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*Ensino religioso no BR estimula homofobia e exclui religiões não cristãs, diz livro*

Artanis Léralondë

Ano de vestibular dA
[size=large]Ensino religioso no Brasil estimula homofobia e exclui religiões não cristãs, diz livro[/size]

Pesquisadora da UnB analisou livros usados em aulas de religião; segundo lei, disciplina precisa respeitar diversidade cultural e religiosa

Preconceito e intolerância fazem parte da lição de casa de milhares de alunos brasileiros, afirma o livro Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil, lançado na última terça-feira (22) na Universidade de Brasília (UnB). O estudo analisou as 25 obras mais usadas para a disciplina nas escolas do governo federal.

"O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de 'catecismo cristão' em sala de aula são uma constante nas publicações", afirma uma das autoras do trabalho, a antropóloga e professora Débora Diniz.

Segundo a lei que regulamenta a disciplina, 945 de 1997, as escolas públicas brasileiras podem oferecer aulas de ensino religioso. Mas não devem favorecer nenhuma crença, e sim apresentar aos estudantes as diferentes fés, respeitando a diversidade cultural e religiosa do Brasil.

Mas segundo a pesquisa, não é o que acontece na prática. Jesus Cristo aparece 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e 20 vezes mais que Lutero, referência intelectual para o protestantismo, nas obras mais compradas pelas escolas federais. Calvino, outra referência protestante, nem mesmo é citado.

"Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã", afirma Débora Diniz. A antropóloga reforça a imposição do catecismo: "Cristãos tiveram 609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasilieras, tratadas como 'tradições', aparecem em apenas 30 momentos".

HOMOFOBIA
"Desvio moral", "doença física ou psicológica", "conflitos profundos" e "homossexualismo não se revela natural" são algumas das expressões usadas pelos livros escolares para se referir a quem se relaciona com pessoas do mesmo sexo. A pesquisa destacou ainda um exercício que traz a bandeira das cores do arco-íris e traz com a seguinte questão: "Se isso se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?".

A pesquisa ainda sugere que os livros didáticos criam um ambiente de intolerância contra quem não tem religião. Em uma das obras analisadas, uma pessoa sem religião é relacionada ao nazismo. "Sugerem que um ateu pode ter comportamentos violentos e ameaçadores", observa. "Os livros usam generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo", completa a especialista.

Para Tatiana Lionço, psicóloga e co-autora do estudo, uma das causas dos problemas é a falta de rigor para a seleção dos livros. Ela explica que, antes de chegar às mochilas, todo material didático, exceto os de religião, passa por avaliação do Programa Nacional do Livro Didático.

"Não há qualquer tipo de controle. O resultado é a má formação dos alunos", opina Tatiana. "Se o Estado deveria ser laico, por que ensinar religião nas escolas?", questiona.

"Se a religião for tratada na sala de aula, tem de ser de forma responsável e diversificada", defende. As 112 páginas da publicação, lançada pelas editoras UnB e Letras Livres, ainda conta com a contribuição da assistente social Vanessa Carrião, do instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero.

* com informações da Agência UnB
Fonte


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Não sabia que tinha livros didáticos para a disciplina Ensino Religioso.
:think:
Na minha época a prof. fazia ditado, e cada vez estudávamos uma religião diferente.Eu confesso que tive sorte, a professora sempre elucidava que toda religião merece ser respeitada e nunca fez sinal de preconceito. Conheci diferentes religiões e seus costumes, era legal =)
 
depende do colégio. eu fui educada em colégio de freiras, católico. trabalhávamos com material didático de ensino religioso e a bíblia. até chegarmos na sétima série eram as freiras mesmo que davam aulas, que basicamente explicavam partes da bíblia. lembro até hj de uma prova perguntando sobre o maná. acho que sempre tive vontade de comer maná :dente:
 
Lá vem de novo a tal homofobia religiosa... ZzZzZzz
 
É mesmo tem os colégios de freiras, adventistas, etc...
Maná? vou ver no google =D /o/
ah pois é, um dia quem sabe a gente experimenta XD
 
Ensino Religioso era mais uma matéria/desculpa para professor matar aula onde eu estudava. Mas quando havia realmente uma aula sobre o assunto, eram sobre várias religiões ao mesmo tempo. Não me lembro de privilegiarem o catolicismo (na verdade, a única coisa que lembro dessas aulas era de um trabalho em que cada grupo tinha que apresentar uma crença ou religião, baseado em um material do próprio governo, uns livretinhos que apresentavam cada religião).
 
Anica disse:
depende do colégio. eu fui educada em colégio de freiras, católico. trabalhávamos com material didático de ensino religioso e a bíblia. até chegarmos na sétima série eram as freiras mesmo que davam aulas, que basicamente explicavam partes da bíblia. lembro até hj de uma prova perguntando sobre o maná. acho que sempre tive vontade de comer maná :dente:

Sabe que rola uma teoria de que o maná seria ouro monoatômico (li num livro chamado o Mapa dos Ossos), que seria um pozinho comestível e blá, e que realmente poderia ter caído dos céus numas circunstâncias bizarras?
 
nossa, eu queria ter tido aulas de religião que engloba várias... sempre estudei em colégio de freira e em todos as aulas eram somente sobre catolicismo. ate hj é assim. e, como ninguem nunca se interessa, essas aulas sao sempre uma otima oportunidade para estudar para uma prova ou dormir o que nao conseguiu de noite.
de qualquer jeito, apesar de serem chatas e nunca falarem de outras religioes, as minhas aulas nunca estimularam a discriminar outras ou incentivaram a homofobia, muito pelo contrario. sempre foi o respeito aos semelhantes e tolerancia às suas crenças que são encorajados.
 
Em escola pública pelo menos, acho que não deveria ter ensino religioso, já que essa escola recebe todo tipo de pessoas de todo tipo de religião e sem religião.
 
Pelo pouco que aprendi nas disciplinas de Educação, as escolas públicas são obrigadas a oferecer as aulas de religião, para quem quiser, mas não podem cobrá-las como obrigatórias no currículo. Isso na teoria.
 
aces4r disse:
Em escola pública pelo menos, acho que não deveria ter ensino religioso, já que essa escola recebe todo tipo de pessoas de todo tipo de religião e sem religião.

Mas escolas públicas não têm mais isso. Tem?
O Estado é laico desde a Constituição de 1988 (corrija-me quem souber, por favor).
Antes não era, lembro que estudei em escola pública, durante a ditadura militar, e tínhamos aula de religião (católica).
 
Como país laico, você pode (e deve) ensinar religiões como objeto de estudo, não doutrinamento. O procedimento, se não me engano, é como o Calib falou.

O profissional de ensino religioso geralmente será um filósofo com especialização ou um historiador com especialização. Um teólogo com especialização em docência também acho que seria possível.
 
Sim, sim. Pelo que sei, as aulas de religião em escolas públicas têm um viés muito mais filosófico do que teológico-doutrinário. Já nos colégios de padre/freira, a coisa muda, por óbvio.


Quando eu tive religião no colégio, era lecionada por uma mulher vulgaríssima que vinha sempre de batom borrado. Sempre. E ficava falando dos problemas dela, que conhecia um rapaz com isto e aquilo, e só se lamentava. Se não me engano, era professora com formação em Geografia. Para verem a qualidade do ensino "religioso" que tive na escola pública. E foi só um ano. Depois, felizmente, não mais.
 
Calib disse:
Quando eu tive religião no colégio, era lecionada por uma mulher vulgaríssima que vinha sempre de batom borrado. Sempre. E ficava falando dos problemas dela, que conhecia um rapaz com isto e aquilo, e só se lamentava.

:rofl:
lembrei da prof. que o Bukowski descreve , batom borrado é :lol:
 
**Maniaca do Miojo** disse:
Calib disse:
Quando eu tive religião no colégio, era lecionada por uma mulher vulgaríssima que vinha sempre de batom borrado. Sempre. E ficava falando dos problemas dela, que conhecia um rapaz com isto e aquilo, e só se lamentava.

:rofl:
lembrei da prof. que o Bukowski descreve , batom borrado é :lol:

E eu, da professora do Bart, a srta. Krabappel: :lol:

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