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Educação Sexual na Escola

Você é a favor da educação sexual nas escolas?


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"A curiosidade matou o gato", e o estudo sério o trouxe de volta (massagem cardiovascular).

Isso foi o mais legal Ever de tudo que eu lí ^_^

E lançemos a cartilha sexual para bebês com as lições, não saia do ventre pelado e processe o médico pelo abuso sexual do "tapinha" na bunda.

By Raphael S
 
Última edição:
Um dia desses Ví um documentario da TVcutura que falava sobre meninas de 13 a 15 anos que moravam no morro, já eram Mães e quase todas mulher de bandido. Oque mais me entristeceu nesce documentario, foi o fato dos pais não estarem nem ai, achavam que a sua filha que ainda brincava de boneca ter dois ou três filhos éra normal. Se talvez elas tivesse um(a) professor(a) que tirase suas duvidas e as ajudasem de alguma forma, talvez elas não tivesse tomado o mesmo rumo. Pôs é gente, nem todo mundo tem um pai e uma mãe, que se preocupa com seus filhos.
 
Não, para você ainda não está claro. Se não saberia que uma coisa é explicar, outra coisa é incitar
Pra mim está bem claro, você que não está entendendo o que eu digo. Eu nunca disse que explicar e incitar eram a mesma coisa. Eu disse que o primeiro pode (veja bem, pela terceira vez estou dizendo que não acontece sempre) causar o segundo.

Primula disse:
OK, você garante por seus filhos. E os outros 180 milhões de brasileiros, você confia que os pais estão fazendo sua lição de casa? Você confia que sua influência será o bastante quando todo o resto desses jovens ficarem enchendo o saco de seus filhos para experimentar um pouquinho?
Mais uma vez, você não entendeu o que eu disse. Aliás, eu nem disse nada! Nunca disse que garanto por meus filhos. E eu perguntei a opinião de vocês, não de 180 milhões de brasileiros.

Eu realmente penso que, se está faltando diálogo em casa, resta para a escola ensinar sobre sexo. Mas não é de qualquer jeito que isso deve ser feito. Ora, quantos aqui não aprenderam sobre sexo com os pais? Os pais de algum de vocês chegou com algo cilíndrico e uma camisinha no "primeiro dia de aula"? Tem que começar devagar, tem que começar explicando o que é o sexo, por que as pessoas fazem, lados bons e ruins. Alguém discorda desse método?
 
Exatamente. É a mesma lógica petista do governo Lula, que para combater, p. ex., assaltos a terminais eltrônicos, fecha-os depois das 22h, ao invés de pôr mais segurança no local e mais policiamento nas ruas; e que para reduzir os acidentes por embriaguez, impõe a "leia seca" (restritiva à liberdade do indivíduo, diga-se), aplicando mais fiscalização a partir de então - por que não havia tanta fiscalização antes? Funciona assim.

Não, não é a mesma lógica. Nesse caso, o Estado não está coibindo cidadão algum, tampouco está buscando aplicar alguma solução paliativa.

Se o alvo é a educação, então estamos no caminho certo. Mas isso não significa que está tudo uma beleza. E aí entra a parte didática do problema, e que é uma coisa que parece-me estar sendo misturada por aqui.

O problema É questão de educação, educação esta que a maioria das famílias brasileiras não é capaz de fornecer, e isso não é nenhuma falácia. Basta observar o nível educacional do brasileiro, basta ver os problemas que temos nesse sentido, basta fazer entrevistas com adolescentes e pré-adolescentes das mais diversas camadas sociais.

Uma vez que as famílias não são capazes, é papel do governo sim fornecer a educação necessária. Até aqui, acredito que isso deveria ser consenso.

Somente depois disso é que entra a questão didática, que envolve o preparo dos professores, e que é um 2º problema, que deve se seguir encadeado ao primeiro.


E o que ocorre com esse "doutrinamento sexual" que o governo quer colocar nas cabeças de crianças de 12 anos, mostrando objetos vendidos em sex-shop em uma sala de aula, também vai por aí. Concordo com você, deveria-se orientar de todas as doenças que as relações sexuais não seguras podem trazer, informar as conseqüências da gravidez precoce. Que mostrassem para essas crianças de 12 anos (que o governo parece subentender que todas fazem sexo) casos de adolescentes da idade deles grávidas com 13, 14, 15 anos, e todos os problemas que isso causou e vai causar: abandono dos estudos, DSTs, e assim por diante. E não impor um ensinamento pensando "já que vocês só fazem isso mesmo, olha aqui como se faz".
Você surtou mesmo com o fato de se usarem objetos de sex-shop. Ok, que se use uma banana então (minha professora no 1º grau fez isso, e foi muito instrutivo sim). Os problemas metodológicos podem sim melhorar, mas isso não anula o tipo de abordagem que o problema deve ter. Não se pode confundir as coisas.

Além disso, somente mostrar os prejuízos que uma gravidez na adolescência pode trazer não adiantará de nada, se não for ensinado COMO que essa gravidez pode acontecer. E é preciso explicar a coisa como ela é.

Claro, um ponto importante (e que é questão de didática também) é saber abordar o assunto sem banalizar. Se os professores não estão devidamente preparados, é função do Governo prover a capacitação necessária.


O modo como o governo age é errado. Partem do pressuposto que todos os alunos de 12 anos praticam sexo. Não é assim. Deveriam partir do pressuposto de que alguns adolescentes com essa idade podem estar iniciando a vida sexual, enquanto que alguns têm relações sexuais mais tarde.
Não existe lógica nisso. Uma vez diagnosticado que é considerável o número de indivíduos com 12 anos que praticam sexo, você tem uma situação onde todos os outros demais podem vir a praticar. Os casos não são poucos a ponto de serem a exceção de uma regra. E como não existe uma regra, deve-se diagnosticar a partir de que idade os problemas podem aparecer, e a partir daí buscar prover a educação necessária para enfrentar o problema.


E que, por isso, não deveriam doutrinar crianças de 12 anos com um pênis de borracha de 22 cm na sua frente dizendo "você vai fazer isso", não com essa idade. Deveriam abordar o tema por conceitos para alunos de 12 anos.
É a questão da didática, novamente. Mas não se pode afirmar que esse tipo de abordagem que você escreveu é pratica comum.


Tenho pena da criança, ou ela olha para aquilo e pensa que nunca terá um assim, ou que vai demorar muito.
Se alguma criança pensar isso, é somente evidência da má qualidade educacional. Em aulas de biologia aprende-se sobre o tamanho comum do membro. Quando eu tinha 12 anos, eu sabia muito bem que não teria uma arma de 22cm quando fosse adulto.


Ensinar como colocar a camisinha deve vir junto do esclarecimento de todas as doenças que podem surgir por conta de relações não seguras. Agora, partir de um pressuposto equivocado, e ensinar de uma só maneira, é errado.
Com certeza. Mas eu não vi onde estão deixando de ensinar sobre as DST para ensinar somente como colocar uma camisinha.



Essa aula com "kit" contendo o pênis, camisinha, DIU, píluas e etc, parece uma novidade. Mas as aulas de educação sexual já acontecem há uma década, pelo menos, no ensino público. E o que ocorreu nesse tempo em relação ao número de adolescentes grávidas e ao número de adolescentes contaminados por HIV? Aumentou de 1996 pra cá! Veja o quão eficiente são as aulas do governo Federal!
As aulas de educação sexual em escolas públicas sempre foram precárias. Não significa que educação sexual em escola não funciona, isso é absurdo. Significa problema de didática (sim, de novo ela)


Isso ocorre porque uma imposição ou doutrinação não mudam os valores individuais que cada ser constitui na sua formação. A escolha de fazer sexo é individual, e não deve ser forçada a ser iniciada com tal idade. Qual o argumento para dizer que sexo tão cedo, mas com camisinha ou pílula do dia seguinte, é "mais" moralmente correto do que fazer sem, com pouca idade? A escolha não muda. E o governo deveria respeitar estes indivíduos, e respeitar o que os pais destes indivíduos consideram melhor para eles. E essa falácia estereotipada de que os pais brasileiros não sabem tratar de sexo com seus filhos está longe da verdade.
Ensinar ao pré-adolescente não é incitá-lo a praticar sexo, tampouco é impor valores. Não está ocorrendo um desrespeito. A intenção é evidenciar o assunto, abordá-lo de maneira clara e realista. A escola não pode obrigar uma criança de 12 anos a não fazer sexo. Ela deve ensinar quais são os problemas relacionados, além de ensinar a respeito dos métodos contraceptivos e de prevenção ás DST.

E afirmar que a educação não pode mudar valores é negar toda a funcionalidade da mesma.



Segundo que é um absurdo dizer que o ensinamento moral e ético não deve ser dado pelos pais para seus próprios filhos, e sim pelo Estado. Isso é o que agora? O que acontece é a interferência do Estado nas escolhas morais das crianças, e nos ensinamentos morais que os pais passam para seus filhos. É inaceitável. E por isso aquele pai está certo em reclamar com a diretora, a promotoria, a secretaria resposnável, e assim por diante.
O ensino de moral e ética pela escola não exclui a possibilidade desse ensino no lar. O Estado não está tomando para si todo o ensino de um indivíduo, ele busca fornecer uma formação completa, tanto para aquele que não recebeu educação alguma em casa, quanto àquele que tem uma boa base familiar.

A escola não está interferindo nas escolhas morais da criança. Está apresentando os prós e contras das escolhas, através do ensino. Quem faz a escolha é o indivíduo.



E quem confunde os termos "pureza" com "ignorância" parece ser você. Não estamos falando de pureza, mas, novamente, do que os pais consideram melhor para os filhos e quando será a melhor época para orientá-los para tais fins. Se aquele pai considera inadequado que sua filha seja exposta dessa maneira, com esta idade, ele não está sendo puritano não, está sendo consciente e cuidando para que o Estado não interfira (e prejudique) na escolha moral da filha.
E se o pai decide que a melhor época para ensinar a filha, o problema é dele, e o governo deve cruzar os braços?
Errado.
Esse tipo de decisão é uma questão de sociedade, e desencadeira efeitos que vão muito além da cabecinha restrita desse pai.
 
Última edição:
Primeiro que não vivemos em um país de terceiro mundo, só para informar. Isso deixou de existir há quase 2 décadas.

Teorias... Uma nova definição menos ofensiva para um país onde a desigualdade social é berrante, onde muito pouco ou nada foi feito em quase 2 décadas, não? Me poupe das aulas de geografia, por favor. Estamos falando de um país onde crianças engravidam aos 11 anos, às vezes vítimas de violência por parentes muito próximos que ficam impunes, mesmo quando denunciados.


Segundo que é um absurdo dizer que o ensinamento moral e ético não deve ser dado pelos pais para seus próprios filhos, e sim pelo Estado. Isso é o que agora? O que acontece é a interferência do Estado nas escolhas morais das crianças, e nos ensinamentos morais que os pais passam para seus filhos. É inaceitável. E por isso aquele pai está certo em reclamar com a diretora, a promotoria, a secretaria resposnável, e assim por diante.

E quem confunde os termos "pureza" com "ignorância" parece ser você. Não estamos falando de pureza, mas, novamente, do que os pais consideram melhor para os filhos e quando será a melhor época para orientá-los para tais fins. Se aquele pai considera inadequado que sua filha seja exposta dessa maneira, com esta idade, ele não está sendo puritano não, está sendo consciente e cuidando para que o Estado não interfira (e prejudique) na escolha moral da filha.


Ah, faça-me o favor. E os pais carentes de informação, conforme citei no post abaixo? Pais semi-alfabetizados têm condições de explicar como funciona a sexualidade, sendo que grande parte nem sabe como funciona o próprio corpo? Você acha mesmo que pessoas que não possuem estrutura básica familiar são constituídas de pessoas informadas? Não, não são. Um exemplo REAL: nas cidades pequenas do interior paulista (moro em uma delas há 6 anos), as famílias são formadas por mães que criam os filhos sozinhas, contando somente com o apoio dos avós. Nada de pensão, nem do nome do pai biológico na certidão de nascimento, pois a grande maioria concebeu os próprios filhos por consequência da falta de orientação de pais lavradores, semi-analfabetos, sem instrução. E nunca te ocorreu que pessoas que pensam que os filhos "serão expostos" e que aguardam a "melhor época" podem descobrir que a falta de orientação pode vir tarde demais, acompanhada de uma gravidez precoce?

Se os pais têm orientação suficiente e principalmente interesse em acompanhar o desenvolvimento dos filhos, ótimo! E quanto não os têm?

Procure parar de se embasar em dados e números, e ao menos tente enxergar a realidade de um Fundo Social de Solidariedade que cadastra 500 famílias no espaço de um ano, compostas de mães solteiras que concebem 3, 4 filhos de pais diferentes ainda na adolescência e desconhecem sua paternidade porque não sabem nada sobre prevenção, ou nem mesmo fazer as contas para descobrir em qual dia ovulou e de quem engravidou! Isso quando não o Conselho Tutelar precisa intervir para evitar que a mãe amamente uma criança que já nasce doente, com sífilis ou AIDS!

Com base nessa REALIDADE, novamente uso de exemplo as cidades do interior paulista que VIVEM essa rotina. As Prefeituras, por iniciativa própria, mobilizam seus Departamentos de Saúde em palestras voltadas à educação sexual e planejamento familiar a cada nível de idade, com a linguagem adequada a cada idade, através de psicólogos e médicos. Em 3 anos, notamos uma queda considerável de gravidez precoce e contaminação por DSTs em "crianças" de, pasmem, 12 anos! Imaginem isso a nível nacional?

Cabe também aos pais conhecer a grade curricular oferecida pela instituição de ensino. É óbvio que não vão ensinar como se usar uma camisinha aos 10 anos de idade, e que não ensinarão somente isso. Existe um documento chamado "Plano de Ensino", cujo conteúdo é examinado pelos Departamentos de Educação, e sujeitos à aprovação. Ou seja, o professor não ministra o que ele quer nas aulas. E MEC apenas sugere um conteúdo, não o estabelece para que seja seguido à risca.

Mas... como certamente seus dados e sua opinião prevalecerão, encerro minha participação nesse tópico aqui mesmo.

Aliás, Tek: excelente tópico! Aqui notamos que somente pessoas com certa proximidade da base da estrutura social brasileira (em bom português: que vê e vive a pobreza de perto, e não pela tv), é quem aprovam essa iniciativa do Governo.
 
Para ajudar...

Explicação
É tirado o miolo do pão e colocado uma banana descascada dentro e após isso o pão é amassado para criar um lanche de pão com banana.

Incitação
Você deve arrancar o miolo do pão com o dedo porque é mais legal, e depois da banana descascada em mãos introduzir ela com vontade porque é isso que você quer dentro do pão para depois amassar tudo e deixar bem gostoso o pão com a banana. Você vai gostar, este é o método certo e você tem que fazer.

By Raphael S
 
Raphael vc consegue dar bons exemplos usando cada absurdo pra falar.... mas enfim... tá bem por aí.
 
Para ajudar...

Explicação
É tirado o miolo do pão e colocado uma banana descascada dentro e após isso o pão é amassado para criar um lanche de pão com banana.

Incitação
Você deve arrancar o miolo do pão com o dedo porque é mais legal, e depois da banana descascada em mãos introduzir ela com vontade porque é isso que você quer dentro do pão para depois amassar tudo e deixar bem gostoso o pão com a banana. Você vai gostar, este é o método certo e você tem que fazer.

By Raphael S


:eh: :fofoca: :rofl: :rofl:

"exemplos práticos para uma vida saudável e feliz" vai ser o livro de Raphael S
 
Apenas algumas considerações sobre algumas interpretações:

É a questão da didática, novamente. Mas não se pode afirmar que esse tipo de abordagem que você escreveu é pratica comum.
Justamente, por isso que não afirmei nada sobre ser prática comum. Se disse isso, me corrija por favor.

E afirmar que a educação não pode mudar valores é negar toda a funcionalidade da mesma.
Novamente não afirmei isso. Não disse que a "educação" não pode mudar valores, pelo contrário, concordo com você que a educação é um instrumento poderoso de mudanças na sociedade. O que eu falei é sobre uma "imposição ou doutrinação", como está escrito, e como está sendo feito (não como prática comum, mas em algumas escolas). É diferente de "educar".

Teorias... Uma nova definição menos ofensiva (...) Me poupe das aulas de geografia, por favor.
Não leciono aulas de geografia. E também não falei sobre teorias, se você souber de alguma a respeito convido a citação.

Agradeçemos os exemplos de sua cidade, enriquece o debate que se extendeu.

Mas... como certamente seus dados e sua opinião prevalecerão, encerro minha participação nesse tópico aqui mesmo.
A pluralidade de opiniões só enriquece o debate. Não espero que minha opinião ou meus dados prevaleçam, de maneira alguma. Espero que conscientize. E se tivermos mais dados, melhor.

Aliás, Tek: excelente tópico! Aqui notamos que somente pessoas com certa proximidade da base da estrutura social brasileira (em bom português: que vê e vive a pobreza de perto, e não pela tv), é quem aprovam essa iniciativa do Governo.
Obrigado pela ironia, normalmente eu costumo falar diretamente, mas é um estilo, né? Só uma consideração: penso que é temerário afirmar que "somente" pessoas que "tenham contato com a pobreza" é que aprovam a "iniciativa" do Governo. Normalmente pessoas desinformadas é que apoiariam a maneira como está sendo feito esse "esclarecimento" (no caso do kit para crianças de 12 anos, que o pai denunciou), já que ao se informar sobre os artigos do ECA nota-se claramente a violação de alguns artigos sim, o que constitui a ilegalidade da abordagem.

E achei engraçado a insinuação de que eu (pelo uso da sua ironia) vivo a "pobreza" pela tv. Você nem me conhece, e eu também não te conheço. Eu hein, vai fazer afirmações assim para outra pessoa.
 
Aliás, Tek: excelente tópico! Aqui notamos que somente pessoas com certa proximidade da base da estrutura social brasileira (em bom português: que vê e vive a pobreza de perto, e não pela tv), é quem aprovam essa iniciativa do Governo.
É, pelo menos a intenção foi excelente.
Só toma cuidado com o que você diz: não é porque alguém tem uma opinião diferente da sua que ela não enxerga a realidade. Todas as opiniões opositoras à educação sexual na escola foram claramente explicadas. As em favor também. Então não há pessoas certas e erradas; há pessoas diferentes (pensei que eu só fosse explicar isso pros meus filhos).

Debater é dar opinião e explicá-la. Não é querer mudar o ponto de vista do outro ou tomá-lo como errado. Não venha me dizer que porque você é a favor dessa iniciativa você é mais próxima ou entende mais da pobreza. Se for, bom pra você, mas não é sua opinião sobre o assunto que vai provar isso.

É com tópicos assim que a gente vê quem gosta de debater para aumentar o conhecimento e quem gosta de debater para achar que entende da vida.
 
Obrigado pela ironia, normalmente eu costumo falar diretamente, mas é um estilo, né? Só uma consideração: penso que é temerário afirmar que "somente" pessoas que "tenham contato com a pobreza" é que aprovam a "iniciativa" do Governo. Normalmente pessoas desinformadas é que apoiariam a maneira como está sendo feito esse "esclarecimento" (no caso do kit para crianças de 12 anos, que o pai denunciou), já que ao se informar sobre os artigos do ECA nota-se claramente a violação de alguns artigos sim, o que constitui a ilegalidade da abordagem.

E achei engraçado a insinuação de que eu (pelo uso da sua ironia) vivo a "pobreza" pela tv. Você nem me conhece, e eu também não te conheço. Eu hein, vai fazer afirmações assim para outra pessoa.


Ok, vamos por partes. Eu não insinuo, eu digo clara e diretamente, mesmo que pareça demasiado agressiva. E por que eu usaria de ironia para criticá-lo? Se eu o fizer, será abertamente, oras. Você vê a realidade somente pela TV? Não? Então pronto.
E o que eu disse, não se refere necessariamente à sua opinião - citei isso como um paralelo, por exemplo, de quem defende os "Direitos Humanos dos bandidos", assim como quem defende a pena de morte, e os que são contra. É tudo uma questão de ponto de vista: quem desce dos carrões e ficam em porta de cadeia defendendendo marginais em rebelião, com "medo do que a polícia possa fazer aos pobrezinhos" nunca teve um caso de violência extrema na família, ou já se viu diretamente coagido por ela. Você bem sabe que o toque da realidade é cruel, e só seria contra uma iniciativa governamental de orientação sexual nas escolas quem nunca viu um bebê nascido prematuro ser submetido a altas doses de penicilina por já nascer portador de sífilis, e integrar uma família de mais oito irmãos sem pais. E infelizmente são esses que engrossam o coro "do contra" e inibem iniciativas como essa, por mais desastrosas que pareçam de início.

Em momento algum me referi sendo correta a distribuição desses kits, nem estou desinformada, nem confundo inocência com ignorância. Conforme dito abaixo, há a carga didática sugerida pelo MEC (que, diga-se de passagem, nos entopem os departamentos de Educação com materiais caríssimos e mal elaborados para determinadas situações), mas é de responsabilidade da Secretaria de Educação inspecionar o conteúdo programático, e adaptá-lo aos alunos. Se algo parecido surgiu como sendo de iniciativa do Governo, a maior responsável, além da professora, é a Direção da unidade escolar e a Secretaria de Educação, que não segue um Plano supervisionado e adequado às previsões do ECA. Fui clara?

(...)Só toma cuidado com o que você diz: não é porque alguém tem uma opinião diferente da sua que ela não enxerga a realidade. Todas as opiniões opositoras à educação sexual na escola foram claramente explicadas. As em favor também. Então não há pessoas certas e erradas; há pessoas diferentes (pensei que eu só fosse explicar isso pros meus filhos).

É com tópicos assim que a gente vê quem gosta de debater para aumentar o conhecimento e quem gosta de debater para achar que entende da vida.


Oh, sim. Achar e entender da vida? Pois eu acho que essa sua "bronquinha" desnecessária falou mais sobre a sua própria maturidade do que sobre a minha. Então, na boa, use-a para explicar diferenças de certo e errado para os seus filhos, certo?

Mas essas interpretações atravessadas do meu post são mesmo culpa minha. Tenho de parar de postar quando estou com sono, ou de madrugada. Serei mais cuidadosa da próxima vez.
 
Acho que o tópico está deixando de ser divertido e produtivo para ser apenas emo.

Todo mundo tem uma opinião e um jeito de postar a opinião. O objetivo aqui é demonstrar como o assunto afeta a sua vida ou a sua visão sobre o assunto. Não são todos os comentários que vão agradar a todos, se fosse assim poderíamos mandar o tópico para a onu e assim garantir a paz mundial ^_~.

De qualquer modo não sejamos tão frágeis a ponto de nos desentender assim, vocês são ovos? Estamos num fórum adulto e másculo de Tolkien, então vamos dizer a nosso colega, você f*deu tudo mas é um companheiro másculo que curte tolkien então eu entendo você. Afinal orgulho nem sempre vai mudar a situação.

By Raphael S?
 
Oh, sim. Achar e entender da vida? Pois eu acho que essa sua "bronquinha" desnecessária falou mais sobre a sua própria maturidade do que sobre a minha. Então, na boa, use-a para explicar diferenças de certo e errado para os seus filhos, certo?
Eu não disse nada mais que uma verdade universal: cada um tem uma opinião e deve ser respeitado independentemente da mesma. E eu sou mais madura que você sim, porque em momento algum faltei com respeito para com algum usuário nem dei motivos para ficarem bravos comigo.
Claro, meus filhos não vão passar vergonha discutindo.
Se quiser continuar essa briga produtiva, me manda MP, ok? Pára de sujar meu tópico!

Acho que o tópico está deixando de ser divertido e produtivo para ser apenas emo.
Emo? :roll:
Enfim, tenho fé de que as pessoas aprenderão a discutir. E pode ser por aqui [Fórum], mesmo, já que brigas são constantes.
Enquanto isso não acontece, voltemos ao assunto antes que fechem esse tópico.
Vocês tiveram educação sexual na escola?
 
Nada além das aulas de biologia: o processo de fecundação, formação do embrião, etc.

Eu idem.

E nessas aulas a porcaria dos idiotas da sala ficavam dando risinhos, fazendo comentário toscos e por aí vai. Acho que, por isso, a educação sexual não deve ser implantada. Pelo menos não tão cedo.
 
Isso me lembra quando um amigo meu me perguntou se eu era a favor da liberação da Maconha, eu sou sim apesar de não usar, mas a questão é que se isso fose feito no Brasil ia virar bagunça, as coisas aqui são muito mau adiministradas. E assuntos ligados a educação principalmente, são totalmente jogados em terceiro plano. Como eu já disse sou a favor, mas se ficaria bom ou não é outra historia.
 
Última edição:
A discussão até agora girou em torno de quando e se a educação sexual deve ser implantada na escola. Eu acho que deve sim. Qualquer um com um mínimo de senso pedagógico e social concorda com a educação sexual.

O quando deve ser decidido caso a caso, de acordo com a situação da região. Se é um local com diversos casos de gravidez na adolescência e iniciação sexual precoce, a educação sexual deveria ser feita por volta da fase crítica da puberdade: aproximadamente entre 11 a 13 anos. É por aí? Acho até que essa é uma idade excelente para as primeiras informações sobre sexo.

Quanto ao teor dessas informações, eu penso que deve haver extensibilidade total: do prazer às conseqüências para o futuro individual da gravidez. Nenhuma informação é demais, desde que não se caia na banalidade. Informação ao léu não resolve nada. Aí entra um ponto importante que o Feänor comentou, que é preparo que o ministrante deve ter. Tem de ser alguém pedagógica e clinicamente preparado para dar essas aulas de educação sexual.

Acredito, por exemplo, que o assunto "masturbação" é muito mais importante que o assunto "relação sexual" nessa faixa etária. Muito melhor que comecem sua vida sexual conhecendo o próprio corpo sem neuras.

Sobre o caso do post inicial, acho um absurdo mostrar um pênis para uma criança. Esses objetos de sex shop têm uma similaridade muito grande com um pênis ereto real. Esse tipo de demonstração não tem necessidade. Para demonstrar o uso da camisinha qualquer objeto cilíndrico teria um efeito bastante parecido e menos constrangedor.


Eu pessoalmente tive aulas de educação sexual na 4ª série quando tinha apenas 10 anos. Passamos certa vergonha por ser um assunto tabu, tiveram as brincadeirinhas óbvias, mas todos prestaram muita atenção e saíram de lá muito mais informados. Estudava na época em uma escola de periferia com algum risco social. Essas aulas foram mais do que importantes para conscientizar e informar as pessoas que mais são atingidas pelo descontrole de natalidade: jovens pobres.

Qualquer atitude nesse sentido é válida desde que se mantenha os limites etários. Falou-se à exaustão no tópico da diferença entre educação e incitação. É uma diferença importante, nem sempre clara, mas que deve ser minuciosamente avaliada.
 
Eu nasci em 1968, em 1980 eu tinha 12 anos, mais ou menos a idade do pré-adolescentes que são citados na tal matéria. Eu era absurdamente lerda em relação a qualquer coisa fora dos livros, então quase morri do coração quando soube que uma colega de sala, sexta série, da mesma idade que eu, estava grávida. O namorado dela tinha 13 anos e estava an sétima série.
Mas mesmo eu, que mais lia do que conversava, não fiquei chocada que ela quisesse fazer sexo. Aos 12 anos eu já havia pensado em sexo. Na verdade, eu acho que a maioria das pessoas pensem em sexo bem antes disso.

E eu enfatizei as datas para que fique bem claro que mesmo na época mais jurassíca, adolescentes pensavam em sexo e alguns faziam. É natural. Não é culpa da internet!

O número de adolescentes grávidas vem aumentando, e informação protege. Não só de gravidez, mas de DSTs, Aids em especial.

Por isso sou sim, totalmente a favor de ensinarem isso na escola.

Como a escola do meu filho não tem, eu ensinei para ele usando uma banana, na falta de um objeto mais indicado. E ele sobrevive à mãe dele, mais ou menos mentalmente são. :obiggraz:

O que vocês achariam/acham de seus filhos terem educação sexual na escola? Confiam mais na escola ou em vocês?

Essas perguntam não têm ironia. Eu pergunto por curiosidade, mesmo.


Eu tenho um filho de 14 anos, eu converso muito com ele de tudo que ele vê nas aulas de Religião, Filosofia e História.

Por que? Porque são aulas onde um professor pode germinar seu modo de pensar, e alguns, felizmwente não todos, professores são absolutamente imbecis.

Se ele tivesse Educação Sexual na escola eu ia gostar, mas manteria a vigilância em cima do que roal nessas aulas, porque mesmo ele estudando em escola particular eu não sei qual a mentalidade do professor.

Vai que é alguém que diz que um garoto de 14 anos TEM de fazer sexo, ou, outro tipo de maluco que diz que se ele fizer vai pro inferno. Para mim são duas besteiras igualmente venenosas.

Aos 12 anos meu filho aceitava praticamente tudo que eu falava, aos 14 ele já tem pontos de vistas diferentes em alguns casos. Mas são pontos de vista dele, não de algum professor.
 
Última edição:
O único ponto em que concordo com o Smaug é em relação ao tamanho exagerado do material utilizado. Vai saber tem alguém impressionável o suficiente para acreditar que, no caso dos meninos, seu pênis chegará naquela proporção. :roll:

No mais, já está na hora de atualizar alguns estatutos do ECA para a atualidade, que não é a mesma de 15 ou 20 anos atrás.
 

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