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Discussão Indie Games

[F*U*S*A*|KåMµ§]

Who will define me?
Assisti recentemente um documentário sobre indie games que me colocou a pensar no assunto e gostaria de saber da opinião geral por aqui.

Eu sempre tive um pé atrás por games independentes pois costumava ter um preconceito de associá-los a casual games voltados a apenas serem baratos, feitos nas coxas mas que lucrassem o suficiente pra manter a empresa rodando.

Mas são duas coisas diferentes. Casual games são casual games, produzidos muitas vezes com dinheiro de empresas grandes, mas cujo objetivo de fato é tudo aquilo que citei acima. E pra quem gosta de conhecer mais da industria, sabe que de fato as contas do dia-a-dia da maioria das empresas é paga com esses pequenos lucros de pequenos games, e não pelo blockbuster.

Já jogos independentes podem ter uma analogia melhor aos filmes autorais que tanto se discute em cinema. Projetos que são pessoais e/ou experimentais que brincam com os elementos formadores da midia em questão. E as vezes são esses projetos que elevam a midia ao patamar de arte (apesar de não serem os unicos).
Assim como na industria de cinema, esses games podem muitas vezes ficarem em uma esfera restrita de pessoas que buscam se informar sobre o assunto. Não necessariamente seriam hardcore gamers superviciados, mas certamente também não são do público geral (dos que só conhecem Spielberg, Tom Cruise, Mario ou "playstation").


O que acham dessa onda que não é tão recente, mas floresceu mais fortemente nos últimos anos?
As ferramentas que facilitaram a programação de games, o potencial que computadores pessoais hoje possuem (além de programas para fazer simulações de fácil acesso), pode ser comparado a quando surgiram as câmeras super8 ou quando Godard & Cia passaram a visualizar o cinema sempre reverenciando os diretores autorais?


Vou colocar o trailer do documentário que eu assisti (e que recomendo) e de um videozinho do Dorkly que eu achei hilário (apesar de ir contra tudo que falei acima :lol:).





PS: Quão awsome seria podermos ter um documentário do inicio do século passado com Melies ou Buster Keatons expondo todas as suas excentricidades e motivações pra fazer o que faziam?

PPS: Eu achava Braid um excelente jogo. Com o pouco que o criador do game fala nesse documentário, meu respeito subiu ainda mais.
Pena que em certos pontos o documentario exagera.
 
Última edição por um moderador:
:think:

Eu não me lembro de sentir preconceito em relação as produções independentes. Inclusive um dos ultimos jogos que eu joguei mesmo é independente (pelo menos os desenvolvedores dizem ser), o Path of Exile. Em relação a qualidade? Talvez mais antigamente isso era algo tão evidente. Mas hoje é possível criar jogos bons e ruins em plataformas relativamentes simples como java (acho que os social games é a maior prova disso). E minha impressão é que para as empresas é mais interessante desenvolver jogos para os casual gamers. Normalmente são jogadores que não tem tanta disposição de jogo mas que para competirem com os jogadores em si compram os produtos como level, item, boost ou coisas do tipo. Também vão ser os que não vão cobrar tanta dedicação em relação a manutenção de servidores, atualizações e etc.
 
Mas a discussão que o criador de Braid levanta é essa.
Existe uma diferença entre games mainstream e os casuais em relação aos games indies (independentes).
Nos dois primeiros há uma preocupação muito maior em aparar arestas, não deixar nada que possa ofender alguém, que possa confundir alguém, etc. Em analogia, seria como um Transformer da vida como mainstream onde o "fantástico" Michael Bay regorgita seus clichês passados que ele sabe que vai ser suficiente para um expectador que não está esperando por nada mais profundo de um filme. Seriam os grandes games mainstream dos que chamamos de "mais do mesmo".
Os casual games (esses games sociais, baseados em filmes, etc) seriam como os "casual movies" baratos como comédias ou romances (Intouchables, por exemplo) que também tem como meta não ofender ninguém e conseguem sucesso comercial. Juntam os clichês de sempre (as mesmas mecanicas de jogo) e repetem ad eternum.
Já os indie games ele comenta que a busca é a de criar algo autoral mesmo, pessoal. Sem esconder suas visões, suas preferências, etc, sem querer ficar se preocupando em quem poderia ficar chateado/entediado/nervoso por alguma coisa no game. Seriam como comparar com filmes de Tarkovsky e suas sempre viagens filosóficas, ou um Bergman que adora inserir suas visões sobre o psicológico de um ser humano, etc. Filmes esses que muita gente chama de chatos, tediosos, confusos, etc.

É uma pena que ele tenha pouco tempo de tela no documentário, já que este se foca mais no drama do lançamento de 2 games famosos da época (SuperMeatBoy e Fez). Ele me pareceu ter uma idéia de game como realmente uma forma de arte, como forma de expressão. Uma postura que eu gostaria de ver alguém de dentro da industria defendendo de forma mais forte e convincente. Ele parecia ter esse potencial.
 
Última edição:
Eu acho que a questão das arestas dos jogos parece ser algo mais recente. Diablo I e II por exemplo não tinha tanta preocupação em usar símbolos ou deixar o jogo mais escuro, algo que a Blizzard declaradamente se preocupou no Diablo III.

Eu concordo que um jogo deve ser visto como arte. Ele agrega música, imagens, experiências, o que me parece que hoje em dia cada vez se preocupam menos com o todo e sempre privilegia apenas um aspecto, gráficos é o mais comum.
 

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