Finalmente o Cap 10, vou passar para o papael o cap 11, mas enquanto este não vem:
Título: Um Antigo e Mais novo Inimigo da Terra Média
Gênero: Fantasia Medieval
Autor: Lyvio (Lyvio)
Cap. 10: Laracna Dobrada
A madrugada se estendia e cada vez mais se aproximava de seu fim, Saruman, Ben, Davicar e os soldados assistiam o combate à distância, atentamente.
- Senhor, a Laracna parece muito mais poderosa do que ouvi falar, vai ser uma luta dura para lorde Bocalimar, - disse Davicar.
- Ele não vencerá, - falou Saruman com um sorriso nos lábios.
- Mas senhor, se ele não vencerá então por que deixá-lo morrer?
- Você não viu Davicar? Boca de Sauron tentou me matar enquanto eu supostamente dormia é um traidor! Não me diga que você apóia esse ato! - Exclamou Saruman com ar de ameaça.
- Não senhor, jamais apoiaria essa atitude!.
Na luta, Bocalimar e Laracna apenas se olhavam atentamente.
- O dia chegará aranha, e logo a luz do sol me trará a vitória, nunca imaginei que isso um dia fosse ocorrer, todos sabemos que você não suporta luz, seus olhos são frágeis a ela, - disse Bocalimar sorrindo.
Laracna não parecia preocupada, mas tomou a iniciativa, lançando suas teias contra Bocalimar, mas ele em um mergulho rápido desviou do ataque. Sem perda de tempo Laracna pulou em direção a Bocalimar cercando-o com suas pernas pelos lados e seu corpo por cima, com suas quelíceras ela tentava golpeá-lo, mas o espaço entre suas pernas era relativamente grande e Boca de Sauron desviava de seus golpes girando de um lado para outro. Em um vacilo da aranha ele a golpeou por baixo com sua poderosa espada, a aranha sentiu, mas não tanto, sua carapaça estava mais dura e resistente e a espada de Boca de Sauron mal atingiu seu corpo protegido por suas carapaças, mesmo assim ela pulou para trás, Bocalimar então se levantou, e correndo se dirigiu à aranha tentando golpeá-la várias vezes com sua espada, mas muitas delas sem efeitos. Apenas duas vezes a atingiram em suas patas, as quais ela recuava, mais uma vez ele tentou, só que dessa vez buscando atingir os olhos da aranha que rapidamente desviou do ataque ficando de pé com as quatro patas traseiras numa posição de ataque, daquele modo ela parecia maior e mais poderosa e Boca de Sauron olhava bem acima de sua cabeça assustado. Então ela desceu de súbito e com suas patas frontais o golpeou, arremessando-o ao ar, bem acima da cabeça da própria aranha, Boca de Sauron girava no ar enquanto estava no alto, e caiu de costas no chão duro, ele ficou atordoado mas se levantou e ainda tonto e mancando da perna direita e quase que segurando o braço esquerdo falou:
- Não acha que me venceu com isso Laracna, eu não deixarei você me devorar e acabarei com sua vida.
Mesmo mancando ele correu em direção à aranha mais uma vez tentando golpeá-la, mas seus ferimentos tinham diminuído muito seu rendimento e seus movimentos tinham se tornados lentos e fracos, e no momento que ele a golpeou com sua espada ela segurou a mesma com suas quelíceras e a arremessou deixando Boca de Sauron desarmado. Logo em seguida o golpeou com suas patas e o arremessou mais uma vez, só que esse ataque foi diferente, no instante que ele subia, ela numa agilidade incomum pulou em sua direção ainda no ar e de cima para baixo o golpeou mais uma vez, fazendo-o cair ao chão com o peso aumentado com a força da aranha e conseqüentemente a pancada sendo muito maior ao cair, no momento da queda viu-se sangue jorrar de sua boca e ao olhar para cima via-se a aranha caindo com seu peso em sua direção na intenção de esmagá-lo. Quando parecia que o fim de Boca de Sauron tinha chegado, uma flecha zuniu cortando o céu atingindo um dos olhos da aranha que com um grito desequilibrou-se e caiu de costas ao chão.
- Quem fez isso? - indagou Saruman, e ao olhar para traz via-se um soldado com o arco ainda em mãos espantado, todos saíram de perto e Saruman se dirigiu ao soldado. Os raios do sol começavam a surgir pálidos e fracos ao leste.
- Desculpe senhor, - chorava o soldado e pedia clemência, - não pude resistir ao ver aquela criatura preste a matar lorde Bocalimar, me poupe não me mate, por favor meu senhor.
- Boca de Sauron não morreria, você não percebeu que ele lentamente girou no chão e a aranha não o ia atingir? E assim que ela caísse eu interviria, mesmo sabendo que ele me odeia devo reconhecer que ele é um grande guerreiro, quanto a você fez bem em agir dessa maneira, foi preventivo.
- Oh senhor que felicidade ouvir isso pensei que irias me punir por isso.
Saruman virou as costas em direção aos soldados e falou - peguem Boca de Sauron e tratem seus ferimentos.
- E quanto à aranha senhor? - falou um dos soldados.
- Eu cuidarei dela. Mas onde ela está?
- Senhor cuidado! - gritou Ben desesperado.
Quando Saruman olhou para cima Laracna estava no ar, parecia que ia lhe atacar, nesse momento o susto fez Saruman tombar e cair para trás, mas a aranha passou e quando ele virou para traz ela caiu em cima do soldado o qual tinha atirado a flecha em um de seus olhos. O agarrou com suas quelíceras e começou a perfurá-lo com elas, só se ouvia os berros e sangue jorrando pra todos os lados, ela o estava devorando vivo. Os soldados tremeram naquele instante e até Saruman se assustou, mesmo assim lentamente se aproximou da aranha e gritou:
- Filha de Ungoliant!
De imediato a aranha virou-se toda ensangüentada e já demonstrou ameaça a Saruman, vindo em sua direção lentamente, como se fosse esperar o momento certo para atacar.
- Pare aí meso aranha! - gritou Saruman com tom imperativo, - não ouse me atacar, sei que me entende e sente meu poder, você não pode com um istari-maia poderoso como eu, se insistir não hesitarei em tirar sua vida, apenas me escute, escute atentamente.
- Para que lutar e arriscar morrer? Sei bem que comida aqui nesta região está escassa e como qualquer um dos que está aqui ela é necessária, eu posso acabar com esse desespero e essa necessidade, - se aproximava devagar da aranha, - una-se a mim Laracna e garanto que comida não faltará a você, lutaremos juntos contra homens, anões, elfos, orcs, goblins e todos aqueles que se oporem a mim. E carne doce, a carne dos homens, anões e elfos você terá em abundância, contanto que me obedeça como seu senhor, pela primeira vez sirva a alguém diretamente e terá tudo isso e muito mais.
A proposta parecia agradar a Laracna que cada vez mais abrandava seu olhar de ameaça para respeito. Nesse momento Saruman já estava a sua frente, um bote poderia ser fatal para o mago, e então estendeu a mão e começou a acariciar a aranha que parecia hipnotizada, enquanto Saruman a acariciava, os soldados pegavam Boca de Sauron muito ferido e o levavam para uma das tendas para tratar de seus ferimentos.
- Cuidado com ele seus idiotas! - gritava Davicar com os soldados.
O sol já estava completo no leste e os raios de sol atingiram a aranha que surpreendentemente nada sentiu.
Ben se espantou e pensou: “Se era essa a aranha que o ex-prefeito Sam derrotou na guerra do anel, como um guerreiro como Bocalimar perdeu para ela, enquanto um hobbit como eu venceu a criatura? Além disso, a luz não parece surtir efeito nenhum nela”.
Quando todos se voltaram para a aranha, Saruman já estava montado nela como se monta em um cavalo e acariciando-a falou:
- Parece que as circunstâncias fizeram nossa aranha se adaptar até a luz do sol. Virou-se então para os soldados e falou:
- Vamos, tragam um cavalo para Laracna, ela merece e está faminta, ou preferem que eu sirva um de vocês?
Então trouxeram o cavalo, e quanto mais ele se aproximava mais ele se debatia e conseqüentemente mais homens foram necessários para segurá-lo, Saruman desceu da aranha e mandou que soltassem o cavalo, Laracna olhava fixo para o animal, e no momento que soltaram o cavalo partiu em disparada, em três saltos ela o pegou derrubando-o no chão e o ferroando, logo em seguida o enredou.
Ben então se dirigiu a Saruman e falou:
- Senhor, temos que partir para Minas Morgul, parece que há algumas dezenas de orcs lá.
Ordene que se arrumem e se apressem, partimos em duas horas.-Disse o mago-
Saruman então se dirigiu para a tenda onde estava Boca de Sauron ferido, mas acordado, entrou, lá estavam alguns soldados tratando seus ferimentos, se aproximou e falou:
- Espero que tenha aprendido Boca de Sauron, ninguém pode me desafiar sou Saruman, O de Muitas Cores, aquele que descobre todos os segredos, nada pode esconder de mim. E da próxima vez eu mesmo acabarei com você.
Duas horas depois a comitiva estava pronta, todos armados e preparados para qualquer tipo de ataque, à frente vinha Saruman montado em Laracna, à direita o hobbit Ben montado no seu pônei Jone e a esquerda Davicar em seu cavalo negro, mais atrás soldados traziam Boca de Sauron em uma maca deitado.
Seguiram andando e no caminho Saruman indagou Ben:
- Então Ben, o que você realmente viu naquelas proximidades antes do ataque de Laracna?
- Pouca coisa senhor, algumas luzes de chamas nas Minas Morgul, sinal de que ela não está abandonada completamente, há soldados lá isso tenho certeza, mas infelizmente não vi mais, pois fomos atacados por Laracna.
- Não devem haver muitos orcs por lá, nossas tropas darão conta dos rebeldes –disse Davicar.
- Eu não pretendo guerrear Davicar, quero que eles venham a mim e tomem parte de nossa causa, os convencerei a isso, sem perda de soldados, não haverá escolha, contra a minha voz não há resistência.-Disse Saruman
Depois de algumas horas de caminhada chegaram às portas das Minas Morgul, mas aparentemente não tinha nada.
- Está muito silencioso aqui, – disse Davicar desconfiado.
- O que tem em mente Davicar? - indagou Ben.
- Não sei, talvez estejam nos preparando uma emboscada - e olhava para todos os lados sem piscar.
E quando tudo parecia calmo demais; das montanhas que cercavam a entrada das Minas Morgul desceram de todos os lados orcs, flechas zuniam pelo ar, alguns montados em wargs outros a pé.
- Emboscada! - gritou um dos soldados.