[inho][sem título]
Balançava as pernas, a 50 m do chão, inocentemente. Os que o conheciam sabiam que ele era um garoto esperto. Os outros, passaram a vida inteira chamando-lhe louco.
Havia passado boa parte da vida observando. Só abriu a boca para falar em público na 8ª série, e ainda era meio tímido. Também com as mulheres.
Ele ainda olhava lá pra baixo, onde sua mãe se desesperava e se perguntava o tempo todo o que lhe faltara.
Vivia só, e não se importava com isso. O espelho do banheiro o entendia perfeitamente bem. Imitava Deus, reis, heróis, atores, colegas ou professores. E ria sozinho, como todo mundo.
Seu olhar permanecia frio, impassível. No entanto, relaxado e estranhamente calmo.
Adorava desafios. Isso lhe atraiu na matemática, primeira grande paixão. Mas também era perceptível em todas as suas atitudes, de tarefas rotineiras a importantes decisões.
Seus amigos, ou seja, os que o conheciam um pouco melhor haviam chegado há pouco tempo. Mas também não sabiam o que fazer. Estavam somente surpresos, perplexos.
Tinha um humor delicado. Era grosso, às vezes, mas nunca explicitamente, amante das metáforas e eufemismos. Conseguia fazer outras pessoas se sentirem bem, se assim ele estivesse.
As autoridades se apressavam em salvar uma vida há muito já perdida. Nesse instante, viver era um dever cívico que ele estava prestes a descumprir.
De fato, o mundo lhe preocupava bastante. Problemas sociais, econômicos ou ecológicos, ele adorava discutir. Sabia então das durezas do mundo e de como tudo seria difícil dali em diante.
Contiuava olhando. Lá embaixo, um futuro de lágrimas. Sua família seria hostilizada pelos parentes. Ninguém o entenderia e para todos seria apenas mais louco. Definitivamente louco, talvez. Não era tanta glória. Qual seria o trunfo que ele estamparia no sorriso no caixão? Ainda haviam muitos problemas lhe aguardando até que ele descobrisse que a vida é bela.
Balançava as pernas, a 50 m do chão, inocentemente. Os que o conheciam sabiam que ele era um garoto esperto. Os outros, passaram a vida inteira chamando-lhe louco.
Havia passado boa parte da vida observando. Só abriu a boca para falar em público na 8ª série, e ainda era meio tímido. Também com as mulheres.
Ele ainda olhava lá pra baixo, onde sua mãe se desesperava e se perguntava o tempo todo o que lhe faltara.
Vivia só, e não se importava com isso. O espelho do banheiro o entendia perfeitamente bem. Imitava Deus, reis, heróis, atores, colegas ou professores. E ria sozinho, como todo mundo.
Seu olhar permanecia frio, impassível. No entanto, relaxado e estranhamente calmo.
Adorava desafios. Isso lhe atraiu na matemática, primeira grande paixão. Mas também era perceptível em todas as suas atitudes, de tarefas rotineiras a importantes decisões.
Seus amigos, ou seja, os que o conheciam um pouco melhor haviam chegado há pouco tempo. Mas também não sabiam o que fazer. Estavam somente surpresos, perplexos.
Tinha um humor delicado. Era grosso, às vezes, mas nunca explicitamente, amante das metáforas e eufemismos. Conseguia fazer outras pessoas se sentirem bem, se assim ele estivesse.
As autoridades se apressavam em salvar uma vida há muito já perdida. Nesse instante, viver era um dever cívico que ele estava prestes a descumprir.
De fato, o mundo lhe preocupava bastante. Problemas sociais, econômicos ou ecológicos, ele adorava discutir. Sabia então das durezas do mundo e de como tudo seria difícil dali em diante.
Contiuava olhando. Lá embaixo, um futuro de lágrimas. Sua família seria hostilizada pelos parentes. Ninguém o entenderia e para todos seria apenas mais louco. Definitivamente louco, talvez. Não era tanta glória. Qual seria o trunfo que ele estamparia no sorriso no caixão? Ainda haviam muitos problemas lhe aguardando até que ele descobrisse que a vida é bela.