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Nocronda
Nocronda era ilha vaporosa, suposição idiossincrática flutuante, irrelevante, inconstante... pairava sobre as cabeças tolas de um mundo morto, frágil, heterogêneo.
Em Nocronda a única constância era a parcialidade de todas as coisas. A parcialidade do amor, a parcialidade do ódio. Realizava-se por parte tudo o que se é imaginável, e era em partes que a vida seguia seu curso; era em pequenos pacotes sem remetente e sem destinatário, enviados ao léu para um pessoa qualquer. A interpretação única dos fatos cotidianos, a visão única de um ser-humano qualquer a respeito do dia-a-dia, era assim que se compunha a vida quando esta passava por Nocronda.
Assim falavam dela:
-- "Oh, Nocronda, impura onda auto-sustentável de prazeres inócuos", diziam seus poetas.
-- "Oh, Nocronda, se não é por ti, por que são todas as coisas?", suspiravam seus eternos amantes.
Assim a continuidade de tudo anexava-se a existência de tudo. Em Nocronda o suspiro, o tempo, a inverdade, absolutamente tudo era concreto e palpável, e nada se fazia impossível demais para um coração que sabe amar.
Nocronda era ilha vaporosa, suposição idiossincrática flutuante, irrelevante, inconstante... pairava sobre as cabeças tolas de um mundo morto, frágil, heterogêneo.
Em Nocronda a única constância era a parcialidade de todas as coisas. A parcialidade do amor, a parcialidade do ódio. Realizava-se por parte tudo o que se é imaginável, e era em partes que a vida seguia seu curso; era em pequenos pacotes sem remetente e sem destinatário, enviados ao léu para um pessoa qualquer. A interpretação única dos fatos cotidianos, a visão única de um ser-humano qualquer a respeito do dia-a-dia, era assim que se compunha a vida quando esta passava por Nocronda.
Assim falavam dela:
-- "Oh, Nocronda, impura onda auto-sustentável de prazeres inócuos", diziam seus poetas.
-- "Oh, Nocronda, se não é por ti, por que são todas as coisas?", suspiravam seus eternos amantes.
Assim a continuidade de tudo anexava-se a existência de tudo. Em Nocronda o suspiro, o tempo, a inverdade, absolutamente tudo era concreto e palpável, e nada se fazia impossível demais para um coração que sabe amar.