[Aarakocra][Foranden - Um novo começo]
Era uma vez um mundo. Um mundo plano regido pelos seis deuses elementais: o Deus do Fogo, a Donzela das Águas, a Mãe Terra, o Mestre dos Ventos, a Senhora da Luz e o Lorde das Sombras. Todos juntos criaram este mundo, deram a ele vida e felicidade, e em sua primeira aurora chamaram-no de Foranden. Seus habitantes todos adoravam sua terra, e conviviam com os deuses e deusas. A todos foi dado sua região e lugar para dominar, e todos respeitaram este trunfo. À Senhora da Luz e ao Lorde das Trevas foi dado o dia e a noite, e os dois revezavam igualmente. Ao Mestre dos Ventos foi dado o ar e sua liberdade, à Donzela das Águas os rios, oceanos e lagos, à Mãe Terra todas as planícies e planaltos, assim como a vida das plantas, e ao Deus do Fogo todo o ardor e coragem de seus corações, assim como o fogo interno da terra, abaixo dos domínios da Mãe.
Seus habitantes festejavam todo dia, pois havia fartura, e a vida era fácil. Os Deuses mantinham formas humanas para interagir com seu povo, e assim eles eram felizes e alegres. De todos os deuses e deusas, a que eles mais adoravam era a Senhora da Luz, linda e brilhante em sua túnica branca e sua pureza. E o que mais odiavam era o Lorde das Sombras, por sua aparência sinistra e sua má fama. A Senhora da Luz foi ganhando poder, e seu brilho foi se expandindo, consumindo todos os cantos do mundo, enquanto o Lorde das Sombras foi perdendo sua força. As noites eram extremamente curtas, e os dias, extremamente longos.
E neste brilho, quase todos seus habitantes foram consumidos, pois a luz era forte e poderosa demais para resistir. A Senhora da Luz, surpresa com este poder, subiu até o mais alto do céu e começou a reinar terrívelmente, pois era a mais poderosa de todas. O Lorde das Sombras, temeroso de perder a sua criação, usou-se de seus últimos esforços e pintou sobre o céu uma enorme tela negra com seus pigmentos celestiais. Como estava fraco, somente metade do céu fora tingido, e ainda assim com muitas pequenas falhas, e uma grande falha, redonda, pairando em seu centro. Os últimos habitantes, uma dezena de habitantes, observavam espantados a guerra entre os deuses, onde perceberam que haviam errado em seus conceitos, e se ajoelharam, louvando o Lorde. Mas este já havia perecido, e caído sobre a terra, seu corpo sumiu e deu origem a dois ovos, azuis-escuros decorados manchas negras redondas.
A Senhora da Luz não quis ter noção do que nasceria deles, então lançou da grande falha um raio sobre cada um deles. Acertou apenas um, que se tornou totalmente azul-escuros, enquanto o outro tornou-se totalmente negro. Revoltado com a morte de seu amigo, o Deus do Fogo concentrou seu poder em duas grande bolas de fogo, e lançou em direção a grande falha dos céus, de onde a Senhora da Luz observava o esforço inútil dos deuses menores. As bolas atravessaram a falha, e uma a Senhora da Luz rebateu de volta para o Deus. Porém a outra acertou seu olho, e dizem que a Senhora ainda sofre pelas queimaduras, caolha porém linda.
Desesperado, o Deus rebateu a bola de fogo para o outro lado do céu, restando-lhe pouca força. Em sacrifício, doou o poder ao seu povo, que estavam abismados com aquele duelo de titãs. De seu corpo brotaram três ovos, azul-escuros como os anteriores, mas com manchas rubras. A Deusa-Luz percebeu que se virasse o mundo, poderia ter vantagem sobre eles, e o calor daquela bola de fogo suspensa que agora vinha a aparecer derreteu um de seus ovos, e um deles se tornou totalmente vermelho, enquanto o outro azulava-se.
Um dos sobreviventes correu para o ovo negro e o ovo azulado ao seu lado, seguido por mais outro. Os dois tocaram os ovos ao mesmo tempo, ao que estes se racharam e explodiram em cores que a retina humana ainda não é capaz de captar. Do ovo negro nasceu uma bela mulher, negra como seus cabelos e olhos, que virou-se para seu pai e abençoou-o, deixando-o negro e cravando em sua testa o seu símbolo, parecido com a fenda aberta nos céus, e assim disse, com a sonora e retumbante voz:
-Lua é meu nome, e Lua também será o teu nome, pois agora faz parte de mim, e eu de ti. Você será o responsável por criar as forças que me ajudarão nesta batalha. Vá e proteja-se!
E dizendo isso, subiu até os céus e entrou na grande fenda redonda dos céus, e por isso ela é chamada de Lua, assim como a deusa.
Do ovo negro porém, subiu aos céus uma brutalidade imensa, com garras, presas, chifres, espinhos, muitos membros e tentáculos, mas seus olhos eram brilhantes como a luz da Senhora, e amaldiçoou seu criador deixando-o como uma pequena réplica de si mesmo, e com sua voz aguda e estridente subiu aos céus onde Lua estava, e outra luta era travada. Seu seguidor começou a chamá-lo de Medo, porém ninguém sabe exatamente seu nome. E a luz estava muito brilhante, e o povo sofria novamente.
Foi então que o Mestre dos Ventos revoltou-se, e subiu aos céus onde a bola de Fogo ardia, criando grandes nuvens e tempestades em volta desta para apagá-la, mas a força da Senhora era imensa, e as dissipou, assim como derrubou o Senhor dos Ventos dos céus e viu-o caindo, rindo de sua vitória iminente. E o Senhor dos Ventos colocou seu último impulso para avançar um pouco a posição daquela esfera flamejante. Caiu, e se seu peito brotou mais um ovo, totalmente azul-claro, e etéreo, pois não era afetado por nada.
E mais dois habitantes sucumbiram à curiosidade e tocaram no ovo vermelho e azul, respectivamente. Do primeiro saiu um cavaleiro, com uma armadura dourada e vermelha, e segurando uma arma, algo nunca visto antes, pois não haviam necessitado. Era uma espada, cuja lâmina contrária curvava-se como um machado, e na ponta inferior havia uma bola de maça enfeitada com uma ponta de lança em seu topo. Tocou em seu criador, e este tornou-se um cavaleiro também, porém sem armas. E disse a este:
- Sou Coragem, e assim podes me chamar, pois sou tu e tu também é Coragem. Você fará com que todos os povos unam-se a mim para que possamos acabar com essa tirania opressiva da Senhora. Vá!
Mas, simultaneamente, do outro ovo nasceu uma criatura incorpórea, feita e encoberta de fogo, que olhou para seu seguidor, sedento de poder, e disse:
-Meu nome é Fúria, e não perdoarei a ninguém, nem terei piedade, incluindo a ti!
E queimou seu seguidor ao que entrava em embate com Coragem.
Lua havia terminado de vencer Medo, que fugiu para a proteção da Senhora da Luz, e estava empurrando o céu para fazer sumir a esfera, no que a Mãe-Terra e a Donzela das Águas começaram a modificar o mundo para proteger seus últimos protegidos. A Mãe-Terra levantou grandes montanhas, a Donzela aumentou os lagos, expandiu os oceanos e alargou os rios. A Senhora percebeu que estavam tentando ameaçar seu poder e destruiu as duas fulminantemente. Como trabalhavam juntas, seus corpos se fundiram, e delas nasceram 4 ovos, verde-claros com manchas azuis-escuras. A Senhora, muito ocupada, pode lançar apenas um raio, e todo o azul dos ovos se concentraram em um somente.
Uma das duas últimas mulheres tentou tocar o ovo vindo do corpo do Senhor dos Ventos, mas transpassou-o, e entrou dentro do ovo. O Poder do Ovo começou a envolvê-la, e de suas costas brotaram asas, brancas e fúlgidas, e seus olhos ficaram azuis-claros, e seu cabelo também azulou-se, mas não para o azul terrível que parecia ser a fonte de todo o mal, e sim o azul-claro, que tinha uma calma implícita. Em volta dela veio um som claro:
-A voz da Liberdade está mesclada a ti, pois agora és minha representante. Fará com que esta felicidade livre seja espalhada pelo novo mundo! Liberte-se!
E sumiu a voz. Sobraram 5 humanos, e um desses fugiu para um dos refúgios criado pela Mãe antes de morrer, enquanto os outros queriam poder e mais poder, tocando os ovos restantes. A segunda mulher tocou um dos ovos, e uma claridade irrompeu da cria, uma linda jovem com olhos inocentes e uma beleza tão grande quanto sua pureza. Assim tornou-se sua avatar, e ela então cantou uma canção que dizia:
-A Paz deve prevalecer, pois se algum dos lados desta batalha ganhar, será uma vitória trágica. Que a Senhora volte a ser a doce Senhora de antes. Espalhe esta canção por estas terras. Vá em Paz.
E subiu aos céus, onde Fúria fugia para atrás da bola de fogo celeste, e Coragem protegia o povo com sua sombra. A cria do Medo sumira de vista há muito tempo, e seu paradeiro foi por muito tempo desconhecido. Um homem e a última mulher tocaram simultaneamente os últimos ovos verdes, e as transformações aconteceram ao mesmo tempo também: o homem ficou mais baixo, porém bem mais forte e musculoso, enquanto a mulher cresceu e ficou alta e bela, e seus olhos amendoaram-se e clarearam, tornando-se verdes, de um verde só encontrado em altas copas de árvores ou no alto-mar. E uma versão gigante de cada um
apareceu, e o homem disse:
-Tu, de hoje em diante, és um Anão, e reverenciará a mim. Protegerá as montanhas, suas riquezas e seus animais, pois lá será sua casa, e guerreará apenas contra o Mal.
E a deusa assim disse para a mulher:
-Tu, de hoje em diante, és uma Elfa, e reverenciará a mim. Protegerá as matas, suas riquezas e seus animais, pois lá será sua casa, e guerreará apenas contra o Mal.
E uma amizade foi criada entre os dois deuses, e por consequência, entre os dois povos. Seguiram para suas casas, e lá criaram cada um uma grande cidade-fortaleza, cujas histórias serão contadas em breve. Mas um ovo ainda restara, e este também fora tocado. O humano que o tocou morreu repentinamente, mas do ovo não saiu um, mas muitas pequenas crias, gritando em coro a palavra "Desastre", e por isso, todos eles foram assim chamados.
E então, a Senhora, já exausta, tornou o céu e fugiu para longe, com Fúria e Medo ao seu lado. Coragem usou um pouco mais de sua força e, com Lua, criou um abrigo para os novos deuses. Casou-se com Lua, e o deus Anão casou-se com a deusa Elfa. E por fim, Liberdade e Paz se casaram também, mas apenas ela continua na fortaleza, pois Liberdade prefere o vento e o mar, e toda a imensidão do mundo. Os Avatares seguiram seus rumos, e criaram suas cidades. Mas houve um humano que fugiu, lembram?
Este último, refugiado sobre uma grande pedra, adormeceu durante a batalha, e quando acordou, não havia mais luta ou batalha, somente um silêncio profundo. E de suas lágrimas pela sede de poder, criou-se um campo mágico que absorveu com sua tristeza, e de sua cabeça, brotou um pequeno ser, outro deus, e que lhe disse:
-Criaste-me e agora lhe protegerei. Sou a mente sobre a matéria, o poder da Psique. E agora será de todos o mais inteligente, mais sábio até que alguns deuses! Agora vá e ensine a todos o poderio intelectual!
E foi assim que começou a Batalha da Luz, e os novos Deuses foram criados, dividindo o mundo em várias facções:
*Os Elfos, que cultuam a Deusa-Elfa
*Os Anões, que cultuam o Deus Anão
*Os Alados, que cultuam a Liberdade
*Os Noturnos, que cultuam a Lua
*Os Cavaleiros, que cultuam a Coragem
*Os Pacificadores, que cultuam a Paz
*Os Psíquicos, que cultuam o Psique
Mas eles não tiveram chance, pois Desastre e as crias do Medo criaram muitos problemas para eles, e assim, muitas aventuras surgiram.
Porém, ficaram gravadas na mente de todos as palavras que a Senhora da Luz disse em sua retirada:
Chegará o dia onde não mais deuses haverão, e quando o Sol ocupará o Reino da Lua, o mundo será destruído. Juro pela minha honra magoada que nenhum de vocês sobreviverão. Esta é minha palavra
Este é o mundo de Foranden. Bem-vindo!
Era uma vez um mundo. Um mundo plano regido pelos seis deuses elementais: o Deus do Fogo, a Donzela das Águas, a Mãe Terra, o Mestre dos Ventos, a Senhora da Luz e o Lorde das Sombras. Todos juntos criaram este mundo, deram a ele vida e felicidade, e em sua primeira aurora chamaram-no de Foranden. Seus habitantes todos adoravam sua terra, e conviviam com os deuses e deusas. A todos foi dado sua região e lugar para dominar, e todos respeitaram este trunfo. À Senhora da Luz e ao Lorde das Trevas foi dado o dia e a noite, e os dois revezavam igualmente. Ao Mestre dos Ventos foi dado o ar e sua liberdade, à Donzela das Águas os rios, oceanos e lagos, à Mãe Terra todas as planícies e planaltos, assim como a vida das plantas, e ao Deus do Fogo todo o ardor e coragem de seus corações, assim como o fogo interno da terra, abaixo dos domínios da Mãe.
Seus habitantes festejavam todo dia, pois havia fartura, e a vida era fácil. Os Deuses mantinham formas humanas para interagir com seu povo, e assim eles eram felizes e alegres. De todos os deuses e deusas, a que eles mais adoravam era a Senhora da Luz, linda e brilhante em sua túnica branca e sua pureza. E o que mais odiavam era o Lorde das Sombras, por sua aparência sinistra e sua má fama. A Senhora da Luz foi ganhando poder, e seu brilho foi se expandindo, consumindo todos os cantos do mundo, enquanto o Lorde das Sombras foi perdendo sua força. As noites eram extremamente curtas, e os dias, extremamente longos.
E neste brilho, quase todos seus habitantes foram consumidos, pois a luz era forte e poderosa demais para resistir. A Senhora da Luz, surpresa com este poder, subiu até o mais alto do céu e começou a reinar terrívelmente, pois era a mais poderosa de todas. O Lorde das Sombras, temeroso de perder a sua criação, usou-se de seus últimos esforços e pintou sobre o céu uma enorme tela negra com seus pigmentos celestiais. Como estava fraco, somente metade do céu fora tingido, e ainda assim com muitas pequenas falhas, e uma grande falha, redonda, pairando em seu centro. Os últimos habitantes, uma dezena de habitantes, observavam espantados a guerra entre os deuses, onde perceberam que haviam errado em seus conceitos, e se ajoelharam, louvando o Lorde. Mas este já havia perecido, e caído sobre a terra, seu corpo sumiu e deu origem a dois ovos, azuis-escuros decorados manchas negras redondas.
A Senhora da Luz não quis ter noção do que nasceria deles, então lançou da grande falha um raio sobre cada um deles. Acertou apenas um, que se tornou totalmente azul-escuros, enquanto o outro tornou-se totalmente negro. Revoltado com a morte de seu amigo, o Deus do Fogo concentrou seu poder em duas grande bolas de fogo, e lançou em direção a grande falha dos céus, de onde a Senhora da Luz observava o esforço inútil dos deuses menores. As bolas atravessaram a falha, e uma a Senhora da Luz rebateu de volta para o Deus. Porém a outra acertou seu olho, e dizem que a Senhora ainda sofre pelas queimaduras, caolha porém linda.
Desesperado, o Deus rebateu a bola de fogo para o outro lado do céu, restando-lhe pouca força. Em sacrifício, doou o poder ao seu povo, que estavam abismados com aquele duelo de titãs. De seu corpo brotaram três ovos, azul-escuros como os anteriores, mas com manchas rubras. A Deusa-Luz percebeu que se virasse o mundo, poderia ter vantagem sobre eles, e o calor daquela bola de fogo suspensa que agora vinha a aparecer derreteu um de seus ovos, e um deles se tornou totalmente vermelho, enquanto o outro azulava-se.
Um dos sobreviventes correu para o ovo negro e o ovo azulado ao seu lado, seguido por mais outro. Os dois tocaram os ovos ao mesmo tempo, ao que estes se racharam e explodiram em cores que a retina humana ainda não é capaz de captar. Do ovo negro nasceu uma bela mulher, negra como seus cabelos e olhos, que virou-se para seu pai e abençoou-o, deixando-o negro e cravando em sua testa o seu símbolo, parecido com a fenda aberta nos céus, e assim disse, com a sonora e retumbante voz:
-Lua é meu nome, e Lua também será o teu nome, pois agora faz parte de mim, e eu de ti. Você será o responsável por criar as forças que me ajudarão nesta batalha. Vá e proteja-se!
E dizendo isso, subiu até os céus e entrou na grande fenda redonda dos céus, e por isso ela é chamada de Lua, assim como a deusa.
Do ovo negro porém, subiu aos céus uma brutalidade imensa, com garras, presas, chifres, espinhos, muitos membros e tentáculos, mas seus olhos eram brilhantes como a luz da Senhora, e amaldiçoou seu criador deixando-o como uma pequena réplica de si mesmo, e com sua voz aguda e estridente subiu aos céus onde Lua estava, e outra luta era travada. Seu seguidor começou a chamá-lo de Medo, porém ninguém sabe exatamente seu nome. E a luz estava muito brilhante, e o povo sofria novamente.
Foi então que o Mestre dos Ventos revoltou-se, e subiu aos céus onde a bola de Fogo ardia, criando grandes nuvens e tempestades em volta desta para apagá-la, mas a força da Senhora era imensa, e as dissipou, assim como derrubou o Senhor dos Ventos dos céus e viu-o caindo, rindo de sua vitória iminente. E o Senhor dos Ventos colocou seu último impulso para avançar um pouco a posição daquela esfera flamejante. Caiu, e se seu peito brotou mais um ovo, totalmente azul-claro, e etéreo, pois não era afetado por nada.
E mais dois habitantes sucumbiram à curiosidade e tocaram no ovo vermelho e azul, respectivamente. Do primeiro saiu um cavaleiro, com uma armadura dourada e vermelha, e segurando uma arma, algo nunca visto antes, pois não haviam necessitado. Era uma espada, cuja lâmina contrária curvava-se como um machado, e na ponta inferior havia uma bola de maça enfeitada com uma ponta de lança em seu topo. Tocou em seu criador, e este tornou-se um cavaleiro também, porém sem armas. E disse a este:
- Sou Coragem, e assim podes me chamar, pois sou tu e tu também é Coragem. Você fará com que todos os povos unam-se a mim para que possamos acabar com essa tirania opressiva da Senhora. Vá!
Mas, simultaneamente, do outro ovo nasceu uma criatura incorpórea, feita e encoberta de fogo, que olhou para seu seguidor, sedento de poder, e disse:
-Meu nome é Fúria, e não perdoarei a ninguém, nem terei piedade, incluindo a ti!
E queimou seu seguidor ao que entrava em embate com Coragem.
Lua havia terminado de vencer Medo, que fugiu para a proteção da Senhora da Luz, e estava empurrando o céu para fazer sumir a esfera, no que a Mãe-Terra e a Donzela das Águas começaram a modificar o mundo para proteger seus últimos protegidos. A Mãe-Terra levantou grandes montanhas, a Donzela aumentou os lagos, expandiu os oceanos e alargou os rios. A Senhora percebeu que estavam tentando ameaçar seu poder e destruiu as duas fulminantemente. Como trabalhavam juntas, seus corpos se fundiram, e delas nasceram 4 ovos, verde-claros com manchas azuis-escuras. A Senhora, muito ocupada, pode lançar apenas um raio, e todo o azul dos ovos se concentraram em um somente.
Uma das duas últimas mulheres tentou tocar o ovo vindo do corpo do Senhor dos Ventos, mas transpassou-o, e entrou dentro do ovo. O Poder do Ovo começou a envolvê-la, e de suas costas brotaram asas, brancas e fúlgidas, e seus olhos ficaram azuis-claros, e seu cabelo também azulou-se, mas não para o azul terrível que parecia ser a fonte de todo o mal, e sim o azul-claro, que tinha uma calma implícita. Em volta dela veio um som claro:
-A voz da Liberdade está mesclada a ti, pois agora és minha representante. Fará com que esta felicidade livre seja espalhada pelo novo mundo! Liberte-se!
E sumiu a voz. Sobraram 5 humanos, e um desses fugiu para um dos refúgios criado pela Mãe antes de morrer, enquanto os outros queriam poder e mais poder, tocando os ovos restantes. A segunda mulher tocou um dos ovos, e uma claridade irrompeu da cria, uma linda jovem com olhos inocentes e uma beleza tão grande quanto sua pureza. Assim tornou-se sua avatar, e ela então cantou uma canção que dizia:
-A Paz deve prevalecer, pois se algum dos lados desta batalha ganhar, será uma vitória trágica. Que a Senhora volte a ser a doce Senhora de antes. Espalhe esta canção por estas terras. Vá em Paz.
E subiu aos céus, onde Fúria fugia para atrás da bola de fogo celeste, e Coragem protegia o povo com sua sombra. A cria do Medo sumira de vista há muito tempo, e seu paradeiro foi por muito tempo desconhecido. Um homem e a última mulher tocaram simultaneamente os últimos ovos verdes, e as transformações aconteceram ao mesmo tempo também: o homem ficou mais baixo, porém bem mais forte e musculoso, enquanto a mulher cresceu e ficou alta e bela, e seus olhos amendoaram-se e clarearam, tornando-se verdes, de um verde só encontrado em altas copas de árvores ou no alto-mar. E uma versão gigante de cada um
apareceu, e o homem disse:
-Tu, de hoje em diante, és um Anão, e reverenciará a mim. Protegerá as montanhas, suas riquezas e seus animais, pois lá será sua casa, e guerreará apenas contra o Mal.
E a deusa assim disse para a mulher:
-Tu, de hoje em diante, és uma Elfa, e reverenciará a mim. Protegerá as matas, suas riquezas e seus animais, pois lá será sua casa, e guerreará apenas contra o Mal.
E uma amizade foi criada entre os dois deuses, e por consequência, entre os dois povos. Seguiram para suas casas, e lá criaram cada um uma grande cidade-fortaleza, cujas histórias serão contadas em breve. Mas um ovo ainda restara, e este também fora tocado. O humano que o tocou morreu repentinamente, mas do ovo não saiu um, mas muitas pequenas crias, gritando em coro a palavra "Desastre", e por isso, todos eles foram assim chamados.
E então, a Senhora, já exausta, tornou o céu e fugiu para longe, com Fúria e Medo ao seu lado. Coragem usou um pouco mais de sua força e, com Lua, criou um abrigo para os novos deuses. Casou-se com Lua, e o deus Anão casou-se com a deusa Elfa. E por fim, Liberdade e Paz se casaram também, mas apenas ela continua na fortaleza, pois Liberdade prefere o vento e o mar, e toda a imensidão do mundo. Os Avatares seguiram seus rumos, e criaram suas cidades. Mas houve um humano que fugiu, lembram?
Este último, refugiado sobre uma grande pedra, adormeceu durante a batalha, e quando acordou, não havia mais luta ou batalha, somente um silêncio profundo. E de suas lágrimas pela sede de poder, criou-se um campo mágico que absorveu com sua tristeza, e de sua cabeça, brotou um pequeno ser, outro deus, e que lhe disse:
-Criaste-me e agora lhe protegerei. Sou a mente sobre a matéria, o poder da Psique. E agora será de todos o mais inteligente, mais sábio até que alguns deuses! Agora vá e ensine a todos o poderio intelectual!
E foi assim que começou a Batalha da Luz, e os novos Deuses foram criados, dividindo o mundo em várias facções:
*Os Elfos, que cultuam a Deusa-Elfa
*Os Anões, que cultuam o Deus Anão
*Os Alados, que cultuam a Liberdade
*Os Noturnos, que cultuam a Lua
*Os Cavaleiros, que cultuam a Coragem
*Os Pacificadores, que cultuam a Paz
*Os Psíquicos, que cultuam o Psique
Mas eles não tiveram chance, pois Desastre e as crias do Medo criaram muitos problemas para eles, e assim, muitas aventuras surgiram.
Porém, ficaram gravadas na mente de todos as palavras que a Senhora da Luz disse em sua retirada:
Chegará o dia onde não mais deuses haverão, e quando o Sol ocupará o Reino da Lua, o mundo será destruído. Juro pela minha honra magoada que nenhum de vocês sobreviverão. Esta é minha palavra
Este é o mundo de Foranden. Bem-vindo!