinguiriam palavras antigas, assim como os dinossauros da Era Jurássica.

Um novo estudo, no entanto, afirma que isso não seria verdade. Uma equipe de pesquisadores listou dezenas de palavras “ultraconservadas”, cujo sentido e sonoridade é o mesmo há 150 séculos. Entre elas “mãe”, “não”, “que” e “homem”. Há, também, algumas surpresas nesta compilação, como “cinzas” e “lagarta”.

Estas palavras tão antigas sugerem a existência de uma linguagem “proto-eurasiática”, uma ancestral comum de cerca de 700 idiomas atuais, falados por mais de metade da população mundial.

- Nunca ouvimos este idioma e ele não está escrito em lugar algum - afirmou Mark Pagel, líder do estudo, publicado esta segunda-feira pela revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” e teórico da evolução da Universidade de Reading, da Inglaterra. - Mas esta língua ancestral foi dita e ouvida. Pessoas sentadas ao redor de fogueiras se comunicavam por ela.

No entanto, a ideia de um som carregando um significado específico por mais de 15 mil anos ainda é controversa para muitos linguistas.

- A visão geral é pessimista - ressaltou William Croft, professor de Linguística da Universidade do Novo México, que estuda a evolução da linguagem e não integra a equipe responsável pelo estudo. - Hoje a ciência pensa que há poucas evidências para até mesmo propor a existência de uma família como a eurasiática.

Croft, porém, acredita que a nova pesquisa mostra como é plausível que uma linguagem ancestral tenha preservado alguns sons que, ainda hoje, preservam seu significado.

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